Corrida de Montanha · 09 dez, 2016
É comum tanto os iniciantes quanto os corredores experientes terem seus vícios na hora das provas e dos treinos, só que alguns deles podem interferir no seu desempenho. O Webrun selecionou aqueles que você nem imagina, mas que estão te atrapalhando na corrida.
1. Não descansar
O objetivo de todo atleta é melhorar o desempenho e isso só se consegue com muito treinamento, só que treinar em excesso também não é bom. Pode causar lesões e até overtraining.
2. Não variar os treinos
Se não mudar não evolui! Tanto a intensidade, o volume quanto a velocidade da sua corrida só vão melhorar se os treinos variarem e te desafiarem. Fazer tudo igual sempre não traz resultados.
3. Não fortalecer a musculatura
A corrida é um esporte que trabalha diversas partes do corpo por isso é importante fortalecê-las, quando você não faz isso o risco de lesões é bem maior e a resistência menor.
4. Ignorar o aquecimento
Começar a atividade física sem aquecer pode causar lesões graves, pois o corpo não está acostumado com o esforço e sai direto do estado de descanso para o estado de movimento constante.
5. Correr com dores
É lógico que isso não pode dar muito certo. Qualquer incômodo deve ser observado, se há algo atrapalhando, melhor não correr para não piorar.
6. Usar o tênis inadequado
Na corrida, o tênis não é um mero acessório, quanto melhor ele for menos problemas na pisada, de dores e bolhas você terá. Tenha um bom e apropriado para a modalidade, isso faz muita diferença.
7. Não se hidratar durante a prova
A desidratação diminuiu o volume do sangue e aumenta a frequência cardíaca, assim o corpo precisa se esforçar mais para fazer o organismo funcionar corretamente, não superaquecer e impedir a fadiga precoce.
8. Estrear roupas e tênis durante uma prova
Não tem problema querer usar um tênis novo, mas não em dia de prova. Quanto mais confortável melhor, então use tênis que já estão adaptados aos seus pés e evite bolhas, joanetes e apertos.
9. Não dosar o ritmo
Começar em uma intensidade muito forte pode te atrapalhar no final da prova, todo corredor precisa ter estratégia.
10. Não variar o local de treinamento
Assim como variar no tipo de treinamento, também é necessário mudar o solo onde se treina, isso por que alguns geram mais impacto e desgaste do que outros, variar fará com que sua musculatura adapte-se a vários tipos de percurso.
11. Postura errada
Pode causar não só aquela dorzinha nas costas como também causar mais impacto sobre os joelhos. Os movimentos e a postura na hora da corrida são essenciais.
12. Não se alimentar corretamente
Comer os alimentos certos é o que te dará energia e até mesmo resistência. Evite comidas muito pesadas e gordurosas.
13. Não ter acompanhamento de especialistas
Ser bem orientado nunca é demais, por isso se possível procure uma boa nutricionista, preparador físico, além de ficar sempre com os exames médicos em dia.
14. Definir metas improváveis
Não corra por resultados e não imponha objetivos maiores do que pode alcançar de acordo com seu preparo. Correr sob pressão não ajudará em nada.
Corridas de Rua · 07 dez, 2016
Muitos atletas que possuem uma rotina bem definida de treinos com peso passaram adotar uma técnica chamada De-Load periodicamente. Ela consiste em uma redução planejada de volume ou intensidade, durando geralmente uma semana. O objetivo é auxiliar a recuperação do organismo depois de acumular fadiga ao longo dos últimos meses, o que também prepara os músculos para novos ganhos após o retorno a rotina normal.
Benefícios do De-Load
- Auxilia na recuperação de tendões, ligamentos, articulações e tecidos conjuntivos
- Recupera o sistema nervoso central
- Reduz o risco de overtraining
A ortopedista Ana Paula Simões explica porquê o corredor da utilização dessa técnica. "Quando o atleta começar a sentir os sintomas de overtraining, deve sim reduzir o volume dos treinos, pois isso pode ser lesivo a todos seus órgãos. Existem casos em que enzimas deletérias e ácidos láticos geram uma sobrecarga renal, podendo até causar uma doença chamada rabdomiólise, uma quebra de músculo esquelético devido a lesões no tecido muscular".
Os benefícios não são só para o organismo, diversos atletas acreditam que a técnica é válida também para renovar a mente. É o que defende o corredor Gustavo Albuquerque: sempre fui muito religioso com minha rotina de treinos com peso e de corrida, porém passei por um período onde faltava motivação e os exercícios se tornaram cada vez mais cansativos. Fui pesquisar na internet alguma solução, então conheci a semana de De-Load, passei a executá-la a cada três meses e foi algo que surgiu como uma válvula de escape, trazendo renovação.
Como fazer o De-Load?
Você deve começar planejando a redução do volume do treino e isso geralmente dura uma semana, variando de pessoa para pessoa. O principal é diminuir a intensidade e o esforço, fazendo algo entre 50% comparado a uma semana de treino normal. Confira alguns exemplos de como realizá-lo com sucesso:
- Faça sua rotina de treino e exercícios normalmente, porém nessa semana passe a contar repetições de forma que você trabalhe a musculatura usando um carga entre 50% do usual para cada exercício. Com isso você atinge o músculo e não sobrecarrega tanto os sinergistas e as articulações.
- Você pode usar a mesma carga que está acostumado, porém diminua o número de exercícios ou séries (ou os dois), para que fique entre a metade do volume de treino habitual.
- Treine mais pesado os músculos que geralmente não ganham tanta atenção e diminua a intensidade naqueles em que você mais se esforça.
- Use pesos mais leves e foque seu treino na melhora da execução e na mecânica do movimento.
- Diminua seus treinos e aumente os trabalhos cardiorrespiratórios.
- Se você executa os exercícios com muita amplitude e carga, procure diminuir um pouco e faça a amplitude "clássica" do exercício.
Em casos mais extremos, também é valido tirar uma semana inteira. Nos períodos de descanso, o atleta pode procurar executar alongamentos e massagens, o que ajuda a dissipar o acúmulo de enzimas no corpo.
Corrida de Montanha · 30 nov, 2016
Para quem é atleta é muito difícil escolher um só esporte. Muitos corredores ficam na dúvida se podem ou não treinar para corrida paralelamente a prática de artes marciais, por exemplo. Será que atrapalha o desempenho? Ajuda na resistência? Afinal, pode ou não pode?
O Webrun conversou com o preparador de corrida da 4any1, Eduardo Barbosa, para esclarecer essas dúvidas e saber se é possível conciliar mais de uma modalidade.
Ou um ou outro?
A pergunta a fazer é qual modalidade esportiva seria mais importante para você, corrida ou luta? Gosto dos dois! Então, vá em frente!
Passei por esta experiência há alguns meses atrás, mas tinha consciência que a corrida era o esporte mais importante e o Jiu Jitsu uma vivência, portanto estava mais interessado em aprender as técnicas desta arte do que propriamente ter um rendimento de performance, como busco em provas de corrida de rua.
Quais os benefícios do treinamento de corrida?
No treinamento de corridas de rua, atividade predominantemente aeróbia de ciclo contínuo de movimento, o sistema cardiorrespiratório é o primeiro a se beneficiar dos treinos, depois é possível aumentar o metabolismo e grande gasto calórico, isso se bem orientado.
E das artes marciais?
No treinamento de artes marciais o individuo além do desenvolver a força e o aumento do gasto calórico também melhora especificamente a resistência anaeróbia principalmente em combates curtos e intensos.
Qual a relação entre as modalidades?
Apesar de ambos serem individuais no aspecto biomecânico, a corrida é considerada um esporte cíclico por seus movimentos contínuos e as artes marciais acíclico, por sua inesperada variação de movimentos. A diferença de ambos está na mudança de direção.
Podemos enumerar também a diferença na preparação músculo esquelética e no trabalho de força hora de resistência de força para corrida e outro de força pura para as lutas.
É possível conciliar lutas e corrida?
Em geral, pela as artes marciais não serem modalidades de alto rendimento, você pode sim praticar os dois. Desde que com dias bem definidos para cada um e respeitando os intervalos de descanso. Ainda é importante priorizar qual deles você participará de competições.
Então posso praticar qualquer tipo de arte marcial?
Não há restrição de modalidades, mas devemos ter em mente que são treinamentos concorrentes e que estudos científicos apontam maior índice de lesões em praticantes de artes marciais, até mesmo por ser um esporte de contato. Ao contrário da corrida, onde as lesões são decorrentes do próprio treinamento ou da falta dele.
Praticar os dois pode me fazer correr melhor?
No aspecto fisiológico ambos são concorrentes e por especificidade de treinamento não haverá benefício direto.
Se você quer ser muito bom em corrida, treine corrida. Se você quer ser muito bom em lutas, treine lutas. Mas, se quiser somente qualidade de vida, treine ambos, o que precisa é determinar qual sua prioridade para não comprometer o desempenho nem de um nem outro.
Corrida de Montanha · 25 nov, 2016
Já ouviu seus amigos corredores falando de VO2, mas não sabe muito bem o que é? O Webrun conversou com o Dr. Bruno Hernandes, que é especializado em medicina esportiva pela Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e do Exercício, para te explicar tudo sobre o tema.
O que é?
O VO2 máximo indica o consumo máximo de oxigênio que o corpo utiliza durante o esforço físico. É um excelente parâmetro para determinar o grau de aptidão física do corredor.
Para que serve?
É uma avaliação do comportamento fisiológico do coração, pulmões, vasos sanguíneos e músculos em determinada intensidade de esforço. Detectando quais as frequências cardíacas que o corredor deve manter ou atingir durante um programa de treinamento individualizado.
Para quem é indicado?
Para todas as pessoas, não só para atletas de alto rendimento. Como é, antes de tudo, um teste para o diagnóstico de patologias cardiopulmonares é indicado para todas as pessoas que desejam iniciar uma atividade física e têm o objetivo de excluir o risco de eventos isquêmicos durante o exercício.
Também é utilizado na prescrição de atividade física em portadores de doenças crônicas, como hipertensão arterial, diabetes, doenças obstrutivas pulmonares e na reabilitação cardíaca após um evento isquêmico. Além disso, o exame determina o potencial aeróbio da pessoa.
Qual a frequência deve ser feito?
É importante realizá-lo no início do programa de treinamentos e, dependendo de cada objetivo, a cada seis meses ou anualmente.
Qual profissional pode realizar o teste?
O teste só deve ser conduzido na presença de um médico com experiência em cardiologia e nas possíveis alterações cardíacas durante o esforço. Procure sempre um médico do esporte ou cardiologista esportivo.
Existem diferenças no teste entre homens e mulheres?
O teste é o mesmo para homens e mulheres. A diferença que pode existir está na elaboração do protocolo de execução, isto é, quais velocidades ou angulações da rampa devem ser aplicadas a cada etapa do teste. A estatura e a mecânica da corrida diferentes entre homens e mulheres podem gerar a necessidade de ajuste.
Outra observação é que o VO2 máximo dos homens é maior que das mulheres por diferenças morfológicas. Como o homem normalmente tem mais músculos e menor quantidade de gordura, isto acarreta em um consumo de oxigênio maior.
Quais os benefícios?
Com o conhecimento do seu VO2 máximo por meio do teste ergoespirométrico, o corredor deixa de guiar-se somente pela percepção do esforço e começa a utilizar seus marcadores fisiológicos individuais, conhecendo melhor seu corpo e como ele responde a diferentes cargas. O resultado é uma evolução nos treinamentos e nos tempos nas provas.
Atletismo · 17 nov, 2016
Musculação e corrida de rua aliados a um plano de treino, por muito tempo foram motivo de discussões e polêmicas. A relação de amor e ódio sempre dividiu opiniões. A corrida é um dos esportes mais indicados para manter o corpo saudável e isso não é novidade para ninguém, mas todo corredor sabe que a prática pode acarretar diversas lesões. Foi justamente por isso, que nos últimos anos cada vez mais especialistas da área incentivam que atletas adicionem musculação à rotina de treinos.
É o que também defende o estudante André Azeredo, corredor armador há quatro anos. Praticar musculação aliada à corrida melhorou meu desempenho e preparo físico. Isso porque a musculação ajuda a evitar lesões que podem ser causadas pelo impacto da corrida e gera mais energia, dando uma maior disposição para treinar, além do bem estar.
Diversos fisioterapeutas defendem a ideia dos treinos com peso para evitar lesões, já que a musculação trabalha a coordenação motora, flexibilidade e postura. Ou seja, o atleta melhora sua estabilidade consideravelmente.
Os benefícios para a saúde não param por aí, já que a musculação é capaz de fortalecer articulações, como afirma o personal trainer Fabiano Souza. O atleta que segue uma rotina de treinos a fim de fortalecer os membros inferiores, tem capacidade de minimizar os impactos gerados nas articulações que mais sofrem durante a corrida, como é o caso do joelho.
Além de prevenir lesões, o atleta também pode ganhar no desempenho. Uma musculatura fortalecida significa maior potencia e explosão muscular, o que facilita finalizar subidas e também realizar sprints mais velozes.
A recomendação é começar aos poucos e não exagerar. O corredor não deve ganhar muito peso, pois isso pode atrapalhar no desempenho. O objetivo não é aumentar o tamanho, mas sim criar uma musculatura forte e preparada. A dica é focar na execução dos movimentos e não na quantidade de carga, completa Fabiano.
E não esqueça: procure um profissional para orientações específicas!
Onde Treinar · 16 nov, 2016
Parece estranho, mas uma corrida pode desencadear desconfortos incomuns em muitos praticantes como, por exemplo, coceira, pele irritada e até mesmo vermelhidão no corpo. Esses sintomas acontecem devido a um tipo de alergia, que afeta boa parte da população praticante de exercício.
Os sintomas ocorrem devido a vasodilatação periférica, que nada mais é que a dilatação dos vasos sanguíneos, junto a uma liberação de substâncias alergênicas na corrente sanguínea, durante algum exercício A dermatologista Juliana Fosco, da Clínica Novazzi, explica que em casos mais leves, a vermelhidão e a coceira cessam poucos minutos após o término da atividade física. Em casos mais graves pode ocorrer sensação de calor, ruborização, coceira intensa, urticária exagerada, tonturas, desmaios, vômito e até mesmo diarreia.
Como costuma se manifestar?
A pessoa alérgica apresenta sintomas característicos como espirros, congestão nasal, coriza, coceira, lacrimejamento, urticárias, falta de ar entre outros.
Tem cura?
A alergia não tem cura, mas pode ser controlada. O tratamento visa melhorar os sintomas, afastar o paciente do alérgeno (substâncias que causam a reação alérgica) e, em casos específicos, induzir tolerância a ele.
É necessário acompanhamento médico?
Com a regularidade da prática esportiva e com bom condicionamento físico, estes sintomas tendem a desaparecer. Se tais sintomas permanecerem ou aumentar, é preciso procurar um médico.
Lembre-se cada caso é único e precisa de avaliação médica criteriosa para o sucesso terapêutico.
Corridas de Rua · 16 nov, 2016
Fazer distâncias maiores em tempos curtos é o objetivo de todo corredor. Para quem está começando, correr dez quilômetros já é um grande feito. Agora imagine completar essa distância em menos de 50 minutos? Com planejamento, é possível e o Webrun consultou um especialista em corrida para explicar como.
De acordo com o professor da Bio Ritmo, Nelson Tiago Talarico, o primeiro passo é o comprometimento.
Quem pode correr 10 km em 50 minutos?
Nem todo mundo que treina regularmente consegue ter um desempenho como esse. Alguns fatores como peso, dieta equilibrada, descanso regular e ter um treinamento adequado são imprescindíveis para obter esse resultado. Essas pessoas fazem parte de um grupo seleto de corredores que levam o programa de treinamento a sério, estando dispostos a acordar cedo e cumprir a tarefa exigida em sua planilha, comprometidos cada vez mais em baixar seu tempo.
Qual a maior dificuldade para fazer esse tempo?
A exigência do programa de treino é maior, as sessões podem aumentar de três vezes na semana para até cinco e ficarem mais intensas. Na minha opinião, o que realmente vai fazer a diferença para esse atleta é a dedicação que vai colocar nos treinamentos e o quanto estará disposto a se doar aos estímulos propostos. Sem falar na alimentação e no sono, que influenciarão diretamente em seu resultado.
Então o que devo fazer para obter um tempo abaixo de 50 minutos correndo 10 km?
Antes de qualquer coisa, faça uma avaliação médica para ter certeza que está apto ao desafio. Em seguida, procure a ajuda de um treinador, ele é a pessoa indicada para ajustar a sua planilha e definir o que você realmente precisa para conseguir atingir seu resultado. Buscar a orientação de uma nutricionista para equilibrar sua dieta também pode ser interessante, já que baixar tempo fora do peso está fora de questão.
Procure fazer exercícios para fortalecer a musculatura do core, abdutores, adutores, gêmeos, sóleo, psoas e posteriores. Os benefícios são muitos, além de deixarem os músculos preparados para receber os impactos que a corrida causa, evitarão que o atleta se lesione com frequência.
Existe algum treinamento específico para alcançar essa meta de forma mais rápida?
Há vários métodos para serem utilizados, mas como a distância em questão são dez quilômetros, deve-se combinar velocidade, resistência e força. Os treinos que sugiro são: tempo run, subidas e o intervalado.
Tempo Run
Serve para preparar o corpo para exercícios mais longos que o comum, com tiros maiores, ou seja, aumentar o limiar anaeróbio.
Modo de executar: realizar trabalhos de velocidade contínuos mais prolongados. Devem ser fortes no limite do confortável e sem exageros nas distâncias e velocidades.
Objetivo: o treino de ritmo é fundamental para ajustar seu organismo a suportar a intensidade pretendida. Por exigir bastante resistência, não é o tipo de treinamento mais indicado para quem de fato está iniciando na corrida.
Subidas
Serve para adaptar a musculatura e ossos, desenvolvendo força e melhora da performance cardiovascular.
Modo de executar: realizar esse treino em ritmo confortável e moderado, começando com uma inclinação pequena e ir aumentando progressivamente.
Objetivo: melhorar a capacidade cardiovascular, fortalecer membros inferiores e ainda aprimorar as passadas de impulsão.
Intervalado
Preparação/adaptação da capacidade para resistir a um esforço intenso.
Modo de executar: frequência cardíaca máxima (85% a 95%) intensidade alta, volume baixo. Correr as séries em uma intensidade boa com recuperações, que podem ser caminhadas, trote ou até mesmo corrida leve, dependendo do condicionamento de cada corredor.
Objetivo: variar o ritmo das corridas entre forte e muito forte, com corridas leves ou trotes.
Corrida de Montanha · 09 nov, 2016
Quem já corre sabe que os resultados não vêm de um dia para o outro, é preciso muito treino e paciência para alcançar seu objetivo, seja ele aumentar a distância, a velocidade ou diminuir o tempo. E é por isso que o treinamento deve ser bem estruturado e dividido.
Essa é a proposta da periodização, um método que pode ser adotado por atletas de diferentes práticas esportivas, como corrida, musculação, natação, entre outros.
Mas como funciona?
Periodizar seu treino de corrida é dividir sua planilha em fases e preestabelecer as qualidades que serão trabalhadas em cada etapa, para tornar seu esforço mais eficiente e acelerar sua evolução. Isso é feito estabelecendo três fases, cada uma voltada a desenvolver algum ponto diferente da sua corrida, para que ao final você tenha evoluído como um todo.
Período base
Serve para corrigir seus vícios e testar novos desafios como correr distâncias maiores e com mais volume, gradativamente, além de treino de força e resistência muscular para evitar lesões. Nessa fase, normalmente o atleta também passa a treinar em chuva, ladeiras e temperaturas as quais não está acostumado. Algumas provas também podem ser disputadas, mas sem aquela cobrança de correr muito ou ser o mais rápido.
Período específico (competitivo)
É a preparação para uma corrida específica, voltada para o objetivo que o atleta busca. Nessa fase é comum realizar treinos intervalados velocidade, distância, tempo-alvo, sem deixar de lado a preparação física, ou seja, fortalecer a musculatura e adquirir mais resistência. É o período onde se espera que o atleta atinja seu auge.
Período transitório (regenerativo)
São as famosas férias, quando o atleta diminui a intensidade e o volume dos treinos para dar um descanso ao corpo. Esse período geralmente é escolhido após as competições mais importantes do calendário do corredor e antes das próximas provas, por isso varia de acordo com cada um.
Para adotar o treino periodizado...
Converse com o seu instrutor para que ele monte uma planilha voltada aos seus objetivos e dificuldades. É importante também não ter pressa, pois dependendo do seu condicionamento pode demorar meses para que você mude o período, por isso seja paciente e não desista!
Corridas de Rua · 07 nov, 2016
Em outubro de 2016 a clínica Vivere Sanus apresentou o Estúdio Motriz, especializado em movimento e promete mudar a abordagem da prática de esportes, condicionamento físico e reabilitação. O estúdio une o conhecimento de diversas áreas da saúde e tecnologia, para apresentar um tratamento com maior praticidade e qualidade nos pacientes.
A principal tecnologia usada no processo é o Miha Bodytec, um sistema alemão que funciona a base da eletroestimulação muscular em todo o corpo. Assim, diferentes áreas do corpo são trabalhadas com o uso do equipamento. O treino consiste na execução de exercícios funcionais como agachamento, afundo e abdominal. Os eletrodos fazem com que o corpo sinta a presença de cargas, mesmo sem estarem lá fisicamente, exercitando-se de forma livre. O sistema também é capaz de tencionar os músculos após os exercícios, o que diminui diretamente aquela dorzinha pós-treino.
O médico ortopedista Tomas Mosaner explica as pretensões do projeto: Nosso objetivo é promover a saúde por meio do exercício físico e dentro dessa missão, nos preparamos para ter à disposição tudo que há de mais avançado no mundo da medicina esportiva. Queremos tornar a prática de atividades físicas na vida das pessoas algo constante.
O equipamento é sucesso mundial, presente em mais de 40 países e atletas de ponta já usam a tecnologia há algum tempo. Entre os mais famosos adeptos ao sistema estão Rafael Nadal, Usain Bolt e a equipe de futebol do Bayern de Munique. O treinamento deve ser feito por apenas 20 minutos, duas vezes por semana. A clínica garante que após seis semanas é possível observar resultados consistentes.
Além das tecnologias para melhorar o desempenho, o Estúdio Mortiz também conta com outra novidade: a Termografia. A técnica consiste no mapeamento do corpo por meio de diferentes temperaturas de pele, assim identificando e prevenindo lesões.
Caminhada · 07 nov, 2016
Todo mundo já ouviu falar naquela história de: você é o que você come, mas será que isso também vale para os atletas? O que você come pode interferir na hora do seu treino? O Webrun conversou com a nutricionista esportiva do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte, Vivian Ragasso, sobre o impacto que a alimentação pode ter na sua corrida.
Faz mal treinar sem se alimentar?
Sim. Treinar em jejum faz com que o atleta utilize como fonte de energia a massa muscular e dessa forma o rendimento cai e a chance de lesão aumenta.
De que forma os alimentos consumidos interferem no desempenho?
Uma alimentação adequada é fundamental para o desempenho do corredor. Além de evitar lesões, ainda promove uma boa recuperação e manutenção da saúde. Tanto nos corredores amadores. que treinam para provas de corrida por motivo de saúde e lazer, quanto para aqueles que utilizam essa prática com finalidade competitiva e de alta performance.
Então o que devo comer?
Em sua alimentação o ideal seria ter em torno de 60 a 70% de carboidratos, 12% a 15% de proteínas e 20% a 25% de gordura. Além da quantidade adequada de vitaminas e minerais para manutenção da saúde
Carboidratos: nem muito nem pouco
A falta pode gerar hipoglicemia (baixa glicose no sangue), fraqueza, fome, baixa imunidade e perda de massa muscular. O excesso causar alto acúmulo de gordura corporal, o que leva a sobrecarga articular com risco de lesão e diminuição do rendimento.
Proteínas: não pode faltar
Promove a recuperação e integridade muscular. O aporte ideal seria entre 1,2 a 1,8 grama por quilo de peso. Então se você tem 70 quilos, deve consumir entre 84 gramas a 126 gramas diariamente.
Gordura: também faz bem
Ela é importante no fornecimento de energia, transporte de vitamina A, D, E e K (lipossolúveis) e produção de hormônios. A ingestão ideal é de 1 grama por quilo de peso por dia. Ingerir abaixo de 15% do valor energético total pode ocasionar uma piora no desempenho.
Quais alimentos os atletas não devem ingerir antes dos treinos?
Os alimentos que devem ser evitados são aqueles de alto índice glicêmico de forma isolada., por exemplo, pão branco, doces, chocolates, refrigerantes. Alguns atletas não gostam de consumir alimentos ricos em lactose por sentirem desconforto gástrico.
Então nada doce?
Podemos utilizar o mel antes do treino se estiver associado a frutas, cereais integrais e proteína. Dessa forma, o conjunto alimentar não libera de uma só vez toda a energia necessária para o treino, pelo contrário, provém energia lentamente para todo o treino.
Quanto tempo antes de correr devo comer?
De 1h30 a 40 minutos. Isso vai depender da individualidade metabólica de cada um, em relação ao conforto pelo esvaziamento gástrico durante o treino.
O que devo consumir para potencializar meu desempenho?
Evitar alimentos industrializados, gaseificados e preferir alimentos in natura deve ser a prioridade do atleta. Frutas, verduras e legumes precisam ser frequentes no dia a dia do corredor para contribuir tanto no rendimento, quanto na recuperação.
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