Atacama

Organizadores do Mountain Do Atacama avaliam a prova como positiva

Direto de San Pedro de Atacama (Chile) - A edição de estreia do Mountain Do Deserto do Atacama contou uma complexa logística e muito esforço dos organizadores, já que grande parte do material utilizado no evento, como placas, tendas, kits, banners, etc.., foi trazido de caminhão do Brasil. Apesar das dificuldades, os responsáveis pela prova do último domingo (29/01) a avaliam como positiva.

Euclides S. Neto, o Kiko, diretor da Sports Do Marketing Esportivo, confessa que houve algumas falhas, mas o balanço geral é positivo. “Tenho certeza que agradamos 99% das pessoas. Muitos passavam por mim elogiando a organização e também o percurso montado”. Ele agradeceu a presença dos cerca de 500 corredores que abraçaram a ideia de uma corrida em meio ao deserto mais seco e mais alto do mundo.

Uma das falhas foi na premiação, com a falta de troféus em algumas categorias, já que uma parte do material trazido do Brasil ficou retida na aduana chilena e foi obrigado a retornar. “Um dos nossos caminhões não foi autorizado a passar e lá estavam alguns kits extras, parte dos troféus e da hidratação da prova”, lamenta Kiko. Segundo ele, todos os que ficaram sem o prêmio não precisam se preocupar, pois o receberão via correio.

Visão chilena - A Alcadesa de San Pedro de Atacama (espécie de prefeita local), foi uma das apoiadoras da competição e afirma que ano que vem o Mountain Do terá mais uma vez o apoio dos órgãos governamentais. Em 2012 a competição foi limitada a 500 corredores, mas para 2013 esse número pode aumentar.

“É possível aumentar o número de participantes, mas para isso o evento terá que acontecer fora de temporada, provavelmente entre março e abril”, relata Sandra. Ela comenta ainda que o turismo na região tem crescido a cada ano e o Mountain Do ajudou bastante no início de temporada. “No Chile, principalmente San Pedro, o turismo está crescendo. Com esse evento pudemos fomentar o turismo aliado ao esporte. Além disso, as empresas e marcas acompanharam o sucesso desta primeira edição e certamente vão querer nos apoiar da próxima vez.

Apesar do número limitado de participantes, a maioria levou familiares e estendeu a viagem para aproveitar os pontos turísticos, o que movimentou bastante a economia local segundo a Alcadesa. “Podemos falar em aproximadamente dois milhões de dólares, contando Santiago e San Pedro”.

Ainda não há uma confirmação oficial dos organizadores sobre a edição 2013, mas se depender da vontade dos corredores, certamente o evento terá uma vida longa pela frente.


Organizadores do Mountain Do Atacama avaliam a prova como positiva

Corrida de Montanha · 02 fev, 2012

Direto de San Pedro de Atacama (Chile) - A edição de estreia do Mountain Do Deserto do Atacama contou uma complexa logística e muito esforço dos organizadores, já que grande parte do material utilizado no evento, como placas, tendas, kits, banners, etc.., foi trazido de caminhão do Brasil. Apesar das dificuldades, os responsáveis pela prova do último domingo (29/01) a avaliam como positiva.

Euclides S. Neto, o Kiko, diretor da Sports Do Marketing Esportivo, confessa que houve algumas falhas, mas o balanço geral é positivo. “Tenho certeza que agradamos 99% das pessoas. Muitos passavam por mim elogiando a organização e também o percurso montado”. Ele agradeceu a presença dos cerca de 500 corredores que abraçaram a ideia de uma corrida em meio ao deserto mais seco e mais alto do mundo.

Uma das falhas foi na premiação, com a falta de troféus em algumas categorias, já que uma parte do material trazido do Brasil ficou retida na aduana chilena e foi obrigado a retornar. “Um dos nossos caminhões não foi autorizado a passar e lá estavam alguns kits extras, parte dos troféus e da hidratação da prova”, lamenta Kiko. Segundo ele, todos os que ficaram sem o prêmio não precisam se preocupar, pois o receberão via correio.

Visão chilena - A Alcadesa de San Pedro de Atacama (espécie de prefeita local), foi uma das apoiadoras da competição e afirma que ano que vem o Mountain Do terá mais uma vez o apoio dos órgãos governamentais. Em 2012 a competição foi limitada a 500 corredores, mas para 2013 esse número pode aumentar.

“É possível aumentar o número de participantes, mas para isso o evento terá que acontecer fora de temporada, provavelmente entre março e abril”, relata Sandra. Ela comenta ainda que o turismo na região tem crescido a cada ano e o Mountain Do ajudou bastante no início de temporada. “No Chile, principalmente San Pedro, o turismo está crescendo. Com esse evento pudemos fomentar o turismo aliado ao esporte. Além disso, as empresas e marcas acompanharam o sucesso desta primeira edição e certamente vão querer nos apoiar da próxima vez.

Apesar do número limitado de participantes, a maioria levou familiares e estendeu a viagem para aproveitar os pontos turísticos, o que movimentou bastante a economia local segundo a Alcadesa. “Podemos falar em aproximadamente dois milhões de dólares, contando Santiago e San Pedro”.

Ainda não há uma confirmação oficial dos organizadores sobre a edição 2013, mas se depender da vontade dos corredores, certamente o evento terá uma vida longa pela frente.

Emoção e superação marcam chegada dos atletas no Mountain Do Atacama

Direto de San Pedro de Atacama - A primeira edição do Mountain Do Deserto do Atacama, que aconteceu no último domingo (29/01) no Chile, reuniu corredores de diferentes idades, condicionamentos físicos distintos e cada um com um uma história de superação para contar. Tanto nos 23, quanto nos 42 quilômetros, o que importava para a maioria era vencer um desafio pessoal.

Nelson Countinho, ex-fumante, cruzou a linha de chegada da maratona com câimbras e muito emocionado. “Para mim cada quilômetro é uma vitória. Fumei por 35 anos, comecei a correr por incentivo da Maria Luzia e esse ano fiz várias provas”, conta. “Foi difícil, mas achei excelente. Depois vou dar um abraço pessoalmente no Kiko (organizador do evento)”, completa.

Emoção não faltou para Simone Cuiabana, que cruzou a linha de chegada aos prantos por ter conseguido chegar ao fim e foi aplaudida pelos companheiros de equipe. “Valeu a pena, mas por mais que a gente treine sempre será difícil. Do quilômetro 30 ao 34 não tinha o que fazer, nas dunas, não dava para correr, apenas andar e ter paciência”. Representante da equipe Time, ela relata que as paisagens eram tão diferentes que às vezes ela se desconcentrava.

Para a brasiliense Maria Correia, a chegada na pequena cidade de San Pedro de Atacama foi uma das melhores partes da competição. “O desafio foi forte, com muita subida. Quando cheguei à cidade, com as pessoas gritando meu nome consegui forças para um sprint final”. Maria estava na briga por uma posição no pódio, chegou a ocupar o segundo lugar, mas no trecho de dunas não conseguiu manter o mesmo ritmo. “As mulheres me passaram com muita facilidade. Mas de qualquer forma o lugar é muito lindo e era exatamente onde eu gostaria de correr”, completa a maratonista que levou dois dias para chegar ao Atacama, correu e foi embora no dia seguinte.

Pós traumatismo craniano - Aline Canavezi se inscreveu na prova no começo do ano, mas um acidente de motocicleta quase a tira da competição. “Há três meses fiquei em coma por conta de um traumatismo craniano, então completar a prova teve uma emoção especial”, relata a corredora que após se recuperar falava com familiares e amigos sobre a prova. “Eu não lembro, mas as pessoas me contaram que eu só falava nisso e achava que a corrida já tivesse passado”.

Assim que saiu do hospital ela procurou diversos especialistas e certificou-se que estaria liberada clinicamente para correr. “Todos disseram que não haveria problemas, então vim tranquila”. Acostumada a participar das provas do Mountain Do em Florianópolis, ela afirma não ter sentido os efeitos da altitude, mas teve dificuldades ao subir as dunas. “Foram quase cinco quilômetros morro acima. Mas as paisagens compensaram e eu chorava de emoção”.

Dos 5 km aos 23 em um ano - A gaúcha Juliana Tonet não praticava esportes, apenas frequentava a academia e fazia musculação, mas há um ano resolveu mudar de vida. “Via um monte de gente correndo na rua, achava divertido e imaginei que fosse mudar de vida”, relata a corredora que marcou 3h45. Ela fez a inscrição para o evento em abril e passou a treinar forte para conseguir suportar os 23 quilômetros. “No começo era muito difícil, mas depois que abdiquei das festas e drinks melhorou bastante”.

Como forma de preparação, Juliana fez um trabalho intenso de fortalecimento muscular na academia, participou de uma corrida de aventura em São Francisco de Paula (RS), fez treinos em trilhas no interior do estado e ainda foi a Brasília (DF) para se aclimatar com o clima seco. “A prova foi menos difícil do que eu imaginava, então tive a sensação de dever cumprido”, salienta a gaucha que já pensa no próximo desafio. “Vou para a Meia do Rio. Talvez não seja tão desafiador, mas vai ser legal”.

Última colocada - A última pessoa a cruzar a linha de chegada foi Maria Aparecida Nogueira, com o tempo de 7h43min11 e foi muito aplaudida pelo público e pelos staffs da organização. “Senti um pouco de dificuldade para respirar. Até o quilômetro 25 fui bem, mas depois tive que alternar caminhada”, relata a santista que já participou de diversas provas de estrada em 2011. “Mas essa foi bem diferente, muito linda. Todo o percurso foi legal, mas a chegada foi bem emocionante”.


Emoção e superação marcam chegada dos atletas no Mountain Do Atacama

Corrida de Montanha · 01 fev, 2012

Direto de San Pedro de Atacama - A primeira edição do Mountain Do Deserto do Atacama, que aconteceu no último domingo (29/01) no Chile, reuniu corredores de diferentes idades, condicionamentos físicos distintos e cada um com um uma história de superação para contar. Tanto nos 23, quanto nos 42 quilômetros, o que importava para a maioria era vencer um desafio pessoal.

Nelson Countinho, ex-fumante, cruzou a linha de chegada da maratona com câimbras e muito emocionado. “Para mim cada quilômetro é uma vitória. Fumei por 35 anos, comecei a correr por incentivo da Maria Luzia e esse ano fiz várias provas”, conta. “Foi difícil, mas achei excelente. Depois vou dar um abraço pessoalmente no Kiko (organizador do evento)”, completa.

Emoção não faltou para Simone Cuiabana, que cruzou a linha de chegada aos prantos por ter conseguido chegar ao fim e foi aplaudida pelos companheiros de equipe. “Valeu a pena, mas por mais que a gente treine sempre será difícil. Do quilômetro 30 ao 34 não tinha o que fazer, nas dunas, não dava para correr, apenas andar e ter paciência”. Representante da equipe Time, ela relata que as paisagens eram tão diferentes que às vezes ela se desconcentrava.

Para a brasiliense Maria Correia, a chegada na pequena cidade de San Pedro de Atacama foi uma das melhores partes da competição. “O desafio foi forte, com muita subida. Quando cheguei à cidade, com as pessoas gritando meu nome consegui forças para um sprint final”. Maria estava na briga por uma posição no pódio, chegou a ocupar o segundo lugar, mas no trecho de dunas não conseguiu manter o mesmo ritmo. “As mulheres me passaram com muita facilidade. Mas de qualquer forma o lugar é muito lindo e era exatamente onde eu gostaria de correr”, completa a maratonista que levou dois dias para chegar ao Atacama, correu e foi embora no dia seguinte.

Pós traumatismo craniano - Aline Canavezi se inscreveu na prova no começo do ano, mas um acidente de motocicleta quase a tira da competição. “Há três meses fiquei em coma por conta de um traumatismo craniano, então completar a prova teve uma emoção especial”, relata a corredora que após se recuperar falava com familiares e amigos sobre a prova. “Eu não lembro, mas as pessoas me contaram que eu só falava nisso e achava que a corrida já tivesse passado”.

Assim que saiu do hospital ela procurou diversos especialistas e certificou-se que estaria liberada clinicamente para correr. “Todos disseram que não haveria problemas, então vim tranquila”. Acostumada a participar das provas do Mountain Do em Florianópolis, ela afirma não ter sentido os efeitos da altitude, mas teve dificuldades ao subir as dunas. “Foram quase cinco quilômetros morro acima. Mas as paisagens compensaram e eu chorava de emoção”.

Dos 5 km aos 23 em um ano - A gaúcha Juliana Tonet não praticava esportes, apenas frequentava a academia e fazia musculação, mas há um ano resolveu mudar de vida. “Via um monte de gente correndo na rua, achava divertido e imaginei que fosse mudar de vida”, relata a corredora que marcou 3h45. Ela fez a inscrição para o evento em abril e passou a treinar forte para conseguir suportar os 23 quilômetros. “No começo era muito difícil, mas depois que abdiquei das festas e drinks melhorou bastante”.

Como forma de preparação, Juliana fez um trabalho intenso de fortalecimento muscular na academia, participou de uma corrida de aventura em São Francisco de Paula (RS), fez treinos em trilhas no interior do estado e ainda foi a Brasília (DF) para se aclimatar com o clima seco. “A prova foi menos difícil do que eu imaginava, então tive a sensação de dever cumprido”, salienta a gaucha que já pensa no próximo desafio. “Vou para a Meia do Rio. Talvez não seja tão desafiador, mas vai ser legal”.

Última colocada - A última pessoa a cruzar a linha de chegada foi Maria Aparecida Nogueira, com o tempo de 7h43min11 e foi muito aplaudida pelo público e pelos staffs da organização. “Senti um pouco de dificuldade para respirar. Até o quilômetro 25 fui bem, mas depois tive que alternar caminhada”, relata a santista que já participou de diversas provas de estrada em 2011. “Mas essa foi bem diferente, muito linda. Todo o percurso foi legal, mas a chegada foi bem emocionante”.

Corredores elegem as dunas como o pior trecho do Mountain Do Atacama

O Mountain Do Deserto do Atacama, realizado no último domingo (29/01) na cidade chilena de San Pedro de Atacama, aconteceu sob forte calor, a uma altitude de 2.500m e num dos climas mais secos do mundo. Nenhum desses fatores, porém, foi eleito pelos corredores como o mais complicado, mas sim correr ladeira acima em meio às dunas do deserto.

Direto de San Pedro de Atacama (Chile) - Tanto os participantes dos 42 quilômetros, quanto os da prova de 23 elegeram as dunas do Vale da Lua como um dos pontos de maior dificuldade da competição. Muitos não conseguiram correr e foram obrigados a caminhar sobre a areia fofa, um verdadeiro martírio, mas que não tirou o brilho da prova.

Ana Márcia Werneck, da equipe Sprint Assessoria Esportiva, correu com mais três amigas e, além de apoiar as companheiras durante os trechos complicados, também parou para ajudar outros competidores. “Além de termos que caminhar na subida das dunas, ainda ajudamos um rapaz que estava com câimbra. Após a chegada tive a sensação de missão cumprida”, relata. Janaína Porto Alegre ratifica as palavras da amiga e complementa: “o calor não foi um fator de incômodo, já que o clima seco faz com que não transpiremos”.

A outra integrante do quarteto da Sprint, Carla Tirelo, até esqueceu-se da altitude ao enfrentar as dunas. “O cansaço das dunas foi a pior parte, mas valeu muito a pena. A companhia das meninas foi maravilhosa e certamente voltarei ano que vem”.

O paulista de Santo André, Marcos Decimoni, chegou com câimbras, mas encarou bem sua primeira maratona no Mountain Do Atacama. “Foi um desafio muito punk, coisa de louco as subidas na duna. Senti um pouco de câimbras e acredito que no próximo ano com um preparo melhor e alimentação adequada eu consiga ir melhor”.

Meninas da trilha - Ivani Bielak, de Florianópolis, foi quarta colocada nos 42 quilômetros e, apesar de estar acostumada a provas de montanha, sofreu no deserto. “O morro de dunas foi muito complicado e depois deste trecho senti muito cansaço. Foi uma superação total”.

Também acostumada a participar de provas fora de estrada, como os Mountain Do em Florianópolis, Marcella Horstamnn teve que subir as dunas apoiando as mãos nas coxas. “Ao chegar lá em cima parece que já acabou, mas ainda têm mais subidas e descidas. A gente acha que não vai conseguir, mas quando passa agradece a Deus e fica tudo bem”. Representante da equipe Corredores do Terral, ela diz que todos no grupo aprovaram o evento. “Foi uma loucura, mas a prova vela pena. Show de bola”.

Lembranças do deserto - Não foram só as dunas que desafiaram os competidores do Mountain Do. A dupla de corredores gaúcha, Jackes Heck e Luciano Machado, lembrará da competição por um longo período. “O meu joelho doeu muito, mas não desisti e fui até o final”, relata Luciano que viu seu colega sofrer um corte na cabeça durante a passagem pela caverna.

“Vou levar uma lembrança desta corrida: uma cicatriz na cabeça”, lamenta Jackes. “No quilômetro dez raspei a cabeça na caverna e ainda corri cinco quilômetros com a cabeça sangrando. Cheguei até a ambulância, fiz o curativo e continuei a correr”, relata. “Ainda fiz um tempo bom. Somos brasileiros e gaúchos, não desistimos nunca!”


Corredores elegem as dunas como o pior trecho do Mountain Do Atacama

Corrida de Montanha · 31 jan, 2012

O Mountain Do Deserto do Atacama, realizado no último domingo (29/01) na cidade chilena de San Pedro de Atacama, aconteceu sob forte calor, a uma altitude de 2.500m e num dos climas mais secos do mundo. Nenhum desses fatores, porém, foi eleito pelos corredores como o mais complicado, mas sim correr ladeira acima em meio às dunas do deserto.

Direto de San Pedro de Atacama (Chile) - Tanto os participantes dos 42 quilômetros, quanto os da prova de 23 elegeram as dunas do Vale da Lua como um dos pontos de maior dificuldade da competição. Muitos não conseguiram correr e foram obrigados a caminhar sobre a areia fofa, um verdadeiro martírio, mas que não tirou o brilho da prova.

Ana Márcia Werneck, da equipe Sprint Assessoria Esportiva, correu com mais três amigas e, além de apoiar as companheiras durante os trechos complicados, também parou para ajudar outros competidores. “Além de termos que caminhar na subida das dunas, ainda ajudamos um rapaz que estava com câimbra. Após a chegada tive a sensação de missão cumprida”, relata. Janaína Porto Alegre ratifica as palavras da amiga e complementa: “o calor não foi um fator de incômodo, já que o clima seco faz com que não transpiremos”.

A outra integrante do quarteto da Sprint, Carla Tirelo, até esqueceu-se da altitude ao enfrentar as dunas. “O cansaço das dunas foi a pior parte, mas valeu muito a pena. A companhia das meninas foi maravilhosa e certamente voltarei ano que vem”.

O paulista de Santo André, Marcos Decimoni, chegou com câimbras, mas encarou bem sua primeira maratona no Mountain Do Atacama. “Foi um desafio muito punk, coisa de louco as subidas na duna. Senti um pouco de câimbras e acredito que no próximo ano com um preparo melhor e alimentação adequada eu consiga ir melhor”.

Meninas da trilha - Ivani Bielak, de Florianópolis, foi quarta colocada nos 42 quilômetros e, apesar de estar acostumada a provas de montanha, sofreu no deserto. “O morro de dunas foi muito complicado e depois deste trecho senti muito cansaço. Foi uma superação total”.

Também acostumada a participar de provas fora de estrada, como os Mountain Do em Florianópolis, Marcella Horstamnn teve que subir as dunas apoiando as mãos nas coxas. “Ao chegar lá em cima parece que já acabou, mas ainda têm mais subidas e descidas. A gente acha que não vai conseguir, mas quando passa agradece a Deus e fica tudo bem”. Representante da equipe Corredores do Terral, ela diz que todos no grupo aprovaram o evento. “Foi uma loucura, mas a prova vela pena. Show de bola”.

Lembranças do deserto - Não foram só as dunas que desafiaram os competidores do Mountain Do. A dupla de corredores gaúcha, Jackes Heck e Luciano Machado, lembrará da competição por um longo período. “O meu joelho doeu muito, mas não desisti e fui até o final”, relata Luciano que viu seu colega sofrer um corte na cabeça durante a passagem pela caverna.

“Vou levar uma lembrança desta corrida: uma cicatriz na cabeça”, lamenta Jackes. “No quilômetro dez raspei a cabeça na caverna e ainda corri cinco quilômetros com a cabeça sangrando. Cheguei até a ambulância, fiz o curativo e continuei a correr”, relata. “Ainda fiz um tempo bom. Somos brasileiros e gaúchos, não desistimos nunca!”

Disputas acirradas marcam os 23 km do Mountain Do Deserto do Atacama

A disputa de 23 quilômetros do Mountain Do Deserto do Atacama passou por regiões famosas do deserto chileno, como o Vale da Lua e o Vale da Morte no último domingo (29/01). Marcio Scotti venceu nos últimos metros, enquanto Letícia Saltori venceu após liderar de ponta a ponta.

Direto de San Pedro de Atacama (Chile) - Vinte e três quilômetros percorridos em meio ao deserto mais seco do mundo. Esse foi o desafio de centenas de corredores que acordaram cedo e, antes mesmo do nascer do sol, já estavam concentrados e alinhados para a largada na praça central da cidade.

A largada aconteceu às 7h10 e, enquanto a maioria dos corredores imprimia um ritmo moderado, com o objetivo de se acostumar com o clima seco, Letícia Saltori, Márcio Scotti e Marco Aurélio Piazza pareciam não sentir os efeitos da altitude e já corriam acelerados. Após 1,5 quilômetro em asfalto a prova começou para valer, com subidas e descidas leves por uma estrada de terra.

O primeiro grande desafio veio no momento em que o pelotão entrou no Vale da Lua, local onde as formações rochosas misturadas com sal predominam na paisagem. Com dois quilômetros percorridos no interior do vale, Letícia e os outros se viram obrigados a “escalaminhar” um barranco para prosseguir no percurso.

O trio não tomou conhecimento do obstáculo natural e seguiu adiante passando por cânions, trilhas e até cavernas. Na disputa masculina, Marco liderava com Márcio em seu encalço, enquanto no feminino Letícia reinava absoluta sem ver adversárias na retaguarda.

Ao chegar ao trecho de duna, a velocidade teve que ser reduzida, afinal as subidas íngremes em meio à areia fofa prejudicavam o bom desempenho dos corredores. Apesar do sol forte e céu sem nuvens, uma brisa fresca ajudava a refrescar os corpos já fadigados pelo esforço intenso.

Após cruzarem o Vale da Morte, com altos precipícios ao lado, eles chegaram ao vilarejo de San Pedro de Atacama são e salvos. Marco não sustentou a liderança e foi ultrapassado por Márcio, que cruzou em primeiro nos metros finais com o tempo de 1h49min23, contra 1h46min49 do adversário.

“Foi uma luta junto com o Marco e defini a prova na chegada à cidade”, relembra o campeão. “Acho que essa prova tem o visual mais bonito de todas as que já participei. Estava bem, mas as subidas na areia não foram fáceis para ninguém”, completa o gaúcho de Porto Alegre. Já Marco tenta explicar a perda do título nos metros finais. “Eu vim para ganhar, mas não teve jeito. Corri sozinho até os cinco quilômetros, mas no momento em que ele chegou segurei o ritmo para me poupar e tentar definir no final”. O representante de Florianópolis explica, porém, que o ritmo forte após a metade do percurso o desgastou. “Ao sairmos da duna aceleramos e não conseguia nem contemplar a paisagem tamanha a concentração. Nos últimos 500 metros ele saiu num tiro e eu não aguentei acomapnhar, faltou perna”, finaliza.

O terceiro colocado foi Elder Moura, que marcou 2h01min30. Mas, quem chegou antes do atleta de Rio Branco (Acre) foi Leticia, com o tempo de 1h59min08, o que lhe rendeu o primeiro lugar feminino. “No início comecei a sentir dificuldades para respirar e o peito doía bastante. Mas após o quilômetro cinco, na região montanhosa, me senti mais à vontade”, conta a curitibana que não sofreu tanto com o calor. “Tive mais problemas com a altitude do que com o calor. As dunas foram muito complicadas, assim como a passagem na caverna, pois de repente tudo escureceu e não se enxergava nada”, completa. “Mas valeu à pena e já penso em voltar em 2013 com um grupo de amigos”.

Mais mulheres - A segunda colocada foi Mônica Priscilla Hernandez, com o tempo de 2h10min38. “Achei a corrida muito boa, mas difícil. Nem pensava em obter colocação, a ideia era só chegar ao final, mas adorei”, relata a argentina radicada no Rio de Janeiro. “Apesar da dificuldade nas dunas no Vale da Lua, a paisagem compensou”, completa a corredora que também já pensa em voltar no próximo ano.

Em terceiro chegou Erika Virginia Brito, com a marca de 2h18min44. “A grandiosidade do local supera a altitude, o clima seco e o calor. É com muito orgulho que levo esse troféu para casa”, comenta a corredora do Piauí, mas que atualmente mora em São Luiz, no Maranhão. “Gostaria de parabenizar a organização e ano que vem voltarei para buscar o primeiro lugar”, completa a ex-corredora de aventura que hoje mescla as provas de asfalto com as de montanha.

5 quilômetros - Além das distâncias de 42 e 23, o Mountain Do Deserto do Atacama também teve uma rústica de cinco quilômetros. Entre os inscritos estava uma moradora de San Pedro de Atacama, Tania Perez, que aprovou o evento. “Foi uma corrida genial, gostei bastante. Ainda bem que não fez tanto calor”. Segundo ela, não existem muitos eventos esportivos na cidade. “Aqui não há tanto incentivo para a corrida como no Brasil, mas espero que o Mountain do sirva de exemplo e tenhamos mais eventos por aqui”, completa a corredora que trabalha nos Correios. “Vou me preparar para correr os 23 quilômetros ano que vem”, promete.


Disputas acirradas marcam os 23 km do Mountain Do Deserto do Atacama

Corrida de Montanha · 30 jan, 2012

A disputa de 23 quilômetros do Mountain Do Deserto do Atacama passou por regiões famosas do deserto chileno, como o Vale da Lua e o Vale da Morte no último domingo (29/01). Marcio Scotti venceu nos últimos metros, enquanto Letícia Saltori venceu após liderar de ponta a ponta.

Direto de San Pedro de Atacama (Chile) - Vinte e três quilômetros percorridos em meio ao deserto mais seco do mundo. Esse foi o desafio de centenas de corredores que acordaram cedo e, antes mesmo do nascer do sol, já estavam concentrados e alinhados para a largada na praça central da cidade.

A largada aconteceu às 7h10 e, enquanto a maioria dos corredores imprimia um ritmo moderado, com o objetivo de se acostumar com o clima seco, Letícia Saltori, Márcio Scotti e Marco Aurélio Piazza pareciam não sentir os efeitos da altitude e já corriam acelerados. Após 1,5 quilômetro em asfalto a prova começou para valer, com subidas e descidas leves por uma estrada de terra.

O primeiro grande desafio veio no momento em que o pelotão entrou no Vale da Lua, local onde as formações rochosas misturadas com sal predominam na paisagem. Com dois quilômetros percorridos no interior do vale, Letícia e os outros se viram obrigados a “escalaminhar” um barranco para prosseguir no percurso.

O trio não tomou conhecimento do obstáculo natural e seguiu adiante passando por cânions, trilhas e até cavernas. Na disputa masculina, Marco liderava com Márcio em seu encalço, enquanto no feminino Letícia reinava absoluta sem ver adversárias na retaguarda.

Ao chegar ao trecho de duna, a velocidade teve que ser reduzida, afinal as subidas íngremes em meio à areia fofa prejudicavam o bom desempenho dos corredores. Apesar do sol forte e céu sem nuvens, uma brisa fresca ajudava a refrescar os corpos já fadigados pelo esforço intenso.

Após cruzarem o Vale da Morte, com altos precipícios ao lado, eles chegaram ao vilarejo de San Pedro de Atacama são e salvos. Marco não sustentou a liderança e foi ultrapassado por Márcio, que cruzou em primeiro nos metros finais com o tempo de 1h49min23, contra 1h46min49 do adversário.

“Foi uma luta junto com o Marco e defini a prova na chegada à cidade”, relembra o campeão. “Acho que essa prova tem o visual mais bonito de todas as que já participei. Estava bem, mas as subidas na areia não foram fáceis para ninguém”, completa o gaúcho de Porto Alegre. Já Marco tenta explicar a perda do título nos metros finais. “Eu vim para ganhar, mas não teve jeito. Corri sozinho até os cinco quilômetros, mas no momento em que ele chegou segurei o ritmo para me poupar e tentar definir no final”. O representante de Florianópolis explica, porém, que o ritmo forte após a metade do percurso o desgastou. “Ao sairmos da duna aceleramos e não conseguia nem contemplar a paisagem tamanha a concentração. Nos últimos 500 metros ele saiu num tiro e eu não aguentei acomapnhar, faltou perna”, finaliza.

O terceiro colocado foi Elder Moura, que marcou 2h01min30. Mas, quem chegou antes do atleta de Rio Branco (Acre) foi Leticia, com o tempo de 1h59min08, o que lhe rendeu o primeiro lugar feminino. “No início comecei a sentir dificuldades para respirar e o peito doía bastante. Mas após o quilômetro cinco, na região montanhosa, me senti mais à vontade”, conta a curitibana que não sofreu tanto com o calor. “Tive mais problemas com a altitude do que com o calor. As dunas foram muito complicadas, assim como a passagem na caverna, pois de repente tudo escureceu e não se enxergava nada”, completa. “Mas valeu à pena e já penso em voltar em 2013 com um grupo de amigos”.

Mais mulheres - A segunda colocada foi Mônica Priscilla Hernandez, com o tempo de 2h10min38. “Achei a corrida muito boa, mas difícil. Nem pensava em obter colocação, a ideia era só chegar ao final, mas adorei”, relata a argentina radicada no Rio de Janeiro. “Apesar da dificuldade nas dunas no Vale da Lua, a paisagem compensou”, completa a corredora que também já pensa em voltar no próximo ano.

Em terceiro chegou Erika Virginia Brito, com a marca de 2h18min44. “A grandiosidade do local supera a altitude, o clima seco e o calor. É com muito orgulho que levo esse troféu para casa”, comenta a corredora do Piauí, mas que atualmente mora em São Luiz, no Maranhão. “Gostaria de parabenizar a organização e ano que vem voltarei para buscar o primeiro lugar”, completa a ex-corredora de aventura que hoje mescla as provas de asfalto com as de montanha.

5 quilômetros - Além das distâncias de 42 e 23, o Mountain Do Deserto do Atacama também teve uma rústica de cinco quilômetros. Entre os inscritos estava uma moradora de San Pedro de Atacama, Tania Perez, que aprovou o evento. “Foi uma corrida genial, gostei bastante. Ainda bem que não fez tanto calor”. Segundo ela, não existem muitos eventos esportivos na cidade. “Aqui não há tanto incentivo para a corrida como no Brasil, mas espero que o Mountain do sirva de exemplo e tenhamos mais eventos por aqui”, completa a corredora que trabalha nos Correios. “Vou me preparar para correr os 23 quilômetros ano que vem”, promete.

Paulista e gaúcha são os primeiros campeões do Mountain Do Atacama

A primeira edição do Mountain Do Deserto do Atacama reuniu cerca de 500 atletas na pacata cidade de San Pedro de Atacama, no Chile, a uma altitude de 2.400m e num dos locais mais secos do mundo. Com percursos de cinco, 23 e 42 quilômetros, o que se viu em meio ao deserto foram disputas acirradas pelos primeiros lugares, melhor para a gaúcha Andreia Henssler e para o paulista Moisés Torres, que se tornaram os primeiros campeões da disputa.

Direto de San Pedro do Atacama (Chile) - O dia ainda não havia amanhecido e a maioria dos corredores já iniciava o aquecimento na Praça Central da cidade, local onde estava montada a arena da prova. Nem o frio de 10˚C foi motivo para tirar a animação dos presentes.

A largada foi autorizada às 7h10, momento em que os primeiros raios solares começavam a dar as caras no horizonte. Os corredores iniciaram a prova de forma cautelosa, com os primeiros quilômetros no asfalto, mas logo eles entraram no piso de terra. Enquanto os participantes dos 23 quilômetros seguiram para o Vale da Lua, os maratonistas seguiram por mais um trecho de estrada de terra.

A temperatura foi aumentando gradativamente e a fadiga foi tomando conta de alguns corredores, menos de Moisés que se concentrou em vencer cada quilômetro até ultrapassar o líder da prova na metade da competição. Ao chegar ao trecho de dunas ele não conseguiu correr devido à dificuldade do terreno, mas assim que alcançou as trilhas voltou a imprimir um ritmo forte.

Ao chegar a uma encruzilhada ele ficou na dúvida de qual caminho seguir e tomou a direção errada e percorreu mais de quatro quilômetros extras, fora do traçado original. Ao retornar para o percurso da prova ele ganhou uma injeção de ânimo ao descobrir que não havia sido ultrapassado.

Daí em diante ele passou a administrar o ritmo até cruzar a linha de chegada com o tempo de 3h46min36. “Foi muito difícil. Em alguns trechos eu não acreditava que estava na frente e achava que os adversários sempre iam me passar”, relata o paulista radicado no Paraná. “Eu não esperava ganhar. Fui curtindo e quando vi que tinham algumas pessoas na minha frente comecei a correr mais e olhar menos a paisagem”, completa Moisés que fez sua primeira maratona. Acostumado às provas de asfalto, a experiência dele com trilhas se resumia a alguns eventos do Corpo de Bombeiros, realizados no Paraná.

O segundo colocado, João Evangelista Dami, veio logo em seguida e completou a disputa com o tempo de 3h47min08. “O local é muito bonito, apesar de ter sido uma prova muito complicada”, relata o mineiro de 54 anos. “O legal é que conseguimos correr bem soltos”, completa. Já o terceiro, André Nogueira, fechou em 3h47min37. “Foi uma prova incrível, uma superação. Não esperava chegar em terceiro, ainda mais porque treinei apenas um mês antes por conta própria”, comenta o paulista. “A prova está mais do que aprovada e espero correr de novo ano que vem”, completa.

Feminino - Na prova feminina as disputas também foram acirradas, mas a chegada das campeãs foi mais espaçada do que no masculino. Andreia Henssler precisou de 4h19min09 para fechar os 42 quilômetros e chegou emocionada. “Estou maravilhada por ter representado bem o Brasil e o Rio Grande do Sul”, comenta a gaúcha de Igrejinha. “O trecho das dunas foi o mais difícil, porque chegávamos nele após a metade da prova e já com muito desgaste. A organização está de parabéns, todos os pontos de hidratação foram ótimos”, completa.

A segunda colocada foi Rita Apezzato, que fechou com 4h48min47. “Foi uma prova maluca, coisa de louco, mas muito legal. Só no deserto mesmo para ter uma prova como essa”, comenta a vice-campeã ainda ofegante após cruzar a linha de chegada. Um dos pontos positivos da prova segundo Rita foi a solidariedade dos demais corredores. “Nas dunas tive câimbra nas panturrilhas, tive que parar e um rapaz me deu gel e cápsula de sal. Até minha adversária, que estava brigando comigo por posições, dividiu a água dela comigo”, relata a triatleta que já fez Ironman e encarou sua primeira maratona cross country no Atacama.

Dentre todos os participantes, uma pequena porcentagem era de estrangeiros, o que não impediu a uruguaia Florencia Morelli de subir ao pódio na categoria principal. “Essa prova aconteceu num dos locais mais lindos do mundo e com pessoas muito especiais. Apesar da dificuldade, a vista era linda e agora pretendo trazer todos os meus amigos para correr aqui”, comenta.

A primeira edição do Mountain Do Deserto do Atacama teve a presença de pessoas de todo o Brasil, desde experientes corredores, até aqueles que se aventuraram no deserto sem muitas corridas na bagagem. Acompanhem ao longo da semana no Webrun as histórias de superação desses desbravadores do Atacama.


Paulista e gaúcha são os primeiros campeões do Mountain Do Atacama

Corrida de Montanha · 29 jan, 2012

A primeira edição do Mountain Do Deserto do Atacama reuniu cerca de 500 atletas na pacata cidade de San Pedro de Atacama, no Chile, a uma altitude de 2.400m e num dos locais mais secos do mundo. Com percursos de cinco, 23 e 42 quilômetros, o que se viu em meio ao deserto foram disputas acirradas pelos primeiros lugares, melhor para a gaúcha Andreia Henssler e para o paulista Moisés Torres, que se tornaram os primeiros campeões da disputa.

Direto de San Pedro do Atacama (Chile) - O dia ainda não havia amanhecido e a maioria dos corredores já iniciava o aquecimento na Praça Central da cidade, local onde estava montada a arena da prova. Nem o frio de 10˚C foi motivo para tirar a animação dos presentes.

A largada foi autorizada às 7h10, momento em que os primeiros raios solares começavam a dar as caras no horizonte. Os corredores iniciaram a prova de forma cautelosa, com os primeiros quilômetros no asfalto, mas logo eles entraram no piso de terra. Enquanto os participantes dos 23 quilômetros seguiram para o Vale da Lua, os maratonistas seguiram por mais um trecho de estrada de terra.

A temperatura foi aumentando gradativamente e a fadiga foi tomando conta de alguns corredores, menos de Moisés que se concentrou em vencer cada quilômetro até ultrapassar o líder da prova na metade da competição. Ao chegar ao trecho de dunas ele não conseguiu correr devido à dificuldade do terreno, mas assim que alcançou as trilhas voltou a imprimir um ritmo forte.

Ao chegar a uma encruzilhada ele ficou na dúvida de qual caminho seguir e tomou a direção errada e percorreu mais de quatro quilômetros extras, fora do traçado original. Ao retornar para o percurso da prova ele ganhou uma injeção de ânimo ao descobrir que não havia sido ultrapassado.

Daí em diante ele passou a administrar o ritmo até cruzar a linha de chegada com o tempo de 3h46min36. “Foi muito difícil. Em alguns trechos eu não acreditava que estava na frente e achava que os adversários sempre iam me passar”, relata o paulista radicado no Paraná. “Eu não esperava ganhar. Fui curtindo e quando vi que tinham algumas pessoas na minha frente comecei a correr mais e olhar menos a paisagem”, completa Moisés que fez sua primeira maratona. Acostumado às provas de asfalto, a experiência dele com trilhas se resumia a alguns eventos do Corpo de Bombeiros, realizados no Paraná.

O segundo colocado, João Evangelista Dami, veio logo em seguida e completou a disputa com o tempo de 3h47min08. “O local é muito bonito, apesar de ter sido uma prova muito complicada”, relata o mineiro de 54 anos. “O legal é que conseguimos correr bem soltos”, completa. Já o terceiro, André Nogueira, fechou em 3h47min37. “Foi uma prova incrível, uma superação. Não esperava chegar em terceiro, ainda mais porque treinei apenas um mês antes por conta própria”, comenta o paulista. “A prova está mais do que aprovada e espero correr de novo ano que vem”, completa.

Feminino - Na prova feminina as disputas também foram acirradas, mas a chegada das campeãs foi mais espaçada do que no masculino. Andreia Henssler precisou de 4h19min09 para fechar os 42 quilômetros e chegou emocionada. “Estou maravilhada por ter representado bem o Brasil e o Rio Grande do Sul”, comenta a gaúcha de Igrejinha. “O trecho das dunas foi o mais difícil, porque chegávamos nele após a metade da prova e já com muito desgaste. A organização está de parabéns, todos os pontos de hidratação foram ótimos”, completa.

A segunda colocada foi Rita Apezzato, que fechou com 4h48min47. “Foi uma prova maluca, coisa de louco, mas muito legal. Só no deserto mesmo para ter uma prova como essa”, comenta a vice-campeã ainda ofegante após cruzar a linha de chegada. Um dos pontos positivos da prova segundo Rita foi a solidariedade dos demais corredores. “Nas dunas tive câimbra nas panturrilhas, tive que parar e um rapaz me deu gel e cápsula de sal. Até minha adversária, que estava brigando comigo por posições, dividiu a água dela comigo”, relata a triatleta que já fez Ironman e encarou sua primeira maratona cross country no Atacama.

Dentre todos os participantes, uma pequena porcentagem era de estrangeiros, o que não impediu a uruguaia Florencia Morelli de subir ao pódio na categoria principal. “Essa prova aconteceu num dos locais mais lindos do mundo e com pessoas muito especiais. Apesar da dificuldade, a vista era linda e agora pretendo trazer todos os meus amigos para correr aqui”, comenta.

A primeira edição do Mountain Do Deserto do Atacama teve a presença de pessoas de todo o Brasil, desde experientes corredores, até aqueles que se aventuraram no deserto sem muitas corridas na bagagem. Acompanhem ao longo da semana no Webrun as histórias de superação desses desbravadores do Atacama.

Confira um check-list do que levar para o Mountain Do Atacama

Neste domingo (30/01) os corredores brasileiros terão a oportunidade de correr uma maratona no Deserto do Atacama pela primeira vez, com a realização do Mountain Do Deserto do Atacama. Os organizadores prepararam uma lista de itens indispensáveis para que a viagem ocorra de forma tranquila e a única preocupação seja cruzar a linha de chegada.

A cidade de San Pedro de Atacama é um vilarejo em meio ao deserto, mas oferece boa infraestrutura de hotéis, restaurantes, bares e lan houses. Apesar disso, não existem construções modernas e urbanas como shoppings e supermercados e os itens mais importantes devem ser levados do Brasil.

Documentos - O Chile faz parte do Mercosul, o Acordo de Livre Comércio do Cone Sul, motivo pelo qual a Cédula de Identidade braseira (RG) pode ser usada para ingresso no país. Mas é necessário ficar atento com a data de expedição, que deve ter menos de dez anos.

A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) não é reconhecida como documento, mas o passaporte também pode ser utilizado. Ao entrar no país todos receberão o formulário de imigração, que deverá ser preenchido com dados pessoais e onde será carimbada a autorização de entrada. Não é necessário visto para turismo. Lembre-se de guardar este formulário para apresentá-lo na hora de vir embora.

Locação de carros - San Pedro é pequena, não é necessário local carro, mas caso alguém queira chegar dirigindo à cidade, a CBH brasileira pode ser utilizada como documento.

Proteção conta o sol - Protetor solar é um item indispensável nas altas temperaturas do deserto, assim como protetor labial por conta do clima seco. Apesar de ser fácil encontrar esses itens em San Pedro, recomenda-ser trazer do Brasil a marca de sua preferência.

Um boné ou chapéu com aba e proteção para a nuca também é um item recomendado. Todos os corredores receberão um chapéu no kit da prova, assim como uma bandana. Óculos escuros com lentes de boa qualidade também são essenciais.


Hidratação - Ingerir água é essencial no deserto. A prova oferecerá diversos postos de hidratação, mas no kit do atleta todos receberão uma pochete com squeeze para não ficar na mão entre um posto e outro.

Tensão - A voltagem em San Pedro de Atacama é 220V, então não se esqueça de levar aparelhos bivolt ou transformadores, além de um adaptador universal, já que o padrão das tomadas é diferente por lá.

Outros itens - Apesar de não haver shoppings centers na cidade, existe uma loja da marca The North Face, que vende equipamentos para a prática de esportes outdoor. Os preços geralmente são mais baratos do que no Brasil, já que R$ 1 equivale a 283 pesos chilenos.

As casas de câmbio no aeroporto de Santiago muitas vezes não têm cotações favoráveis, então o melhor é trocar pouco dinheiro e habilitar um cartão de crédito internacional para realizar saques no exterior. Lembre-se de contatar o banco ou instituição financeira a qual pertence o cartão, para que seja autorizado o uso no exterior.

Agora é só fechar as malas e partir para o desafio no deserto mais seco do planeta.


Confira um check-list do que levar para o Mountain Do Atacama

Maratona · 24 jan, 2012

Neste domingo (30/01) os corredores brasileiros terão a oportunidade de correr uma maratona no Deserto do Atacama pela primeira vez, com a realização do Mountain Do Deserto do Atacama. Os organizadores prepararam uma lista de itens indispensáveis para que a viagem ocorra de forma tranquila e a única preocupação seja cruzar a linha de chegada.

A cidade de San Pedro de Atacama é um vilarejo em meio ao deserto, mas oferece boa infraestrutura de hotéis, restaurantes, bares e lan houses. Apesar disso, não existem construções modernas e urbanas como shoppings e supermercados e os itens mais importantes devem ser levados do Brasil.

Documentos - O Chile faz parte do Mercosul, o Acordo de Livre Comércio do Cone Sul, motivo pelo qual a Cédula de Identidade braseira (RG) pode ser usada para ingresso no país. Mas é necessário ficar atento com a data de expedição, que deve ter menos de dez anos.

A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) não é reconhecida como documento, mas o passaporte também pode ser utilizado. Ao entrar no país todos receberão o formulário de imigração, que deverá ser preenchido com dados pessoais e onde será carimbada a autorização de entrada. Não é necessário visto para turismo. Lembre-se de guardar este formulário para apresentá-lo na hora de vir embora.

Locação de carros - San Pedro é pequena, não é necessário local carro, mas caso alguém queira chegar dirigindo à cidade, a CBH brasileira pode ser utilizada como documento.

Proteção conta o sol - Protetor solar é um item indispensável nas altas temperaturas do deserto, assim como protetor labial por conta do clima seco. Apesar de ser fácil encontrar esses itens em San Pedro, recomenda-ser trazer do Brasil a marca de sua preferência.

Um boné ou chapéu com aba e proteção para a nuca também é um item recomendado. Todos os corredores receberão um chapéu no kit da prova, assim como uma bandana. Óculos escuros com lentes de boa qualidade também são essenciais.


Hidratação - Ingerir água é essencial no deserto. A prova oferecerá diversos postos de hidratação, mas no kit do atleta todos receberão uma pochete com squeeze para não ficar na mão entre um posto e outro.

Tensão - A voltagem em San Pedro de Atacama é 220V, então não se esqueça de levar aparelhos bivolt ou transformadores, além de um adaptador universal, já que o padrão das tomadas é diferente por lá.

Outros itens - Apesar de não haver shoppings centers na cidade, existe uma loja da marca The North Face, que vende equipamentos para a prática de esportes outdoor. Os preços geralmente são mais baratos do que no Brasil, já que R$ 1 equivale a 283 pesos chilenos.

As casas de câmbio no aeroporto de Santiago muitas vezes não têm cotações favoráveis, então o melhor é trocar pouco dinheiro e habilitar um cartão de crédito internacional para realizar saques no exterior. Lembre-se de contatar o banco ou instituição financeira a qual pertence o cartão, para que seja autorizado o uso no exterior.

Agora é só fechar as malas e partir para o desafio no deserto mais seco do planeta.

Mountain Do Atacama passa por trajeto não liberado para turistas

No próximo dia 29 acontece a primeira edição do Mountain Do Deserto do Atacama, competição que percorrerá trilhas milenares do vilarejo San Pedro de Atacama, localizado ao norte do Chile e com uma população aproximada de 2.500 habitantes. A competição, com 42, 23 e cinco quilômetros, será disputada em locais preparados exclusivamente para a prova e que não abertos para turistas regularmente.

“O percurso foi desenvolvido em conjunto com a Senartur (Serviço Nacional de turismo), o Parque Nacional de los Flamingos (Vallede la Luna) e municipalidad de San Pedro de Atacama”, explica Euclides S. Neto, o Kiko, responsável pela organização. “Os atletas percorrerão cenários históricos belíssimos do tradicional povoado de San Pedro de Atacama, como o Vale da Lua e Vale da Morte e terão o privilégio de correr em locais milenares”, completa.

A equipe da Sports Do, empresa à frente da organização, fez diversas visitas ao local para deixar tudo preparado para os corredores. As temperaturas nesta época do ano variam entre 13 e 33˚C e a umidade relativa do ar é alta em comparação com o restante do ano, na média de 23%.

“Na largada da prova teremos uma temperatura amena (entre 16ºC), portanto, prepare-se com roupas adequadas! Até o final da prova os termômetros deverão chegar à casa dos 30ºC”, explica o dirigente. A saída dos atletas está programada para as 7h numa altitude de 2.400m e durante o trajeto eles chegarão a 2.680m. “A variação da altimétrica será pequena e os efeitos da altitude são praticamente impercebíveis em função do período da umidade do verão”, garante o organizador.

Trajeto - O percurso será bem diversificado em meio à cordilheira de sal para a prova maior, com cinco quilômetros de asfalto, 21 de estrada de terra (terreno macio e liso de areia e sal), além de dois quilômetros de duna e 14 de terreno plano entre Cânions no Vale da Lua e Vale da Morte. Já na prova menor os corredores vão encarar cinco quilômetros de asfalto, oito de terra batida, dois em dunas e oito pelos cânions.

Os postos de hidratação estarão distribuídos a cada cinco quilômetros com água e Gatorade e nos quilômetros 15, 25 e 35 haverá postos com frutas, carboidrato em gel e suplementos.


Mountain Do Atacama passa por trajeto não liberado para turistas

Corrida de Montanha · 09 jan, 2012

No próximo dia 29 acontece a primeira edição do Mountain Do Deserto do Atacama, competição que percorrerá trilhas milenares do vilarejo San Pedro de Atacama, localizado ao norte do Chile e com uma população aproximada de 2.500 habitantes. A competição, com 42, 23 e cinco quilômetros, será disputada em locais preparados exclusivamente para a prova e que não abertos para turistas regularmente.

“O percurso foi desenvolvido em conjunto com a Senartur (Serviço Nacional de turismo), o Parque Nacional de los Flamingos (Vallede la Luna) e municipalidad de San Pedro de Atacama”, explica Euclides S. Neto, o Kiko, responsável pela organização. “Os atletas percorrerão cenários históricos belíssimos do tradicional povoado de San Pedro de Atacama, como o Vale da Lua e Vale da Morte e terão o privilégio de correr em locais milenares”, completa.

A equipe da Sports Do, empresa à frente da organização, fez diversas visitas ao local para deixar tudo preparado para os corredores. As temperaturas nesta época do ano variam entre 13 e 33˚C e a umidade relativa do ar é alta em comparação com o restante do ano, na média de 23%.

“Na largada da prova teremos uma temperatura amena (entre 16ºC), portanto, prepare-se com roupas adequadas! Até o final da prova os termômetros deverão chegar à casa dos 30ºC”, explica o dirigente. A saída dos atletas está programada para as 7h numa altitude de 2.400m e durante o trajeto eles chegarão a 2.680m. “A variação da altimétrica será pequena e os efeitos da altitude são praticamente impercebíveis em função do período da umidade do verão”, garante o organizador.

Trajeto - O percurso será bem diversificado em meio à cordilheira de sal para a prova maior, com cinco quilômetros de asfalto, 21 de estrada de terra (terreno macio e liso de areia e sal), além de dois quilômetros de duna e 14 de terreno plano entre Cânions no Vale da Lua e Vale da Morte. Já na prova menor os corredores vão encarar cinco quilômetros de asfalto, oito de terra batida, dois em dunas e oito pelos cânions.

Os postos de hidratação estarão distribuídos a cada cinco quilômetros com água e Gatorade e nos quilômetros 15, 25 e 35 haverá postos com frutas, carboidrato em gel e suplementos.

Em 2012 Mountain Do chega ao Deserto do Atacama (Chile), com 21 e 42k

O Mountain Do, prova marcada pelo desafio em belas paisagens, nasceu em Florianópolis (SC), expandiu os horizontes até Praia do Rosa (SC), Campos do Jordão (SP) e agora chegará ao Chile, no Deserto do Atacama. A prova está marcada para o dia 29 de janeiro e passará pelo Deserto da Morte, uma das regiões mais inóspitas do planeta, e pelo Vale da Lua.

“Estávamos namorando uma prova no Chile há quatro anos e agora fechamos uma parceria com o governo de São Pedro do Atacama”, conta Euclides S. Neto, o Kiko, responsável pela organização. “Pensamos em fazer uma corrida no sul do Chile, mas o local é muito suscetível a terremotos, por isso fomos para o norte”, completa.

Haverá duas opções de percurso: uma maratona cheia, com 42 quilômetros e uma meia maratona (21 quilômetros). “Ainda estamos definindo o percurso, mas passaremos por trilhas milenares, lagos, além de vulcões ativos e inativos”, explica Kiko.

A base da prova será em San Pedro de Atacama, uma vila localizada a 2.400m de altitude com pouco mais de três mil habitantes. “É uma região histórica e capital arqueológica do Chile, com muita vegetação e fauna”, conta Sandra Martinez, Alcalde de San Pedro (o equivalente a prefeita). “Estaremos esperando o Mountain Do de braços abertos e convidamos a todos os brasileiros a participarem”, completa.

As inscrições poderão ser adquiridas juntamente com o pacote incluindo aéreo e hospedagem, ou apenas a participação na prova. Para garantir uma vaga, basta acessar o site oficial, o www.mountaindo.com.br.


Em 2012 Mountain Do chega ao Deserto do Atacama (Chile), com 21 e 42k

Ultra Maratona · 25 abr, 2011

O Mountain Do, prova marcada pelo desafio em belas paisagens, nasceu em Florianópolis (SC), expandiu os horizontes até Praia do Rosa (SC), Campos do Jordão (SP) e agora chegará ao Chile, no Deserto do Atacama. A prova está marcada para o dia 29 de janeiro e passará pelo Deserto da Morte, uma das regiões mais inóspitas do planeta, e pelo Vale da Lua.

“Estávamos namorando uma prova no Chile há quatro anos e agora fechamos uma parceria com o governo de São Pedro do Atacama”, conta Euclides S. Neto, o Kiko, responsável pela organização. “Pensamos em fazer uma corrida no sul do Chile, mas o local é muito suscetível a terremotos, por isso fomos para o norte”, completa.

Haverá duas opções de percurso: uma maratona cheia, com 42 quilômetros e uma meia maratona (21 quilômetros). “Ainda estamos definindo o percurso, mas passaremos por trilhas milenares, lagos, além de vulcões ativos e inativos”, explica Kiko.

A base da prova será em San Pedro de Atacama, uma vila localizada a 2.400m de altitude com pouco mais de três mil habitantes. “É uma região histórica e capital arqueológica do Chile, com muita vegetação e fauna”, conta Sandra Martinez, Alcalde de San Pedro (o equivalente a prefeita). “Estaremos esperando o Mountain Do de braços abertos e convidamos a todos os brasileiros a participarem”, completa.

As inscrições poderão ser adquiridas juntamente com o pacote incluindo aéreo e hospedagem, ou apenas a participação na prova. Para garantir uma vaga, basta acessar o site oficial, o www.mountaindo.com.br.