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A Maratona de Revezamento Pão de Açúcar completou 25 anos de existência no ano passado e nesta edição teve a participação de mais de 36 mil inscritos. Como treinador estive presente em todas as etapas de São Paulo.
Vale a pena relembrar que a primeira corrida contou com apenas 1 mil inscritos em 1993. Essa corrida tinha como percurso as imediações do Parque do Ibirapuera, a avenida 23 de Maio em direção ao Viaduto do Chá, no centro de São Paulo. Atualmente, ela já invadiu, no bom sentido, Rio de Janeiro, Fortaleza e Brasília com o mesmo formato de revezamento.
Hoje seria impossível interditar uma avenida como a 23 de Maio, em São Paulo, pois provocaria um caos em toda a cidade pela quantidade de inscritos e carros que hoje temos rodando pela cidade. Depois a prova foi para o Parque Villa Lobos, passou pela Cidade Universitária e, finalmente, se estabeleceu dentro e nas proximidades do Parque do Ibirapuera com uma volta de aproximadamente 10.500 metros, onde os participantes devem percorrer os 42,195 metros em equipes de 8, 4 e 2 integrantes.
Porém, há um importante alerta a ser feito. Nesses 25 anos em que estive presente percebo uma situação muito comum. Vários colegas de trabalho da mesma empresa recebem um convite tentador. Um deles, que já corre um pouco, propõe um desafio para os sedentários companheiros e companheiras de departamento: “Vamos montar uma equipe de 8 e participar da maratona de revezamento do Pão de Açúcar ?”.
Todos olham um para o outro, meio em dúvida, pois não conseguem nem correr alguns metros e decidem, assim mesmo, participar. O incentivo vem de um deles que afirma que correr somente 5km não é tão difícil assim – apesar de ser – e todos acham um desafio possível. Acreditem, mas essa situação prevalece na maioria das equipes de 8. Hoje, mais de 60% dos integrantes de uma equipe de oito integrantes, pelo menos um está participando pela primeira vez.
Isso acontece, pois existe um grande incentivo dos colegas e das empresas que invadem esta prova com seus funcionários com o objetivo de tentar que todos mudem seus hábitos e comecem a praticar uma atividade física.
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Muitos sedentários fazem sua primeira corrida e, no final, enfrentam uma grande luta para completar o percurso. Se o calor for maior que 25ºC, fico sempre muito preocupado. Em edições de muito calor, infelizmente, houve óbitos em função de um esforço acima dos limites para completar a sua perna na equipe.
Para que haja prazer e não sofrimento, o grupo deve se preparar com o máximo de antecedência. O primeiro passo é procurar orientação de profissionais como médicos e educadores físicos. Jamais embarque num desafio como esse sem antes estar muito bem treinado. Assim, as provas em equipes podem servir como um enorme incentivo para todo o processo de mudança para hábitos saudáveis.
Assim, todos os anos a chance dos novos adeptos, que começam a correm por causa desta prova, assumem a corrida como parte integrante de sua rotina. Quem sabe no próximo ano os iniciantes de hoje passam a correr em equipes de 4 ou 2 integrantes. Este sempre será o nosso objetivo como treinador: Fazer com que todos em equipe vençam seus desafios tanto na corridas como em sua empresa, pois trabalhar em equipe é o melhor caminho para o sucesso. Pense nisso e bons treinos