A busca pela redução de gordura no corpo humano, tem sido alvo de inúmeras pesquisas em anos recentes. Este interesse é diretamente proporcional à epidemia de obesidade que se alastra pelo mundo. Além disso, estão associadas à obesidade as doenças crônico-degenerativas como dislipidemias, diabetes, esteatose hepática (gordura no fígado), e doenças cardiovasculares (pressão alta, infarto miocárdio, etc).
Desta forma, entre os suplementos que merecem estudo se encontra a L-carnitina, sintetizada a partir do aminoácido lisina, que desempenha um papel importante na oxidação de gorduras. Esta substância auxilia na composição da enzima presente na mitocôndria (organela celular responsável pela fabricação de energia), que é responsável por transportar o ácido graxo de cadeia longa, presente no citoplasma da célula para dentro da mitocôndria, que será quebrado em pares de carbono e ingressar nos ciclos bioquímicos para a produção de energia.
Portanto, pode-se dizer que a L-carnitina é um co-fator da atividade mitocondrial. Uma vez definido o mecanismo bioquímico pela literatura, pesquisadores começaram a questionar se a suplementação de L-carnitina poderia contribuir para maior eficiência na oxidação de gorduras. Diversos estudos demonstraram que a ingestão oral não alterou a concentração muscular em seres humanos não obesos, nem promoveu perda de peso.
Porém, a concentração da substância diminuiu à medida que o exercício se torna mais intenso, isto poderia reduzir a eficiência da utilização de gordura em exercícios submáximos. Por outro lado, estudos demonstraram a eficácia da utilização de L-carnitina na prevenção de doenças cardiovasculares e no tratamento de condições renais, hepáticas e psiquiátricas (depressão).
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A meta-análise publicada no ano de 2016, demonstra que a L-carnitina pode ter um impacto positivo na perda de peso em pacientes crônicos, portadores de obesidade e diabetes. Portanto, pode-se afirmar que a L-carnitina é um fator essencial para eficiência na produção de energia, apesar dos estudos ainda não serem conclusivos em relação à extensão de seus benefícios.
Sua suplementação deve ser orientada e prescrita por nutricionista ou médico nutrólogo, que vai identificar a real necessidade do uso deste suplemento. A recomendação de L-carnitina, de acordo com os estudos publicados, varia entre doses de 250mg/dia a 4g/dia, sendo que usualmente a dose de suplementação varia entre 1 a 2g/dia.