Meu sonho do triathlon já vem de alguns anos…
Desde pequena sou praticante de esportes, já nadei, fiz ballet, joguei vôlei, ginástica olímpica e diversos outros. Como tinha muita energia, minha mãe aproveitava e me colocava pra gastá-las, mas foi aos 18 anos, buscando perder peso, que conheci a corrida.
Meio desengonçada e com pouco treino, a minha primeira prova foi uma de 10k, já acompanhada de uma assessoria. Como sou jornalista esportiva, tive a oportunidade de fazer a cobertura de muitos eventos, diversos deles ainda quero participar, mas foi acompanhando uma edição do Ironman, em Florianópolis que meus olhos brilharam e não foi só pelas bikes – que dão um show a parte – mas todo aquele esforço, a incrível variedade de modalidades e a energia que a prova me trouxe. Sonhei em um dia poder participar daquele evento, mas antes decidi sonhar menor e coloquei a meta: quero fazer um triathlon. Naquela época não sabia nada sobre distâncias ou variações de equipamentos, mas o sonho surgiu.
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Ao longo do tempo fui estudando mais sobre a modalidade, conhecendo atletas e é claro, escrevendo muito sobre o tema, já que sempre digo que meu conteúdo é pautado pelos caminhos que minha vida toma.
Morando em São Paulo a logística não era fácil. Precisava pegar vários ônibus para os treinos, a natação encaixava quando dava e o ciclismo não existia. Já cansada dessa rotina e querendo voltar para o litoral, já que sou nascida e criada em Santos, a pandemia trouxe essa oportunidade e alguns meses depois do início do home office instaurado por grande parte das empresas, me “reinstalei” na praia.
Resumindo esse período, entrei para uma assessoria de triathlon, comecei a guardar todo o dinheiro possível pra comprar minha bike speed e quase um ano depois, no início de 2021, esse sonho se realizou. O mundo do tri é realmente incrível e entre os milhares treinos semanais – afinal triatleta nunca fica entediado – chegou a tão esperada hora de participar de um evento oficial.
Depois de mais de um ano sem provas, o Troféu Brasil de Triathlon deu o start nos eventos testes esportivos da Baixada Santista e eu consegui uma vaga para esse dia. No último domingo larguei para o meu primeiro short triathlon que tem como distância os 750 metros de natação, 20 km de ciclismo e 5 km de corrida.
Ao me posicionar pra largada da natação comecei a chorar, o óculos ficou cheio de água e foi difícil segurar a emoção, afinal há mais de 10 anos eu sonhava com aquele momento. Confesso que a prova foi muito difícil, mas a sensação de terminá-la foi muito melhor do que imaginei.
Ao longo do percurso, consegui pensar em tantos amigos que me apoiaram, os atletas que admiro e tive a honra de conhecer e até receber uma mensagem de “boa sorte” deles, isso quando não estava sofrendo de cansaço, é claro.
O evento respeitou as medidas de distanciamento, cobrou dos atletas a apresentação do comprovante de vacinação ou teste de PCR, além do uso de máscaras e também a alegria do retorno, que era possível enxergar em todos que ali estavam.
Me faltam palavras pra escrever aqui tudo que esse momento significou pra mim, mas posso dizer com certeza que esse foi o primeiro de muitos que virão. No fim, consegui um segundo lugar na minha faixa etária e terminei na 19ª colocação entre 51 mulheres concluintes.
A mensagem que eu quero deixar é que se você que tem um sonho se prepare para a possibilidade dele acontecer. Pois quando o momento chegar você estará pronto. Foi o que fiz com o momento de retornar a minha cidade, enquanto buscava comprar a minha bike e no último fim de semana da prova. Eu me preparei pra tudo isso acontecer e consegui, eu venci!
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