Cobertura_Jogos_Parapan_07

Brasil encerra Parapan no topo do ranking

Esse fim de semana marcou o final dos Jogos Parapan-americanos do Rio de Janeiro e o Brasil conquistou o primeiro posto do ranking com um total de 228 medalhas, sendo 83 de ouro, 68 de prata e 77 de bronze. Confira os principais resultados, com destaque para as irmãs Guilhermino, Ádria dos Santos, Lucas Prado e Yohansson Ferreira.

Lucas e Yohansson faturaram os 400m rasos das classes T11 e T46 respectivamente e levaram para casa a terceira medalha de ouro na bagagem. Lucas ainda marcou 50seg44 e estabeleceu o novo recorde parapan-americano, tempo ainda mais baixo do que ele havia obtido nas semifinais (51seg09).

Sirlene e Terezinha Guilhermino venceram os 800m e os 200m e deixaram para trás a recordista brasileira de medalhas em Parapans, Ádria dos Santos. “Corri os 800m uma vez só, no início desse ano, mas foi numa competição festiva, com estudantes. Acho que estreei oficialmente muito bem”, comenta Ádria, que marcou o tempo de 2min36seg79 e ainda sente as conseqüências de uma lesão.

Terezinha - Nos 200m Terezinha fechou com 25seg16, contra 26seg95 da compatriota. “Esse ano está sendo muito especial para mim, aos poucos estou alcançando meus objetivos, eu queria ser a melhor do Mundo, agora cheguei lá, acredito muito nos meus sonhos e principalmente na minha superação. A torcida brasileira deu show nesses dias de Parapan e ficamos muito felizes”, ressalta após dar a volta olímpica com seu guia Chocolate.

Terezinha marcou nos 400m 56seg14 e obteve o novo recorde mundial da distância, ao superar sua própria marca. Ela, que tem como lema a sua própria superação, é detentora também da melhor marca mundial dos 100m, gravando seu nome na história com 12seg27. Esse recorde estava imutável desde 1997 e pertencia a Purificácion Santamarta, atleta espanhola.

Nos 10 mil metros T11 o mexicano Luis Zapien Rosas, de 15 anos, subiu no degrau mais alto do pódio com 35min00seg85, seguido pelo brasileiro Christiano Farias e pelo mexicano Constantino Martinez. O México também levou a melhor nos 5.000m categoria T54.
Cuba também se deu bem neste domingo, já que Julio Alberto venceu os 100m categoria T12, com o tempo de 11seg11. O brasileiro Pedro Moraes levou a prata na prova, ao marcar 11seg20 e o americano Josiah Jamison, que marcou o tempo de 11seg22 ficou com o bronze.

Estados Unidos e Canadá ficaram com uma medalha dourada no último dia do atletismo dos Jogos. Nos 800m categoria T11/T12 masculino, o vencedor foi o canadense Jason Dunkerley, que fez o tempo de 2min00seg39, novo recorde dos Jogos Parapan-americanos. O brasileiro Carlos Silva ficou com a prata e o salvadorenho Tomas Atilio Martinez levou o bronze.

Após a participação vitoriosa no Paparan 2007, os heróis nacionais certamente terão um reconhecimento maior por parte dos governantes e patrocinadores, já que o público fez a parte dele, pois compareceu aos complexos esportivos para incentivar e aplaudir os atletas. Resta esperar que isso não tenha sido fogo de palha e que essa competição no quintal de casa tenha chamado a atenção de alguém.


Brasil encerra Parapan no topo do ranking

Atletismo · 19 ago, 2007

Esse fim de semana marcou o final dos Jogos Parapan-americanos do Rio de Janeiro e o Brasil conquistou o primeiro posto do ranking com um total de 228 medalhas, sendo 83 de ouro, 68 de prata e 77 de bronze. Confira os principais resultados, com destaque para as irmãs Guilhermino, Ádria dos Santos, Lucas Prado e Yohansson Ferreira.

Lucas e Yohansson faturaram os 400m rasos das classes T11 e T46 respectivamente e levaram para casa a terceira medalha de ouro na bagagem. Lucas ainda marcou 50seg44 e estabeleceu o novo recorde parapan-americano, tempo ainda mais baixo do que ele havia obtido nas semifinais (51seg09).

Sirlene e Terezinha Guilhermino venceram os 800m e os 200m e deixaram para trás a recordista brasileira de medalhas em Parapans, Ádria dos Santos. “Corri os 800m uma vez só, no início desse ano, mas foi numa competição festiva, com estudantes. Acho que estreei oficialmente muito bem”, comenta Ádria, que marcou o tempo de 2min36seg79 e ainda sente as conseqüências de uma lesão.

Terezinha - Nos 200m Terezinha fechou com 25seg16, contra 26seg95 da compatriota. “Esse ano está sendo muito especial para mim, aos poucos estou alcançando meus objetivos, eu queria ser a melhor do Mundo, agora cheguei lá, acredito muito nos meus sonhos e principalmente na minha superação. A torcida brasileira deu show nesses dias de Parapan e ficamos muito felizes”, ressalta após dar a volta olímpica com seu guia Chocolate.

Terezinha marcou nos 400m 56seg14 e obteve o novo recorde mundial da distância, ao superar sua própria marca. Ela, que tem como lema a sua própria superação, é detentora também da melhor marca mundial dos 100m, gravando seu nome na história com 12seg27. Esse recorde estava imutável desde 1997 e pertencia a Purificácion Santamarta, atleta espanhola.

Nos 10 mil metros T11 o mexicano Luis Zapien Rosas, de 15 anos, subiu no degrau mais alto do pódio com 35min00seg85, seguido pelo brasileiro Christiano Farias e pelo mexicano Constantino Martinez. O México também levou a melhor nos 5.000m categoria T54.
Cuba também se deu bem neste domingo, já que Julio Alberto venceu os 100m categoria T12, com o tempo de 11seg11. O brasileiro Pedro Moraes levou a prata na prova, ao marcar 11seg20 e o americano Josiah Jamison, que marcou o tempo de 11seg22 ficou com o bronze.

Estados Unidos e Canadá ficaram com uma medalha dourada no último dia do atletismo dos Jogos. Nos 800m categoria T11/T12 masculino, o vencedor foi o canadense Jason Dunkerley, que fez o tempo de 2min00seg39, novo recorde dos Jogos Parapan-americanos. O brasileiro Carlos Silva ficou com a prata e o salvadorenho Tomas Atilio Martinez levou o bronze.

Após a participação vitoriosa no Paparan 2007, os heróis nacionais certamente terão um reconhecimento maior por parte dos governantes e patrocinadores, já que o público fez a parte dele, pois compareceu aos complexos esportivos para incentivar e aplaudir os atletas. Resta esperar que isso não tenha sido fogo de palha e que essa competição no quintal de casa tenha chamado a atenção de alguém.

Brasil fatura mais ouros e lidera o Parapan

O Brasil conquistou hoje mais medalhas de ouro nos Jogos Parapan-americanos e lidera com folga o quadro de medalhas, com 167 medalhas no total, sendo 58 de ouro, 50 de prata e 59 de bronze. A segunda colocação é do Canadá, com 87 no total, seguido pelos Estados Unidos, com 112.

Yohansson Ferreira competiu os 200m da classe T45/46 (amputados) e garantiu sua segunda medalha de ouro nos Jogos Parapan-americanos. Ele foi o primeiro com 22seg60, seguido pelo também brasileiro Antônio Delfino, que marcou 22seg65 e pelo americano Donald Kosakowiski, com 23seg24.

"Estou fazendo um excelente trabalho com apoio da minha família e da minha treinadora, Valquíria Campelo, que veio de Maceió por minha causa. A sensação é de dever cumprido”, comemora o paraatleta. “Tenho feito as melhores marcas da minha vida e hoje consegui superar novamente o campeão paraolímpico Antônio Delfino nos últimos metros", completa a jovem revelação do Brasil.

Superação - Aos 19 anos de idade, ele nasceu sem as duas mãos devido à uma má formação congênita e começou a praticar atletismo em 2005, um ano antes de integrar a seleção brasileira. Ele já participou do Mundial de Atletismo, disputado no ano passado na Holanda e atualmente está entre os melhores velocistas do mundo, além de ser o recordista mundial nos 400m rasos (classe T45).

Ele já havia conquistado os 100m e ainda teria a oportunidade de conquistar mais um ouro nos 400m, mas não deve correr devido ao cansaço após as duas provas com disputas muito acirradas. Delfino, que também disputaria a mesma prova, já sabe que não terá condições de correr. "Quando cheguei ao Rio não treinei. Mesmo assim consegui minha segunda medalha de prata. Agora vou me poupar e não correrei os 400m", conta.

Nos 200m T11 (deficientes visuais), o brasileiro Lucas Prado obteve a medalha de ouro após corre em 22seg93 e bater seu próprio recorde parapan-americano, obtido na quinta-feira. Adrian Ardiles, de Cuba, foi o segundo colocado com 23seg07, seguido pelo outro brasileiro na prova Felipe Gomes. "Entrei para brigar numa prova que tinha quatro competidores. Busquei o meu melhor, mas não foi o suficiente para uma dobradinha brasileira", lamenta Gomes.

Nos 100m T13 (deficientes visuais) André Garcia Andrade faturou o posto mais alto do pódio com 11se17. “Foi uma prova bastante disputada. No primeiro trecho fiquei preocupado porque havia cometido falta e corria o risco de ser eliminado caso fizesse outra”, ressalta o competidor que teve que segurar o ritmo, mas ao mesmo tempo ter tranqüilidade para vencer.

Nos 10 mil metros da T12, para deficientes visuais, Odair Santos assegurou mais uma medalha dourada para o país, ao marcar 32min00seg75. O atual recordista mundial da distância liderou de ponta a ponta e bateu Diosmany Santana Gonzalez de Cuba (32min42seg21) e o outro brasileiro Alex Mendonça (32min53seg62). Já nos 200m feminino T46 (amputados) a ex-judoca cubana Yunidis Catillo faturou o ouro e o recorde mundial, com 24seg93, enquanto a brasileira Sheila Finder levou a prata com 27seg84, seguida pela canadense Stefanie Reid, com 29seg73.

Jenifer Santos - Nos 200m feminino T38 a brasileira Jenifer Santos ficou com a medalha de prata (31seg25), ao ser derrotada pela americana Sabra Hawkes, que marcou 31seg26 para o ouro, mas ficou à frente da canadense Mergan Muscat, que marcou 33seg86. Jenifer protagonizou uma cena curiosa ontem ao vencer os 100m rasos.

Devido ao barulho da torcida, os competidores não ouviram o juiz acusar a queima de largada pela segunda vez e correram até a linha de chegada, com Jenifer comemorando o ouro. Ao se darem conta do erro, eles voltaram para a partida de blocos e a brasileira venceu novamente ao marcar 14seg71. Foi uma prova muito difícil. Tive que correr duas vezes os 100m para confirmar a medalha. “Apesar de ter percebido que a largada não tinha valido, fiz o que pude para conseguir vencer por duas vezes a atleta de melhor tempo na prova”, comenta sobre sua primeira medalha em Parapans.

A terceira edição dos Jogos Parapan-americanos terá mais dois dias de competição, nesse sábado e domingo, a partir das 14h no sábado e 9h no domingo.


Brasil fatura mais ouros e lidera o Parapan

Atletismo · 17 ago, 2007

O Brasil conquistou hoje mais medalhas de ouro nos Jogos Parapan-americanos e lidera com folga o quadro de medalhas, com 167 medalhas no total, sendo 58 de ouro, 50 de prata e 59 de bronze. A segunda colocação é do Canadá, com 87 no total, seguido pelos Estados Unidos, com 112.

Yohansson Ferreira competiu os 200m da classe T45/46 (amputados) e garantiu sua segunda medalha de ouro nos Jogos Parapan-americanos. Ele foi o primeiro com 22seg60, seguido pelo também brasileiro Antônio Delfino, que marcou 22seg65 e pelo americano Donald Kosakowiski, com 23seg24.

"Estou fazendo um excelente trabalho com apoio da minha família e da minha treinadora, Valquíria Campelo, que veio de Maceió por minha causa. A sensação é de dever cumprido”, comemora o paraatleta. “Tenho feito as melhores marcas da minha vida e hoje consegui superar novamente o campeão paraolímpico Antônio Delfino nos últimos metros", completa a jovem revelação do Brasil.

Superação - Aos 19 anos de idade, ele nasceu sem as duas mãos devido à uma má formação congênita e começou a praticar atletismo em 2005, um ano antes de integrar a seleção brasileira. Ele já participou do Mundial de Atletismo, disputado no ano passado na Holanda e atualmente está entre os melhores velocistas do mundo, além de ser o recordista mundial nos 400m rasos (classe T45).

Ele já havia conquistado os 100m e ainda teria a oportunidade de conquistar mais um ouro nos 400m, mas não deve correr devido ao cansaço após as duas provas com disputas muito acirradas. Delfino, que também disputaria a mesma prova, já sabe que não terá condições de correr. "Quando cheguei ao Rio não treinei. Mesmo assim consegui minha segunda medalha de prata. Agora vou me poupar e não correrei os 400m", conta.

Nos 200m T11 (deficientes visuais), o brasileiro Lucas Prado obteve a medalha de ouro após corre em 22seg93 e bater seu próprio recorde parapan-americano, obtido na quinta-feira. Adrian Ardiles, de Cuba, foi o segundo colocado com 23seg07, seguido pelo outro brasileiro na prova Felipe Gomes. "Entrei para brigar numa prova que tinha quatro competidores. Busquei o meu melhor, mas não foi o suficiente para uma dobradinha brasileira", lamenta Gomes.

Nos 100m T13 (deficientes visuais) André Garcia Andrade faturou o posto mais alto do pódio com 11se17. “Foi uma prova bastante disputada. No primeiro trecho fiquei preocupado porque havia cometido falta e corria o risco de ser eliminado caso fizesse outra”, ressalta o competidor que teve que segurar o ritmo, mas ao mesmo tempo ter tranqüilidade para vencer.

Nos 10 mil metros da T12, para deficientes visuais, Odair Santos assegurou mais uma medalha dourada para o país, ao marcar 32min00seg75. O atual recordista mundial da distância liderou de ponta a ponta e bateu Diosmany Santana Gonzalez de Cuba (32min42seg21) e o outro brasileiro Alex Mendonça (32min53seg62). Já nos 200m feminino T46 (amputados) a ex-judoca cubana Yunidis Catillo faturou o ouro e o recorde mundial, com 24seg93, enquanto a brasileira Sheila Finder levou a prata com 27seg84, seguida pela canadense Stefanie Reid, com 29seg73.

Jenifer Santos - Nos 200m feminino T38 a brasileira Jenifer Santos ficou com a medalha de prata (31seg25), ao ser derrotada pela americana Sabra Hawkes, que marcou 31seg26 para o ouro, mas ficou à frente da canadense Mergan Muscat, que marcou 33seg86. Jenifer protagonizou uma cena curiosa ontem ao vencer os 100m rasos.

Devido ao barulho da torcida, os competidores não ouviram o juiz acusar a queima de largada pela segunda vez e correram até a linha de chegada, com Jenifer comemorando o ouro. Ao se darem conta do erro, eles voltaram para a partida de blocos e a brasileira venceu novamente ao marcar 14seg71. Foi uma prova muito difícil. Tive que correr duas vezes os 100m para confirmar a medalha. “Apesar de ter percebido que a largada não tinha valido, fiz o que pude para conseguir vencer por duas vezes a atleta de melhor tempo na prova”, comenta sobre sua primeira medalha em Parapans.

A terceira edição dos Jogos Parapan-americanos terá mais dois dias de competição, nesse sábado e domingo, a partir das 14h no sábado e 9h no domingo.

Conheça a loja do Titã, especializada em cadeira de roda no RJ

Direto do Rio de Janeiro - Uma das grandes lutas de quem trabalha com PPD’s (pessoa portadora de deficiência) é a elevação da auto-estima. Sempre falo que vejo no esporte uma das maneiras mais rápidas e eficazes para elevá-la, é ele que aproxima PPD’s ou não no momento esportivo, na busca do mesmo objetivo, do mesmo ideal, a conquista de uma marca, de um tempo, independente se você está sentado em uma cadeira de rodas ou dentro de um par de tênis.

Mas andar em uma cadeira de rodas ainda é feio, pelo menos na concepção de algumas pessoas. Felizmente eu não vejo assim. Bem pelo contrário. Falo sempre que da mesma forma com que os “andantes” (pessoas que não utilizam cadeira de rodas para locomoção) compram tênis transados e coloridos para estarem na moda, os “chumbados” (termo que, no nosso meio de PPD’s, define uma pessoa portadora de deficiência física, é como se fosse um apelido) também devem preocupar-se com visual da cadeira de rodas.

É claro que não dá para comprar uma cadeira de rodas diferente por mês, pois seria muito caro. Custa bem mais do que um par de tênis, porém, a escolha do equipamento certo, além de dar qualidade de vida, ainda dá um visual legal. Hoje existem cadeiras de cores vivas, vibrantes e modernas, que dão um “up grade” no visual.

Foi numa loja de cadeiras para o os chumbados que ancorei na quinta-feira (16). A loja chama Tita Equipamentos e fica no Bairro do Rocha, no Rio de Janeiro. Lá é possível encontrar senão tudo, quase tudo em acessórios necessários para a vida de um cadeirante.

O dono, o Titã, é meu amigo desde a adolescência. Nós começamos a competir juntos, mas ele parou por motivos profissionais. O Tita é um cara virtuoso, de gênio e personalidade muito forte, de um coração imenso e de um senso de ajuda ao próximo maior ainda. Se houver possibilidade pode ter a certeza, ele vai ajudar de alguma forma.

Os anos no esporte e as constantes viagens ao exterior, além do tino comercial, fez dele um empresário bem sucedido no ramo de equipamentos para “chumbados”. A loja do Tita tem clientes de todos os tipos, sem distinção de idade, bairro, classe social entre outros.

Celebridades - Enquanto conversava com ele, um sujeito chegou e perguntou pelo material do Marcelo. Depois fui saber que era um pedido do Marcelo Yuka, músico, ex-baterista do O Rappa, que foi covardemente atingido pela violência quando tentava impedir um assalto. Hoje ele está em cadeira de rodas. Outro cliente dele é o Herbert Vianna, também músico, do Paralamas do Sucesso, que sofreu acidente de ultra-leve.

Nesse meio tempo também estava na loja uma senhora que pelas vestes parecia de ser de origem humilde. Ela barganhava a forma de pagamento já que precisava de um equipamento para um parente. Mas não dispunha do recurso necessário.

É assim que o Tita toca o seu negócio, poucas pessoas conhecem como ele a arte de fazer as medidas de um usuário de cadeira de rodas. Medidas, vocês irão perguntar? Sim, medidas. Quem é andante não compra o primeiro par de tênis que está na vitrine da loja. Antes tem experimentá-lo, certo?

A cadeira de rodas deve ter as medias pessoais de cada um, como um bike de triathlon. Nós não somos “fabricados” em série, portanto, temos que ter equipamentos com as nossas características físicas. Eu, por exemplo, tenho 1 metro e 80 de altura, certamente não será para mim a mesma cadeira de rodas que para uma pessoa de 1,60 ou 2 metros.

Funcionários - Na loja estava também o Ebison, conhecido como Boi. Ele toca parte de mecânica da loja do Tito junto com Flavinho encarregado da logística. Mas o Boi tem um comprometimento bastante elevado em um dos braços, mas foi o melhor armador de basquete em cadeira de rodas que já vi atuando.

Ele jogava alguns anos atrás no time de basquete SADEF do Rio de Janeiro. Chegou até ser base da seleção brasileira. Sua visão de posicionamento tanto de sua equipe como dos adversários e a velocidade de raciocínio eram espantosos. Gostava de ver o Boi jogando.


Carlos Oliveira (Carlão)
Consultor WebRun da seção Cadeirantes. Ele é atleta de elite dessa modalidade e compete pelo CGDCRDR (Clube Gaúcho de Desporto em Cadeira de Rodas de Porto Alegre). Vencedor de várias provas importantes nacionais como Maratona Internacional de São Paulo e Meia do Rio, além de ter participado dos principais eventos mundiais da modalidade Cadeirantes como o Mundial de Atletismo em Birminghan, Inglaterra e Maratona de Nova York, prova que conquistou o quarto lugar em 1997 e 1998.


Conheça a loja do Titã, especializada em cadeira de roda no RJ

Esporte Adaptado · 17 ago, 2007

Direto do Rio de Janeiro - Uma das grandes lutas de quem trabalha com PPD’s (pessoa portadora de deficiência) é a elevação da auto-estima. Sempre falo que vejo no esporte uma das maneiras mais rápidas e eficazes para elevá-la, é ele que aproxima PPD’s ou não no momento esportivo, na busca do mesmo objetivo, do mesmo ideal, a conquista de uma marca, de um tempo, independente se você está sentado em uma cadeira de rodas ou dentro de um par de tênis.

Mas andar em uma cadeira de rodas ainda é feio, pelo menos na concepção de algumas pessoas. Felizmente eu não vejo assim. Bem pelo contrário. Falo sempre que da mesma forma com que os “andantes” (pessoas que não utilizam cadeira de rodas para locomoção) compram tênis transados e coloridos para estarem na moda, os “chumbados” (termo que, no nosso meio de PPD’s, define uma pessoa portadora de deficiência física, é como se fosse um apelido) também devem preocupar-se com visual da cadeira de rodas.

É claro que não dá para comprar uma cadeira de rodas diferente por mês, pois seria muito caro. Custa bem mais do que um par de tênis, porém, a escolha do equipamento certo, além de dar qualidade de vida, ainda dá um visual legal. Hoje existem cadeiras de cores vivas, vibrantes e modernas, que dão um “up grade” no visual.

Foi numa loja de cadeiras para o os chumbados que ancorei na quinta-feira (16). A loja chama Tita Equipamentos e fica no Bairro do Rocha, no Rio de Janeiro. Lá é possível encontrar senão tudo, quase tudo em acessórios necessários para a vida de um cadeirante.

O dono, o Titã, é meu amigo desde a adolescência. Nós começamos a competir juntos, mas ele parou por motivos profissionais. O Tita é um cara virtuoso, de gênio e personalidade muito forte, de um coração imenso e de um senso de ajuda ao próximo maior ainda. Se houver possibilidade pode ter a certeza, ele vai ajudar de alguma forma.

Os anos no esporte e as constantes viagens ao exterior, além do tino comercial, fez dele um empresário bem sucedido no ramo de equipamentos para “chumbados”. A loja do Tita tem clientes de todos os tipos, sem distinção de idade, bairro, classe social entre outros.

Celebridades - Enquanto conversava com ele, um sujeito chegou e perguntou pelo material do Marcelo. Depois fui saber que era um pedido do Marcelo Yuka, músico, ex-baterista do O Rappa, que foi covardemente atingido pela violência quando tentava impedir um assalto. Hoje ele está em cadeira de rodas. Outro cliente dele é o Herbert Vianna, também músico, do Paralamas do Sucesso, que sofreu acidente de ultra-leve.

Nesse meio tempo também estava na loja uma senhora que pelas vestes parecia de ser de origem humilde. Ela barganhava a forma de pagamento já que precisava de um equipamento para um parente. Mas não dispunha do recurso necessário.

É assim que o Tita toca o seu negócio, poucas pessoas conhecem como ele a arte de fazer as medidas de um usuário de cadeira de rodas. Medidas, vocês irão perguntar? Sim, medidas. Quem é andante não compra o primeiro par de tênis que está na vitrine da loja. Antes tem experimentá-lo, certo?

A cadeira de rodas deve ter as medias pessoais de cada um, como um bike de triathlon. Nós não somos “fabricados” em série, portanto, temos que ter equipamentos com as nossas características físicas. Eu, por exemplo, tenho 1 metro e 80 de altura, certamente não será para mim a mesma cadeira de rodas que para uma pessoa de 1,60 ou 2 metros.

Funcionários - Na loja estava também o Ebison, conhecido como Boi. Ele toca parte de mecânica da loja do Tito junto com Flavinho encarregado da logística. Mas o Boi tem um comprometimento bastante elevado em um dos braços, mas foi o melhor armador de basquete em cadeira de rodas que já vi atuando.

Ele jogava alguns anos atrás no time de basquete SADEF do Rio de Janeiro. Chegou até ser base da seleção brasileira. Sua visão de posicionamento tanto de sua equipe como dos adversários e a velocidade de raciocínio eram espantosos. Gostava de ver o Boi jogando.


Carlos Oliveira (Carlão)
Consultor WebRun da seção Cadeirantes. Ele é atleta de elite dessa modalidade e compete pelo CGDCRDR (Clube Gaúcho de Desporto em Cadeira de Rodas de Porto Alegre). Vencedor de várias provas importantes nacionais como Maratona Internacional de São Paulo e Meia do Rio, além de ter participado dos principais eventos mundiais da modalidade Cadeirantes como o Mundial de Atletismo em Birminghan, Inglaterra e Maratona de Nova York, prova que conquistou o quarto lugar em 1997 e 1998.

Carlão conta como foi mais um dia no Parapan

Direto do Rio de Janeiro - Dia anterior tinha sofrido com a inacessibilidade dos trens da Central do Brasil para chegar até o estádio Engenhão, local onde acontecem as provas de atletismo do Parapan. Resolvi então ir mais confortável. Ao invés do trem, na quinta-feira (16) fui no carro do Tita, amigo e dono de uma loja de cadeiras de roda no Rio.

Cheguei ao Engenhão tranqüilo e com tempo para assistir a prova dos 1.500m open vencida por Saul Mendoza. O segundo lugar ficou com Aaron Gordian, também do México seguido por Alejandro Maldonado, da Argentina.

Na arquibancada, mais precisamente bem perto da chegada dos 100m, encontrei o João Bentim, presidente do Clube dos Paraplégicos de São Paulo, clube no qual já defendi. Nos intervalos das provas me diverti muito com uma turma fantástica de alunos da Escola Santa Rita de Nova Iguaçu. Era uma molecada sensacional que me deu uma verdadeira lição de como é bom ser ingênuo e inocente.

Na última prova do programa, os 5.000m em cadeira de rodas, havia apenas duas participantes do México, o que me deu profunda tristeza, pois o Brasil não tinha nenhuma representante. Isso é um absurdo. Tem tanta grana desviada em falcatruas e ao mesmo tempo pessoas a fim de competir, mas sem dinheiro para equipamento.

A Lia, que estava comigo no Engenhão, é uma dessas brasileiras. Muito boa corredora, ela parou de competir por falta de equipamento, de apoio e de projetos governamentais que a mantivessem no esporte.

Infelizmente a minha volta do Engenhão teve que ser feita novamente de metrô. Enfrentei tudo aquilo que havia relatado ontem, sacolejos, dificuldade de acesso ao vagão entre outros. Esse foi mais um dia no Parapan do Rio de Janeiro.


Carlos Oliveira (Carlão)
Consultor WebRun da seção Cadeirantes. Ele é atleta de elite dessa modalidade e compete pelo CGDCRDR (Clube Gaúcho de Desporto em Cadeira de Rodas de Porto Alegre). Vencedor de várias provas importantes nacionais como Maratona Internacional de São Paulo e Meia do Rio, além de ter participado dos principais eventos mundiais da modalidade Cadeirantes como o Mundial de Atletismo em Birminghan, Inglaterra e Maratona de Nova York, prova que conquistou o quarto lugar em 1997 e 1998.


Carlão conta como foi mais um dia no Parapan

Esporte Adaptado · 17 ago, 2007

Direto do Rio de Janeiro - Dia anterior tinha sofrido com a inacessibilidade dos trens da Central do Brasil para chegar até o estádio Engenhão, local onde acontecem as provas de atletismo do Parapan. Resolvi então ir mais confortável. Ao invés do trem, na quinta-feira (16) fui no carro do Tita, amigo e dono de uma loja de cadeiras de roda no Rio.

Cheguei ao Engenhão tranqüilo e com tempo para assistir a prova dos 1.500m open vencida por Saul Mendoza. O segundo lugar ficou com Aaron Gordian, também do México seguido por Alejandro Maldonado, da Argentina.

Na arquibancada, mais precisamente bem perto da chegada dos 100m, encontrei o João Bentim, presidente do Clube dos Paraplégicos de São Paulo, clube no qual já defendi. Nos intervalos das provas me diverti muito com uma turma fantástica de alunos da Escola Santa Rita de Nova Iguaçu. Era uma molecada sensacional que me deu uma verdadeira lição de como é bom ser ingênuo e inocente.

Na última prova do programa, os 5.000m em cadeira de rodas, havia apenas duas participantes do México, o que me deu profunda tristeza, pois o Brasil não tinha nenhuma representante. Isso é um absurdo. Tem tanta grana desviada em falcatruas e ao mesmo tempo pessoas a fim de competir, mas sem dinheiro para equipamento.

A Lia, que estava comigo no Engenhão, é uma dessas brasileiras. Muito boa corredora, ela parou de competir por falta de equipamento, de apoio e de projetos governamentais que a mantivessem no esporte.

Infelizmente a minha volta do Engenhão teve que ser feita novamente de metrô. Enfrentei tudo aquilo que havia relatado ontem, sacolejos, dificuldade de acesso ao vagão entre outros. Esse foi mais um dia no Parapan do Rio de Janeiro.


Carlos Oliveira (Carlão)
Consultor WebRun da seção Cadeirantes. Ele é atleta de elite dessa modalidade e compete pelo CGDCRDR (Clube Gaúcho de Desporto em Cadeira de Rodas de Porto Alegre). Vencedor de várias provas importantes nacionais como Maratona Internacional de São Paulo e Meia do Rio, além de ter participado dos principais eventos mundiais da modalidade Cadeirantes como o Mundial de Atletismo em Birminghan, Inglaterra e Maratona de Nova York, prova que conquistou o quarto lugar em 1997 e 1998.

Brasil consegue bons resultados no Parapan

O Brasil teve uma boa participação nessa quinta-feira durante os Jogos Parapan-americanos do Rio de Janeiro. Odair Santos levou ouro nos 5.000m T12 (Deficientes visuais), Jenifer Santos nos 100m T38 (paralisados cerebrais) e Sirlene Guilhermino, irmã de Terezinha Guilhermino, ficou com a prata nos 100m T13 (deficientes visuais) e Joana Silva com o bronze.

Odair faturou mais uma medalha para sua coleção, já que na quarta-feira faturou os 1.500m. Dessa vez, com o tempo de 15min26se03 ele fez a dobradinha no pódio com Alex Mendonça, que conquistou o segundo lugar após marcar 15min46seg40, à frente do cubano Diosmany Santana, que estabeleceu 16min00seg76.

“A prova de 5.000m é muito sofrida. Não tenho o hábito de correr com um atleta-guia, mas por causa de uma fratura em ambos os pés, eu corri acompanhado. Fico bastante feliz por ter tido força para me superar”, ressalta o atleta que dosou o ritmo no começo e guardou as energias para o final. “Estou me dedicando para competir aqui no Rio, mas depois do Parapan vou dar uma parada para me tratar e seguir representando bem o Brasil ano que vem”, completa.

Garotas - Já Jenifer Santos precisou de 14seg71 para subir no posto mais alto do pódio dos 100 metros rasos. Ela não deu chances às adversárias norte-americanas Sabra Hawkes e Rachelle Renaud, que marcaram 15seg03 e 15seg85 respectivamente.

Sirlene Guilhermino não conseguiu acompanhar a cubana Omara Elias e marcou 12seg86, contra 12seg41 da atleta da terra de Fidel Castro. “O nível da prova foi bem desafiador. Este é o meu primeiro Parapan e está sendo especial. Acredito que na seqüência da competição possa conseguir resultados melhores”, comenta a velocista que também disputará os 800m, sua especialidade. Joana marcou 12seg87 e não foi ameaçada pela quarta colocada, a também brasileira Maria Alves (13seg31).


Brasil consegue bons resultados no Parapan

Atletismo · 16 ago, 2007

O Brasil teve uma boa participação nessa quinta-feira durante os Jogos Parapan-americanos do Rio de Janeiro. Odair Santos levou ouro nos 5.000m T12 (Deficientes visuais), Jenifer Santos nos 100m T38 (paralisados cerebrais) e Sirlene Guilhermino, irmã de Terezinha Guilhermino, ficou com a prata nos 100m T13 (deficientes visuais) e Joana Silva com o bronze.

Odair faturou mais uma medalha para sua coleção, já que na quarta-feira faturou os 1.500m. Dessa vez, com o tempo de 15min26se03 ele fez a dobradinha no pódio com Alex Mendonça, que conquistou o segundo lugar após marcar 15min46seg40, à frente do cubano Diosmany Santana, que estabeleceu 16min00seg76.

“A prova de 5.000m é muito sofrida. Não tenho o hábito de correr com um atleta-guia, mas por causa de uma fratura em ambos os pés, eu corri acompanhado. Fico bastante feliz por ter tido força para me superar”, ressalta o atleta que dosou o ritmo no começo e guardou as energias para o final. “Estou me dedicando para competir aqui no Rio, mas depois do Parapan vou dar uma parada para me tratar e seguir representando bem o Brasil ano que vem”, completa.

Garotas - Já Jenifer Santos precisou de 14seg71 para subir no posto mais alto do pódio dos 100 metros rasos. Ela não deu chances às adversárias norte-americanas Sabra Hawkes e Rachelle Renaud, que marcaram 15seg03 e 15seg85 respectivamente.

Sirlene Guilhermino não conseguiu acompanhar a cubana Omara Elias e marcou 12seg86, contra 12seg41 da atleta da terra de Fidel Castro. “O nível da prova foi bem desafiador. Este é o meu primeiro Parapan e está sendo especial. Acredito que na seqüência da competição possa conseguir resultados melhores”, comenta a velocista que também disputará os 800m, sua especialidade. Joana marcou 12seg87 e não foi ameaçada pela quarta colocada, a também brasileira Maria Alves (13seg31).

Ádria dos Santos comenta sobre lesão

Direto do Rio de Janeiro - A campeã Ádria dos Santos é uma graça. Apesar da cegueira, anda com charme e desfila com maestria. Mas uma coisa me chamou atenção. É impressionante o assédio de crianças, jovens e adultos a essa garota de fala mansa, de jeito doce, de corpo miúdo.

Aqui no Rio de Janeiro ela não consegue se deslocar por mais de cinco metros sem que alguém lhe peça um autógrafo ou peça para tirar uma foto com ela. E ela simpaticamente repete, quase que mecanicamente, pois já está na ponta da língua a resposta. Também sempre responde indagações sobre a sua lesão e não participação na prova dos 100 metros rasos. Modalidade em que foi recordista e encantou o mundo.

Mesmo sendo amigo de Ádria, tive de esperar a minha vez para falar com ela. Depois de atender as emissoras de TV, ela bateu papo comigo. Acompanhe:

Webrun: Me fale sobre a lesão que você sofreu e como vai ser agora nos jogos, você compete ou não?

Ádria dos Santos: Eu sofri uma contratura há uma semana, tive de abrir mão de duas provas, justamente aquela que eu mais treinei, que foi os 100 metros rasos e a outra foi os 400 metros rasos. Inicialmente eu iria competir em quatro provas, mas agora serão apenas duas, os 200 metros rasos e os 800 metros rasos.

WR: E qual é a sua expectativa, o que você espera, em virtude da lesão?

AS: Como você é atleta sabe que depois de uma lesão a gente fica meio inseguro, mas espero esquecer a lesão na hora da prova. Quero correr sem medo. Treinei muito forte visando um resultado positivo, não sei se vai dar ouro, mas o meu objetivo é sair daqui com uma medalha, não importa ela qual for.

WR: Você é uma pessoa que está sempre na mídia. Não é só a carinha bonita e o seu visual altamente positivo que a levam até as televisões e entrevistas, o público também a assedia muito. Noto que é uma das atletas que não sossega aqui no estádio, sendo senão a mais, uma das mais requisitadas para entrevistas e fotos, isso é importante para a imagem do paradesporto, fala um pouco disso.

AS: Para mim é mais uma medalha esse carinho que recebo aqui no Estádio. Não só aqui, mas também na Vila Olímpica. Isso é muito gratificante para um atleta, se superar e ver o carinho das pessoas, principalmente quando vem das crianças, pois criança demonstra o que realmente sente. Eu fico muito feliz quando alguém tira uma foto, me da um abraço. Eu tive muita força das pessoas que assistiram a matéria na televisão noticiando a minha lesão e me falam que estavam contando comigo, mas entendem e dizem que vão torcer por mim. Também dizem que vão me dar a maior força e isso é muito gratificante.

WR: Futuro, próximo ou mais adiante, tem alguma competição já em vista?

AS: Terminando os jogos ParaPan-americanos, eu tenho mais uma etapa do circuito nacional de atletismo. Depois quero descansar um pouco. Ando muito cansada com a rotina de treinamentos. Não vou parar com tudo, mas quero ficar mais ou menos um mês de descanso. Depois vou começar a base novamente e se Deus quiser conseguir uma vaga para a Paraolimpiada de Pequim.


Carlos Oliveira (Carlão)
Consultor WebRun da seção Cadeirantes. Ele é atleta de elite dessa modalidade e compete pelo CGDCRDR (Clube Gaúcho de Desporto em Cadeira de Rodas de Porto Alegre). Vencedor de várias provas importantes nacionais como Maratona Internacional de São Paulo e Meia do Rio, além de ter participado dos principais eventos mundiais da modalidade Cadeirantes como o Mundial de Atletismo em Birminghan, Inglaterra e Maratona de Nova York, prova que conquistou o quarto lugar em 1997 e 1998.


Ádria dos Santos comenta sobre lesão

Esporte Adaptado · 16 ago, 2007

Direto do Rio de Janeiro - A campeã Ádria dos Santos é uma graça. Apesar da cegueira, anda com charme e desfila com maestria. Mas uma coisa me chamou atenção. É impressionante o assédio de crianças, jovens e adultos a essa garota de fala mansa, de jeito doce, de corpo miúdo.

Aqui no Rio de Janeiro ela não consegue se deslocar por mais de cinco metros sem que alguém lhe peça um autógrafo ou peça para tirar uma foto com ela. E ela simpaticamente repete, quase que mecanicamente, pois já está na ponta da língua a resposta. Também sempre responde indagações sobre a sua lesão e não participação na prova dos 100 metros rasos. Modalidade em que foi recordista e encantou o mundo.

Mesmo sendo amigo de Ádria, tive de esperar a minha vez para falar com ela. Depois de atender as emissoras de TV, ela bateu papo comigo. Acompanhe:

Webrun: Me fale sobre a lesão que você sofreu e como vai ser agora nos jogos, você compete ou não?

Ádria dos Santos: Eu sofri uma contratura há uma semana, tive de abrir mão de duas provas, justamente aquela que eu mais treinei, que foi os 100 metros rasos e a outra foi os 400 metros rasos. Inicialmente eu iria competir em quatro provas, mas agora serão apenas duas, os 200 metros rasos e os 800 metros rasos.

WR: E qual é a sua expectativa, o que você espera, em virtude da lesão?

AS: Como você é atleta sabe que depois de uma lesão a gente fica meio inseguro, mas espero esquecer a lesão na hora da prova. Quero correr sem medo. Treinei muito forte visando um resultado positivo, não sei se vai dar ouro, mas o meu objetivo é sair daqui com uma medalha, não importa ela qual for.

WR: Você é uma pessoa que está sempre na mídia. Não é só a carinha bonita e o seu visual altamente positivo que a levam até as televisões e entrevistas, o público também a assedia muito. Noto que é uma das atletas que não sossega aqui no estádio, sendo senão a mais, uma das mais requisitadas para entrevistas e fotos, isso é importante para a imagem do paradesporto, fala um pouco disso.

AS: Para mim é mais uma medalha esse carinho que recebo aqui no Estádio. Não só aqui, mas também na Vila Olímpica. Isso é muito gratificante para um atleta, se superar e ver o carinho das pessoas, principalmente quando vem das crianças, pois criança demonstra o que realmente sente. Eu fico muito feliz quando alguém tira uma foto, me da um abraço. Eu tive muita força das pessoas que assistiram a matéria na televisão noticiando a minha lesão e me falam que estavam contando comigo, mas entendem e dizem que vão torcer por mim. Também dizem que vão me dar a maior força e isso é muito gratificante.

WR: Futuro, próximo ou mais adiante, tem alguma competição já em vista?

AS: Terminando os jogos ParaPan-americanos, eu tenho mais uma etapa do circuito nacional de atletismo. Depois quero descansar um pouco. Ando muito cansada com a rotina de treinamentos. Não vou parar com tudo, mas quero ficar mais ou menos um mês de descanso. Depois vou começar a base novamente e se Deus quiser conseguir uma vaga para a Paraolimpiada de Pequim.


Carlos Oliveira (Carlão)
Consultor WebRun da seção Cadeirantes. Ele é atleta de elite dessa modalidade e compete pelo CGDCRDR (Clube Gaúcho de Desporto em Cadeira de Rodas de Porto Alegre). Vencedor de várias provas importantes nacionais como Maratona Internacional de São Paulo e Meia do Rio, além de ter participado dos principais eventos mundiais da modalidade Cadeirantes como o Mundial de Atletismo em Birminghan, Inglaterra e Maratona de Nova York, prova que conquistou o quarto lugar em 1997 e 1998.

Parapan: Carlão enfrenta dificuldade no trem, mas chega ao Engenhão

Direto do Rio de Janeiro - De metrô cheguei à Central do Brasil, dou uma apressada até a plataforma 10, pois já está quase na hora da saída do trem que vai a Japeri, com a primeira parada no bairro do Engenho de Dentro, bem em frente ao suntuoso, e majestoso Engenhão. Já no embarque o meu direito universal de ir e vir “independentemente” foi impedido. Por estar em cadeira de rodas e o vão entre a plataforma e o trem ser muito grande, precisei do auxílio de outras pessoas para entrar no trem.

O curioso é que nem mesmo um atleta, como eu, consegue embarcar sem a ajuda de outra pessoa, porém, o “jeitinho brasileiro” e a hospitalidade tradicional do carioca dão a solução e consigo entrar no trem. Lá dentro juro que me surpreendi positivamente, o vagão que tomei tinha até ar condicionado.

Lá fui eu sacolejando, assistindo a novela da vida real, passando por bairros de moradores de classes trabalhadoras com casas simples e modestas, pelo monitor da janela do trem. E pensar que eu ficaria ali apenas 20 minutos, já que aquele trem era direto. Além dele, tem o “parador”, que como diz o nome, para em todas as estações e é bem mais demorado.

Tem gente que vai até o final da linha e em horário de pico e leva em torno de uma hora e meia ou duas horas para chegar ao destino. Fiquei cansado somente em pesar. Estes cidadãos preferem ter uma vida de luta e agir corretamente. Essa é a vida, é a realidade do povo brasileiro que apesar das vicissitudes não sucumbe e não desiste NUNCA.

Para desembarcar, mais um capítulo triste da novela e da não acessibilidade. Mais adiante na rampa de acesso que liga a estação do trem ao Engenhão outra cena triste. Vândalos haviam pixado a passarela que foi entregue há menos de um mês.

No Engenhão - Depois de uma longa jornada, finalmente entro no estádio. Confesso que não tenho ido assistir outros esportes por essa minha afinidade, esse meu amor incondicional pelo atletismo.

Assisti inúmeras provas, numa delas Wendel Soares, de Brasília, passou à final dos 200 metros rasos. Foi uma visão maravilhosa para mim. Ele é um atleta brasileiro, que como aquele sujeito que mora em casa humilde não sucumbe ao crime.

Mesmo sem recursos e patrocínio, Wendel, está no mesmo patamar de atletas de altíssimo nível. Lá ele brigou de igual para igual com atletas do México, Canadá e Estados Unidos. Fico contente com isso e cada vez mais me convenço de que se somos brasileiros e não devemos desistir NUNCA, além de não sucumbir.


Carlos Oliveira (Carlão)
Consultor WebRun da seção Cadeirantes. Ele é atleta de elite dessa modalidade e compete pelo CGDCRDR (Clube Gaúcho de Desporto em Cadeira de Rodas de Porto Alegre). Vencedor de várias provas importantes nacionais como Maratona Internacional de São Paulo e Meia do Rio, além de ter participado dos principais eventos mundiais da modalidade Cadeirantes como o Mundial de Atletismo em Birminghan, Inglaterra e Maratona de Nova York, prova que conquistou o quarto lugar em 1997 e 1998.


Parapan: Carlão enfrenta dificuldade no trem, mas chega ao Engenhão

Esporte Adaptado · 16 ago, 2007

Direto do Rio de Janeiro - De metrô cheguei à Central do Brasil, dou uma apressada até a plataforma 10, pois já está quase na hora da saída do trem que vai a Japeri, com a primeira parada no bairro do Engenho de Dentro, bem em frente ao suntuoso, e majestoso Engenhão. Já no embarque o meu direito universal de ir e vir “independentemente” foi impedido. Por estar em cadeira de rodas e o vão entre a plataforma e o trem ser muito grande, precisei do auxílio de outras pessoas para entrar no trem.

O curioso é que nem mesmo um atleta, como eu, consegue embarcar sem a ajuda de outra pessoa, porém, o “jeitinho brasileiro” e a hospitalidade tradicional do carioca dão a solução e consigo entrar no trem. Lá dentro juro que me surpreendi positivamente, o vagão que tomei tinha até ar condicionado.

Lá fui eu sacolejando, assistindo a novela da vida real, passando por bairros de moradores de classes trabalhadoras com casas simples e modestas, pelo monitor da janela do trem. E pensar que eu ficaria ali apenas 20 minutos, já que aquele trem era direto. Além dele, tem o “parador”, que como diz o nome, para em todas as estações e é bem mais demorado.

Tem gente que vai até o final da linha e em horário de pico e leva em torno de uma hora e meia ou duas horas para chegar ao destino. Fiquei cansado somente em pesar. Estes cidadãos preferem ter uma vida de luta e agir corretamente. Essa é a vida, é a realidade do povo brasileiro que apesar das vicissitudes não sucumbe e não desiste NUNCA.

Para desembarcar, mais um capítulo triste da novela e da não acessibilidade. Mais adiante na rampa de acesso que liga a estação do trem ao Engenhão outra cena triste. Vândalos haviam pixado a passarela que foi entregue há menos de um mês.

No Engenhão - Depois de uma longa jornada, finalmente entro no estádio. Confesso que não tenho ido assistir outros esportes por essa minha afinidade, esse meu amor incondicional pelo atletismo.

Assisti inúmeras provas, numa delas Wendel Soares, de Brasília, passou à final dos 200 metros rasos. Foi uma visão maravilhosa para mim. Ele é um atleta brasileiro, que como aquele sujeito que mora em casa humilde não sucumbe ao crime.

Mesmo sem recursos e patrocínio, Wendel, está no mesmo patamar de atletas de altíssimo nível. Lá ele brigou de igual para igual com atletas do México, Canadá e Estados Unidos. Fico contente com isso e cada vez mais me convenço de que se somos brasileiros e não devemos desistir NUNCA, além de não sucumbir.


Carlos Oliveira (Carlão)
Consultor WebRun da seção Cadeirantes. Ele é atleta de elite dessa modalidade e compete pelo CGDCRDR (Clube Gaúcho de Desporto em Cadeira de Rodas de Porto Alegre). Vencedor de várias provas importantes nacionais como Maratona Internacional de São Paulo e Meia do Rio, além de ter participado dos principais eventos mundiais da modalidade Cadeirantes como o Mundial de Atletismo em Birminghan, Inglaterra e Maratona de Nova York, prova que conquistou o quarto lugar em 1997 e 1998.

Crianças da rede pública do RJ vão ao Parapan

Aproximadamente 10 mil crianças da rede pública do Estado do Rio de Janeiro engrossam a torcida aos brasileiros nos Jogos Parapan-americanos 2007 com o objetivo de combater o preconceito contra pessoas com deficiência e estimular a inclusão social pelo esporte. O projeto faz parte do “Comunidades Integradas ao Parapan”, com coordenação do Ministério do Esporte e do Comitê Organizador do Parapan 2007 (Co-Rio).

"As crianças mudaram sua visão dos deficientes. No começo, diziam 'coitados' quando os atletas caíam, mas logo se maravilhavam com a agilidade com que eles levantavam do chão amarrados às suas cadeiras", comenta a professora Lilia Rocha da escola municipal Carlos Delgado de Carvalho.

A instituição atende 470 crianças de quatro a oito anos de uma favela do bairro de Recreio e levou 26 alunos da segunda série e oito de uma classe especial para deficientes mentais. "Foi muito instrutivo para todos", completa a professora.

Desabafo - "Foi maneiro, nunca pensei que um cara sem pernas pudesse dar cortadas que eu não consigo", disse Ellen dos Santos, de oito anos, aluna da escola Tia Ciata, da capital, depois do jogo de vôlei sentado. Já Márcia Santos Silva, de 11 anos, sentiu uma emoção especial ao comparecer aos jogos.

Ela nasceu sem uma das mãos e desabafa: "existe preconceito, sim, e vir aqui ajuda a mudar isso. Queria que tivesse vindo uma vizinha que disse para minha mãe que eu podia pedir aposentadoria sem ter de trabalhar nunca". Ela é aluna da escola Jardim Paraíso, de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, escola que promoveu discussões em classe depois da visita aos jogos.

"Este projeto materializa o verdadeiro legado social do Parapan", enfatiza Júlio Filgueira, secretário nacional de Esporte Educacional. Quem também tem acompanhado as competições são grupos da terceira idade, que recebem lanche e transporte gratuito.

O “Comunidades Integradas ao Parapan” também confeccionou cartilhas sobre o esporte adaptado e levou paraatletas para mais de 30 escolas, para que eles contassem suas experiências com a deficiência e com a superação pessoal. Está nos planos dos idealizadores produzir um DVD didático, mostrando os caminhos de superação da deficiência e instruindo sobre como reivindicar os direitos à acessibilidade e que será veiculado em televisões educativas e distribuído para escolas da rede pública de todo o país.

"Estamos trabalhando com os professores e as crianças porque eles são a base de tudo para romper preconceitos e criar uma nova mentalidade, inspirada na inclusão de deficientes e na inclusão social mais ampla", finaliza Wilson Cardoso, presidente do Idecace (Instituto para o Desenvolvimento da criança e do Adolescente pela Cultura e Esporte).


Crianças da rede pública do RJ vão ao Parapan

Atletismo · 16 ago, 2007

Aproximadamente 10 mil crianças da rede pública do Estado do Rio de Janeiro engrossam a torcida aos brasileiros nos Jogos Parapan-americanos 2007 com o objetivo de combater o preconceito contra pessoas com deficiência e estimular a inclusão social pelo esporte. O projeto faz parte do “Comunidades Integradas ao Parapan”, com coordenação do Ministério do Esporte e do Comitê Organizador do Parapan 2007 (Co-Rio).

"As crianças mudaram sua visão dos deficientes. No começo, diziam 'coitados' quando os atletas caíam, mas logo se maravilhavam com a agilidade com que eles levantavam do chão amarrados às suas cadeiras", comenta a professora Lilia Rocha da escola municipal Carlos Delgado de Carvalho.

A instituição atende 470 crianças de quatro a oito anos de uma favela do bairro de Recreio e levou 26 alunos da segunda série e oito de uma classe especial para deficientes mentais. "Foi muito instrutivo para todos", completa a professora.

Desabafo - "Foi maneiro, nunca pensei que um cara sem pernas pudesse dar cortadas que eu não consigo", disse Ellen dos Santos, de oito anos, aluna da escola Tia Ciata, da capital, depois do jogo de vôlei sentado. Já Márcia Santos Silva, de 11 anos, sentiu uma emoção especial ao comparecer aos jogos.

Ela nasceu sem uma das mãos e desabafa: "existe preconceito, sim, e vir aqui ajuda a mudar isso. Queria que tivesse vindo uma vizinha que disse para minha mãe que eu podia pedir aposentadoria sem ter de trabalhar nunca". Ela é aluna da escola Jardim Paraíso, de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, escola que promoveu discussões em classe depois da visita aos jogos.

"Este projeto materializa o verdadeiro legado social do Parapan", enfatiza Júlio Filgueira, secretário nacional de Esporte Educacional. Quem também tem acompanhado as competições são grupos da terceira idade, que recebem lanche e transporte gratuito.

O “Comunidades Integradas ao Parapan” também confeccionou cartilhas sobre o esporte adaptado e levou paraatletas para mais de 30 escolas, para que eles contassem suas experiências com a deficiência e com a superação pessoal. Está nos planos dos idealizadores produzir um DVD didático, mostrando os caminhos de superação da deficiência e instruindo sobre como reivindicar os direitos à acessibilidade e que será veiculado em televisões educativas e distribuído para escolas da rede pública de todo o país.

"Estamos trabalhando com os professores e as crianças porque eles são a base de tudo para romper preconceitos e criar uma nova mentalidade, inspirada na inclusão de deficientes e na inclusão social mais ampla", finaliza Wilson Cardoso, presidente do Idecace (Instituto para o Desenvolvimento da criança e do Adolescente pela Cultura e Esporte).

Estrangeiros dominam Parapan nessa quarta-feira

As disputas dessa quarta-feira do atletismo Parapan-americano foram marcadas por um domínio estrangeiro no lugar mais alto do pódio, mas os brasileiros não decepcionaram e conquistaram ótimos resultados. Até o momento o Brasil lidera o quadro geral da competição, com 100 medalhas conquistadas.

Na disputa dos 100 metros masculino da classe T36, Eduardo Garcia do México foi ao melhor atleta ao marcar 14seg32 e superar os argentinos Oscar Segura e Daniel Schapira. Os hermanos fizeram o tempo de 15seg26 e 15seg68 respectivamente.

Nos 1.500m masculino da classe T12 teve Brasil no pódio com Odair Santos. Ele marcou 4min11seg17, contra Elkin Serna Moreno (Colômbia) que ganhou a prata com 4min24seg82 e contra o equatoriano Carlos Cuascota, que ficou com o bronze ao marcar 4min43seg83.

Nos 5.000m T11 o pódio ficou com o mexicano Luis Rosas, após estabelecer 16min35seg80 e bater o recorde Pan-americano. A festa verde e amarela ficou por conta dos fundistas canarinhos Carlos Silva e Christiano Farias, que ficaram com a prata (16min52seg44) e o bronze (16min59seg88) respectivamente.

Mais estrangeiros - Nos 800m feminino da T54, a canadense Jéssica Matassa não deu chances às adversárias e faturou o ouro com 1min56seg82. A prata e o bronze ficaram para as mexicanas Ariadne Hernandez e Evelyn Enciso, que marcaram 2min03seg21 e 2min11seg78 respectivamente.

Na mesma prova, na categoria masculina T46, Samuel Aquino da Venezuela estabeleceu 1min58seg51 e levou o ouro após derrotar Ernesto Ravielo de Cuba (1min59seg54) e o brasileiro Emicarlo Souza com 1min59seg65.

Cuba também se deu bem nessa quarta-feira, ao vencer os 100m da T46 feminina com o tempo de 12se16 estabelecido por Yunidis Castillo. Ela derrotou a americana April Holmes (prata com 13seg03) e a brasileira Sheila Finder (bronze com 13seg39).


Estrangeiros dominam Parapan nessa quarta-feira

Atletismo · 15 ago, 2007

As disputas dessa quarta-feira do atletismo Parapan-americano foram marcadas por um domínio estrangeiro no lugar mais alto do pódio, mas os brasileiros não decepcionaram e conquistaram ótimos resultados. Até o momento o Brasil lidera o quadro geral da competição, com 100 medalhas conquistadas.

Na disputa dos 100 metros masculino da classe T36, Eduardo Garcia do México foi ao melhor atleta ao marcar 14seg32 e superar os argentinos Oscar Segura e Daniel Schapira. Os hermanos fizeram o tempo de 15seg26 e 15seg68 respectivamente.

Nos 1.500m masculino da classe T12 teve Brasil no pódio com Odair Santos. Ele marcou 4min11seg17, contra Elkin Serna Moreno (Colômbia) que ganhou a prata com 4min24seg82 e contra o equatoriano Carlos Cuascota, que ficou com o bronze ao marcar 4min43seg83.

Nos 5.000m T11 o pódio ficou com o mexicano Luis Rosas, após estabelecer 16min35seg80 e bater o recorde Pan-americano. A festa verde e amarela ficou por conta dos fundistas canarinhos Carlos Silva e Christiano Farias, que ficaram com a prata (16min52seg44) e o bronze (16min59seg88) respectivamente.

Mais estrangeiros - Nos 800m feminino da T54, a canadense Jéssica Matassa não deu chances às adversárias e faturou o ouro com 1min56seg82. A prata e o bronze ficaram para as mexicanas Ariadne Hernandez e Evelyn Enciso, que marcaram 2min03seg21 e 2min11seg78 respectivamente.

Na mesma prova, na categoria masculina T46, Samuel Aquino da Venezuela estabeleceu 1min58seg51 e levou o ouro após derrotar Ernesto Ravielo de Cuba (1min59seg54) e o brasileiro Emicarlo Souza com 1min59seg65.

Cuba também se deu bem nessa quarta-feira, ao vencer os 100m da T46 feminina com o tempo de 12se16 estabelecido por Yunidis Castillo. Ela derrotou a americana April Holmes (prata com 13seg03) e a brasileira Sheila Finder (bronze com 13seg39).

Veja o relato de um cadeirante que está no Parapan

Durante os Jogos Parapan-americanos do Rio de Janeiro, o Webrun contará com relatos do atleta e colunista da seção Cadeirantes, Carlos de Oliveira, que está na cidade maravilhosa. Confira suas primeiras impressões do evento.

Direto do Rio de Janeiro - A minha saída de Porto Alegre com destino ao Rio de Janeiro não teve um itinerário dos mais animadores. Acordar às 5h da madruga para ficar no saguão do aeroporto não é uma das melhores coisas a se fazer. Ter de carregar o carro com a tralha de corrida, mais mala e a cadeira de rodas não é fácil. Ainda mais quando deveria estar no terceiro ou quarto sono, definitivamente ninguém merece, porém, são cavacos do ofício.

Fiz o check-in e já estava esperando tirar um soninho na sala de espera, mas a chamada foi rápida e, além disso, eu encontrei a Juliana Veloso, aquela dos saltos ornamentais. O papo rolou legal, pois ela é uma figuraça, simples, delicada, atenciosa e muito simpática. Conversamos até o nosso pouso com segurança no temido Aeroporto de Congonhas. Eu esperava um pouso normal da aeronave, porém, o piloto “atirou” o avião no chão, juro que fiquei com medo.

Logo depois fiz a conexão para o Rio de Janeiro. Recostei no assento, dormi e logo estava sobrevoando a cidade maravilhosa. Se conseguirem tirar a bandidagem do Rio de Janeiro, sou capaz de vir morar aqui, pois “o dono da natureza” foi bastante generoso com essa cidade.

Já no solo, fui recepcionado pela Simone e Ellize, destacadas pela Organização do Parapan para darem o apoio necessário a quem necessitar. Apesar de precisar de apenas algumas pequenas informações, fui atendido acima da média. Parabéns!

Rio de Janeiro - Lá pelas 13 horas depois de um delicioso ala minuta, tive um encontro no mínimo engraçado, eu Carlos Roberto e Roberto Carlos, basqueteiro em cadeira de rodas dos bons, jogou dois anos na Itália e foi da Seleção Brasileira. Nós chegamos ao Engenhão e confesso que fiquei deslumbrado com a magnitude e beleza do estádio, até com uma pontinha de orgulho por termos um equipamento desses aqui no Brasil.

Creio que os atletas brasileiros pensaram da mesma maneira e começaram fazer uma chuva de medalhas. Agora já passa da meia-noite e ainda não recebi o boletim oficial, por isso prometo para amanhã a atualização do quadro de medalhas. Mas vi o gaúcho André (deficiente visual) fazer uma prova irrepreensível e ficar a apenas um centésimo de segundo de um dos melhores atletas do mundo na prova dos 200m rasos. Ele ficou com a honrosa medalha de prata.

Também vi Teresinha Guilhermina (deficiente visual) ”de-to-nar” as adversárias e vencer com extrema facilidade a prova dos 100m. Wendel Soares (deficiente físico) correr os 200m rasos, classe T54 em cadeira de rodas e ele também fez uma prova muito boa. Logo após da competição ele disse: “foi uma pauleira, uma prova muito forte, onde alguns dos melhores do mundo e o recordista do Parapan estavam na prova. Eles têm uma batida muito forte e foi bom para mim porque apesar do sexto tempo, foi a minha melhor marca individual 27seg02”.

Vi Ariosvaldo, o Parré, fazer uma prova de 100m rasos onde largou mal e foi buscar a primeira colocação. A torcida vibrou muito com a sua vitória. Com o ouro no pescoço ele disse que se sentiu realizado e que agora pensa em Pequim.

Infelizmente não vi os brasileiros na prova dos 800m rasos, pois não havia nenhum, fato que me entristeceu. Não é falta de material humano. Atletas nós temos em todos os cantos do Brasil, o que está faltando é incentivo e um projeto privado ou governamental para dar oportunidade para que mais pessoas tenham acesso ao esporte e apareçam mais e mais Ariosvaldos, Terezinhas, Wendels e Andrés. Por hoje era isso! Até mais!


Carlos Oliveira (Carlão)
Consultor WebRun da seção Cadeirantes. Ele é atleta de elite dessa modalidade e compete pelo CGDCRDR (Clube Gaúcho de Desporto em Cadeira de Rodas de Porto Alegre). Vencedor de várias provas importantes nacionais como Maratona Internacional de São Paulo e Meia do Rio, além de ter participado dos principais eventos mundiais da modalidade Cadeirantes como o Mundial de Atletismo em Birminghan, Inglaterra e Maratona de Nova York, prova que conquistou o quarto lugar em 1997 e 1998.


Veja o relato de um cadeirante que está no Parapan

Esporte Adaptado · 15 ago, 2007

Durante os Jogos Parapan-americanos do Rio de Janeiro, o Webrun contará com relatos do atleta e colunista da seção Cadeirantes, Carlos de Oliveira, que está na cidade maravilhosa. Confira suas primeiras impressões do evento.

Direto do Rio de Janeiro - A minha saída de Porto Alegre com destino ao Rio de Janeiro não teve um itinerário dos mais animadores. Acordar às 5h da madruga para ficar no saguão do aeroporto não é uma das melhores coisas a se fazer. Ter de carregar o carro com a tralha de corrida, mais mala e a cadeira de rodas não é fácil. Ainda mais quando deveria estar no terceiro ou quarto sono, definitivamente ninguém merece, porém, são cavacos do ofício.

Fiz o check-in e já estava esperando tirar um soninho na sala de espera, mas a chamada foi rápida e, além disso, eu encontrei a Juliana Veloso, aquela dos saltos ornamentais. O papo rolou legal, pois ela é uma figuraça, simples, delicada, atenciosa e muito simpática. Conversamos até o nosso pouso com segurança no temido Aeroporto de Congonhas. Eu esperava um pouso normal da aeronave, porém, o piloto “atirou” o avião no chão, juro que fiquei com medo.

Logo depois fiz a conexão para o Rio de Janeiro. Recostei no assento, dormi e logo estava sobrevoando a cidade maravilhosa. Se conseguirem tirar a bandidagem do Rio de Janeiro, sou capaz de vir morar aqui, pois “o dono da natureza” foi bastante generoso com essa cidade.

Já no solo, fui recepcionado pela Simone e Ellize, destacadas pela Organização do Parapan para darem o apoio necessário a quem necessitar. Apesar de precisar de apenas algumas pequenas informações, fui atendido acima da média. Parabéns!

Rio de Janeiro - Lá pelas 13 horas depois de um delicioso ala minuta, tive um encontro no mínimo engraçado, eu Carlos Roberto e Roberto Carlos, basqueteiro em cadeira de rodas dos bons, jogou dois anos na Itália e foi da Seleção Brasileira. Nós chegamos ao Engenhão e confesso que fiquei deslumbrado com a magnitude e beleza do estádio, até com uma pontinha de orgulho por termos um equipamento desses aqui no Brasil.

Creio que os atletas brasileiros pensaram da mesma maneira e começaram fazer uma chuva de medalhas. Agora já passa da meia-noite e ainda não recebi o boletim oficial, por isso prometo para amanhã a atualização do quadro de medalhas. Mas vi o gaúcho André (deficiente visual) fazer uma prova irrepreensível e ficar a apenas um centésimo de segundo de um dos melhores atletas do mundo na prova dos 200m rasos. Ele ficou com a honrosa medalha de prata.

Também vi Teresinha Guilhermina (deficiente visual) ”de-to-nar” as adversárias e vencer com extrema facilidade a prova dos 100m. Wendel Soares (deficiente físico) correr os 200m rasos, classe T54 em cadeira de rodas e ele também fez uma prova muito boa. Logo após da competição ele disse: “foi uma pauleira, uma prova muito forte, onde alguns dos melhores do mundo e o recordista do Parapan estavam na prova. Eles têm uma batida muito forte e foi bom para mim porque apesar do sexto tempo, foi a minha melhor marca individual 27seg02”.

Vi Ariosvaldo, o Parré, fazer uma prova de 100m rasos onde largou mal e foi buscar a primeira colocação. A torcida vibrou muito com a sua vitória. Com o ouro no pescoço ele disse que se sentiu realizado e que agora pensa em Pequim.

Infelizmente não vi os brasileiros na prova dos 800m rasos, pois não havia nenhum, fato que me entristeceu. Não é falta de material humano. Atletas nós temos em todos os cantos do Brasil, o que está faltando é incentivo e um projeto privado ou governamental para dar oportunidade para que mais pessoas tenham acesso ao esporte e apareçam mais e mais Ariosvaldos, Terezinhas, Wendels e Andrés. Por hoje era isso! Até mais!


Carlos Oliveira (Carlão)
Consultor WebRun da seção Cadeirantes. Ele é atleta de elite dessa modalidade e compete pelo CGDCRDR (Clube Gaúcho de Desporto em Cadeira de Rodas de Porto Alegre). Vencedor de várias provas importantes nacionais como Maratona Internacional de São Paulo e Meia do Rio, além de ter participado dos principais eventos mundiais da modalidade Cadeirantes como o Mundial de Atletismo em Birminghan, Inglaterra e Maratona de Nova York, prova que conquistou o quarto lugar em 1997 e 1998.