Uma atividade física com o mínimo de aparelhos, foco no peso do próprio corpo e, de preferência, ao ar livre. Esta poderia ser a descrição para o treinamento funcional, porém se encaixa também para a calistenia, uma atividade física bem antiga, conforme explica Dário Leite, treinador da Equipe Trainer, Equipe Zatopec e Academia Ph5 Fit.
“A diferença é que a calistenia utiliza movimentos naturais do ser humano, sendo o peso do próprio corpo a sobrecarga e não acessórios. No máximo uma barra ou uma prancha são usadas e não existe tempo pré-determinado para a sessão de treino”, explica. “No funcional existem diversos acessórios, além da modalidade ser facilmente encontrada em academia”, completa.
Exemplos de exercícios da calistenia são a barra fixa e a parada de mão, também conhecida como plantar bananeira. Já do funcional, é a prancha (mantenha o corpo totalmente estendido paralelo ao solo, com cotovelos apoiados no chão e quadril elevado. Perna, quadril, coluna e cabeça totalmente alinhados) e o espanta dragão (agachado, bata a corda naval no chão de forma simultânea).
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“Se você busca melhorar a flexibilidade, os desvios posturais e membros superiores, deve investir na calistenia. Já se seu objetivo precisa de agilidade e um trabalho com o corpo de forma integral, o mais indicado é o treinamento funcional”, explica Dário. “Consciência corporal e definição muscular são alguns dos benefícios que ambas modalidades podem trazer para seus praticantes”, completa. Tanto a calistenia, quanto o exercício funcional podem ser praticados a partir dos 16 anos. O professor comenta que muitos idosos preferem a calistenia, já que não precisam usar equipamentos.
Porém, cada prática também tem suas contraindicações. No caso da calistenia, por ser uma atividade intensa, pessoas com lesões devem ficar atentas. “Se você já está com o ombro lesionado, por exemplo, pode agravar a lesão sobrecarregando esse músculo com o peso do corpo”, afirma. Já no treinamento funcional, o desvio postural pode ser agravado, porque se lida muito com o peso corporal e equilíbrio. “Uma pessoa com problemas tende a se jogar só para um lado, acentuando o desequilíbrio”, explicou.