Alterações fisiológicas e estruturais nas fibras musculares surgem devido ao aumento da força muscular, que são adquiridas através do treinamento resistido (musculação) constante. Existem dois aspectos envolvidos neste processo: um neural e dois musculares.
As alterações no sistema nervoso, em resposta ao treinamento, são denominadas de adaptações neurais. A força muscular não depende apenas da quantidade de massa envolvida, mas também da ativação do sistema nervoso.
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Geralmente nas primeiras 12 semanas de treinamento, o ganho de força vem dos aspectos neurais, veja quais são:
1 Melhora da coordenação intramuscular;
2. Maior eficiência nos padrões de recrutamento neural, aumentando a ativação do músculo agonista;
3. Inibição do órgão tendinoso de Golgi;
4. Melhora da coordenação intermuscular;
5. Melhora a coordenação entre os músculos agonista/sinergista do movimento a ser realizado;
6. Expansão nas dimensões da junção muscular;
7. Aumento no conteúdo de neurotransmissores pré-sinápticos;
8. Aumento no número de receptores pós-sinápticos;
9. Maior sincronicidade na descarga de unidades motoras;
O processo de hipertrofia muscular tem início com a aplicação do estresse mecânico, gerado pela contração muscular. Este fato induz as proteínas sinalizadoras a ativarem os genes, que promovem uma síntese proteica. Com isso, ocorre o aumento do tamanho da fibra muscular e também do número de filamentos de actina, miosina e adição de sarcômeros dentro das fibras musculares já existentes.
A hipertrofia pode ser classificada na literatura, como: sarcoplasmática e miofibrilar.
A miofibrilar é caracterizada por mudanças estruturais, resultantes do aumento do tamanho das fibras pré existentes.
O processo de hipertrofia muscular em um programa de treinamento resistido inicia-se com o estresse metabólico e mecânico, os quais causam microlesões nas fibras musculares.
Em seguida, macrófagos e neutrófilos iniciam o processo de regeneração muscular. As alterações provocadas pelo treinamento resistido (aumento da temperatura muscular, fator de crescimento semelhante à insulina (IGF 1), interleucina-6, óxido nítrico) ativam células satélites, que sofrem proliferação e subsequente diferenciação em novos núcleos. Um maior número de núcleos pode ser mais estimulado para obter aumento da síntese proteica.
Contrações excêntricas são mais eficientes para provocar o dano muscular. A hipertrofia é produto de uma relação complexa dependente do treinamento e de fatores hormonais, nutricionais e genéticos.
Através do fortalecimento muscular o corredor poderá adquirir um melhor desempenho nos treinos e provas, evitando e minimizando a incidência de lesões.
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