Uma atividade física com o mínimo de aparelhos, foco no peso do próprio corpo e, de preferência, ao ar livre. Esta poderia ser a descrição para o treinamento funcional, porém se encaixa também para a calistenia, uma atividade física bem antiga, conforme explica Dário Leite, treinador da Equipe Trainer, Equipe Zatopec e Academia Ph5 Fit.
“A diferença é que a calistenia utiliza movimentos naturais do ser humano, sendo o peso do próprio corpo a sobrecarga e não acessórios. No máximo uma barra ou uma prancha são usadas e não existe tempo pré-determinado para a sessão de treino”, explica. “No funcional existem diversos acessórios, além da modalidade ser facilmente encontrada em academia”, completa.
Um dos movimentos da calistenia/ Foto: Arquivo pessoal Felipe Kutianski
Exemplos de exercícios da calistenia são a barra fixa e a parada de mão, também conhecida como plantar bananeira. Já do funcional, é a prancha (mantenha o corpo totalmente estendido paralelo ao solo, com cotovelos apoiados no chão e quadril elevado. Perna, quadril, coluna e cabeça totalmente alinhados) e o espanta dragão (agachado, bata a corda naval no chão de forma simultânea).
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“Se você busca melhorar a flexibilidade, os desvios posturais e membros superiores, deve investir na calistenia. Já se seu objetivo precisa de agilidade e um trabalho com o corpo de forma integral, o mais indicado é o treinamento funcional”, explica Dário. “Consciência corporal e definição muscular são alguns dos benefícios que ambas modalidades podem trazer para seus praticantes”, completa. Tanto a calistenia, quanto o exercício funcional podem ser praticados a partir dos 16 anos. O professor comenta que muitos idosos preferem a calistenia, já que não precisam usar equipamentos.
Um dos exercícios presentes em treinamento funcional Foto: Milan/Fotolia
Porém, cada prática também tem suas contraindicações. No caso da calistenia, por ser uma atividade intensa, pessoas com lesões devem ficar atentas. “Se você já está com o ombro lesionado, por exemplo, pode agravar a lesão sobrecarregando esse músculo com o peso do corpo”, afirma. Já no treinamento funcional, o desvio postural pode ser agravado, porque se lida muito com o peso corporal e equilíbrio. “Uma pessoa com problemas tende a se jogar só para um lado, acentuando o desequilíbrio”, explicou.