A Síndrome de Müller-Weiss é uma doença relativamente rara, em que existe uma osteonecrose, ou seja, uma fragmentação espontânea do osso do pé, chamado osso navicular. O osso navicular faz parte da articulação com o tálus, e essa é uma das articulações mais importantes do pé, justamente porque nela ocorre a maior parte do movimento específico do pé.
A doença desse osso e a degradação dessa articulação acabam sendo muito graves e causando grande impacto.
A principal complicação decorrente da doença de Müller-Weiss é, então, a necrose e degradação progressiva da articulação talonavicular, e esse indivíduo passa a sentir dor aos esforços, com a quantidade de esforço necessária para provocar dor diminuindo progressivamente, até que esse indivíduo não consiga mais caminhar devido à intensidade da dor no pé.
É uma doença de tratamento bastante difícil, porque todas as osteonecroses são de difícil tratamento, pois não existe um procedimento que consiga melhorar a nutrição desse osso.
Assim, todo tipo de tratamento conservador, como o uso de analgésicos, infiltrações, palmilhas e calçados, é bastante utilizado antes de se considerar um tratamento cirúrgico.
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Nos casos mais leves, existe o tratamento cirúrgico em que é possível realizar uma osteotomia do calcâneo e redirecionar as forças que atuam sobre o pé, proporcionando alívio da dor.
Já nos casos mais graves, como é o caso desse atleta, é necessário realizar a cirurgia de artrodese.
Nessa cirurgia, você cola um osso no outro, muitas vezes precisando do uso de enxerto ósseo, ou seja, um osso biologicamente saudável, para que ocorra essa consolidação.
O problema é que, diante desse tratamento cirúrgico, dificilmente o atleta consegue retornar completamente ao esporte em alto desempenho e, por esse motivo, ao longo desses anos, essa cirurgia tem sido protelada.