Barreiras psicológicas no esporte: você sabe quais são as suas?

Wania Rennó | Corrida · 26 fev, 2024

Todo atleta de corrida possui algum objetivo, que vai desde se desafiar cada vez mais nos treinos, melhorar o tempo nas provas, até o famoso sonho de ter mais “conforto no desconforto”. Ou seja, estamos sempre falando de uma busca pela melhoria da performance. 

Barreiras psicológicas no esporte: você sabe quais são as suas?
Adobe Stock

Porém, como costumo dizer, a mente é o motor do corpo e, muitas vezes, ela para antes do corpo, algo que identificamos como uma barreira emocional.

Os aspectos emocionais como crenças limitantes, pensamentos negativos, falta de autoconfiança, inseguranças a respeito dos treinos, níveis altos de ansiedade, e até mesmo auto imagem negativa são os gatilhos que impedem muitos atletas, tanto profissionais quanto amadores, de usarem todo o potencial que tem.

Junto a isso temos a ansiedade e o medo, considerados os dois lados da mesma moeda. Quando pensamos em ansiedade, encontramos o medo de não performar como queremos, medo de não atingir as expectativas que acreditamos que nosso treinador, familiares e amigos tem a respeito de nós, medo de “quebrar durante uma prova” e acaba-se criando uma grande barreira para a evolução do desempenho.  

O imaginário faz o atleta sofrer mais do que a realidade, pois na imaginação, de acordo com as barreiras existentes, tudo de pior pode acontecer. São esses pensamentos negativos que roubam toda a força do corpo e em uma competição. A mente e o corpo precisam estar alinhados. 

Mas o que fazer para lidar com essas barreiras que podem agir como autossabotagem no atleta?

Vamos começar trabalhando com o autoconhecimento. 

A autoconfiança está totalmente ligada à autoestima. Tudo começa na melhora do autoconhecimento, ao entender mais sobre nós mesmos desencadeamos um processo de autoconsciência e auto aceitação daquilo que temos hoje em nossa vida e o que buscamos para o futuro. Através desse entendimento é possível criar uma autoconfiança que melhora a nossa autoestima.

Os pensamentos negativos devem ser trabalhados de forma a serem ressignificados, por exemplo, quando um deles surgir o ideal é deixar passar sem se fixar nele e em seguida, pensar em algo que te motiva a continuar, tanto no treino quanto em uma prova. 

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A ansiedade pode ser trabalhada com técnicas que ajudem o atleta a manejá-la, como exercícios de respiração, por exemplo. Com relação às expectativas que os atletas acreditam que o treinador e todos ao seu redor têm, assim como eles próprios, é preciso ter a consciência daquilo que foi feito nos treinos, de todos os esforços, isso poderá levá-lo a perceber que o que podia ser feito já aconteceu e dessa forma aproveitar o momento de uma forma leve e fluída. 

Todos esses pontos fazem parte, de forma resumida, de um trabalho de fortalecimento mental que nós psicólogos do esporte acreditamos ser fundamental para um atleta.

E por fim uma dica que considero de ouro: apenas façam o seu melhor acreditando em si mesmo.

Wania Rennó

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Wania Rennó é psicóloga clínica do esporte, atuando como diretora Núcleo de Integralização Humana (Nihumana) e mais de 35 anos atendendo praticantes de diferentes modalidades desportivas.