Ninguém começa na corrida para alcançar um pace de 4 minutos por quilômetro, certo?
Pelo menos na minha bolha ‘corredorística’, os futuros atletas nascem de um sobrepeso, um sonho ou uma indicação médica.
O meu foi um sobrepeso.
Há mais de 10 anos atrás.
(que bom que não foi indicação médica)
Para aqueles que sonham em correr ou completar algum desafio, acredito que o treino acabe virando um estilo de vida. Para nós, triatletas, vira obrigatoriamente, afinal é tanto treino que não tem como evitar que aquilo entre e preencha grande parte da rotina. Como gosto de me manter em constante ocupação (e faço isso muito bem), o tri foi perfeito pra manter um dia a dia cheio de atividades.
Só que com o tempo, comecei a perceber que os treinos que são o meu estilo de vida e também fazem parte dos meus momentos ‘válvula de escape’ na rotina insana de entregas no trabalho, estava se tornando apenas mais um momento onde eu pensava, planejava, discorria e NÃO RELAXAVA.
O escape. O silêncio da corrida. Se tornou um aprisionamento. Uma bomba relógio de pensamentos e organização de tarefas na minha agenda semanal mental.
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Alguns praticam o mindfulness enquanto correm, eu só enchia mais e mais a minha cabeça de tarefas, enquanto meu corpo sobrecarregava quilômetro a quilômetro, por longas corridas.
Para mim, isso foi péssimo.
Venho trabalhando treino após treino os meus pensamentos durante o exercício (todos eles) e tentando não esvaziar a mente, mas focar no meu movimento, na minha percepção de esforço, no meu cansaço, na minha motivação e determinação para não desistir.
Tem sido uma experiência legal e também difícil, mas 100% imprescindível para aqueles que buscam, assim como eu, usar o esporte como um momento de relaxamento.
Como vocês fazem por aí?