Ivan se diz feliz com o resultado (foto: Arquivo Pessoal)
No último dia 26 o triatlheta brasileiro Ivan Albano participou do Ironman inaugural de Louisville, no estado americano de Kentucky, prova que reuniu cerca de 2034 atletas de 40 países e serviu como seletiva para o mundial da modalidade no Havaí. Ivan chegou na nona colocação, após uma ótima perna de natação e de bike.
A largada foi dada pontualmente às 6h50 no Rio Ohio, com uma forte correnteza contra até a metade da competição, condição que se inverteu no trecho final e os atletas nadaram a favor da corrente. Eu tive um grande dia na natação, saindo da água com o tempo de 52 minutos e minha transição para o ciclismo foi muito eficiente e tranqüila, comenta.
No início do ciclismo o clima mudou de figura e as nuvens carregadas deram lugar ao brilho do sol, que anunciava um forte calor e, certamente, mais dificuldades pela frente. O percurso é completamente plano nos primeiros 20 km, depois se torna interessante e bem difícil, mais foi a parte que eu mais gostei. A organização foi muito feliz de escolher esse trajeto, já que as subidas ajudaram a selecionar os grupos, ressalta.
Paisagem– O cenário era composto por estradas que ligavam diversas fazendas com suas criações de cavalos, já que Louisville é mundialmente conhecida como a cidade do jóqueis, com competições de turfe que atraem pessoas do mundo todo. A qualidade do asfalto me marcou muito. Mais ou menos no quilômetro 70 do ciclismo eu estava num grupo com alguns favoritos, como o tcheco Petr Vabrousek, que esse ano já tinha corrido seis Ironmans e usava o numero um.
Nesse momento havia uma seqüência de subidas e Albano tomou a decisão de partir pro ataque e conseguiu se desvencilhar do grupo, aproveitando que se sentia muito bem fisicamente. Essa é a modalidade que me sinto muito à vontade, então apenas mantive o ritmo e fechei a perna com o tempo de 4h51min. Na transição para a corrida já estava na quarta posição.
Quando os 42,195 quilômetros da corrida tiveram início, o sol queimava forte e os termômetros marcavam 38 graus. Apesar do trecho ser todo plano, ninguém teve moleza, pois a etapa anterior havia judiado muito das pernas dos triathletas. A cada uma milha (1.800m), havia um posto de abastecimento, mas ao logo do dia essa milha parecia se tornar 10 km, enfatiza.
Com o passar do tempo o desgaste foi aumentando e ele decidiu segurar um pouco o ritmo e adotou uma postura defensiva, sem se preocupar com os concorrentes à frente. Fui para quinto lugar, onde fiquei por um longo período, até que, ao faltar duas milhas para chegada (3.200m), comecei a enxergar tudo escuro e a ter sintomas de desidratação.
Percebendo a fadiga do brasileiro, os outros competidores aproveitaram para ultrapassá-lo e, ao final, ele cruzou em nono lugar com o tempo de 9h11min, um top 10 muito comemorado. Estou muito feliz com meu resultado, estou no caminho certo, pois essa consistência é muito importante e me motiva para os próximos desafios.
Apesar de ter ficado a uma posição da qualificação para o Mundial de Kona, ele já havia decidido não participar da competição, pois vai se dedicar à etapa da Flórida, em novembro. Esse foi o 16º Ironman que ele completou e se diz muito grato à sua esposa, a Deus e a seus treinadores e patrocinadores.
Este texto foi escrito por: Webrun