Além do nível de exigência dos atletas as provas do k42 tem como característica o visual privilegiado (foto: Alexandre Koda/ www.webrun.com.br)
O maratonista brasileiro Giliard Pinheiro disputa no dia 12 de novembro o último K42 da temporada, em Villa La Angostura, na Patagônia argentina. Disputado em sete países diferentes Argentina, Brasil, Chile, Espanha, França, Portugal, e Saara Ocidental o K42 é caracterizado por oferecer maratonas em percursos com grande variação no terreno e que exigem não apenas resistência, mas também força.
Além dos cerca de 2.000 corredores inscritos, o K42 na Argentina reúne os vencedores de todas as etapas K42 no ano e, portanto, é considerado como uma final. Pelo terceiro ano consecutivo, Giliard Pinheiro venceu o K42 de Bombinhas, disputado em agosto no litoral catarinense, e garantiu a vaga para a prova na Patagônia.
Estou bem preparado, quero ganhar, afirma o brasileiro. Fiz muito trabalho na areia fofa da praia, diz o corredor, sobre seu treinamento. Nas duas vezes que participou da prova final, Giliard teve dificuldades. Em 2009, uma séria entorse no tornozelo forçou o abandono da prova. Em 2010, torceu novamente, mas o uso de uma tala permitiu que seguisse até o final, assegurando o segundo lugar.
Vou correr com atadura. No ano passado meu tornozelo torceu e voltou, não deu problema. No primeiro ano torceu e saiu porque eu estava sem proteção, reflete. Para minimizar a chance de novas lesões, o maratonista realizou treinamento específico para o fortalecimento da região do tornozelo esquerdo. Corri o ano inteiro na praia e não tive problema, ele está bem forte, conta Giliard.
A competição em Villa La Angostura será acirrada. Giliard aponta o francês Yanik Gourdon, vencedor do K42 França como um adversário duro e cita outro favorito. Tem um espanhol que dizem que é a sombra do Kilian Jornet. Se é bom como o Kilian vai ser um adversário direto, porque ele tem um nível muito acima do normal dos competidores, afirma, citando o jovem fenômeno entre os maratonistas de montanha.
Giliard tem também a esperança de ganhar o prêmio especial, oferecido ao primeiro corredor que alcançar o ponto mais alto da prova, o topo a 1.500 metros de altitude. Independente da mudança que fizeram no percurso, esse trecho final continua o mesmo. É na altura do quilômetro 36 ou 37, então quem chegar no topo primeiro vai ganhar a prova, porque depois é só descida, explica o brasileiro.
Confiante, Giliard avisa: Pretendo levar os dois prêmios! e aponta uma brasileira como favorita entre as mulheres. No feminino ninguém deve tirar da Rosália [Camargo, ganhadora do K42 de Bombinhas], encerra.
Este texto foi escrito por: Paulo Gomes