Por que é tão difícil excluir doces da alimentação?

Redação Webrun | Alimentação · 04 ago, 2023

Por que é tão difícil excluir doces da alimentação?

Os doces industrializados são os mais perigosos, já que possuem “açúcar oculto”/ Foto: Fotolia

O vício em doces, em especial os com açúcar refinado, pode ser comparado ao efeito causado pela cocaína e outras drogas no cérebro. A liberação de dopamina, um neurotransmissor responsável pela sensação de prazer, bem-estar e outras importantes emoções é o principal responsável pela dependência do corpo.

A nutricionista Fernanda Grijó explica que o excesso, a princípio, pode levar o indivíduo a desenvolver diabetes. “Ao longo dos anos, isso implica automaticamente com o aumento do peso e excesso de gordura corporal, principalmente a visceral, que pode levar a síndrome metabólica englobando hipertensão, doenças cardiovasculares e colesterol elevado”.

Recomendação da Organização Mundial da Saúde

Você sabia que segundo a OMS uma pessoa deveria consumir apenas 50 g de açúcar por dia? Isso dificilmente acontece, já que alimentos industrializados costumam ter grande quantidade do nutriente de forma oculta.

Exemplos

  • 1 latinha (350ml) de refrigerante contém 40g de açúcar;
  • 1 pacote de bolacha recheada contém em média 55g de açúcar;
  • 1 pacote de bolinho (de 2 unidades) contém 48g de açúcar.

“Se pararmos para pensar, esses alimentos também são extremamente presentes nas lancheiras infantis”, ressalta Fernanda.

O vício

Quando a necessidade por doce se torna diária é preciso ficar atento. De vez em quando, não existem problemas, mas quando fica fora do controle e são relatados sintomas físicos como dor de cabeça e fadiga, observe. “Percebe-se o vício quando vemos que não é possível viver sem aquilo, sentindo que só através dos doces se obtêm prazer, chegando até mesmo a afetar sua vida social”, diz Elaine Lopes coach de emagrecimento.

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Aprenda a substituir

“As opções caseiras são sempre a melhor escolha, pois é possível controlar a quantidade e a qualidade do açúcar, escolhendo o mascavo e demerara (que não sofrem o processo de refinação igual ao branco). Além disso, dá para escolher açúcar do coco e da beterraba, esses possuem índice glicêmico menor que outros tipos derivados da cana-de-açúcar”, alerta a nutricionista

Você também pode utilizar frutas maduras como a banana para adoçar a receita, ou frutas secas como uva-passa. Se necessário, existem opções de adoçantes naturais como o xilitol e o eritritol que, quando utilizados em receitas em forno e o micro-ondas, não são prejudiciais para a saúde, porém devem ser utilizados com moderação, pois podem desencadear gases e diarreia.

Elaine indica a criação de estratégias. “Primeiramente faça trocas inteligentes. Coma menos gordura, troque o doce pela fruta e diminua aos poucos, aprendendo assim a ter controle sobre suas atitudes”.

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Chega de vício!

A dica da nutricionista é utilizar o mesmo método de “desmame” de medicamentos. “Deve ocorrer aos poucos e em doses cada vez menores, até a necessidade realmente diminuir. É difícil cortar os doces completamente da vida e nem recomendo isso, mas aconselho que o excesso não é saudável e que devemos tratar nossa mente antes”, explica.

Lembre-se: os doces nunca irão sumir do mundo, portanto, se em um momento você negar um pedaço de bolo, porque não estava com vontade de comer, ainda existirão outros pelo mundo para você consumir em outra ocasião.

Redação Webrun

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