Como fazer uma boa base para 2018?

Invista neste período onde você vai estar prevenindo lesões, afinal, ninguém gosta de parar de correr

Cristiano Fetter | Corrida de Montanha · 20 dez, 2017

2017 acabou, mas isso não é motivo de tristeza, pelo contrário…Um ano inteiro de novas possibilidades está por vir.

É hora de você olhar para 2017 e ver os pontos positivos e negativos do seu ano esportivo.

Você atingiu suas metas esportivas deste ano?

Teve muita lesão?

Gostou do seu desempenho? Ou acha que poderia ter feito mais?

Perguntas, interrogações e questionamentos que você deve focar em responder com exatidão. Esta vai ser sua base para 2018.

Na minha opinião, a base para as próximas provas, começam com a escolha de metas bem definidas, elas são mais fáceis de planejar e, a possibilidade de serem executadas com êxito são infinitamente maiores.

Mas vamos lá, imagine que você, leitor, já tem seu calendário esportivo definido ou, pelo menos uma meta pronta. Ótimo, você tem muitas chances de atingi-la…Mas vamos focar no objetivo deste texto: como fazer a base desta meta?

Foto: Picture Factory/Fotolia

O planejamento é uma das ferrmanentas mais importante para conseguir resultados no ano que vem Foto: Picture Factory/Fotolia

O verão aqui no Brasil é extremamente quente, a performance acaba diminuindo. Então, talvez seja uma bela chance de desenvolver outras valências físicas. O que gosto de priorizar nesta fase de treinamento é o reforço muscular.

Ele é fundamental em qualquer esporte e, se você corre trail, mais fundamental ainda. O trail é um esporte completamente diferente e específico. Você corre em inclinações e distâncias completamente diferentes, tem uma sobrecarga muscular absurda nas descidas, bem como a dificuldade de locomoção em alguns terrenos…pisa em pedras, lama e grama, buracos e galhos entre outras dificuldades…Ou seja, a variação é absurda.

Portanto, é necessário um reforço global das estruturas do corpo. Muitas vezes damos ênfase somente aos membros inferiores, porém esquecemos que nestas variações de aclive e declive, as costas e o abdômen são absurdamente necessários para manter a postura, bem como suportar o peso das mochilas, que geralmente usamos nestas provas. Outra estrutura que esquecemos é os pés, sendo que eles que suportam “todo” nosso impacto ao correr.

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Então me diga, leitor, quantas vezes você fez reforço para os pés? Por que reforçar abdômen, glúteos, quadríceps etc…se a estrutura que sofre o impacto direto não ganha atenção?

E o equilíbrio para tudo isso? Quando treinamos?

Neste período de base, talvez fosse legal fazer um reforço especial, gosto de indicar por pelo menos um mês, três vezes por semana de reforço específico, com volume de corrida mais baixo. Logo após este mês o volume de corrida aumenta um pouco e a frequência no reforço fica em 2x por semana. E, assim vai até 1 mês e meio ou 2 (depende do caso) antes da prova alvo. Então, a frequência de corrida aumenta mais um pouco e nas 2 semanas finais o reforço é zero ou somente coisas muito leves.

Observe bem o que precisa ser melhorado para não ter problemas no ano que vem aí! Foto: Shock/Fotolia

Observe bem o que precisa ser melhorado para não ter problemas no ano que vem aí! Foto: Shock/Fotolia

Periodizar o reforço muscular em consonância com a planilha de corrida é um aspecto necessário para adquirir boa performance e atingir os objetivos. Se for feito por treinadores diferentes, é papel do atleta fazer o contato entre os dois afim de que um não conflite com o outro.

Este reforço muscular funciona exatamente como um prédio, quanto mais sólida e forte for a base, menos chance ele tem de rachar e cair…com nosso corpo é a mesma coisa, é um período onde você vai estar prevenindo lesões, afinal, ninguém gosta de parar de correr.

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Cristiano Fetter

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Mestre em Ciências do Movimento Humano - UFRGS Sócio Ultra Funcional Place Founder Raiz Trail