Ballet Fly: corpo, dança, arte e esporte

A técnica de dança que une passos do balé clássico, os tecidos acrobáticos e a leveza da arte circense.

Larissa Santos | Esporte Adaptado · 18 set, 2018

Foto: Flydragonfly / Depositphotos

Foto: Flydragonfly / Depositphotos

A técnica de dança que usa o clássico balé com a leveza dos tecidos acrobáticos de circo é a nossa série de vídeos da semana. O Ballet Fly foi desenvolvido por Letícia Marchetto que já praticava a arte circense e sentia que poderia criar algo diferente. Nessa parte 1 conheça uma aula e quais são os tecidos que são usados para criar as tão belas figuras acrobáticas. Olha só!

https://youtu.be/qh7bKZTKL0Y

Mesmo que inspirado no ballet clássico, a aula do Ballet Fly é completamente diferente do que imaginamos. Usando alguns movimentos do tradicional, a execução e a técnica diferem muito na hora da prática. Por exemplo, o ballet clássico tende a usar rotações muito grandes, o fly busca a proteção dos músculos com movimento menores. Os passos selecionados visam que no tecido saiam melhor acabados, o que torna a aula completamente diferente.

A desenvolvedora do Ballet Fly, Letícia Marchetto, conta que a ideia surgiu de uma necessidade de suas alunas de ballet clássico. Visando um público que não curte ginástica e nem musculação, elas desejavam uma atividade que tonificasse os braços mas que fosse lúdico assim como a dança. A professora que já praticava tecido acrobático, teve a ideia de combinar a arte circense com o ballet, criando uma técnica rica que fortalece todo o corpo.  

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Essa mistura de técnicas traz diversos benefícios para o praticante. As professoras comentam sobre o “crescimento axial”. E o que é isso? A pessoa tem esse crescimento quando pratica exercícios que aumentam o espaço entre os discos vertebrais. O que acaba inferindo na postura, uma das mais partes mais beneficiadas pela aula.

Foto: Reprodução Facebook Ballet Fly - Let's Pilates

Foto: Reprodução Facebook Ballet Fly – Let’s Pilates

Outras vantagens são o desenvolvimento da conscientização corporal e a funcionalidade dele. Protege as articulações por fortalecer os músculos mais profundos, enquanto aumenta a força e não promove o crescimento do mesmo. Por ser uma prática que mergulha no artístico, estimula a criatividade e a expressividade também.

Nas aulas, as alunas trabalham em três tipos diferentes de tecido. O primeiro é o Columpio, conhecido no mundo do pilates, ele é rígido e funciona como uma balanço, onde as figuras, como são chamadas as posições feitas em sala se movem para frente e para trás. Tem um outro muito semelhante ao Columpio que é amarrado em si nas pontas. Diferente do balanço pendular, este gira em torno de si mesmo. Por último o tecido liso. Preso somente por um lado, é semelhante ao que vemos em dança circense. Por não possuir nenhum apoio, o aluno  precisa criar com o próprio tecido nós e trincas com as pernas para se apoiar enquanto exige que os braços segurem o corpo suspenso no ar. Um corpo pendurado fazendo uma figura em volta de tecidos. O resultado é bem bonito.

Larissa Santos

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Pseudo jornalista da ECA-USP. Meus amigos costumam dizer que sou criativa e uma explosão sentimental. Eles também reclamam de ser atrasada, mas juro que vou melhorar. Mirei em cultura e vim parar em esportes, mas tá tudo bem, eu amo escrever sobre tudo.