Cob_Jogos_Paraolímpicos

Paraolímpicos chegam amanhã no Brasil

Esporte Adaptado · 30 set, 2004

Os atletas paraolímpicos chegam nesta sexta-feira no Brasil. Depois de ficarem quase um mês em Atenas eles voltam para casa com muitas medalhas. Ao todo foram 33 metais entre ouro, prata e bronze.

A delegação chegará em três vôos. Um deles irá para o rio de Janeiro e os demais para São Paulo. Os atletas de atletismo desembarcarão às 4h40 no aeroporto de Cumbica, SP.


Paraolímpicos chegam amanhã no Brasil

Esporte Adaptado · 30 set, 2004

Os atletas paraolímpicos chegam nesta sexta-feira no Brasil. Depois de ficarem quase um mês em Atenas eles voltam para casa com muitas medalhas. Ao todo foram 33 metais entre ouro, prata e bronze.

A delegação chegará em três vôos. Um deles irá para o rio de Janeiro e os demais para São Paulo. Os atletas de atletismo desembarcarão às 4h40 no aeroporto de Cumbica, SP.

Artigo: Heróis Paraolímpicos

Esporte Adaptado · 29 set, 2004

Foram 10 dias de competição e superação nos Jogos Paraolímpicos de Atenas. E ontem os heróis brasileiros participaram da festa de encerramento. Heróis? Isso mesmo heróis por conseguirem voltar para o Brasil com a melhor campanha paraolímpica da história do país.

E a campanha foi boa mesmo. Os brazucas paradesportos conseguiram conquistar 33 medalhas. Destas 14 eram de ouro, 12 de prata e 7 de bronze. E esse ano a cobertura da mídia nas paraolimpíadas melhorou um pouco.

Só não melhorou mais porque telejornal de horário nobre preferiu dar notas sobre os Jogos ao invés de colocar matérias no ar. Enquanto nas olimpíadas metade desse mesmo jornal era dedicado só para Atenas.

Em contrapartida alguns impressos trabalharam direitinho. Hoje (29) pode-se encontrar em vários jornais notícias da conquista do metal dourado pelo futebol de cinco. “É ouro e contra a Argentina”, diz o título da matéria do Jornal da Tarde.

Agora é esperar para ver se essa atenção com os paraolímpicos vai continuar mesmo depois de Atenas. Ou se vai voltar somente nos Jogos Paraolímpicos de Pequim.


Artigo: Heróis Paraolímpicos

Esporte Adaptado · 29 set, 2004

Foram 10 dias de competição e superação nos Jogos Paraolímpicos de Atenas. E ontem os heróis brasileiros participaram da festa de encerramento. Heróis? Isso mesmo heróis por conseguirem voltar para o Brasil com a melhor campanha paraolímpica da história do país.

E a campanha foi boa mesmo. Os brazucas paradesportos conseguiram conquistar 33 medalhas. Destas 14 eram de ouro, 12 de prata e 7 de bronze. E esse ano a cobertura da mídia nas paraolimpíadas melhorou um pouco.

Só não melhorou mais porque telejornal de horário nobre preferiu dar notas sobre os Jogos ao invés de colocar matérias no ar. Enquanto nas olimpíadas metade desse mesmo jornal era dedicado só para Atenas.

Em contrapartida alguns impressos trabalharam direitinho. Hoje (29) pode-se encontrar em vários jornais notícias da conquista do metal dourado pelo futebol de cinco. “É ouro e contra a Argentina”, diz o título da matéria do Jornal da Tarde.

Agora é esperar para ver se essa atenção com os paraolímpicos vai continuar mesmo depois de Atenas. Ou se vai voltar somente nos Jogos Paraolímpicos de Pequim.

Último dia de Jogos Paraolímpicos em Atenas

Esporte Adaptado · 28 set, 2004

Conquista após conquista, recorde atrás de recorde. Assim vem sendo a rotina do Brasil nas Paraolimpíadas de Atenas. No penúltimo dia de competições, o Brasil já tem a sua melhor participação na história dos Jogos, com 32 medalhas, sendo treze de ouro, doze de prata e sete de bronze. Na tarde desta segunda-feira (27), o Brasil conquistou mais nove medalhas. Foram duas de ouro, quatro de prata e três de bronze, transformando-se no melhor desempenho do país em quantidade de medalhas ganhas na Grécia em um único dia.

Mais uma vez o destaque foi o nadador Clodoaldo Silva, que venceu duas medalhas de ouro. A primeira foi nos 50m livres, na categoria S-4(paralisados cerebrais), quebrando o recorde mundial e paraolímpico da prova, com 34s51. O segundo foi no revezamento 4 x 50m medley, até 20 pontos, que contou também com a participação de Francisco Avelino, Adriano Lima e Luís Silva.

Com o desempenho de hoje, Clodoaldo somou nos Jogos de Atenas seis medalhas de ouro e uma de prata, superando, qualitativamente, o americano Michael Phelps, que ficou com seis de ouro e duas de bronze, nas Olimpíadas. Apesar do seu excelente resultado, ele não quer comparações e falou após a emocionante vitória no revezamento.

"Essa foi a vitória mais emocionante, porque mostramos a união do nosso grupo. Mas gostaria de deixar claro que não gosto de comparações. Cada um tem que ser reconhecido por seus próprios méritos. Eu não sou o Michael Phelps brasileiro, e sim o Clodoaldo do Brasil", afirmou o campeão.

A primeira medalha do dia saiu do Futebol de 7, para paralisados cerebrais. Na final contra a Ucrânia, o Brasil não conseguiu superar o desfalque de três jogadores, expulsos na semifinal contra a Argentina, e perdeu por 4 a 1, mantendo a escrita de nunca ter ganho dos ucranianos. O gol de honra do Brasil foi marcado por José Guimarães, o Zeca.

As outras conquistas vieram do atletismo. E foi André Garcia que abriu caminho, com o segundo lugar nos 100m rasos, classe T-13 (deficiência visual). Ádria Santos e Terezinha Guilhermina, nos 400m, classe T-11 (deficientes visuais) ficaram com a prata e o bronze, respectivamente. Gilson dos Anjos levou a prata nos 800m, classe T-13 (deficientes visuais), Odair dos Santos, nos 800m classe T-12 (deficientes visuais) e Ozivan Bonfim, nos 5000m da classe T-46 (paralisados cerebrais e amputados de membro superior), ficaram com o bronze.

Hoje (28), último dia de competições das Paraolimpíadas de Atenas, o
Brasil ainda disputa mais um ouro no Futebol de 5, para cegos, contra a Argentina. Se vencer, a delegação brasileira, patrocinada pela Loterias da Caixa, ultrapassa o México no quadro geral de medalhas, ficando atrás de EUA e Canadá, e alcançando o objetivo de estar entre os três países das Américas no esporte paraolímpico.

Antes de Atenas, a melhor participação do Brasil em Paraolimpíadas tinha sido em Stoke Mandeville, na Inglaterra, e New York, em 1984.
Excepcionalmente naquele ano, as Paraolimpíadas aconteceram em duas cidades diferentes e o Brasil conquistou sete ouros, 17 de prata e quatro de bronze.

O repórter Felipe Kozlowski viajou a Atenas a convite da Loterias da Caixa, patrocinadora oficial do Comitê Paraolímpico Brasileiro.


Último dia de Jogos Paraolímpicos em Atenas

Esporte Adaptado · 28 set, 2004

Conquista após conquista, recorde atrás de recorde. Assim vem sendo a rotina do Brasil nas Paraolimpíadas de Atenas. No penúltimo dia de competições, o Brasil já tem a sua melhor participação na história dos Jogos, com 32 medalhas, sendo treze de ouro, doze de prata e sete de bronze. Na tarde desta segunda-feira (27), o Brasil conquistou mais nove medalhas. Foram duas de ouro, quatro de prata e três de bronze, transformando-se no melhor desempenho do país em quantidade de medalhas ganhas na Grécia em um único dia.

Mais uma vez o destaque foi o nadador Clodoaldo Silva, que venceu duas medalhas de ouro. A primeira foi nos 50m livres, na categoria S-4(paralisados cerebrais), quebrando o recorde mundial e paraolímpico da prova, com 34s51. O segundo foi no revezamento 4 x 50m medley, até 20 pontos, que contou também com a participação de Francisco Avelino, Adriano Lima e Luís Silva.

Com o desempenho de hoje, Clodoaldo somou nos Jogos de Atenas seis medalhas de ouro e uma de prata, superando, qualitativamente, o americano Michael Phelps, que ficou com seis de ouro e duas de bronze, nas Olimpíadas. Apesar do seu excelente resultado, ele não quer comparações e falou após a emocionante vitória no revezamento.

"Essa foi a vitória mais emocionante, porque mostramos a união do nosso grupo. Mas gostaria de deixar claro que não gosto de comparações. Cada um tem que ser reconhecido por seus próprios méritos. Eu não sou o Michael Phelps brasileiro, e sim o Clodoaldo do Brasil", afirmou o campeão.

A primeira medalha do dia saiu do Futebol de 7, para paralisados cerebrais. Na final contra a Ucrânia, o Brasil não conseguiu superar o desfalque de três jogadores, expulsos na semifinal contra a Argentina, e perdeu por 4 a 1, mantendo a escrita de nunca ter ganho dos ucranianos. O gol de honra do Brasil foi marcado por José Guimarães, o Zeca.

As outras conquistas vieram do atletismo. E foi André Garcia que abriu caminho, com o segundo lugar nos 100m rasos, classe T-13 (deficiência visual). Ádria Santos e Terezinha Guilhermina, nos 400m, classe T-11 (deficientes visuais) ficaram com a prata e o bronze, respectivamente. Gilson dos Anjos levou a prata nos 800m, classe T-13 (deficientes visuais), Odair dos Santos, nos 800m classe T-12 (deficientes visuais) e Ozivan Bonfim, nos 5000m da classe T-46 (paralisados cerebrais e amputados de membro superior), ficaram com o bronze.

Hoje (28), último dia de competições das Paraolimpíadas de Atenas, o
Brasil ainda disputa mais um ouro no Futebol de 5, para cegos, contra a Argentina. Se vencer, a delegação brasileira, patrocinada pela Loterias da Caixa, ultrapassa o México no quadro geral de medalhas, ficando atrás de EUA e Canadá, e alcançando o objetivo de estar entre os três países das Américas no esporte paraolímpico.

Antes de Atenas, a melhor participação do Brasil em Paraolimpíadas tinha sido em Stoke Mandeville, na Inglaterra, e New York, em 1984.
Excepcionalmente naquele ano, as Paraolimpíadas aconteceram em duas cidades diferentes e o Brasil conquistou sete ouros, 17 de prata e quatro de bronze.

O repórter Felipe Kozlowski viajou a Atenas a convite da Loterias da Caixa, patrocinadora oficial do Comitê Paraolímpico Brasileiro.

Maratonista Aurélio Guedes não consegue o ouro e chora

Esporte Adaptado · 26 set, 2004

As lágrimas derramadas sobre a pista do histórico Estádio Panathinaiko, na manhã deste domingo, após a chegada da Maratona Paraolímpica de Atenas, não eram lágrimas de felicidade. Era um choro triste, muito sofrido, que o maratonista brasileiro Aurélio Guedes fez questão de externar, provocando um contraste com a imagem de felicidade da maioria dos atletas que completavam a prova.

Apesar de ser um vitorioso na vida e no esporte, com vários títulos
importantes em seu currículo, a decepção da derrota, por alguns minutos, deixou o brasileiro arrasado na pista, sob olhares perplexos de torcedores e de alguns brasileiros que tentavam consolar e motivar Aurélio.

Considerado um dos favoritos para levar o ouro na prova mais tradicional do atletismo mundial, Aurélio teve dificuldades no percurso, e chegou em décimo lugar, com o tempo de 2h51min45s. Tentando controlar o choro, a decepção do brasileiro era motivada porque a sua preparação nos últimos anos foi totalmente voltada para as Paraolimpíadas de Atenas, competição na qual ele buscava um pódio inédito para o Brasil. Tanta confiança era baseada nas últimas participações dele mesmo em competições internacionais importantes, como, por exemplo, a Maratona de Tóquio deste ano, quando
sagrou-se vencedor.

Pouco tempo depois de receber o consolo de membros da delegação brasileira, Aurélio disse as primeiras palavras, ainda com a voz embargada, para tentar explicar tamanha decepção.

"Eu tentei, me preparei muito para esse momento, mas tenho consciência que nem todo mundo ganha. A alegria é de dois ou três, talvez a tristeza seja da maioria. Tenho que entender que isso é normal. Pode ser que eu perca aqui e ganhe depois, como já aconteceu outras vezes. Vou tentar levantar a cabeça, mas é muito frustrante chegar aqui, depois de toda preparação que fiz, e não conseguir o resultado esperado", lamentou Aurélio, admitindo que talvez
tenha errado em sua preparação ao treinar pouca nas subidas.

Os problemas de Aurélio começaram por volta do Km 10, no início da
subida, quando ele estava em segundo lugar e começou a diminuir sua passada. Ao chegar no Km 30, o brasileiro já estava distante do pelotão de frente, e ainda foi vítima de uma forte dor no baço, que o tirou da prova por dois minutos, até se recompor e continuar correndo. E foi correndo que Aurélio entrou no Panatinaiko, muito mais vazio do que na final da Maratona Olímpica, quando outro brasileiro, Vanderlei Cordeiro de Lima,apesar de prejudicado por um fanático religioso, chorou de alegria ao cruzar em terceiro.

"Vinha no meu ritmo até o décimo quilômetro, que era uma parte gostosa da prova, mas depois senti muito a subida e não consegui mais me recuperar. Tentei continuar forçando o ritmo, mas a minha condição piorou, afetada por uma forte dor no baço. Pensando melhor, agora vejo que terminar a prova também foi importante. Posso até dizer que foi uma vitória, bem diferente da que eu imaginava, mas acabei vencendo", explicou o maratonista, que tem 41 anos e compete na classe T-12 (deficientes visuais que enxergam vultos) e
teve a companhia do atleta-guia e maratonista profissional Reginaldo Recofka Silva.

Aurélio agradeceu o apoio que a delegação brasileira, patrocinada pela Loterias da Caixa, vem recebendo da mídia. Segundo ele, os atletas paraolímpicos já mereciam uma atenção maior há muito tempo, pois o esforço para se chegar ao patamar em que eles estão é tão grande ou até maior do que o dos atletas olímpicos. Mas ressaltou que o mais importante é que esse apoio não desapareça depois dos Jogos.

Aurélio é morador de Marília, em São Paulo, e virou atleta paraolímpico em 1996. Sua deficiência é originária de um acidente de moto, sofrido aos 24 anos de idade, que o deixou com apenas 15% de sua capacidade de visão. Bem-humorado e divertido, Aurélio é um dos atletas mais queridos do meio paraolímpico. Durante as viagens, leva sempre rapadura para distribuir aos estrangeiros, principalmente as mulheres. Sob a supervisão do técnico Ciro Winckler, o maratonista treina em média cinco horas por dia.

O repórter Felipe Kozlowski viajou para Atenas convidado pelas Loterias da Caixa, patrocinadora oficial do Comitê Paraolímpico Brasileiro.


Maratonista Aurélio Guedes não consegue o ouro e chora

Esporte Adaptado · 26 set, 2004

As lágrimas derramadas sobre a pista do histórico Estádio Panathinaiko, na manhã deste domingo, após a chegada da Maratona Paraolímpica de Atenas, não eram lágrimas de felicidade. Era um choro triste, muito sofrido, que o maratonista brasileiro Aurélio Guedes fez questão de externar, provocando um contraste com a imagem de felicidade da maioria dos atletas que completavam a prova.

Apesar de ser um vitorioso na vida e no esporte, com vários títulos
importantes em seu currículo, a decepção da derrota, por alguns minutos, deixou o brasileiro arrasado na pista, sob olhares perplexos de torcedores e de alguns brasileiros que tentavam consolar e motivar Aurélio.

Considerado um dos favoritos para levar o ouro na prova mais tradicional do atletismo mundial, Aurélio teve dificuldades no percurso, e chegou em décimo lugar, com o tempo de 2h51min45s. Tentando controlar o choro, a decepção do brasileiro era motivada porque a sua preparação nos últimos anos foi totalmente voltada para as Paraolimpíadas de Atenas, competição na qual ele buscava um pódio inédito para o Brasil. Tanta confiança era baseada nas últimas participações dele mesmo em competições internacionais importantes, como, por exemplo, a Maratona de Tóquio deste ano, quando
sagrou-se vencedor.

Pouco tempo depois de receber o consolo de membros da delegação brasileira, Aurélio disse as primeiras palavras, ainda com a voz embargada, para tentar explicar tamanha decepção.

"Eu tentei, me preparei muito para esse momento, mas tenho consciência que nem todo mundo ganha. A alegria é de dois ou três, talvez a tristeza seja da maioria. Tenho que entender que isso é normal. Pode ser que eu perca aqui e ganhe depois, como já aconteceu outras vezes. Vou tentar levantar a cabeça, mas é muito frustrante chegar aqui, depois de toda preparação que fiz, e não conseguir o resultado esperado", lamentou Aurélio, admitindo que talvez
tenha errado em sua preparação ao treinar pouca nas subidas.

Os problemas de Aurélio começaram por volta do Km 10, no início da
subida, quando ele estava em segundo lugar e começou a diminuir sua passada. Ao chegar no Km 30, o brasileiro já estava distante do pelotão de frente, e ainda foi vítima de uma forte dor no baço, que o tirou da prova por dois minutos, até se recompor e continuar correndo. E foi correndo que Aurélio entrou no Panatinaiko, muito mais vazio do que na final da Maratona Olímpica, quando outro brasileiro, Vanderlei Cordeiro de Lima,apesar de prejudicado por um fanático religioso, chorou de alegria ao cruzar em terceiro.

"Vinha no meu ritmo até o décimo quilômetro, que era uma parte gostosa da prova, mas depois senti muito a subida e não consegui mais me recuperar. Tentei continuar forçando o ritmo, mas a minha condição piorou, afetada por uma forte dor no baço. Pensando melhor, agora vejo que terminar a prova também foi importante. Posso até dizer que foi uma vitória, bem diferente da que eu imaginava, mas acabei vencendo", explicou o maratonista, que tem 41 anos e compete na classe T-12 (deficientes visuais que enxergam vultos) e
teve a companhia do atleta-guia e maratonista profissional Reginaldo Recofka Silva.

Aurélio agradeceu o apoio que a delegação brasileira, patrocinada pela Loterias da Caixa, vem recebendo da mídia. Segundo ele, os atletas paraolímpicos já mereciam uma atenção maior há muito tempo, pois o esforço para se chegar ao patamar em que eles estão é tão grande ou até maior do que o dos atletas olímpicos. Mas ressaltou que o mais importante é que esse apoio não desapareça depois dos Jogos.

Aurélio é morador de Marília, em São Paulo, e virou atleta paraolímpico em 1996. Sua deficiência é originária de um acidente de moto, sofrido aos 24 anos de idade, que o deixou com apenas 15% de sua capacidade de visão. Bem-humorado e divertido, Aurélio é um dos atletas mais queridos do meio paraolímpico. Durante as viagens, leva sempre rapadura para distribuir aos estrangeiros, principalmente as mulheres. Sob a supervisão do técnico Ciro Winckler, o maratonista treina em média cinco horas por dia.

O repórter Felipe Kozlowski viajou para Atenas convidado pelas Loterias da Caixa, patrocinadora oficial do Comitê Paraolímpico Brasileiro.

Brasil tem 21 medalhas Paraolímpicas

Esporte Adaptado · 25 set, 2004

O Brasil paraolímpico já tem 21 metais conquistados no quadro de medalhas e está na 15ª posição. Desse total 9 são de ouro, 8 de prata e 4 de bronze. Confira a lista dos atletas medalhistas e a modalidade:

Ouro -

- Natação 100 m livre S4, Clodoaldo Silva
- Natação 50 m borboleta S4, Clodoaldo Silva
- Natação 200 m livre S4, Clodoaldo Silva
- Judô Meio-pesado (até 100 kg), Antônio Tenório
- Atletismo 100 m rasos T11, Ádria Santos
- Atletismo 200 m rasos T13, André Garcia
- Atletismo 200 m rasos T46, Antônio Delfino
- Atletismo 400 m rasos T46, Antônio Delfino
- Lançamento de Disco, Suely Guimarães

Prata -

- Judô Ligeiro (até 48 kg), Karla Cardoso
- Judô Leve (até 73 kg), Eduardo Paes
- Natação 50 m costas S4, Edênia Nogueira Garcia
- Atletismo 1.500 m T13, Odair Santos
- 200 m rasos T11, Ádria Santos
- Natação 100 m peito SB4, Ivanildo Vasconcelos
- 4x50 m - 20 pontos - Clodoaldo Silva/Joon Sok Seo/Luis Silva/Adriano Lima
- Atletismo 5.000 m T12, Odair Santos


Bronze -

- Judô Leve (até 57 kg), Daniele Bernardes
- Atletismo 200 m rasos T12, Maria José Alves
- Natação 100 m peito SB4, Francisco Avelino
- Atletismo 100 m rasos T12, Maria José Alves


Brasil tem 21 medalhas Paraolímpicas

Esporte Adaptado · 25 set, 2004

O Brasil paraolímpico já tem 21 metais conquistados no quadro de medalhas e está na 15ª posição. Desse total 9 são de ouro, 8 de prata e 4 de bronze. Confira a lista dos atletas medalhistas e a modalidade:

Ouro -

- Natação 100 m livre S4, Clodoaldo Silva
- Natação 50 m borboleta S4, Clodoaldo Silva
- Natação 200 m livre S4, Clodoaldo Silva
- Judô Meio-pesado (até 100 kg), Antônio Tenório
- Atletismo 100 m rasos T11, Ádria Santos
- Atletismo 200 m rasos T13, André Garcia
- Atletismo 200 m rasos T46, Antônio Delfino
- Atletismo 400 m rasos T46, Antônio Delfino
- Lançamento de Disco, Suely Guimarães

Prata -

- Judô Ligeiro (até 48 kg), Karla Cardoso
- Judô Leve (até 73 kg), Eduardo Paes
- Natação 50 m costas S4, Edênia Nogueira Garcia
- Atletismo 1.500 m T13, Odair Santos
- 200 m rasos T11, Ádria Santos
- Natação 100 m peito SB4, Ivanildo Vasconcelos
- 4x50 m - 20 pontos - Clodoaldo Silva/Joon Sok Seo/Luis Silva/Adriano Lima
- Atletismo 5.000 m T12, Odair Santos


Bronze -

- Judô Leve (até 57 kg), Daniele Bernardes
- Atletismo 200 m rasos T12, Maria José Alves
- Natação 100 m peito SB4, Francisco Avelino
- Atletismo 100 m rasos T12, Maria José Alves

Mais um dia positivo em Atenas

Esporte Adaptado · 23 set, 2004

O Brasil paraolímpico entrou no sexto dia de competições em Atenas com
boas notícias. Às 10h40 (4h40 de Brasília) desta quinta-feira, com
26s59, a maior ganhadora de medalhas paraolímpicas para o Brasil venceu a semifinal dos 200m rasos. Nos 100m da categoria T12 (baixa visão), Maria José Ferreira Alves, a “Zezé”, fez o melhor tempo da semifinal,com 12s67. Ádria e Zezé competem a grande final dos 200m e dos 100m amanhã, a partir das 17h20 do horário grego (11h20 de Brasília).

Mais uma vez os brasileiros provaram quem é que domina o jogo quando o
assunto é futebol. No campo 1 do Centro Olímpico de Hóquei, a seleção
russa, atual campeã paraolímpica de futebol de 7 (paralisados cerebrais), caiu diante da forte marcação brasileira e perdeu por 2 a 1.Com o resultado, o Brasil se classificou em primeiro lugar do grupo B e vai encarar a Argentina no sábado, 25, pela semifinal.

E assim segue o Brasil Paraolímpico, com muitas medalhas e espírito de
conquista a cada momento. Amanhã, além do atletismo, é dia de natação,
goalball, basquetebol e de futebol de cinco (para cegos), que enfrenta a atual campeã mundial, a Argentina.


Mais um dia positivo em Atenas

Esporte Adaptado · 23 set, 2004

O Brasil paraolímpico entrou no sexto dia de competições em Atenas com
boas notícias. Às 10h40 (4h40 de Brasília) desta quinta-feira, com
26s59, a maior ganhadora de medalhas paraolímpicas para o Brasil venceu a semifinal dos 200m rasos. Nos 100m da categoria T12 (baixa visão), Maria José Ferreira Alves, a “Zezé”, fez o melhor tempo da semifinal,com 12s67. Ádria e Zezé competem a grande final dos 200m e dos 100m amanhã, a partir das 17h20 do horário grego (11h20 de Brasília).

Mais uma vez os brasileiros provaram quem é que domina o jogo quando o
assunto é futebol. No campo 1 do Centro Olímpico de Hóquei, a seleção
russa, atual campeã paraolímpica de futebol de 7 (paralisados cerebrais), caiu diante da forte marcação brasileira e perdeu por 2 a 1.Com o resultado, o Brasil se classificou em primeiro lugar do grupo B e vai encarar a Argentina no sábado, 25, pela semifinal.

E assim segue o Brasil Paraolímpico, com muitas medalhas e espírito de
conquista a cada momento. Amanhã, além do atletismo, é dia de natação,
goalball, basquetebol e de futebol de cinco (para cegos), que enfrenta a atual campeã mundial, a Argentina.

Quando o equipamento faz diferença

Esporte Adaptado · 22 set, 2004

Atenas (Grécia) - Estamos nos saindo bem nas Paraolimpíadas em natação, judô e atletismo. Por que não nos damos bem em modalidades como basquete em cadeira de rodas ou corrida em cadeira de rodas? Não é só na Fórmula 1 que um bom equipamento ou pneus fazem a diferença. Nos Jogos Paraolímpicos, uma boa cadeira de rodas faz a diferença nas modalidades que as utilizam.

Há cadeiras leves e projetadas especialmente para corridas, rugby, tênis, esgrima, tênis de mesa e outras modalidades. Não por outra razão, o ouro dos 100m feminino do atletismo foi para Chantal Petitclerc, do Canadá, a prata para a Alemanha, e o bronze para os Estados Unidos. São os países que mais investem em equipamentos para portadores de deficiência.

Representantes da Quickie e da Invacare, os maiores fabricantes de cadeira de rodas do mundo, andam pelos bastidores do Complexo Olímpico como olheiros à procura de novos atletas. Muitos dos corredores são patrocinados por eles, que testam cadeiras, aperfeiçoam, como Nelson Piquet fez tanto na Fórmula 1.

Para se ter uma idéia dos projetos avançados e cadeiras com aerodinâmica e de liga leve, a velocidade média do ouro nos 100m feminino, que pertence a Petitclerc, foi de 16m/s, o que dá uns 24 km/h. Nem a mais rápida cadeira de rodas motorizada do mercado a alcançaria. E ela a tocou “no braço”.

Encontrei Robert Hamilton, engenheiro da Quickie, com crachá e credencial passe-livre (acesso a tudo). Ele me disse que há uma revolução nos equipamentos, especialmente cadeiras feitas de titânio. Cada modalidade exige uma cadeira. A de rugby, por exemplo, vem com pára-choques, porque a pancadaria corre solta: para impedir um adversário de avançar, o cara da defesa simplesmente o derruba com sua cadeira, numa trombada que lembra aqueles brinquedos de carrinhos de bate-bate dos parques de diversões. A essência desta modalidade é esta: bater com a cadeira na do outro.

Já aerodinâmica é a palavra das cadeiras de velocidade. Resistência e um centro de gravidade baixo são os quesitos mais importante para o basquete.

Se os fabricantes brasileiros não derem uma forcinha, ainda vamos ver poeira nas modalidades que precisam de cadeiras de rodas.

Mas poderia ser pior. A pequena delegação do Afeganistão tem apenas uma cadeira de rodas. E ela pertence ao chefe da delegação, um amputado. Foi doada pela ONU e, segundo ele, é uma das poucas cadeiras de rodas de todo o país, que esteve em guerra por mais de 20 anos, e o número de deficientes com seqüelas é enorme.

Curiosamente, os atletas de cada modalidade têm os mesmos tiques e manias. Os de tênis de mesa em cadeiras de rodas, por exemplo, antes do saque sempre fazem um “push up”, manobra para aliviar a pressão no traseiro. Os jogadores de basquete, quando caem, levantam-se sozinhos, grudados em suas cadeiras. Já os de rugby precisam de ajuda. Não é mole, não.

O escritor e jornalista Marcelo Rubens Paiva viajou a Atenas a convite da Loterias da Caixa, patrocinadora oficial do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB).


Quando o equipamento faz diferença

Esporte Adaptado · 22 set, 2004

Atenas (Grécia) - Estamos nos saindo bem nas Paraolimpíadas em natação, judô e atletismo. Por que não nos damos bem em modalidades como basquete em cadeira de rodas ou corrida em cadeira de rodas? Não é só na Fórmula 1 que um bom equipamento ou pneus fazem a diferença. Nos Jogos Paraolímpicos, uma boa cadeira de rodas faz a diferença nas modalidades que as utilizam.

Há cadeiras leves e projetadas especialmente para corridas, rugby, tênis, esgrima, tênis de mesa e outras modalidades. Não por outra razão, o ouro dos 100m feminino do atletismo foi para Chantal Petitclerc, do Canadá, a prata para a Alemanha, e o bronze para os Estados Unidos. São os países que mais investem em equipamentos para portadores de deficiência.

Representantes da Quickie e da Invacare, os maiores fabricantes de cadeira de rodas do mundo, andam pelos bastidores do Complexo Olímpico como olheiros à procura de novos atletas. Muitos dos corredores são patrocinados por eles, que testam cadeiras, aperfeiçoam, como Nelson Piquet fez tanto na Fórmula 1.

Para se ter uma idéia dos projetos avançados e cadeiras com aerodinâmica e de liga leve, a velocidade média do ouro nos 100m feminino, que pertence a Petitclerc, foi de 16m/s, o que dá uns 24 km/h. Nem a mais rápida cadeira de rodas motorizada do mercado a alcançaria. E ela a tocou “no braço”.

Encontrei Robert Hamilton, engenheiro da Quickie, com crachá e credencial passe-livre (acesso a tudo). Ele me disse que há uma revolução nos equipamentos, especialmente cadeiras feitas de titânio. Cada modalidade exige uma cadeira. A de rugby, por exemplo, vem com pára-choques, porque a pancadaria corre solta: para impedir um adversário de avançar, o cara da defesa simplesmente o derruba com sua cadeira, numa trombada que lembra aqueles brinquedos de carrinhos de bate-bate dos parques de diversões. A essência desta modalidade é esta: bater com a cadeira na do outro.

Já aerodinâmica é a palavra das cadeiras de velocidade. Resistência e um centro de gravidade baixo são os quesitos mais importante para o basquete.

Se os fabricantes brasileiros não derem uma forcinha, ainda vamos ver poeira nas modalidades que precisam de cadeiras de rodas.

Mas poderia ser pior. A pequena delegação do Afeganistão tem apenas uma cadeira de rodas. E ela pertence ao chefe da delegação, um amputado. Foi doada pela ONU e, segundo ele, é uma das poucas cadeiras de rodas de todo o país, que esteve em guerra por mais de 20 anos, e o número de deficientes com seqüelas é enorme.

Curiosamente, os atletas de cada modalidade têm os mesmos tiques e manias. Os de tênis de mesa em cadeiras de rodas, por exemplo, antes do saque sempre fazem um “push up”, manobra para aliviar a pressão no traseiro. Os jogadores de basquete, quando caem, levantam-se sozinhos, grudados em suas cadeiras. Já os de rugby precisam de ajuda. Não é mole, não.

O escritor e jornalista Marcelo Rubens Paiva viajou a Atenas a convite da Loterias da Caixa, patrocinadora oficial do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB).

Resumo do dia em Atenas

Esporte Adaptado · 22 set, 2004

Atenas (GRE) - O Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência foi comemorado pelo Brasil com duas medalhas nas Paraolimpíadas de Atenas. O nadador Clodoaldo Silva conquistou o ouro nos 200 metros livre e, de quebra, bateu o recorde mundial e paraolímpico da prova, com o tempo de 2min55s75, superando em quase 3 segundos o tempo anterior, do japonês Yuji Hanada, que era de 2min58s62. Hanada acabou ficando com o bronze na final de hoje. A prata foi para o espanhol Richard Oribe. A segunda medalha foi no atletismo, com o paulista Odair dos Santos, que ficou com a prata nos 1.500m, com o tempo de 3min54seg06. O vencedor foi o tunisiano Maher Bouaellegue, que bateu o recorde mundial com 3min51s09. O queniano Emanuel Asinikal ganhou o bronze com 3min54s74.

Clodoaldo entrou na final do Centro Aquático de Atenas já como o dono do recorde paraolímpico, que havia sido quebrado na manhã desta terça-feira,nas eliminatórias da prova. Na final, quando todos esperavam que o nadador, nascido em Natal, no Rio Grande do Norte, pudesse sentir o forte ritmo da eliminatória, ele provou que está em excelente fase e quebrou o recorde mundial.
Em três provas disputadas, Clodoaldo ganhou dois ouros e bateu dois recordes mundiais. Não é exagero que seu apelido seja Clodoaldo "Recorde" da Silva. O potiguar, que volta à piscina nessa quarta-feira para brigar por mais uma medalha nos 50 metros borboleta, ficou em quarto na prova dos 50 metros costas.
"Essa não é a minha prova favorita. Prefiro as provas curtas, porque meu negócio é pular na piscina e enfiar o braço na água. Mas essa vitória foi fruto de muito trabalho e abdicação. Depois dos Jogos de Sydney, trabalhei quatro anos para conseguir esse resultado e é muito gratificante ver todo esse esforço refletido em medalhas", vibrou Clodoaldo, que admitiu ter feito uma estratégia diferente das provas anteriores, dosando melhor a energia.

A confirmação da estratégia adotada por Clodoaldo Silva para conquistar o sexto ouro do Brasil em Atenas foi confirmada por seu técnico, Carlos Paixão, que afirmou que hoje o nadador é um atleta diferente daquele da Paraolimpíada anterior."O Clodoaldo, hoje, é um outro atleta. Está muito mais experiente e sabe dosar suas energias dentro da prova. Agora ele sabe a hora certa de aumentar e diminuir o ritmo para chegar na frente dos adversários", revelou Paixão.

A dedicação após as Paraolimpíadas de Sydney foi tão grande, que o nadador ficou mais forte e ganhou massa muscular. Atualmente, sua rotina de treinos envolve 1h30 de musculação e 2h30 de treino dentro da piscina, no mínimo. Antes da Austrália, sua preparação era de 3,5km a 4km diários.

Para obter os resultados em Atenas, o técnico Carlos Paixão praticamente dobrou sua carga de treinos para 8km dia.Para a prova dos 50m borboleta, na quarta-feira, Clodoaldo não quer
fazer planos de medalhas. Consciente do forte nível de seus adversários, sua meta prioritária é se classificar para a final, para depois preparar a estratégia da final.Com as conquistas desta terça, o Brasil está em 13º lugar no quadro geral de medalhas, com seis de ouro, quatro de prata e duas de bronze, no quarto dia de competição. Segundo o Comitê Paraolímpico Brasileiro, patrocinado pela Loterias da Caixa, o objetivo é ficar entre os 20 primeiros países do mundo,
com aproximadente 30 medalhas no total, somando dez de ouro.

Futebol de 7 garante semifinal- A seleção brasileira paraolímpica de Futebol de 7 (paralisados cerebrais) provou que o futebol pentacampeão do mundo está muito bem representado em Atenas. Com uma goleada de 6 a 1 sobre a Holanda, no Centro Olímpico de Hóquei, a equipe classificou-se para semifinal antecipadamente, garantindo, no mínimo, uma briga pelo bronze.O destaque da partida foi o meio-campista Fabiano Bruzzi, com quatro gols.
José Carlos Monteiro, o Zeca, completou o marcador com dois gols. Empatado no grupo com a Rússia, com duas vitórias, os dois países definem o primeiro lugar do grupo na quinta, às 8h de Brasília. O vencedor desse jogo sairá em primeiro e, teoricamente, enfrentará um adversário mais fraco na semifinal.

Brasil perde no basquete - Por 67 a 50, a seleção paraolímpica brasileira de basquete (cadeira de rodas) foi derrotada pela Itália e agora precisa vencer de qualquer maneira o jogo dessa quarta-feira, às 22h local, 16h de Brasília. A seleção estreou com uma derrota para o Canadá, mas depois se recuperou e venceu a França por 74 a 54.
A derrota foi marcada por uma pequena confusão, provocada pela
organização dos Jogos, que atrasou a entrega das cadeiras de rodas para os brasileiros e por pouco não provoca uma derrota por W.O. Como a responsabilidade do atraso tinha sido da organização, a arbitragem cedeu mais 15 minutos, possibilitando o início do jogo. Mesmo assim a equipe brasileira foi prejudicada, pois teve pouco tempo de aquecimento, deixando os jogadores um pouco estressados.

Hipismo - O hipismo estreou nessa terça-feira, nos Jogos Paraolímpicos de Atenas. O cavaleiro Marcos Alves, o Joca, categoria grau 1 (atletas em cadeiras de rodas e/ou com pouca mobilidade no tronco ou nos quatro mebros) competiu na categoria individual e fechou sua participação com o porcentual de 63.684, garantindo a 13ª colocação. Foi a primeira vez que o Brasil participou no hipismo.

Acidente -. Mas o pior momento aconteceu quando a amazona francesa Valerie Salles, uma das favoritas ao ouro no grau 1, estava iniciando sua participação na prova de adestramento. Antes de iniciar, seu cavalo sofreu um ataque cardíaco fulminante, indo ao chão com a amazona. Percebendo seu estado de choque e a impossibilidade de disputar o ouro, a comissão técnica de
hipismo brasileiro ofereceu a égua inglesa montada por Joca, Charlie Girl. O Comitê Paraolímpico Internacional de Hipismo ficou de analisar o caso. Mas a atleta deverá competir com uma égua brasileira na prova de estilo livre com música.

O repórter Felipe Kozlowski viajou para Atenas convidado pelas Loterias da Caixa, patrocinadora oficial do Comitê Paraolímpico Brasileiro.


Resumo do dia em Atenas

Esporte Adaptado · 22 set, 2004

Atenas (GRE) - O Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência foi comemorado pelo Brasil com duas medalhas nas Paraolimpíadas de Atenas. O nadador Clodoaldo Silva conquistou o ouro nos 200 metros livre e, de quebra, bateu o recorde mundial e paraolímpico da prova, com o tempo de 2min55s75, superando em quase 3 segundos o tempo anterior, do japonês Yuji Hanada, que era de 2min58s62. Hanada acabou ficando com o bronze na final de hoje. A prata foi para o espanhol Richard Oribe. A segunda medalha foi no atletismo, com o paulista Odair dos Santos, que ficou com a prata nos 1.500m, com o tempo de 3min54seg06. O vencedor foi o tunisiano Maher Bouaellegue, que bateu o recorde mundial com 3min51s09. O queniano Emanuel Asinikal ganhou o bronze com 3min54s74.

Clodoaldo entrou na final do Centro Aquático de Atenas já como o dono do recorde paraolímpico, que havia sido quebrado na manhã desta terça-feira,nas eliminatórias da prova. Na final, quando todos esperavam que o nadador, nascido em Natal, no Rio Grande do Norte, pudesse sentir o forte ritmo da eliminatória, ele provou que está em excelente fase e quebrou o recorde mundial.
Em três provas disputadas, Clodoaldo ganhou dois ouros e bateu dois recordes mundiais. Não é exagero que seu apelido seja Clodoaldo "Recorde" da Silva. O potiguar, que volta à piscina nessa quarta-feira para brigar por mais uma medalha nos 50 metros borboleta, ficou em quarto na prova dos 50 metros costas.
"Essa não é a minha prova favorita. Prefiro as provas curtas, porque meu negócio é pular na piscina e enfiar o braço na água. Mas essa vitória foi fruto de muito trabalho e abdicação. Depois dos Jogos de Sydney, trabalhei quatro anos para conseguir esse resultado e é muito gratificante ver todo esse esforço refletido em medalhas", vibrou Clodoaldo, que admitiu ter feito uma estratégia diferente das provas anteriores, dosando melhor a energia.

A confirmação da estratégia adotada por Clodoaldo Silva para conquistar o sexto ouro do Brasil em Atenas foi confirmada por seu técnico, Carlos Paixão, que afirmou que hoje o nadador é um atleta diferente daquele da Paraolimpíada anterior."O Clodoaldo, hoje, é um outro atleta. Está muito mais experiente e sabe dosar suas energias dentro da prova. Agora ele sabe a hora certa de aumentar e diminuir o ritmo para chegar na frente dos adversários", revelou Paixão.

A dedicação após as Paraolimpíadas de Sydney foi tão grande, que o nadador ficou mais forte e ganhou massa muscular. Atualmente, sua rotina de treinos envolve 1h30 de musculação e 2h30 de treino dentro da piscina, no mínimo. Antes da Austrália, sua preparação era de 3,5km a 4km diários.

Para obter os resultados em Atenas, o técnico Carlos Paixão praticamente dobrou sua carga de treinos para 8km dia.Para a prova dos 50m borboleta, na quarta-feira, Clodoaldo não quer
fazer planos de medalhas. Consciente do forte nível de seus adversários, sua meta prioritária é se classificar para a final, para depois preparar a estratégia da final.Com as conquistas desta terça, o Brasil está em 13º lugar no quadro geral de medalhas, com seis de ouro, quatro de prata e duas de bronze, no quarto dia de competição. Segundo o Comitê Paraolímpico Brasileiro, patrocinado pela Loterias da Caixa, o objetivo é ficar entre os 20 primeiros países do mundo,
com aproximadente 30 medalhas no total, somando dez de ouro.

Futebol de 7 garante semifinal- A seleção brasileira paraolímpica de Futebol de 7 (paralisados cerebrais) provou que o futebol pentacampeão do mundo está muito bem representado em Atenas. Com uma goleada de 6 a 1 sobre a Holanda, no Centro Olímpico de Hóquei, a equipe classificou-se para semifinal antecipadamente, garantindo, no mínimo, uma briga pelo bronze.O destaque da partida foi o meio-campista Fabiano Bruzzi, com quatro gols.
José Carlos Monteiro, o Zeca, completou o marcador com dois gols. Empatado no grupo com a Rússia, com duas vitórias, os dois países definem o primeiro lugar do grupo na quinta, às 8h de Brasília. O vencedor desse jogo sairá em primeiro e, teoricamente, enfrentará um adversário mais fraco na semifinal.

Brasil perde no basquete - Por 67 a 50, a seleção paraolímpica brasileira de basquete (cadeira de rodas) foi derrotada pela Itália e agora precisa vencer de qualquer maneira o jogo dessa quarta-feira, às 22h local, 16h de Brasília. A seleção estreou com uma derrota para o Canadá, mas depois se recuperou e venceu a França por 74 a 54.
A derrota foi marcada por uma pequena confusão, provocada pela
organização dos Jogos, que atrasou a entrega das cadeiras de rodas para os brasileiros e por pouco não provoca uma derrota por W.O. Como a responsabilidade do atraso tinha sido da organização, a arbitragem cedeu mais 15 minutos, possibilitando o início do jogo. Mesmo assim a equipe brasileira foi prejudicada, pois teve pouco tempo de aquecimento, deixando os jogadores um pouco estressados.

Hipismo - O hipismo estreou nessa terça-feira, nos Jogos Paraolímpicos de Atenas. O cavaleiro Marcos Alves, o Joca, categoria grau 1 (atletas em cadeiras de rodas e/ou com pouca mobilidade no tronco ou nos quatro mebros) competiu na categoria individual e fechou sua participação com o porcentual de 63.684, garantindo a 13ª colocação. Foi a primeira vez que o Brasil participou no hipismo.

Acidente -. Mas o pior momento aconteceu quando a amazona francesa Valerie Salles, uma das favoritas ao ouro no grau 1, estava iniciando sua participação na prova de adestramento. Antes de iniciar, seu cavalo sofreu um ataque cardíaco fulminante, indo ao chão com a amazona. Percebendo seu estado de choque e a impossibilidade de disputar o ouro, a comissão técnica de
hipismo brasileiro ofereceu a égua inglesa montada por Joca, Charlie Girl. O Comitê Paraolímpico Internacional de Hipismo ficou de analisar o caso. Mas a atleta deverá competir com uma égua brasileira na prova de estilo livre com música.

O repórter Felipe Kozlowski viajou para Atenas convidado pelas Loterias da Caixa, patrocinadora oficial do Comitê Paraolímpico Brasileiro.

O meio fundista Odair dos Santos conquista mais uma prata para o Brasil

Esporte Adaptado · 22 set, 2004

No Estádio Olímpico de Atenas, a vez foi do paulista Odair dos Santos. O jovem de 23 anos chegou em segundo lugar na prova mais disputada do atletismo na Paraolimpíada: os 1.500m. Ele conquistou o tempo de 3min54s06, deixando o queniano Emanuel Asinikal, para trás com 3min54s74. O tunisiano Maher Bouallegue foi o grande vencedor e agora é o atual recordista mundial com o tempo de 3min51s09.

“Foi o melhor tempo de toda minha carreira. Não esperava ter um desempenho tão bom. Estou muito feliz por essa medalha”, afirmou. Ao término da prova, o atleta brasileiro deu uma volta paraolímpica com a bandeira brasileira nas mãos, juntamente com outro brasileiro – Gilson dos Anjos, que terminou na 9ª colocação. Mais uma demonstração de união da delegação que está na Grécia.

Essa é a primeira vez que Odair compete numa edição paraolímpica e ainda terá chances de abocanhar medalhas em mais três provas: 800m, 5000m e revezamento 4x100m. O tempo que conquistou hoje nas terras helênicas também o possibilitará a disputar a maior competição de atletismo do País: o Troféu Brasil, cujo o índice para competir os 1.500m é de 3min56s.

Perfil do atleta: Ele é um paulistano de 23 anos. O ano de 2003 foi o marco inicial de sua carreira meteórica como atleta paraolímpico. Neste mesmo ano, Dinho já faturou três medalhas de ouro nos 400m, 800m e 1500m, no Parapan-americano de Mar del Plata, na Argentina. Antes disso, Odair Ferreira dos Santos corria pelas ruas da cidade, mas não era para competir. Ele inspira-se no estilo de corrida do pentacampeão da São Silvestre, o queniano Paul Tergat. Em Atenas, sua primeira Paraolimpíada, ele sonha com uma medalha, de preferência, a de ouro. Nas poucas horas vagas, o atleta ouve uma boa música. Sua retinose pigmentar não o impede de brilhar nas pistas de atletismo.

Classificação: de forma simplificada, as classes para deficientes visuais podem ser divididas e explicadas por: T11, atletas cegos; T12, atletas que enxergam apenas vultos e T13, para atletas que conseguem formar imagens. A deficiência do nosso tímido corredor foi causada por retinose pigmentar.


O meio fundista Odair dos Santos conquista mais uma prata para o Brasil

Esporte Adaptado · 22 set, 2004

No Estádio Olímpico de Atenas, a vez foi do paulista Odair dos Santos. O jovem de 23 anos chegou em segundo lugar na prova mais disputada do atletismo na Paraolimpíada: os 1.500m. Ele conquistou o tempo de 3min54s06, deixando o queniano Emanuel Asinikal, para trás com 3min54s74. O tunisiano Maher Bouallegue foi o grande vencedor e agora é o atual recordista mundial com o tempo de 3min51s09.

“Foi o melhor tempo de toda minha carreira. Não esperava ter um desempenho tão bom. Estou muito feliz por essa medalha”, afirmou. Ao término da prova, o atleta brasileiro deu uma volta paraolímpica com a bandeira brasileira nas mãos, juntamente com outro brasileiro – Gilson dos Anjos, que terminou na 9ª colocação. Mais uma demonstração de união da delegação que está na Grécia.

Essa é a primeira vez que Odair compete numa edição paraolímpica e ainda terá chances de abocanhar medalhas em mais três provas: 800m, 5000m e revezamento 4x100m. O tempo que conquistou hoje nas terras helênicas também o possibilitará a disputar a maior competição de atletismo do País: o Troféu Brasil, cujo o índice para competir os 1.500m é de 3min56s.

Perfil do atleta: Ele é um paulistano de 23 anos. O ano de 2003 foi o marco inicial de sua carreira meteórica como atleta paraolímpico. Neste mesmo ano, Dinho já faturou três medalhas de ouro nos 400m, 800m e 1500m, no Parapan-americano de Mar del Plata, na Argentina. Antes disso, Odair Ferreira dos Santos corria pelas ruas da cidade, mas não era para competir. Ele inspira-se no estilo de corrida do pentacampeão da São Silvestre, o queniano Paul Tergat. Em Atenas, sua primeira Paraolimpíada, ele sonha com uma medalha, de preferência, a de ouro. Nas poucas horas vagas, o atleta ouve uma boa música. Sua retinose pigmentar não o impede de brilhar nas pistas de atletismo.

Classificação: de forma simplificada, as classes para deficientes visuais podem ser divididas e explicadas por: T11, atletas cegos; T12, atletas que enxergam apenas vultos e T13, para atletas que conseguem formar imagens. A deficiência do nosso tímido corredor foi causada por retinose pigmentar.

O Brasil faz bonito em Atenas

Esporte Adaptado · 21 set, 2004

Ontem o hino nacional tocou quatro vezes nas Paraolimpíadas. Isto porque os nossos atletas conquistaram quatro medalhas de ouro num único dia. E três dessas foram no atletismo.

O primeiro a levar o metal dourado foi Antonio Delfino na categoria T46 (amputados de uma mão) dos 200m. Ele completou o percurso no tempo de 22s41 e revelou: "graças a Deus o lugar mais alto do pódio é meu. Há quatro anos perdi o ouro e hoje tive uma revanche maravilhosa”.

Depois foi a vez da atleta Ádria dos Santos. A brasileira cega conquistou o ouro nos 100m rasos tornando-se tricampeã da modalidade, no tempo de 12s55. Já André Garcia de Andrade comemorou muito sua vitória nos 200 metros rasos, classe T-13 (para míopes).

Ainda no atletismo Maria José Ferreira, a Zezé, ficou com o bronze nos 200m rasos para atletas que possuem 10% da visão. Fora das pistas o Brasil levou ouro no tatame com Antônio Tenório da Silva e na piscina a prata com Edênia Nogueira Garcia.

Resumo - Em apenas três dias de competição o Brasil está em 10º lugar do ranking de medalhas. Até agora os brazucas conquistaram cinco medalhas de ouro, três de prata e duas de bronze.


O Brasil faz bonito em Atenas

Esporte Adaptado · 21 set, 2004

Ontem o hino nacional tocou quatro vezes nas Paraolimpíadas. Isto porque os nossos atletas conquistaram quatro medalhas de ouro num único dia. E três dessas foram no atletismo.

O primeiro a levar o metal dourado foi Antonio Delfino na categoria T46 (amputados de uma mão) dos 200m. Ele completou o percurso no tempo de 22s41 e revelou: "graças a Deus o lugar mais alto do pódio é meu. Há quatro anos perdi o ouro e hoje tive uma revanche maravilhosa”.

Depois foi a vez da atleta Ádria dos Santos. A brasileira cega conquistou o ouro nos 100m rasos tornando-se tricampeã da modalidade, no tempo de 12s55. Já André Garcia de Andrade comemorou muito sua vitória nos 200 metros rasos, classe T-13 (para míopes).

Ainda no atletismo Maria José Ferreira, a Zezé, ficou com o bronze nos 200m rasos para atletas que possuem 10% da visão. Fora das pistas o Brasil levou ouro no tatame com Antônio Tenório da Silva e na piscina a prata com Edênia Nogueira Garcia.

Resumo - Em apenas três dias de competição o Brasil está em 10º lugar do ranking de medalhas. Até agora os brazucas conquistaram cinco medalhas de ouro, três de prata e duas de bronze.