No mundo em que vivemos, as coisas estão cada vez mais rápidas. São informações vindas de todos os lados e exigências para que performemos cada vez mais depressa – no esporte e na vida. Com isso, queremos acelerar alguns processos, aprender e crescer em alta velocidade. Porém, nem sempre essa atitude é benéfica – quase nunca é.
Na corrida, por exemplo, existem processos que todos devemos passar para conquistar certos objetivos. Podemos pular algumas etapas? Sim, é possível pular algumas etapas. Mas a analogia que faço é a seguinte: nenhuma muda de planta se torna uma grande árvore-da-noite para o dia.
É possível acelerar alguns processos. Porém, se acelerarmos demais, se saltarmos etapas, o que acontece? Da terra para cima você até poderá ver uma planta gigante, da forma que queria. Mas da terra para baixo, as raízes serão muito pequenas para suportar toda a estrutura.
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Então, qualquer imprevisto, qualquer vento, qualquer tempestade, derruba facilmente a árvore sem raízes fortes. Na minha analogia com o esporte, essas raízes são o treinamento de força, os treinos de base. É o momento em que a gente prepara o organismo, como quem aduba o solo para receber tudo o que vai colaborar com o desenvolvimento e, aí sim, se tornar uma grande árvore com raízes fortes.
Por isso é muito importante não saltar etapas. Quando passamos por todo o processo, da melhor maneira possível, conseguimos ter uma base sólida, raízes fortes que vão suportar todo o desenvolvimento e que vão nos auxiliar com consistência a chegar onde gostaríamos de chegar.
Não salte etapas. Desfrute de todo o processo. Porque não é apenas aprender como fazer, mas aprender como lidar e como gestionar todas as situações que vão aparecer durante o caminho.
É isso o que aprendi com o trail, o que aprendi com a corrida, o que aprendi com o esporte. E é isso o que também levo para toda a vida, não só pessoal, como também profissional!