Os atletas da Paquetá venceram mais uma vez com sobra (foto: Alexandre Koda/ www.webrun.com.br)
Depois da forte chuva que caiu em Florianópolis no último sábado, o domingo amanheceu quente e ensolarado na ilha da magia. Durante toda a manhã as equipes do Revezamento Volta à Ilha receberam os troféus de premiação, com destaque para a Paquetá Esportes Asics, que faturou o tetracampeonato. Confira como foi.
Florianópolis – A Paquetá Esportes Asics venceu a disputa pela quarta vez ao cruzar a linha de chegada com o tempo de 8h50min39 e tinha a pressão por defender a hegemonia da equipe. Paulo Castanhete, que abriu os 150 quilômetros do revezamento, o que para ele foi uma grande responsabilidade.
Sempre que a gente abre a prova tem um compromisso em manter a ponta e não deixar os outros atletas encostarem. Graças a Deus eu entreguei o bastão para o próximo atleta em primeiro e chegou num determinado ponto que corríamos contra nós mesmos, na tentativa de bater o recorde do trajeto. Ainda segundo o atleta, que também correu em outros dois pontos, não foi possível melhorar a marca. O tempo não ajudou, tinha muita água e o mar estava muito bravo.
José Eduardo Zdanowicz, coordenador geral da equipe fez uma preleção com os atletas no sábado à noite e propôs três objetivos para a competição. O primeiro era vencer a prova, o segundo era bater nosso recorde pessoal de 3min14 por quilômetro e a terceira era bater o recorde da competição. Devido às condições climáticas adversas e um problema com um dos corredores, eles só alcançaram a meta da vitória.
Nosso último atleta teve um problema muscular e quase não conseguiu completar, mas achamos que foi uma prova muito boa, completa Zdanowicz. Ele alerta ainda que a conquista de tantos títulos pode parecer algo fácil de se alcançar, mas o trabalho nos bastidores é muito árduo para que isso ocorra. Temos o apoio do Edson Berreta, que é militar e coordena a parte tática, enquanto eu faço a parte estratégica, dos apoios e patrocínios.
Motivação – Em quatro anos disputando a Volta à Ilha, a equipe sempre contou com uma formação diferente e, apesar de ser oriunda de Porto Alegre (RS), já agrega atletas de vários estados. Sempre buscamos corredores de elite e como não há premiação em dinheiro, todos vêm pela parte lúdica, pela diversão. Sobre esse assunto ele faz um apelo aos governantes. É uma pena que não haja mais incentivo ao atletismo, já que seria muito mais barato investir em esporte, escolas e ginásios, do que em cadeias. Esporte não combina com droga e violência.
Todos os membros da equipe campeã receberam troféus e brindes dos patrocinadores do evento e prometeram voltar ano que vem para mais um título e, certamente, a tentativa de baixar o recorde da prova. A equipe que ostenta o melhor tempo é o Exército Brasileiro, com 8h21min50, obtido em 2002, época em que a disputa contava com 155 quilômetros.
Este texto foi escrito por: Alexandre Koda