Corrida de Montanha · 29 jan, 2012
A primeira edição do Mountain Do Deserto do Atacama reuniu cerca de 500 atletas na pacata cidade de San Pedro de Atacama, no Chile, a uma altitude de 2.400m e num dos locais mais secos do mundo. Com percursos de cinco, 23 e 42 quilômetros, o que se viu em meio ao deserto foram disputas acirradas pelos primeiros lugares, melhor para a gaúcha Andreia Henssler e para o paulista Moisés Torres, que se tornaram os primeiros campeões da disputa.
Direto de San Pedro do Atacama (Chile) - O dia ainda não havia amanhecido e a maioria dos corredores já iniciava o aquecimento na Praça Central da cidade, local onde estava montada a arena da prova. Nem o frio de 10˚C foi motivo para tirar a animação dos presentes.
A largada foi autorizada às 7h10, momento em que os primeiros raios solares começavam a dar as caras no horizonte. Os corredores iniciaram a prova de forma cautelosa, com os primeiros quilômetros no asfalto, mas logo eles entraram no piso de terra. Enquanto os participantes dos 23 quilômetros seguiram para o Vale da Lua, os maratonistas seguiram por mais um trecho de estrada de terra.
A temperatura foi aumentando gradativamente e a fadiga foi tomando conta de alguns corredores, menos de Moisés que se concentrou em vencer cada quilômetro até ultrapassar o líder da prova na metade da competição. Ao chegar ao trecho de dunas ele não conseguiu correr devido à dificuldade do terreno, mas assim que alcançou as trilhas voltou a imprimir um ritmo forte.
Ao chegar a uma encruzilhada ele ficou na dúvida de qual caminho seguir e tomou a direção errada e percorreu mais de quatro quilômetros extras, fora do traçado original. Ao retornar para o percurso da prova ele ganhou uma injeção de ânimo ao descobrir que não havia sido ultrapassado.
Daí em diante ele passou a administrar o ritmo até cruzar a linha de chegada com o tempo de 3h46min36. Foi muito difícil. Em alguns trechos eu não acreditava que estava na frente e achava que os adversários sempre iam me passar, relata o paulista radicado no Paraná. Eu não esperava ganhar. Fui curtindo e quando vi que tinham algumas pessoas na minha frente comecei a correr mais e olhar menos a paisagem, completa Moisés que fez sua primeira maratona. Acostumado às provas de asfalto, a experiência dele com trilhas se resumia a alguns eventos do Corpo de Bombeiros, realizados no Paraná.
O segundo colocado, João Evangelista Dami, veio logo em seguida e completou a disputa com o tempo de 3h47min08. O local é muito bonito, apesar de ter sido uma prova muito complicada, relata o mineiro de 54 anos. O legal é que conseguimos correr bem soltos, completa. Já o terceiro, André Nogueira, fechou em 3h47min37. Foi uma prova incrível, uma superação. Não esperava chegar em terceiro, ainda mais porque treinei apenas um mês antes por conta própria, comenta o paulista. A prova está mais do que aprovada e espero correr de novo ano que vem, completa.
Feminino - Na prova feminina as disputas também foram acirradas, mas a chegada das campeãs foi mais espaçada do que no masculino. Andreia Henssler precisou de 4h19min09 para fechar os 42 quilômetros e chegou emocionada. Estou maravilhada por ter representado bem o Brasil e o Rio Grande do Sul, comenta a gaúcha de Igrejinha. O trecho das dunas foi o mais difícil, porque chegávamos nele após a metade da prova e já com muito desgaste. A organização está de parabéns, todos os pontos de hidratação foram ótimos, completa.
A segunda colocada foi Rita Apezzato, que fechou com 4h48min47. Foi uma prova maluca, coisa de louco, mas muito legal. Só no deserto mesmo para ter uma prova como essa, comenta a vice-campeã ainda ofegante após cruzar a linha de chegada. Um dos pontos positivos da prova segundo Rita foi a solidariedade dos demais corredores. Nas dunas tive câimbra nas panturrilhas, tive que parar e um rapaz me deu gel e cápsula de sal. Até minha adversária, que estava brigando comigo por posições, dividiu a água dela comigo, relata a triatleta que já fez Ironman e encarou sua primeira maratona cross country no Atacama.
Dentre todos os participantes, uma pequena porcentagem era de estrangeiros, o que não impediu a uruguaia Florencia Morelli de subir ao pódio na categoria principal. Essa prova aconteceu num dos locais mais lindos do mundo e com pessoas muito especiais. Apesar da dificuldade, a vista era linda e agora pretendo trazer todos os meus amigos para correr aqui, comenta.
A primeira edição do Mountain Do Deserto do Atacama teve a presença de pessoas de todo o Brasil, desde experientes corredores, até aqueles que se aventuraram no deserto sem muitas corridas na bagagem. Acompanhem ao longo da semana no Webrun as histórias de superação desses desbravadores do Atacama.
Corrida de Montanha · 28 jan, 2012
Direto de San Pedro de Atacama (Chile) - A maioria dos corredores já chegou à cidade de San Pedro de Atacama, no meio do deserto do Atacama, para a disputa do Mountain Do, que acontece neste domingo (29/01). Corredores de várias partes do Brasil enfrentarão percursos de 42 ou 23 quilômetros em meio a trilhas, cânions, pedras, dunas e sob forte calor.
Corredor há pouco mais de um ano, Charles Tombenassi vai encarar sua primeira prova fora do asfalto no trajeto menor da competição e afirma estar empolgado. A paisagem aqui é que me motivou a participar, conta o paulista que não fez nenhuma preparação específica. Fiz os treinos fortes, as rampas, mas nada muito diferente, comenta Charles que pretende finalizar em três horas.
O também paulista Marcos Decimoni veio para o Deserto em busca de aventura e trouxe a família para passear enquanto ele corre. Será minha primeira maratona, um desafio muito legal, conta o corredor que nunca fez provas de montanha, apenas no asfalto e na areia. Vou seguir as dicas de hidratação e não abusar da velocidade por conta do clima seco e do calor, relata Marcos que tem como meta completar em quatro horas. Fiz os treinos normais, apenas aumentando o volume diário.
Já a dupla de amigos do Rio Grande do Sul, Jackes Heck e Luciano Machado, alugou uma bicicleta na cidade e pedalou por alguns trechos do circuito para conhecer o tamanho da encrenca. Vai ser puxado, com muita subida, terreno arenoso e pedra, relata Jackes que veio pelo apelo diferenciado da prova. Poder dizer que corri no deserto mais seco do mundo é fantástico. O desafio nos motiva.
Já Luciano Machado, que assim como o colega está acostumado às corridas de aventura, acredita que a altitude de 2.500m será um fator de complicação. Estamos competindo contra nós mesmos e viemos para vencer nossos limites.
Na manhã deste sábado (28) o organizador da prova, Euclides S. Neto, o Kiko, promoveu um congresso técnico com informações importantes para os corredores. Segundo ele, haverá postos de hidratação a cada cinco quilômetros, banheiros químicos e um posto de enfermagem no meio do deserto, com ambulância, oxigênio artificial, frutas e bolachas.
A temperatura na hora da largada deve variar entre 10 e 12 graus, mas em poucas horas o calor tomará conta de todo o trajeto. Para aqueles que largarem com agasalhos e outras roupas de frio, haverá no caminho um local onde será possível descartar esses pertences que serão recolhidos por um caminhão e levados para a chegada.
O tiro de partida está programado para as 7h (horário local) na Praça de eventos da cidade, onde toda a estrutura de tendas e comunicação visual está montada.
Maratona · 24 jan, 2012
Neste domingo (30/01) os corredores brasileiros terão a oportunidade de correr uma maratona no Deserto do Atacama pela primeira vez, com a realização do Mountain Do Deserto do Atacama. Os organizadores prepararam uma lista de itens indispensáveis para que a viagem ocorra de forma tranquila e a única preocupação seja cruzar a linha de chegada.
A cidade de San Pedro de Atacama é um vilarejo em meio ao deserto, mas oferece boa infraestrutura de hotéis, restaurantes, bares e lan houses. Apesar disso, não existem construções modernas e urbanas como shoppings e supermercados e os itens mais importantes devem ser levados do Brasil.
Documentos - O Chile faz parte do Mercosul, o Acordo de Livre Comércio do Cone Sul, motivo pelo qual a Cédula de Identidade braseira (RG) pode ser usada para ingresso no país. Mas é necessário ficar atento com a data de expedição, que deve ter menos de dez anos.
A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) não é reconhecida como documento, mas o passaporte também pode ser utilizado. Ao entrar no país todos receberão o formulário de imigração, que deverá ser preenchido com dados pessoais e onde será carimbada a autorização de entrada. Não é necessário visto para turismo. Lembre-se de guardar este formulário para apresentá-lo na hora de vir embora.
Locação de carros - San Pedro é pequena, não é necessário local carro, mas caso alguém queira chegar dirigindo à cidade, a CBH brasileira pode ser utilizada como documento.
Proteção conta o sol - Protetor solar é um item indispensável nas altas temperaturas do deserto, assim como protetor labial por conta do clima seco. Apesar de ser fácil encontrar esses itens em San Pedro, recomenda-ser trazer do Brasil a marca de sua preferência.
Um boné ou chapéu com aba e proteção para a nuca também é um item recomendado. Todos os corredores receberão um chapéu no kit da prova, assim como uma bandana. Óculos escuros com lentes de boa qualidade também são essenciais.
Hidratação - Ingerir água é essencial no deserto. A prova oferecerá diversos postos de hidratação, mas no kit do atleta todos receberão uma pochete com squeeze para não ficar na mão entre um posto e outro.
Tensão - A voltagem em San Pedro de Atacama é 220V, então não se esqueça de levar aparelhos bivolt ou transformadores, além de um adaptador universal, já que o padrão das tomadas é diferente por lá.
Outros itens - Apesar de não haver shoppings centers na cidade, existe uma loja da marca The North Face, que vende equipamentos para a prática de esportes outdoor. Os preços geralmente são mais baratos do que no Brasil, já que R$ 1 equivale a 283 pesos chilenos.
As casas de câmbio no aeroporto de Santiago muitas vezes não têm cotações favoráveis, então o melhor é trocar pouco dinheiro e habilitar um cartão de crédito internacional para realizar saques no exterior. Lembre-se de contatar o banco ou instituição financeira a qual pertence o cartão, para que seja autorizado o uso no exterior.
Agora é só fechar as malas e partir para o desafio no deserto mais seco do planeta.
O experiente ultramaratonista Carlos Dias é conhecido pelos seus grandes feitos no mundo da corrida, como participar de provas nos quatro desertos mais extremos do planeta, entre eles o Deserto do Atacama, palco do Mountain Do no próximo dia 29. O paulista de São Bernardo do Campo passa algumas dicas para os corredores que vão enfrentar a prova de 42 ou 22 quilômetros.
Esse é o deserto mais seco do mundo e a temperatura cai muito rápido por volta das 17h. Não é igual ao Saara, por exemplo, onde a temperatura muda aos poucos, conta Carlos. Eu senti muito essa mudança e, por isso, considero como o deserto mais difícil que já corri, completa.
Uma dica importante segundo o ultramaratonista é levar, além do protetor solar, hidratante para os lábios. Além do clima seco do deserto, há também o sal cristalizado que resseca muito os lábios. Ele diz ainda que dois itens indispensáveis são chapéu com proteção para as orelhas e óculos escuros de boa qualidade para proteger os olhos da poeira e da luz solar intensa. Outra dica é usar camisas de manga longa, que vão proteger de queimaduras.
Carlos participou de uma prova com 250 quilômetros, o que lhe obrigava a imprimir um ritmo mais lento do que os participantes do Mountain Do, que correrão mais rápido e deverão ter atenção redobrada com a hidratação. Não se pode bobear num local como esse, principalmente na hora de passar pelo Vale da Lua, ao lado dos cânions, onde os corredores vão entrar e sair do sol em diversos momentos.
Sobre o trajeto, apesar de não conhecer exatamente o percurso por onde passará a prova, Carlos Dias afirma que o terreno do Atacama é irregular, com dunas, pedras, trechos de geleiras derretidas e até travessias de rios. Por isso é importante escolher um calçado que propicie estabilidade, além de meias de algodão e poliamida, que suportam melhor o atrito com os pés. Ele diz ainda que é necessário tomar cuidado para não formar bolhas nos pés ao passar por locais molhados e depois secos.
Estrutura local - A cidade de San Pedro de Atacama servirá como base para os corredores e, de acordo com Carlos Dias, todos serão muito bem recebidos e encontrão uma boa infraestrutura. São pouco mais de três mil habitantes, mas a cidade é bem servida de restaurantes e hotéis com preços acessíveis. A conexão de internet também boa lá, pois existem mais de 50 Lan Houses.
Carlos lembra ainda que durante à noite as temperaturas caem drasticamente, então casacos e roupas de frio devem fazer parte dos pertences na mala. Caso alguém esqueça algum item pode comprar numa das lojas de aventura que existem na vila, relata Carlos.
A cidade está localizada a 2.400m acima do nível do mar, mas ninguém deve sofrer com os efeitos da altitude. Carlos diz que os chilenos são acolhedores, gostam de brasileiros e as pessoas terão um fim de semana prazeroso. No mais, eu digo para aproveitarem esse belo local. Os corredores terão uma experiência única e é legal voltar depois com a família para fazer os passeios turísticos, finaliza Carlos Dias.
Corrida de Montanha · 17 jan, 2012
O experiente ultramaratonista Carlos Dias é conhecido pelos seus grandes feitos no mundo da corrida, como participar de provas nos quatro desertos mais extremos do planeta, entre eles o Deserto do Atacama, palco do Mountain Do no próximo dia 29. O paulista de São Bernardo do Campo passa algumas dicas para os corredores que vão enfrentar a prova de 42 ou 22 quilômetros.
Esse é o deserto mais seco do mundo e a temperatura cai muito rápido por volta das 17h. Não é igual ao Saara, por exemplo, onde a temperatura muda aos poucos, conta Carlos. Eu senti muito essa mudança e, por isso, considero como o deserto mais difícil que já corri, completa.
Uma dica importante segundo o ultramaratonista é levar, além do protetor solar, hidratante para os lábios. Além do clima seco do deserto, há também o sal cristalizado que resseca muito os lábios. Ele diz ainda que dois itens indispensáveis são chapéu com proteção para as orelhas e óculos escuros de boa qualidade para proteger os olhos da poeira e da luz solar intensa. Outra dica é usar camisas de manga longa, que vão proteger de queimaduras.
Carlos participou de uma prova com 250 quilômetros, o que lhe obrigava a imprimir um ritmo mais lento do que os participantes do Mountain Do, que correrão mais rápido e deverão ter atenção redobrada com a hidratação. Não se pode bobear num local como esse, principalmente na hora de passar pelo Vale da Lua, ao lado dos cânions, onde os corredores vão entrar e sair do sol em diversos momentos.
Sobre o trajeto, apesar de não conhecer exatamente o percurso por onde passará a prova, Carlos Dias afirma que o terreno do Atacama é irregular, com dunas, pedras, trechos de geleiras derretidas e até travessias de rios. Por isso é importante escolher um calçado que propicie estabilidade, além de meias de algodão e poliamida, que suportam melhor o atrito com os pés. Ele diz ainda que é necessário tomar cuidado para não formar bolhas nos pés ao passar por locais molhados e depois secos.
Estrutura local - A cidade de San Pedro de Atacama servirá como base para os corredores e, de acordo com Carlos Dias, todos serão muito bem recebidos e encontrão uma boa infraestrutura. São pouco mais de três mil habitantes, mas a cidade é bem servida de restaurantes e hotéis com preços acessíveis. A conexão de internet também boa lá, pois existem mais de 50 Lan Houses.
Carlos lembra ainda que durante à noite as temperaturas caem drasticamente, então casacos e roupas de frio devem fazer parte dos pertences na mala. Caso alguém esqueça algum item pode comprar numa das lojas de aventura que existem na vila, relata Carlos.
A cidade está localizada a 2.400m acima do nível do mar, mas ninguém deve sofrer com os efeitos da altitude. Carlos diz que os chilenos são acolhedores, gostam de brasileiros e as pessoas terão um fim de semana prazeroso. No mais, eu digo para aproveitarem esse belo local. Os corredores terão uma experiência única e é legal voltar depois com a família para fazer os passeios turísticos, finaliza Carlos Dias.
Corrida de Montanha · 09 jan, 2012
No próximo dia 29 acontece a primeira edição do Mountain Do Deserto do Atacama, competição que percorrerá trilhas milenares do vilarejo San Pedro de Atacama, localizado ao norte do Chile e com uma população aproximada de 2.500 habitantes. A competição, com 42, 23 e cinco quilômetros, será disputada em locais preparados exclusivamente para a prova e que não abertos para turistas regularmente.
O percurso foi desenvolvido em conjunto com a Senartur (Serviço Nacional de turismo), o Parque Nacional de los Flamingos (Vallede la Luna) e municipalidad de San Pedro de Atacama, explica Euclides S. Neto, o Kiko, responsável pela organização. Os atletas percorrerão cenários históricos belíssimos do tradicional povoado de San Pedro de Atacama, como o Vale da Lua e Vale da Morte e terão o privilégio de correr em locais milenares, completa.
A equipe da Sports Do, empresa à frente da organização, fez diversas visitas ao local para deixar tudo preparado para os corredores. As temperaturas nesta época do ano variam entre 13 e 33˚C e a umidade relativa do ar é alta em comparação com o restante do ano, na média de 23%.
Na largada da prova teremos uma temperatura amena (entre 16ºC), portanto, prepare-se com roupas adequadas! Até o final da prova os termômetros deverão chegar à casa dos 30ºC, explica o dirigente. A saída dos atletas está programada para as 7h numa altitude de 2.400m e durante o trajeto eles chegarão a 2.680m. A variação da altimétrica será pequena e os efeitos da altitude são praticamente impercebíveis em função do período da umidade do verão, garante o organizador.
Trajeto - O percurso será bem diversificado em meio à cordilheira de sal para a prova maior, com cinco quilômetros de asfalto, 21 de estrada de terra (terreno macio e liso de areia e sal), além de dois quilômetros de duna e 14 de terreno plano entre Cânions no Vale da Lua e Vale da Morte. Já na prova menor os corredores vão encarar cinco quilômetros de asfalto, oito de terra batida, dois em dunas e oito pelos cânions.
Os postos de hidratação estarão distribuídos a cada cinco quilômetros com água e Gatorade e nos quilômetros 15, 25 e 35 haverá postos com frutas, carboidrato em gel e suplementos.
Corrida de Montanha · 18 out, 2011
Direto de Florianópolis (SC) - Acordar cedo para encarar uma prova de revezamento na Ilha da Magia é algo rotineiro para muitos atletas que participaram da edição 2011 do Mountain Do Lagoa da Conceição no último sábado (15/10). Mas, para outra parcela dos inscritos tudo era uma grande novidade, principalmente correr em percursos fora do asfalto.
A primeira largada aconteceu às 8h para as equipes iniciantes, enquanto às 9h15 saíram as mais experientes, num trecho que englobou calçamento, asfalto e areia da praia, além de um trecho de mangue. O primeiro contato com a natureza aconteceu no Beco da Lua, uma passagem pelo mangue sobre tábuas até chegar à Praia da Joaquina.
Para chegar à Joaca, como é conhecida entre os manezinhos da ilha uma das mais famosas praias de Floripa, foi necessário encarar um trecho de dunas, com muita areia fofa, subidas e descidas íngremes. A prova seguiu seu curso e a cada posto de troca a empolgação das equipes contagiava cada atleta que chegava ou saía para correr.
Após chegar ao posto do Projeto Tamar, na Cidade da Barra (Barra da Lagoa), Eduardo Moreira explicou a estratégia para correr bem na categoria dupla. Eu faço esse trecho desde que comecei a correr o Mountain Do e acho que é o mais difícil de todos. Então me poupei em alguns momentos para agüentar os outros . Ainda segundo o representante da equipe Subway Runner`s Team, o objetivo da equipe era chegar pelo menos em terceiro na categoria, feito alcançado ao fim da disputa.
Sem perder a pose - O Mountain Do é uma prova de resistência em meio à natureza, na qual os participantes encaram lama, mato, água, mas algumas meninas parecem não se incomodar com isso. É o caso de Denise Ventura, da New Pace, que antes de sair para seu trecho retocava a maquiagem e arrumava o cabelo para literalmente sair bonita na foto enquanto corria. A adrenalina vai a mil, o cabelo chega detonado no fim, mas não tem problema, o que vale é ser feliz, comenta a corredora que disputa o revezamento pela segunda vez.
As adversidades são atenuadas pelo visual que a Ilha proporciona, fato que Natasha Limoli comprovou no morro das aranhas, que liga a Praia da Galheta à Lagoa da Conceição. Pensei que fosse conseguir correr o percurso inteiro, mas tem muita pedra e é bem fácil de machucar. Mas a paisagem vale a pena, relata a representante da Educative Runners, que disputou o Mountain Do pela primeira vez. Apesar de gostar da natureza, foi minha primeira experiência numa competição, explica a corredora de Balneário Camboriu (SC).
Após saírem do Projeto Tamar, os competidores foram até o Hotel Engenho Eco Park, no Rio Vermelho, num percurso praticamente plano, com uma inclinação final de 500 metros de extensão e 100 metros de altitude. Foi um trecho muito legal pela variação de paisagem. Enfrentei praia, trilha e estrada de chão, conta Lilian de Oliveira, representante da Master Adventure 4.
Força Psicológica - Se os corredores que já fizeram seus respectivos trechos precisam demonstrar força e resistência para entregar o bastão para seus colegas, aqueles que ficam aguardando a chegada do companheiro precisam de muita concentração. É o caso de Sabrina Scoss, da Educative Runners, que se concentrava escutando música. É minha primeira participação em prova e já comecei no Mountain Do. É muito legal a expectativa de aguardar sua colega chegar para poder disparar e completar o trecho. No repertório do mp3 player emprestado de uma amiga, diversos ritmos ajudavam na motivação. Tem Muse, Black Eye Peas e até axé, que eu não gosto muito, mas está valendo.
Depois de passar pelos 73 quilômetros da disputa e enfrentar diversos obstáculos naturais, cruzar a linha de chegada junto com a equipe era o objetivo de todos os atletas. Saltos, gritos, choros e até cambalhotas faziam parte do repertório de comemorações.
A equipe de militares da equipe Zimba Team foi uma das que fez uma grande festa após a cruzar a linha final. Eu geralmente faço o último percurso, mas dessa vez corri nas trilhas e senti um pouco de dificuldade nas subidas. Mas a equipe está acostumada a se superar e não foi um grande problema. Sobre o nome da equipe, ele explica que o grupo foi apelidado de Os imbatíveis e eles resolveram brincar com o jargão e criaram o Zimba Team.
Enquanto algumas equipes brigavam pelos primeiros lugares do pódio, outras buscavam apenas completar, como no caso do octeto feminino Floripa Runners 2, última a cruzar a linha de chegada. Foi um superação incrível, pois foi um dos piores trechos que já fiz. Corri 9,8 quilômetros, não faço toda essa distância na rua, então foi bem complicado. Mas valeu a pena, relata a estreante Tatiane Matei.
O Mountain Do Lagoa da Conceição chegou à sua oitava edição e está totalmente consolidado no mercado de corridas, segundo Euclides S Neto, o Kiko, responsável pela organização. Sempre podemos melhorar, mas acho que já atingimos um nível de excelência muito bom.
Corrida de Montanha · 16 out, 2011
Direto de Florianópolis (SC) - A equipe Companhia da Corrida, de Joiville, mais uma vez sobrou na disputa do Mountain Do Lagoa da Conceição e faturou o oitavo título da competição catarinense, disputada no último sábado (15/10. O time teve problemas, foi penalizado, mas ainda assim garantiu o primeiro posto com 5h21min26*.
A Companhia da Corrida foi inscrita na disputa como um octeto, mas teve problemas para escalar os oito atletas, motivo pelo qual competiu como um quarteto. A partir daí começaram os problemas, já que cada corredor teve que se doar ainda mais em cada trecho para evitar que os adversários fossem mais rápidos.
A equipe largou às 9h15, junto com os demais representantes da elite, e cruzou a linha de chegada às 14h21min26. De acordo com o regulamento do Mountain Do, caso algum atleta desfalque a equipe em determinado trecho, o competidor anterior ou o posterior deve ser o substituto oficial, coisa que não aconteceu com a Cia da Corrida. Isso porque, com a falta de quatro atletas, a configuração da equipe teve que ser acertada de acordo com a necessidade de se alcançar a excelência em cada percurso.
Esse foi o motivo alegado pelos organizadores para penalizar os campeões, se baseando na regra 17. Mesmo assim, Ivan Razeiro coordenador do time, se disse satisfeito com mais um caneco dourado adicionado à galeria do time.
Esse é um evento especial para nós e sempre nos dedicamos a muito a ale, afirma Ivan. Tivemos muitas dificuldades para escalar o octeto esse ano, mas conseguimos atletas de qualidade dispostos a participar, completa o treinador. Ele conta ainda que os demais quartetos estavam muito fortes, o que valoriza ainda mais a vitória da equipe.
O formato do Mountain Do permite que qualquer time (dupla, quarteto ou octeto) brigue pelo título de campeão geral, característica elogiada por Ivan Razeiro. A cada ano aparecem grupos mais rápidos e para nós é legal ter a chance de propiciar a diferentes atletas a experiência de participar de um evento como esse.
Para faturar o octacampeonato eles usaram como estratégia acelerar desde o começo da disputa para abrir vantagem em relação aos adversários. Saímos na frente logo depois da largada, ainda no trecho de asfalto, e depois só mantivemos o ritmo, finaliza Ivan.
Corrida de Montanha · 15 out, 2011
Direto de Florianópolis - Na manhã e tarde deste sábado (15/10) a cidade de Florianópolis (SC) recebeu a edição 2011 do Mountain Do Lagoa da Conceição, competição com mais de 70 quilômetros disputada em terreno fora de estrada. A primeira equipe a cruzar a linha de chegada foi o quarteto misto Polícia Militar de Santa Catarina.
O atleta a fechar a prova correndo o último trecho foi o Sargento Assunção, que cruzou a linha de chegada após 6h08min50 de competição. Correr em oito pessoas já é complicado, num quarteto então é ainda mais difícil, relata o representante da Polícia. As dificuldades são em dobro, mas gostamos de desafios e esse foi mais um completado, ressalta.
Apesar de ter cruzado a linha de chegada em primeiro, isso não garante à equipe a vitória na competição, já que cada categoria largou num horário diferente e é preciso aguardar a apuração dos resultados oficiais para apontar os campeões. O octeto Companhia da Corrida é o grande favorito e defende a invencibilidade de sete vitórias.
O time de Joinville foi o terceiro a chegar na prova deste sábado, com o tempo de 6h18min21. O resultado oficial será divulgado durante o almoço de premiação a partir das 11h deste domingo (16/10).
Corrida de Montanha · 15 out, 2011
Direto de Florianópolis (SC) - As equipes já começaram a largar para a edição 2011 do Mountain Do Lagoa da Conceição, em Florianópolis, Santa Catarina. Ao todo serão mais de 70 quilômetros em trilhas, bosques, praias e outros terrenos fora de estrada em torno da ilha da magia.
Euclides S. Neto, o Kiko, responsável pela competição, comenta que os atletas encontrarão pela frente um evento bem organizado e maduro do ponto de vista organizacional. Esse é o oitavo ano e já temos o evento consolidado. A prova vem numa crescente e conseguimos atingir o limite de 170 equipes. Sobre o trajeto, Kiko diz que as belas paisagens da ilha fazem qualquer um esquecer o cansaço. É um percurso belíssimo.
As equipes partiram do Lagoa Iate Cluble, com temperatura na marca dos 20 graus, mas sem chuva, apesar das nuvens carregadas pairarem o céu da cidade. Vamos pedir para São Pedro trazer um pouco de sol no começo da tarde, conclui o organizador.
Os times passarão por diversos postos de troca ao longo do percurso, até cruzarem a linha de chegada no mesmo local do tiro de partida. A previsão é que o grupo campeão chegue entre 14h30 e 15h.
Corrida de Montanha · 14 out, 2011
A etapa da Lagoa da Conceição do circuito Mountain Do de corridas de aventura será disputada nesse final de semana em Florianópolis. As equipes já estão prontas para o revezamento nos 73 quilômetros de prova por diferentes terrenos e mais de mil atletas estão inscritos para a corrida, divididos em 158 equipes duplas, quartetos ou octetos.
Os membros da equipe amadora de Curitiba Pé no Asfalto, que correrá com um quarteto misto e um quarteto feminino, já conhecem o percurso. Eu corro Mountain Do desde 2005, a equipe desde 2009, conta um dos fundadores do grupo, Mauro Raffael.
A Pé no Asfalto surgiu em 2009, quando Mauro e outros seis colegas deixaram a equipe em que estavam e criaram seu próprio time de fundistas, que tem até site - www.penoasfalto.com.br. O nome da equipe, sugestão do próprio Mauro, foi escolhido por fazer fácil referência ao esporte e ser em português.
Vimos que era um nome fácil de guardar e deu certo, hoje o grupo conta com 23 pessoas, diz o fundador. Não fazemos divulgação, as pessoas entram por indicação de amigos, explica, acrescentando que os três dias de evento estreitam as amizades do grupo.
Como vamos sempre na sexta-feira e ficamos até o almoço de domingo, o grupo fica reunido. Isso fortalece os laços, principalmente com o pessoal que está entrando agora. Outro diferencial do Mountain Do, segundo o corredor, é a variedade de terrenos. É uma prova diferenciada. Tem trilha, praia e asfalto, agrada tudo quanto é tipo de atleta, analisa.
Estreantes - A paixão pelas provas fora das ruas levou à formação de novas equipes. É o caso da Quatro Corredores e um Destino, quarteto misto capitaneado por Carla Schneider. Gostamos mais de corrida de aventura, conta Carla. Três de nós corremos o Mountain Do do Costão do Santinho e o K42 de Bombinhas (SC), diz a corredora.
Será a primeira prova da Quatro Corredores e um Destino, formada há poucos meses. Conheci dois deles em um grupo de corrida do Facebook chamado Loucos por Corrida e o outro é meu professor na academia, explica Carla.
O nome da equipe é uma brincadeira que reflete o espírito do grupo. Corremos para curtir, não estamos preocupados com os tempos, afirma. Mas isso não significa falta de dedicação os quatro integrantes correram a última Maratona de Santa Catarina (02/10).
Outra equipe estreante e com nome bem humorado é a Velhos Bigodes, dupla masculina. Flávio Lobo, um dos membros, explica a origem da equipe. Fizemos faculdade de Medicina juntos e os bigodes era uma expressão da nossa turma, diz o corredor. Como já passaram mais de dez anos, agora somos os Velhos Bigodes, conta Flávio.
Segundo Flávio, a última vez que competiu com seu colega foi em 2001, em uma prova de Natação. Estamos preparados para chegar em último, brinca. A gente completa a prova, mas vamos num ritmo devagarzinho, continua o atleta, antes de revelar que os Velhos Bigodes nem são tão velhos assim, ambos na casa dos 35 anos.
Será a primeira prova de cross country dos dois corredores. Ele foi atleta dos bons quando novo, mas agora está gordinho. Vamos ver se ele se motiva para corrermos outras, conclui Flávio.
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