Corredores podem apresentar diversas lesões durante a prática do esporte. Dentre elas, podemos destacar as lesões musculares e as lesões ligamentares.
Muitas vezes, ocorrem lesões no músculo da coxa ou da panturrilha, sendo que a uma das porções do músculo mais acometidas é a região miotendínea (transição entre o tendão e o ventre muscular). Essa região é menos oxigenada do que a maior parte do músculo e, portanto, podem ter uma cicatrização mais lenta.
Outro tipo de lesão frequente consiste na lesão dos ligamentos. Essas estruturas estabilizam a articulação e as lesões podem ocorrer a partir de entorses desses ligamentos. Os mais comuns são os ligamentos do tornozelo e os ligamentos do joelho, com destaque para o ligamento colateral medial.
Recentemente, alguns estudos científicos demonstraram que a cicatrização das lesões musculares pode ser ajudada e acelerada pelo uso da oxigenoterapia hiperbárica como método complementar ao tratamento. Também se demostrou o benefício em lesões de ligamentos de tratamento não cirúrgico.
No Japão, autores demonstraram que a cicatrização das lesões de ligamento colateral medial no joelho podem ser mais rápida com uso da medicina hiperbárica, reduzindo o tempo de retorno à prática esportiva e diminuindo a dor. O estudo pode ser acessado aqui.
A oxigenioterapia, envolve a administração de oxigênio a 100% sob pressão atmosférica aumentada, isso ocorre através da câmara hiperbárica, e, resulta no aumento da quantidade de oxigênio plasmático dissolvido.
Uma vez que o plasma possui maior quantidade de oxigênio, os tecidos do corpo consequentemente recebem mais oxigênio, inclusive as áreas lesionadas.
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Estudos demonstraram uma série de benefícios através da oxigenioterapia, incluindo: modulação da resposta inflamatória, neovascularização, síntese de colágeno e regulação da matriz extracelular. Esses processos desempenham um papel crucial no reparo de lesões e pode ser um diferencial na recuperação de atletas, desde as lesões musculares, tendíneas, ou até mesmo no pós-operatório, quando necessária a intervenção cirúrgica.
Do ponto de vista científico, um estudo interessante que explica o mecanismo de ação da oxigenoterapia hiperbárica na cicatrização tecidual pode ser encontrado neste link.
Desta maneira, podemos perceber que o uso da câmara hiperbárica nas lesões decorrentes do esporte, quando bem indicada, pode otimizar a recuperação, permitindo que ocorra de maneira mais eficaz.