Você come até a barriga doer? Isso pode ser perigoso

Redação Webrun | Nutrição · 25 nov, 2020

Quem nunca foi a um rodízio ou até mesmo em um restaurante comum, comeu demais, até a barriga doer? Você já parou para pensar o motivo disto acontecer? O fato pode caracterizar compulsão alimentar, gerando muitos problemas.

A nutricionista Fernanda Grijó explica que comer até a barriga doer acaba “machucando” o corpo. “Os perigos incluem o aumento de peso e doenças metabólicas, que podem vir junto com o excesso de tecido adiposo, resistência insulínica, diabetes, hipertensão, doenças cardíacas, distúrbios hormonais entre muitos outros”.

O estômago é um órgão “elástico” e quanto mais você o acostuma com um volume alto de comida, mais ele vai querer alimentos para suprir esse “novo” tamanho, ou seja, pode gerar um ciclo vicioso de alimentação em grande volume.

“Pense em uma bexiga, em que você enche de ar e solta, ela não volta mais ao tamanho normal, certo? E se você insistir em enchê-la e esvaziar, verá que cada vez mais ela “afrouxa” e fica maior. É mais ou menos assim que funciona com o nosso estômago”, explica a nutricionista.

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Você come até a barriga doer? Isso pode ser perigoso

Foto: Adobe Stock

Nada de comer até “explodir”

Fernanda diz que um estômago vazio, de um adulto saudável, possui um volume de mais ou menos 50ml e pode chegar a capacidade de até 4 litros quando come-se em excesso (MUITO excesso).

“De vez em quando pode ser aceitável, pois é compreensível quando a comida da avó ou da mãe está muito boa em um domingo à tarde. O problema é quando isso se torna um hábito e em mais de uma refeição ao dia, principalmente quando se associa a satisfação fisiológica de alimentos, com a sensação de dor. O famoso: estou cheio”.

Compulsão alimentar

O psiquiatra Mário Louzã pede atenção a quem tem o costume de comer até a barriga doer. “A sensação do estômago cheio e dolorido indica que houve exagero. É diferente da sensação de saciedade e com isso, algumas pessoas podem desenvolver comportamento bulímico, como uma forma de evitar o ganho de peso, para aliviar a culpa de comer exageradamente”.

Tanto o comportamento alimentar compulsivo, como a bulimia são transtornos mentais que exigem abordagens psiquiátricas e psicoterápicas, alerta Mário.

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Balanceie sua alimentação

Existem alimentos que podem ocasionar ainda mais um desconforto gástrico. “Leguminosas, em especial o feijão ou verduras como brócolis e repolhos, costumam gerar sensação de gases. Os ricos em gorduras como carnes e embutidos também podem ser uma causa”, diz Fernanda.

Segundo a nutricionista, também é possível que a sensação de dor esteja associada à algum tipo de gastrite ou distúrbio gastrointestinal e merece atenção. Mas de modo geral, o normal é apenas pessoas que realmente comem demais, o que se come não costuma ter muita ligação.

Ligue o botão da consciência

“É imprescindível comer de forma consciente. Sente na mesa, em um ambiente calmo e se alimente sem pressa. Preste atenção nos alimentos, na mastigação e busque diminuir as distrações, principalmente com o celular e tv, pois se o nosso cérebro não “registrar” o momento da refeição, ele entende que não comemos o suficiente e então, vamos querer comer cada vez mais e nunca ficaremos satisfeitos”, explica a nutricionista Fernanda Grijó.

A vida hoje é corrida, mas reserve algum tempo para sua alimentação, isso só trará benefícios.

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Redação Webrun

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