Os atletas largam do trapiche da Beira- Mar e percorrem 150 quilômetros contornando a ilha (foto: Christian S. Mendes/ Focoradical)
Como o interesse pela competição continua aumentando, crescer e aperfeiçoar são temas bastante debatidos ao final da Volta à Ilha. Carlos Duarte, organizador do evento, analisa que melhorar sempre é possível, mas que não há como aumentar muito mais o número de participantes e equipes. A estrutura básica é essa. Dentro da concepção criada e da estrutura de Florianópolis, não há como expandir essa quantidade, explica.
Ele confessou que ainda não pensou como ocorrerá a distribuição das vagas de participação no futuro. Se a prova continuar com mais procura, a gente vai ter que pensar para saber como administrar daqui há cinco ou 10 anos, mas ainda não sabemos. Como a disputa foi realizada com chuva, Duarte avalia que a prova contou com menos turistas na praia, mas, mesmo com tempo aberto, não há maneira de acrescentar 30 ou 40 equipes.
Um dos motivos principais para o controle de participantes é o trânsito de vans durante a prova, que também é o maior problema dos participantes na competição são cerca de 800 veículos envolvidos diretamente na Volta à Ilha. De acordo com o organizador, a ideia de fazer mais edições em outros locais já foi levantada, mas não foi viável porque o planejamento é muito complexo. Uma apenas não valeria a pena, informa.
Duarte acredita que a prova vai manter o formato, porém precisa melhorar na questão da divulgação. Tem muitas coisas para fazer no sentido de aumentar a visibilidade nacional e internacional, mas acho que o envolvimento da comunidade pode ser um pouco mais intenso. Outro ponto, lembrado por ele, é o crescimento do nível técnico das equipes.
Estreia de Fátima Duarte na corrida: A família Duarte sempre participa da prova com uma equipe, mas esta foi a primeira edição da Volta à Ilha em que a organizadora, esposa de Carlos, correu com os familiares um dos trechos que contornam a cidade. Como fico responsável pela chegada dos atletas nunca conseguia participar, mas no ano passado decidi e me organizei, conta Fátima.
Logo pela manhã, ela pegou o bastão no posto de troca do Forte São José e correu até o fim de Jurerê. É muito emocionante receber o bastão e ao entregar ver que você conseguiu cumprir no tempo previsto para não prejudicar o grupo, diz ela, que agora é a segunda mulher a integrar a equipe da família.
Ela desabafou que às vezes fica chateada com o fato de algumas pessoas não reconhecerem que a Volta à Ilha tem características próprias por ser manézinha da ilha, especialmente físicas. Fátima, no entanto, observa que sente que a prova é um novo sucesso a cada edição. Nós temos a sorte de tudo que a gente faz dar certo. A gente pega para trabalhar e é muito guerreiro, por isso, conseguimos, finaliza.
Este texto foi escrito por: Alexandre Koda e Juliana Dal Piva