Estamos na era dos extremos: enquanto as mídias sustentam o padrão de corpo ideal, pessoas ostentam seus restaurantes caros e pratos de comidas calóricos nas redes sociais. Atualmente, tendemos a classificar alimentos de forma muito extremista: ou é ruim ou é bom, ou ajuda ou prejudica, ou engorda ou emagrece. É um verdadeiro terrorismo nutricional.
Está cada vez mais raro encontrar pessoas que pregam o equilíbrio e ainda mais desafiador encontrar as que o praticam. Infelizmente, as pessoas tendem a agir de forma radical: ou se alimentam de forma exageradamente saudável ou comem de forma descontrolada, enquanto o mais adequado seria nem um, nem outro.
Ainda se nota muita ansiedade na hora de comer. Sobre o que comer, o que é bom ingerir, o que se deve optar, o que se pode escolher. E raramente as pessoas pensam no que realmente querem, dentro do seu objetivo e estilo de vida, principalmente porque nos fizeram acreditar que tudo o que é gostoso faz mal e tudo o que é saudável não é muito saboroso.
É aí que chegamos na ideia de terrorismo nutricional, que surgiu com a demonização dos alimentos. Esse movimento varia seu foco e teve início com a gordura, depois com o carboidrato, o açúcar e agora o glúten, a lactose e a frutose. Todo esse excesso de variedade de informações faz com que se torne cada vez mais confuso entender o que faz bem e o que faz mal.
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E todo esse terrorismo faz com que o ato de comer se torne um comportamento potencialmente nocivo e gerador de sentimentos como culpa e punição. Esse movimento faz com que você não responda mais à fome ou a saciedade, mas sim às regras impostas pela cultura da informação, às emoções e ao seu lado crítico. É quando comer se torna algo estressante.
E ao estabelecermos critérios do que é bom e ruim, certo e errado e do que pode ou não pode, estamos vulneráveis a nos sentirmos culpados, dependendo das escolhas que fizermos. Enquanto formos rígidos com esses critérios, certamente estaremos passíveis de arcar com o sentimento de culpa. E essa culpa ao comer atrapalha nossa saúde física, mental e social.
Esse certamente é um dos aspectos que mais trabalho em meus cursos, atendimentos e palestras: a busca do equilíbrio na hora de se alimentar. Você precisa fazer escolhas que estão alinhadas ao seu estilo de vida e ao seu objetivo sim, mas é saudável que exceções sejam abertas para justificar as regras. Que vontades sejam saciadas. E que se busque um certo prazer a alimentação sim. É muito importante para nossa saúde conectar mente e corpo, identificar adequadamente fome e saciedade e comer sem culpa.
A culpa ao comer pode inclusive aumentar o risco de você engordar: fazendo com que você coma mais rápido e em maiores quantidades sem perceber. Ainda, ela pode te fazer comer por punição, fortalecendo assim o ciclo da compulsão, gerando ainda maior estresse. Quando você come de forma consciente, com prazer e sem culpa, não se priva do que gosta, come menos ao longo do tempo e aprende a saborear aquilo que está degustando.
Portanto, encontre seu equilíbrio alimentar e seja feliz!