O meio fundista Odair dos Santos conquista mais uma prata para o Brasil

Redação Webrun | Esporte Adaptado · 22 set, 2004

No Estádio Olímpico de Atenas, a vez foi do paulista Odair dos Santos. O jovem de 23 anos chegou em segundo lugar na prova mais disputada do atletismo na Paraolimpíada: os 1.500m. Ele conquistou o tempo de 3min54s06, deixando o queniano Emanuel Asinikal, para trás com 3min54s74. O tunisiano Maher Bouallegue foi o grande vencedor e agora é o atual recordista mundial com o tempo de 3min51s09.

“Foi o melhor tempo de toda minha carreira. Não esperava ter um desempenho tão bom. Estou muito feliz por essa medalha”, afirmou. Ao término da prova, o atleta brasileiro deu uma volta paraolímpica com a bandeira brasileira nas mãos, juntamente com outro brasileiro Gilson dos Anjos, que terminou na 9ª colocação. Mais uma demonstração de união da delegação que está na Grécia.

Essa é a primeira vez que Odair compete numa edição paraolímpica e ainda terá chances de abocanhar medalhas em mais três provas: 800m, 5000m e revezamento 4x100m. O tempo que conquistou hoje nas terras helênicas também o possibilitará a disputar a maior competição de atletismo do País: o Troféu Brasil, cujo o índice para competir os 1.500m é de 3min56s.

Perfil do atleta: Ele é um paulistano de 23 anos. O ano de 2003 foi o marco inicial de sua carreira meteórica como atleta paraolímpico. Neste mesmo ano, Dinho já faturou três medalhas de ouro nos 400m, 800m e 1500m, no Parapan-americano de Mar del Plata, na Argentina. Antes disso, Odair Ferreira dos Santos corria pelas ruas da cidade, mas não era para competir. Ele inspira-se no estilo de corrida do pentacampeão da São Silvestre, o queniano Paul Tergat. Em Atenas, sua primeira Paraolimpíada, ele sonha com uma medalha, de preferência, a de ouro. Nas poucas horas vagas, o atleta ouve uma boa música. Sua retinose pigmentar não o impede de brilhar nas pistas de atletismo.

Classificação: de forma simplificada, as classes para deficientes visuais podem ser divididas e explicadas por: T11, atletas cegos; T12, atletas que enxergam apenas vultos e T13, para atletas que conseguem formar imagens. A deficiência do nosso tímido corredor foi causada por retinose pigmentar.

Este texto foi escrito por: Gisliene Hesse/ CPB

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