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Major Marathon Tóquio 2018: para começar o ano bem

Corridas de Rua · 18 jun, 2018

A Maratona de Tóquio completou 10 anos em 2017, e esse é o seu quinto anos como Major Marathon, título que carrega desde 2013. A edição de 2018 aconteceu no domingo, 25 de fevereiro e teve quebra de recorde nacional. […]


Major Marathon Tóquio 2018: para começar o ano bem

Corridas de Rua · 18 jun, 2018

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Major Marathon Boston 2018: uma prova de resistência

Maratona · 10 maio, 2018

Com mais de 120 anos de edições, a Maratona de Boston, uma das mais antigas do mundo tem muita história para contar. Antes da corrida deste ano, nós reunimos para vocês os marcos na memória de americanos, mulheres, o triste […]


Major Marathon Boston 2018: uma prova de resistência

Maratona · 10 maio, 2018

Com mais de 120 anos de edições, a Maratona de Boston, uma das mais antigas do mundo tem muita história para contar. Antes da corrida deste ano, nós reunimos para vocês os marcos na memória de americanos, mulheres, o triste […]

Major Marathon Londres 2018: o ano dos quenianos

Maratona · 26 abr, 2018

Todos nós temos sonhos. Estes podem variar entre uma viagem, uma pessoa, um desafio pessoal, uma aquisição e o que mais fizer sentido para cada um. Competir numa World Major Marathon é aspiração da maioria dos corredores. Um sonho que proporciona uma experiência […]


Major Marathon Londres 2018: o ano dos quenianos

Maratona · 26 abr, 2018

Todos nós temos sonhos. Estes podem variar entre uma viagem, uma pessoa, um desafio pessoal, uma aquisição e o que mais fizer sentido para cada um. Competir numa World Major Marathon é aspiração da maioria dos corredores. Um sonho que proporciona uma experiência […]

Professor Nelson Evêncio corre e aprova a Vila do Farol K42 Bombinhas

Maratona · 09 ago, 2011

Nelson Evêncio , colunista do Webrun e presidente da Associação dos Treinadores de Corrida (ATC) de São Paulo, disputou no último sábado (06/08) a terceira edição da Vila do Farol K42 Bombinhas, prova que passou por trilhas e praias da cidade catarinense. Inscrito no revezamento, ele correu o segundo trecho do percurso e aprovou o formato da competição.

“É uma prova difícil, com trilhas escorregadias, muita subida e quase nada de asfalto. Só teve um trecho de praia onde consegui desenvolver e correr bem”, lembra o treinador. “A quarta colocada dos 42 quilômetros encostou-se a mim e nos ajudamos até o final. Se eu estivesse sozinho talvez quisesse correr mais rápido e poderia quebrar”, completa.

Ainda segundo Nelson, apesar da dificuldade a corrida é muito boa e vale a pena entrar no calendário dos corredores que gostam de provas fora de estrada. “É sensacional. Ano que vem estarei aqui de novo e, apesar de não ser corredor de maratona, me animei a treinar para correr o solo”.

Ina Araujo Oestroem, quarta colocada geral, diz que a ajuda de Nelson foi essencial durante a prova. “Sofri com câimbras e ele me adotou da metade em diante e me levou até o final”, brinca. “Foi uma prova dura, pois passei seis meses fazendo fisioterapia por conta de uma lesão e essa foi a primeira competição”, completa a representante de Florianópolis. Ela comenta ainda que no primeiro morro levou um tombo e rolou por alguns metros, o que a desestabilizou psicologicamente.

Avaliação - Além de competir, Evêncio avaliou o formato e a estrutura do evento para informar aos associados da ATC se vale a pena indicar a K42 para seus alunos. “Acredito que a prova tem potencial para crescer da mesma forma que a Volta à Ilha. A organização é ótima, a cidade é acolhedora e os corredores podem trazer as famílias, pois o hotel oficial possui ótima infraestrutura”.

A cidade de Bombinhas fica no litoral de Santa Catarina, a 70 quilômetros da capital Florianópolis e tem sua renda baseada na pesca e no turismo. Durante a alta temporada as praias lotam e o comércio se aquece com a presença dos turistas, fato que não ocorre durante o inverno. “Resolvemos fazer a prova na baixa temporada até para ajudar a economia local”, relata Juan Carlos Asef, organizador da corrida.

A edição 2012 ainda não está com inscrições abertas, mas assim que forem disponibilizadas poderão ser feitas no site oficial, o www.bombinhasrunners.com.br. A Vila do Farol K42 Bombinhas Adventure Marathon faz parte de um circuito mundial, que começou na Patagônia argentina. Para conhecer as outras etapas basta acessar www.patagoniaeventos.com.


Professor Nelson Evêncio corre e aprova a Vila do Farol K42 Bombinhas

Maratona · 09 ago, 2011

Nelson Evêncio , colunista do Webrun e presidente da Associação dos Treinadores de Corrida (ATC) de São Paulo, disputou no último sábado (06/08) a terceira edição da Vila do Farol K42 Bombinhas, prova que passou por trilhas e praias da cidade catarinense. Inscrito no revezamento, ele correu o segundo trecho do percurso e aprovou o formato da competição.

“É uma prova difícil, com trilhas escorregadias, muita subida e quase nada de asfalto. Só teve um trecho de praia onde consegui desenvolver e correr bem”, lembra o treinador. “A quarta colocada dos 42 quilômetros encostou-se a mim e nos ajudamos até o final. Se eu estivesse sozinho talvez quisesse correr mais rápido e poderia quebrar”, completa.

Ainda segundo Nelson, apesar da dificuldade a corrida é muito boa e vale a pena entrar no calendário dos corredores que gostam de provas fora de estrada. “É sensacional. Ano que vem estarei aqui de novo e, apesar de não ser corredor de maratona, me animei a treinar para correr o solo”.

Ina Araujo Oestroem, quarta colocada geral, diz que a ajuda de Nelson foi essencial durante a prova. “Sofri com câimbras e ele me adotou da metade em diante e me levou até o final”, brinca. “Foi uma prova dura, pois passei seis meses fazendo fisioterapia por conta de uma lesão e essa foi a primeira competição”, completa a representante de Florianópolis. Ela comenta ainda que no primeiro morro levou um tombo e rolou por alguns metros, o que a desestabilizou psicologicamente.

Avaliação - Além de competir, Evêncio avaliou o formato e a estrutura do evento para informar aos associados da ATC se vale a pena indicar a K42 para seus alunos. “Acredito que a prova tem potencial para crescer da mesma forma que a Volta à Ilha. A organização é ótima, a cidade é acolhedora e os corredores podem trazer as famílias, pois o hotel oficial possui ótima infraestrutura”.

A cidade de Bombinhas fica no litoral de Santa Catarina, a 70 quilômetros da capital Florianópolis e tem sua renda baseada na pesca e no turismo. Durante a alta temporada as praias lotam e o comércio se aquece com a presença dos turistas, fato que não ocorre durante o inverno. “Resolvemos fazer a prova na baixa temporada até para ajudar a economia local”, relata Juan Carlos Asef, organizador da corrida.

A edição 2012 ainda não está com inscrições abertas, mas assim que forem disponibilizadas poderão ser feitas no site oficial, o www.bombinhasrunners.com.br. A Vila do Farol K42 Bombinhas Adventure Marathon faz parte de um circuito mundial, que começou na Patagônia argentina. Para conhecer as outras etapas basta acessar www.patagoniaeventos.com.

São Silvestre: um caso de amor e ódio com os corredores

Corridas de Rua · 15 dez, 2010

Estamos a poucos dias da mais tradicional corrida pedestre do país, a Corrida Internacional de São Silvestre. Se você participa de corridas de rua com freqüência, mas assim como eu este ano não irá participar da prova, é bom ter na ponta da língua uma boa justificativa. Isso porque, muita gente do seu ciclo de amizades que não corre, ficará desapontada e até indignada com sua resposta negativa, afinal, na cabeça de quem não pertence ao universo da corrida, como pode alguém treinar quase todos os dias e não participar da mais famosa corrida do país?

Aliás, a pergunta mais feita nesta esta época do ano por não corredores a corredores, é disparada se a pessoa vai ou não correr a São Silvestre. Se a resposta for positiva, muita gente irá perguntar quais são suas reais chances de vencer a prova, mesmo que você tenha outra profissão, que não possua qualquer biótipo de corredor e que corra simplesmente para se divertir ou cuidar da saúde.

São vários os fatores que tornam a São Silvestre uma corrida tão badalada. Dentre deles, o fato de estarmos na 86ª edição, dela acontecer justamente no último dia do ano, dia em que muitos de nós tradicionalmente encerramos velhos e iniciamos novos ciclos, mas, sobretudo, à já tradicional transmissão da Rede Globo de Televisão, que neste dia alcança seu melhor pico de audiência quando o assunto é corrida de rua. Isso faz com que muitas pessoas não ligadas à corrida acabem acompanhando o evento e tendo algum envolvimento.

Outro fator muito positivo da São Silvestre, é que ela acaba virando um bom desafio a muitos sedentários, que motivados pelo objetivo de uma vida mais saudável, de um corpo mais esguio, ou até por apostas feitas entre os colegas, acabam tendo como completá-la um excelente pretexto para fechar o ano com chave de ouro e daí por diante começar uma nova vida. Como treinador, diria que já ouvi histórias de pessoas que começaram a correr ao ver aquela multidão correndo pela TV ou a emocionante vitória de um brasileiro sendo comemorada ao som de nosso magnífico Hino Nacional.

Mas infelizmente a São Silvestre não é somente glamour. Eu seria muito omisso se deixasse de dizer que aquela largada que a TV mostra como algo muito legal, é um verdadeiro tormento para quem treina com dedicação e corre pensando em fazer um bom resultado. Aquela largada lotada é um desrespeito ao consumidor que paga caro por uma inscrição e maior desrespeito ainda com as mulheres, que agora largam junto com os homens e ficam ali espremidas como gado no meio da multidão. Confesso que não recomendo essa muvuca toda a atletas, colegas, namorada, esposa, filha ou quem quer que seja. Hoje em dia, recomendo sair lá no fundão, esperar os 20 mil correrem por algum tempo e só então iniciar a corrida, de forma descomprometida e sem qualquer tipo de pretensão que não seja diversão, pois para correr sério definitivamente não dá.

Ame-a ou deixe-a - E não é só a largada que é ruim e faz com que os corredores mais experientes acabem excluindo nossa tão tradicional corrida de seus calendários. Em dias de muito calor, muito comuns nesta época do ano, sobretudo em torno das 17h, hora da largada, em muitos dos pontos a água servida costuma estar muito quente, o que prejudica completamente o desempenho dos participantes. Já ouvi várias vezes a organização se defender dizendo o contrário, mas o fato é que a maioria dos corredores já provou aquela água, sobretudo no ponto próximo ao viaduto do Pacaembu, onde um pacotinho de chá sacado do bolso daria um belo de um mate quente!

No mais, o percurso muito difícil e o clima muito quente, acabam tornando a prova ainda mais desafiadora. Aquela multidão toda nas calçadas torcendo ou tirando sarro é algo muito bom e infelizmente ainda não tão comum nas demais provas pelo país. A farra que fazem todos aqueles personagens fantasiados torna a corrida algo indispensável ao curriculum de qualquer corredor brasileiro. Vencer a temida subida da Brigadeiro, entrar na Avenida Paulista, avistar de longe o tão desejado pórtico de chegada e depois cruzá-lo, provocam um conjunto de sensações e emoções difíceis de serem descritos!

Tanto no Brasil, quanto fora, há muitas outras provas melhor organizadas e onde o corredor é muito mais bem tratado, o que justifica o fato da maioria dos corredores mais experientes evitarem a São Silvestre. Mas, sem dúvida é uma grande diversão e uma boa meta poder fechar o ano numa das maiores festas do atletismo brasileiro. Tanto que conheço muita gente que só participa desta prova durante o ano inteiro, mesmo tendo mais de 500 outras pelo país, e ainda gente que reclama de tudo ao terminar, mas que não vê a hora de abrirem novamente as inscrições para no dia 31 de dezembro do ano seguinte.

Diz uma frase muito interessante do departamento de marketing de uma grande empresa brasileira: “quem compete somente com preço e qualidade sai perdendo. Ganha aquele cujo produto virá objeto de desejo.” E a São Silvestre é isso aí. Ame-a ou deixe-a!


São Silvestre: um caso de amor e ódio com os corredores

Corridas de Rua · 15 dez, 2010

Estamos a poucos dias da mais tradicional corrida pedestre do país, a Corrida Internacional de São Silvestre. Se você participa de corridas de rua com freqüência, mas assim como eu este ano não irá participar da prova, é bom ter na ponta da língua uma boa justificativa. Isso porque, muita gente do seu ciclo de amizades que não corre, ficará desapontada e até indignada com sua resposta negativa, afinal, na cabeça de quem não pertence ao universo da corrida, como pode alguém treinar quase todos os dias e não participar da mais famosa corrida do país?

Aliás, a pergunta mais feita nesta esta época do ano por não corredores a corredores, é disparada se a pessoa vai ou não correr a São Silvestre. Se a resposta for positiva, muita gente irá perguntar quais são suas reais chances de vencer a prova, mesmo que você tenha outra profissão, que não possua qualquer biótipo de corredor e que corra simplesmente para se divertir ou cuidar da saúde.

São vários os fatores que tornam a São Silvestre uma corrida tão badalada. Dentre deles, o fato de estarmos na 86ª edição, dela acontecer justamente no último dia do ano, dia em que muitos de nós tradicionalmente encerramos velhos e iniciamos novos ciclos, mas, sobretudo, à já tradicional transmissão da Rede Globo de Televisão, que neste dia alcança seu melhor pico de audiência quando o assunto é corrida de rua. Isso faz com que muitas pessoas não ligadas à corrida acabem acompanhando o evento e tendo algum envolvimento.

Outro fator muito positivo da São Silvestre, é que ela acaba virando um bom desafio a muitos sedentários, que motivados pelo objetivo de uma vida mais saudável, de um corpo mais esguio, ou até por apostas feitas entre os colegas, acabam tendo como completá-la um excelente pretexto para fechar o ano com chave de ouro e daí por diante começar uma nova vida. Como treinador, diria que já ouvi histórias de pessoas que começaram a correr ao ver aquela multidão correndo pela TV ou a emocionante vitória de um brasileiro sendo comemorada ao som de nosso magnífico Hino Nacional.

Mas infelizmente a São Silvestre não é somente glamour. Eu seria muito omisso se deixasse de dizer que aquela largada que a TV mostra como algo muito legal, é um verdadeiro tormento para quem treina com dedicação e corre pensando em fazer um bom resultado. Aquela largada lotada é um desrespeito ao consumidor que paga caro por uma inscrição e maior desrespeito ainda com as mulheres, que agora largam junto com os homens e ficam ali espremidas como gado no meio da multidão. Confesso que não recomendo essa muvuca toda a atletas, colegas, namorada, esposa, filha ou quem quer que seja. Hoje em dia, recomendo sair lá no fundão, esperar os 20 mil correrem por algum tempo e só então iniciar a corrida, de forma descomprometida e sem qualquer tipo de pretensão que não seja diversão, pois para correr sério definitivamente não dá.

Ame-a ou deixe-a - E não é só a largada que é ruim e faz com que os corredores mais experientes acabem excluindo nossa tão tradicional corrida de seus calendários. Em dias de muito calor, muito comuns nesta época do ano, sobretudo em torno das 17h, hora da largada, em muitos dos pontos a água servida costuma estar muito quente, o que prejudica completamente o desempenho dos participantes. Já ouvi várias vezes a organização se defender dizendo o contrário, mas o fato é que a maioria dos corredores já provou aquela água, sobretudo no ponto próximo ao viaduto do Pacaembu, onde um pacotinho de chá sacado do bolso daria um belo de um mate quente!

No mais, o percurso muito difícil e o clima muito quente, acabam tornando a prova ainda mais desafiadora. Aquela multidão toda nas calçadas torcendo ou tirando sarro é algo muito bom e infelizmente ainda não tão comum nas demais provas pelo país. A farra que fazem todos aqueles personagens fantasiados torna a corrida algo indispensável ao curriculum de qualquer corredor brasileiro. Vencer a temida subida da Brigadeiro, entrar na Avenida Paulista, avistar de longe o tão desejado pórtico de chegada e depois cruzá-lo, provocam um conjunto de sensações e emoções difíceis de serem descritos!

Tanto no Brasil, quanto fora, há muitas outras provas melhor organizadas e onde o corredor é muito mais bem tratado, o que justifica o fato da maioria dos corredores mais experientes evitarem a São Silvestre. Mas, sem dúvida é uma grande diversão e uma boa meta poder fechar o ano numa das maiores festas do atletismo brasileiro. Tanto que conheço muita gente que só participa desta prova durante o ano inteiro, mesmo tendo mais de 500 outras pelo país, e ainda gente que reclama de tudo ao terminar, mas que não vê a hora de abrirem novamente as inscrições para no dia 31 de dezembro do ano seguinte.

Diz uma frase muito interessante do departamento de marketing de uma grande empresa brasileira: “quem compete somente com preço e qualidade sai perdendo. Ganha aquele cujo produto virá objeto de desejo.” E a São Silvestre é isso aí. Ame-a ou deixe-a!

Análise da Maratona de Nova York: prova fria e com variação de ritmo

Maratona · 08 nov, 2010

O colunista do Webrun da área de treinamento esportivo, Nelson Evêncio, faz uma análise da edição 2010 da Maratona de Nova York, que teve vitória de Gebre Gebremariam (2h08min14) e Edna Kiplagat (2h28min20).

No masculino foi uma prova totalmente atípica com um ritmo inicial fraquíssimo para o estrelado que compunha o field. Cinco quilômetros em 16min25 (3min17/quilômetro) e 10 quilômetros em 31min55 (3min11/quilômetro) devem ter sido as passagens mais fracas dos últimos anos! Em seguida aumentaram bem o ritmo, tanto que a média de meia maratona, embora ainda fraca e bem abaixo do recorde da prova foi 1h05min19 (3min06/quilômetro).

A definição da prova deu-se do quilômetro 29 em diante, onde alguns passaram a correr em ritmo de 2min49/quilômetro, que é um ritmo de meia maratona abaixo de 60min e que poucos agüentaram, principalmente em função da variação com o ritmo inicial e do percurso! A segunda passagem da meia em 1h02min56 (2min59seg/quilômetro) mesmo com as subidas do Central Park e uma pequena aliviada que deram o Gebre e o Mutai em certo ponto, deve ter sido das mais fortes de todos os tempos no percurso!

Acredito que este ritmo inicial muito fraco e esta variação toda de ritmo tenham atrapalhado os atletas mais velozes e favoritos na distância, acostumados com as provas mais planas e com o ritmo constante normalmente ditado por coelhos contratados. Esse foi o caso do Haile e do Abel Kirui, que pararam, e do James Kwambai que foi quinto.

O Gebra, apesar de debutante na distância, foi campeão mundial de cross country ano passado, prova com típicas variações de ritmo e foi favorecido com isso. Ele também não sofreu tanta pressão pelo resultado como os outros e também é um atleta muito veloz e experiente, já tendo inclusive corrido os 10 mil metros em 26min52.

Mulheres - No feminino, as estreantes Shalane Flanagan (EUA), segunda com 2h28h40 e Mary Keitany (Quênia), terceira com 2h29min01 foram as grandes surpresas da prova. Embora houvesse muita expectativa com relação ao debute da Keitany que é recordista mundial dos 25 quilômetros e tem a segunda melhor marca do mundo na meia, não é um percurso que a favoreça, mas ela foi muito bem.

Já a Flanagan foi o grande nome do dia, embora não tenha vencido a prova, pois inclusive alcançou a segunda colocação quando parecia que não daria mais!

Favoritas como a etíope Teyba Erkesso, 12ª com 2h31min06 e Mara Yamauchi (GBR), 13ª com 2h31min38, também devem ter padecido do mesmo problema que os tops no masculino, com ritmo muito fraco para os primeiros 10 quilômetros: 35min57 (3min36seg/quilômetro) contra 33min46 (3min23) do recorde do percurso, primeira meia maratona em 1h15min44 (3min35seg/quilômetro) e segunda meia em ritmo forte para o percurso de 1h12min36 (3min26/quilômetro).

Marílson - Com relação ao Marílson, que passou a meia junto em 1h05min20 (3min06/quilômetro), soube que ele estava muito bem preparado e com boa expectativa de recorde pessoal, mas reclamou muito do frio e do vento forte contra, sobretudo após esta escapada dos primeiros na milha 18(2min49/quilômetro). Ele acabou ficando mais sozinho e teve que brigar contra o vento e a temperatura baixa, fazendo a segunda meia em 1h07min32 (3min12/quilômetro).

A sétima colocação e o tempo de 1h11min51 não deixa de ser um bom resultado, sobretudo considerando que além dele mesmo, há tempos nenhum atleta brasileiro consegue fazer esta marca.

Passagens do campeão a cada cinco quilômetros:

  • 5quilômetros: 16min26 (3min17/quilômetro)
  • 10quilômetros: 15min37 (3min07/quilômetro)
  • 15quilômetros: 14min51 (2min58/quilômetro)
  • 20quilômetros: 15min14 (3min02/quilômetro)
  • 25quilômetros: 15min26 (3min05/quilômetro)
  • 30quilômetros: 14min04 (2min49seg/quilômetro)
  • 35quilômetros: 14min54 (2min59seg/quilômetro)
  • 40quilômetros: 15min22 (3min04seg/quilômetro)
  • 2.195: 6min22 (2min54/quilômetro)


  • Análise da Maratona de Nova York: prova fria e com variação de ritmo

    Maratona · 08 nov, 2010

    O colunista do Webrun da área de treinamento esportivo, Nelson Evêncio, faz uma análise da edição 2010 da Maratona de Nova York, que teve vitória de Gebre Gebremariam (2h08min14) e Edna Kiplagat (2h28min20).

    No masculino foi uma prova totalmente atípica com um ritmo inicial fraquíssimo para o estrelado que compunha o field. Cinco quilômetros em 16min25 (3min17/quilômetro) e 10 quilômetros em 31min55 (3min11/quilômetro) devem ter sido as passagens mais fracas dos últimos anos! Em seguida aumentaram bem o ritmo, tanto que a média de meia maratona, embora ainda fraca e bem abaixo do recorde da prova foi 1h05min19 (3min06/quilômetro).

    A definição da prova deu-se do quilômetro 29 em diante, onde alguns passaram a correr em ritmo de 2min49/quilômetro, que é um ritmo de meia maratona abaixo de 60min e que poucos agüentaram, principalmente em função da variação com o ritmo inicial e do percurso! A segunda passagem da meia em 1h02min56 (2min59seg/quilômetro) mesmo com as subidas do Central Park e uma pequena aliviada que deram o Gebre e o Mutai em certo ponto, deve ter sido das mais fortes de todos os tempos no percurso!

    Acredito que este ritmo inicial muito fraco e esta variação toda de ritmo tenham atrapalhado os atletas mais velozes e favoritos na distância, acostumados com as provas mais planas e com o ritmo constante normalmente ditado por coelhos contratados. Esse foi o caso do Haile e do Abel Kirui, que pararam, e do James Kwambai que foi quinto.

    O Gebra, apesar de debutante na distância, foi campeão mundial de cross country ano passado, prova com típicas variações de ritmo e foi favorecido com isso. Ele também não sofreu tanta pressão pelo resultado como os outros e também é um atleta muito veloz e experiente, já tendo inclusive corrido os 10 mil metros em 26min52.

    Mulheres - No feminino, as estreantes Shalane Flanagan (EUA), segunda com 2h28h40 e Mary Keitany (Quênia), terceira com 2h29min01 foram as grandes surpresas da prova. Embora houvesse muita expectativa com relação ao debute da Keitany que é recordista mundial dos 25 quilômetros e tem a segunda melhor marca do mundo na meia, não é um percurso que a favoreça, mas ela foi muito bem.

    Já a Flanagan foi o grande nome do dia, embora não tenha vencido a prova, pois inclusive alcançou a segunda colocação quando parecia que não daria mais!

    Favoritas como a etíope Teyba Erkesso, 12ª com 2h31min06 e Mara Yamauchi (GBR), 13ª com 2h31min38, também devem ter padecido do mesmo problema que os tops no masculino, com ritmo muito fraco para os primeiros 10 quilômetros: 35min57 (3min36seg/quilômetro) contra 33min46 (3min23) do recorde do percurso, primeira meia maratona em 1h15min44 (3min35seg/quilômetro) e segunda meia em ritmo forte para o percurso de 1h12min36 (3min26/quilômetro).

    Marílson - Com relação ao Marílson, que passou a meia junto em 1h05min20 (3min06/quilômetro), soube que ele estava muito bem preparado e com boa expectativa de recorde pessoal, mas reclamou muito do frio e do vento forte contra, sobretudo após esta escapada dos primeiros na milha 18(2min49/quilômetro). Ele acabou ficando mais sozinho e teve que brigar contra o vento e a temperatura baixa, fazendo a segunda meia em 1h07min32 (3min12/quilômetro).

    A sétima colocação e o tempo de 1h11min51 não deixa de ser um bom resultado, sobretudo considerando que além dele mesmo, há tempos nenhum atleta brasileiro consegue fazer esta marca.

    Passagens do campeão a cada cinco quilômetros:

  • 5quilômetros: 16min26 (3min17/quilômetro)
  • 10quilômetros: 15min37 (3min07/quilômetro)
  • 15quilômetros: 14min51 (2min58/quilômetro)
  • 20quilômetros: 15min14 (3min02/quilômetro)
  • 25quilômetros: 15min26 (3min05/quilômetro)
  • 30quilômetros: 14min04 (2min49seg/quilômetro)
  • 35quilômetros: 14min54 (2min59seg/quilômetro)
  • 40quilômetros: 15min22 (3min04seg/quilômetro)
  • 2.195: 6min22 (2min54/quilômetro)

  • Planilhas coletivas são um risco para o corredor

    Atletismo · 17 mar, 2010

    O colunista do Webrun Nelson Evêncio escreveu este artigo originalmente em outubro de 2005, mas como o assunto sempre volta à tona com acirradas discussões, nada melhor do que trazer a opinião do atual presidente da ATC SP sobre assunto.

    Um dia desses estava reunido na sede da ATC (Associação dos Treinadores de Corrida de São Paulo) com alguns colegas treinadores quando discutíamos o grande crescimento da corrida de rua no Brasil e, conseqüentemente, os pontos positivos e negativos que este crescimento tem trazido.

    Um dos aspectos positivos é que milhares de novos empregos diretos e indiretos têm surgido na esteira deste movimento, principalmente em favor da qualidade de vida. Ao mesmo tempo, cada vez mais profissionais da área da saúde têm procurado estudar e especializar-se, visando obter novos conhecimentos e atender melhor a necessidade de seus clientes, pacientes, alunos ou atletas.

    Em contrapartida, há as questões negativas, como o crescente aparecimento de pessoas não qualificadas, querendo aproveitar este momento para exercer ilegalmente as atividades do Profissional de Educação Física, prescrevendo treinamento, mesmo que de uma forma mais disfarçada, e cada vez mais publicações em algumas revistas e sites de corrida, com as famosas planilhas coletivas, “receitas de bolo”, as quais desrespeitam as diferenças individuais, colocando em risco a saúde dos incautos. Houve até um caso de uma publicação vendida atualmente nas bancas, cujo tema, diga-se de passagem, muito infeliz, é: “Seja Seu próprio Treinador”.

    Normalmente a estratégia destas publicações é tentar camuflar a intenção de vender mais revistas ou aumentar as visitas aos sites, utilizando o famoso expediente de prestar serviço à população que não tem acesso a um treinador. Na verdade, este incentivo é um ato de grande irresponsabilidade, pois o indivíduo que treina por conta própria ou sem a orientação de um profissional qualificado, habilitado e próximo, corre o sério risco de sofrer uma lesão, “overtraining”, ou até mesmo um enfarto!

    Continuemos seguindo este raciocínio: imagine a confusão que seria se o nutricionista resolvesse exercer o papel do médico; o fisioterapeuta a função do nutricionista; o médico a função do treinador, e o treinador a função de dentista... É arriscada a ideia de apregoar como algo comum o indivíduo que não tenha estudado para tal possa ser seu próprio treinador. É como se dispensasse o trabalho do médico ortopedista e resolvesse operar seu próprio joelho!

    Nós, os profissionais de Educação Física que estudamos e estamos habilitados a prescrever os treinamentos, sentimos uma profunda indignação ao nos depararmos com tamanho descaso em tratar um tema desta complexidade com tanta simplicidade.

    Nunca é demais lembrar que a regulamentação da profissão de Educação Física foi sancionada através da Lei 9.696/98, de 1º de setembro de 1998 e que, para exercê-la, o profissional precisa ter conhecimentos técnicos, científicos e práticos, que devem estar atualizados para que, em qualquer situação, principalmente em casos de emergência, possa atuar com competência, responsabilidade e ética.

    Estão habilitados para exercer a profissão os profissionais graduados em curso superior na área, e os profissionais que já atuavam no mercado, anteriormente a lei de 1.998, que conseguiram comprovar esta experiência e fizeram cursos de qualificação. Ambos devem possuir registro no CREF (Conselho Regional de Educação Física), registro este que pode ser de Profissional Graduado (com curso superior) ou de Provisionado (sem curso superior).

    Não coloque sua saúde em risco tentando ser seu próprio treinador, ou realizando uma planilha que não tenha sido elaborada somente para você. Consulte sempre um profissional de Educação Física especializado em corrida, seja você um iniciante, amador ou atleta profissional.


    Planilhas coletivas são um risco para o corredor

    Atletismo · 17 mar, 2010

    O colunista do Webrun Nelson Evêncio escreveu este artigo originalmente em outubro de 2005, mas como o assunto sempre volta à tona com acirradas discussões, nada melhor do que trazer a opinião do atual presidente da ATC SP sobre assunto.

    Um dia desses estava reunido na sede da ATC (Associação dos Treinadores de Corrida de São Paulo) com alguns colegas treinadores quando discutíamos o grande crescimento da corrida de rua no Brasil e, conseqüentemente, os pontos positivos e negativos que este crescimento tem trazido.

    Um dos aspectos positivos é que milhares de novos empregos diretos e indiretos têm surgido na esteira deste movimento, principalmente em favor da qualidade de vida. Ao mesmo tempo, cada vez mais profissionais da área da saúde têm procurado estudar e especializar-se, visando obter novos conhecimentos e atender melhor a necessidade de seus clientes, pacientes, alunos ou atletas.

    Em contrapartida, há as questões negativas, como o crescente aparecimento de pessoas não qualificadas, querendo aproveitar este momento para exercer ilegalmente as atividades do Profissional de Educação Física, prescrevendo treinamento, mesmo que de uma forma mais disfarçada, e cada vez mais publicações em algumas revistas e sites de corrida, com as famosas planilhas coletivas, “receitas de bolo”, as quais desrespeitam as diferenças individuais, colocando em risco a saúde dos incautos. Houve até um caso de uma publicação vendida atualmente nas bancas, cujo tema, diga-se de passagem, muito infeliz, é: “Seja Seu próprio Treinador”.

    Normalmente a estratégia destas publicações é tentar camuflar a intenção de vender mais revistas ou aumentar as visitas aos sites, utilizando o famoso expediente de prestar serviço à população que não tem acesso a um treinador. Na verdade, este incentivo é um ato de grande irresponsabilidade, pois o indivíduo que treina por conta própria ou sem a orientação de um profissional qualificado, habilitado e próximo, corre o sério risco de sofrer uma lesão, “overtraining”, ou até mesmo um enfarto!

    Continuemos seguindo este raciocínio: imagine a confusão que seria se o nutricionista resolvesse exercer o papel do médico; o fisioterapeuta a função do nutricionista; o médico a função do treinador, e o treinador a função de dentista... É arriscada a ideia de apregoar como algo comum o indivíduo que não tenha estudado para tal possa ser seu próprio treinador. É como se dispensasse o trabalho do médico ortopedista e resolvesse operar seu próprio joelho!

    Nós, os profissionais de Educação Física que estudamos e estamos habilitados a prescrever os treinamentos, sentimos uma profunda indignação ao nos depararmos com tamanho descaso em tratar um tema desta complexidade com tanta simplicidade.

    Nunca é demais lembrar que a regulamentação da profissão de Educação Física foi sancionada através da Lei 9.696/98, de 1º de setembro de 1998 e que, para exercê-la, o profissional precisa ter conhecimentos técnicos, científicos e práticos, que devem estar atualizados para que, em qualquer situação, principalmente em casos de emergência, possa atuar com competência, responsabilidade e ética.

    Estão habilitados para exercer a profissão os profissionais graduados em curso superior na área, e os profissionais que já atuavam no mercado, anteriormente a lei de 1.998, que conseguiram comprovar esta experiência e fizeram cursos de qualificação. Ambos devem possuir registro no CREF (Conselho Regional de Educação Física), registro este que pode ser de Profissional Graduado (com curso superior) ou de Provisionado (sem curso superior).

    Não coloque sua saúde em risco tentando ser seu próprio treinador, ou realizando uma planilha que não tenha sido elaborada somente para você. Consulte sempre um profissional de Educação Física especializado em corrida, seja você um iniciante, amador ou atleta profissional.

    Em 2010, só corra para ganhar!

    Atletismo · 04 jan, 2010

    Estou decidido. Em 2010 só vou correr para ganhar. Cansei de ouvir pessoas, que não andam nem cinco minutos parar ir à padaria, perguntarem o que eu ganho correndo? Se pretendo ganhar a São Silvestre e coisas deste gênero. Chega! Agora só vou correr para ganhar.

    Vou correr para ganhar saúde. A corrida bem orientada e praticada regularmente é um grande aliado no aumento da saúde. Você diminui o colesterol ruim (LDL), aumenta o colesterol bom (HDL), regula a pressão arterial, torna seu coração mais eficiente diminuindo os batimentos cardíacos, melhora a oxigenação sanguínea, diminui seu percentual de gordura, aumenta sua massa muscular facilitando seu deslocamento e sua força útil, aumenta seu metabolismo tornando seus órgãos vitais mais eficientes, aumenta sua disposição e com isso torna-se uma pessoa mais útil a sociedade e feliz.

    Vou correr pra ganhar mais inteligência. Estes dias li um estudo interessante publicado na “Proceedings of the National Academy of Sciences” e realizado pela Universidade de Gotemburgo (Suécia) com mais de um milhão de homens entre 15 a 18 anos, onde concluiu-se que exercícios físicos aeróbios estão associados a uma melhor cognição (capacidade do cérebro em processar informações e cruzá-las, dando resposta a um estímulo) em jovens.

    Observou-se que os indivíduos que apresentaram melhores condições nos testes ergométricos (que mede a condição aeróbia) também se saíram melhor em testes de QI, especialmente nas áreas de compreensão verbal e pensamento lógico. Verdade, quem corre regularmente ganha mais inteligência. Agora quando perguntarem por que eu corro, responderei que é para ficar mais inteligente!

    Vou correr para ganhar mais amigos. Você já percebeu quantos amigos tem um corredor? Sem dúvida um dos fatores mais importantes pelo crescimento da corrida no Brasil é o fato das pessoas que correm serem mais susceptíveis a novas amizades. Outro dia um professor meu, que também corre, fez a importante observação: a maioria dos corredores se cumprimenta quando se encontram correndo nos locais de treino, mesmo sem se conhecerem. Identificação.

    Desde os primórdios é comum o ser humano se aglutinar em tribos. Pessoas que treinam nos mesmos lugares, nos mesmo grupos, que participam das mesmas provas, que tem o mesmo tipo de vestimenta, os mesmos hábitos, os mesmos horários de treinos, que optam pelas mesmas viagens e por aí vai. Hoje em dia até pelo tipo de tênis, ou pelo tipo de relógio, você identifica um corredor e puxa conversa, mesmo que este não esteja em um parque e nem vestido de shorts e camiseta. É isso aí, em 2010 vou correr para ganhar ainda mais amigos.

    Vou correr pra ganhar mais persistência e disposição. Um dos grandes baratos do corredor é que quando ele treina regularmente e bem orientado, fica muito visível perceber a facilidade com que evolui na superação dos treinos, distâncias e provas, além de ter seus outros limites também ampliados, como a perseverança a persistência o limiar de dor, a capacidade de suportar pressões internas e externas e etc. Às vezes você acorda cedo, com aquela indisposição para treinar, ou vem direto de uma reunião de trabalho pesada, chega no treino, olha a planilha e pensa que é simplesmente impossível cumpri-la. Começa o treino, vai aquecendo aos poucos e quando menos percebe já realizou o proposto até com certa facilidade.

    Quando termina um treino mais longo ou mais intenso, em um dia de calor, muito frio ou chuva, daqueles que a maioria daria tudo para ficar pegando sol no clube ou embrulhado debaixo das cobertas é impressionante o efeito positivo que isto provoca nas demais áreas da vida. Definitivamente os limites de quem corre vão bem além dos limites dos que não correm e é por isso que vou correr ainda mais em 2010.

    Vou correr para ampliar meus negócios. Se o Golf e o Tênis sempre foram os esportes
    onde mais se fechava negócios entre executivos, a corrida nos últimos tempos, sobretudo no Brasil, tornou-se um grande aliado de quem quer divulgar ou vender algum produto ou serviço. Tanto que há muitas pessoas que freqüentam grupos de corridas não somente pelo treino, mas pensando em ter acesso ao público alvo que treina naquele horário e acaba estando mais próximo.

    É cada vez mais comum as pessoas trocarem cartões durante os treinos, agendarem reuniões e fecharem bons negócios. Também é comum pessoas trocarem de emprego ou conseguirem recolocação no mercado de trabalho através dos contatos da corrida.

    Anos atrás um cidadão me disse que não corria, pois preferia jogar tênis já que conseguia ganhar de muita gente. Desistiu da corrida, por não ter biótipo e acabar ficado para atrás nas provas, muitas vezes até de pessoas mais velhas. Como se isso fosse algum demérito.


    Muito tempo se passou e volta e meia me pego fazendo um balanço de quantas coisas ganhei com a corrida desde aquela época, independente de ter subido ao pódio, de estar correndo um pouco mais longe ou mais rápido e de ter batido meus recordes pessoais. Quanto em saúde, quantos amigos, quantos problemas resolvidos, quantas soluções me vieram à mente enquanto corria e quantas novas oportunidades a corrida me proporcionou. Por outro lado fico pensando quanto deixou de ganhar o cidadão acima citado que pensa equivocadamente que no mundo da corrida só ganha algo quem chega nas primeiras colocações.

    Em fim, quem não corre está perdendo muito e se você já corre, não tenha a menor vergonha de dizer que em 2010, assim como eu, será mais um dos que só correrá para ganhar!


    Em 2010, só corra para ganhar!

    Atletismo · 04 jan, 2010

    Estou decidido. Em 2010 só vou correr para ganhar. Cansei de ouvir pessoas, que não andam nem cinco minutos parar ir à padaria, perguntarem o que eu ganho correndo? Se pretendo ganhar a São Silvestre e coisas deste gênero. Chega! Agora só vou correr para ganhar.

    Vou correr para ganhar saúde. A corrida bem orientada e praticada regularmente é um grande aliado no aumento da saúde. Você diminui o colesterol ruim (LDL), aumenta o colesterol bom (HDL), regula a pressão arterial, torna seu coração mais eficiente diminuindo os batimentos cardíacos, melhora a oxigenação sanguínea, diminui seu percentual de gordura, aumenta sua massa muscular facilitando seu deslocamento e sua força útil, aumenta seu metabolismo tornando seus órgãos vitais mais eficientes, aumenta sua disposição e com isso torna-se uma pessoa mais útil a sociedade e feliz.

    Vou correr pra ganhar mais inteligência. Estes dias li um estudo interessante publicado na “Proceedings of the National Academy of Sciences” e realizado pela Universidade de Gotemburgo (Suécia) com mais de um milhão de homens entre 15 a 18 anos, onde concluiu-se que exercícios físicos aeróbios estão associados a uma melhor cognição (capacidade do cérebro em processar informações e cruzá-las, dando resposta a um estímulo) em jovens.

    Observou-se que os indivíduos que apresentaram melhores condições nos testes ergométricos (que mede a condição aeróbia) também se saíram melhor em testes de QI, especialmente nas áreas de compreensão verbal e pensamento lógico. Verdade, quem corre regularmente ganha mais inteligência. Agora quando perguntarem por que eu corro, responderei que é para ficar mais inteligente!

    Vou correr para ganhar mais amigos. Você já percebeu quantos amigos tem um corredor? Sem dúvida um dos fatores mais importantes pelo crescimento da corrida no Brasil é o fato das pessoas que correm serem mais susceptíveis a novas amizades. Outro dia um professor meu, que também corre, fez a importante observação: a maioria dos corredores se cumprimenta quando se encontram correndo nos locais de treino, mesmo sem se conhecerem. Identificação.

    Desde os primórdios é comum o ser humano se aglutinar em tribos. Pessoas que treinam nos mesmos lugares, nos mesmo grupos, que participam das mesmas provas, que tem o mesmo tipo de vestimenta, os mesmos hábitos, os mesmos horários de treinos, que optam pelas mesmas viagens e por aí vai. Hoje em dia até pelo tipo de tênis, ou pelo tipo de relógio, você identifica um corredor e puxa conversa, mesmo que este não esteja em um parque e nem vestido de shorts e camiseta. É isso aí, em 2010 vou correr para ganhar ainda mais amigos.

    Vou correr pra ganhar mais persistência e disposição. Um dos grandes baratos do corredor é que quando ele treina regularmente e bem orientado, fica muito visível perceber a facilidade com que evolui na superação dos treinos, distâncias e provas, além de ter seus outros limites também ampliados, como a perseverança a persistência o limiar de dor, a capacidade de suportar pressões internas e externas e etc. Às vezes você acorda cedo, com aquela indisposição para treinar, ou vem direto de uma reunião de trabalho pesada, chega no treino, olha a planilha e pensa que é simplesmente impossível cumpri-la. Começa o treino, vai aquecendo aos poucos e quando menos percebe já realizou o proposto até com certa facilidade.

    Quando termina um treino mais longo ou mais intenso, em um dia de calor, muito frio ou chuva, daqueles que a maioria daria tudo para ficar pegando sol no clube ou embrulhado debaixo das cobertas é impressionante o efeito positivo que isto provoca nas demais áreas da vida. Definitivamente os limites de quem corre vão bem além dos limites dos que não correm e é por isso que vou correr ainda mais em 2010.

    Vou correr para ampliar meus negócios. Se o Golf e o Tênis sempre foram os esportes
    onde mais se fechava negócios entre executivos, a corrida nos últimos tempos, sobretudo no Brasil, tornou-se um grande aliado de quem quer divulgar ou vender algum produto ou serviço. Tanto que há muitas pessoas que freqüentam grupos de corridas não somente pelo treino, mas pensando em ter acesso ao público alvo que treina naquele horário e acaba estando mais próximo.

    É cada vez mais comum as pessoas trocarem cartões durante os treinos, agendarem reuniões e fecharem bons negócios. Também é comum pessoas trocarem de emprego ou conseguirem recolocação no mercado de trabalho através dos contatos da corrida.

    Anos atrás um cidadão me disse que não corria, pois preferia jogar tênis já que conseguia ganhar de muita gente. Desistiu da corrida, por não ter biótipo e acabar ficado para atrás nas provas, muitas vezes até de pessoas mais velhas. Como se isso fosse algum demérito.


    Muito tempo se passou e volta e meia me pego fazendo um balanço de quantas coisas ganhei com a corrida desde aquela época, independente de ter subido ao pódio, de estar correndo um pouco mais longe ou mais rápido e de ter batido meus recordes pessoais. Quanto em saúde, quantos amigos, quantos problemas resolvidos, quantas soluções me vieram à mente enquanto corria e quantas novas oportunidades a corrida me proporcionou. Por outro lado fico pensando quanto deixou de ganhar o cidadão acima citado que pensa equivocadamente que no mundo da corrida só ganha algo quem chega nas primeiras colocações.

    Em fim, quem não corre está perdendo muito e se você já corre, não tenha a menor vergonha de dizer que em 2010, assim como eu, será mais um dos que só correrá para ganhar!

    Confira um vídeo com os principais pontos da São Silvestre

    Corridas de Rua · 24 dez, 2009

    Confira no vídeo a seguir os principais trechos da tradicional corrida de São Silvestre narrados pelo treinador e colunista do Webrun Nelson Evêncio. As imagens foram captadas durante o treino para a competição, no dia 17/12, e o trajeto pode apresentar pequenas modificações em relação aos 15 quilômetros orignais da competição.

    Captação de imagens - Alexandre Koda
    Narração - Nelson Evêncio
    Edição - Emílio Pedrosa
    Agradecimentos Especiais Thiago Padovanni; Daniel Costa e Vitor Manfredini


    Confira um vídeo com os principais pontos da São Silvestre

    Corridas de Rua · 24 dez, 2009

    Confira no vídeo a seguir os principais trechos da tradicional corrida de São Silvestre narrados pelo treinador e colunista do Webrun Nelson Evêncio. As imagens foram captadas durante o treino para a competição, no dia 17/12, e o trajeto pode apresentar pequenas modificações em relação aos 15 quilômetros orignais da competição.

    Captação de imagens - Alexandre Koda
    Narração - Nelson Evêncio
    Edição - Emílio Pedrosa
    Agradecimentos Especiais Thiago Padovanni; Daniel Costa e Vitor Manfredini

    São Silvestre: dicas para encarar a temida subida da Brigadeiro

    Corridas de Rua · 10 dez, 2009

    A São Silvestre é uma das mais tradicionais corridas de rua do Brasil. Todos os anos o evento acontece no último dia do ano, 31 de dezembro, em São Paulo, e também todos os anos escutamos a seguinte frase: o bicho papão da São Silvestre é a subida da Av. Brigadeiro Luis Antônio. Mas será que a Brigadeiro é mesmo o trecho mais difícil da prova?

    O treinador Nelson Evêncio acredita que sim. Além de ser íngreme, de acordo com ele, a subida da Brigadeiro também é longa, tem cerca de 2,5 quilômetros. “A prova em si é muito difícil, além do forte calor que normalmente faz nesta época do ano. Por isso quando o corredor chega na Av. Brigadeiro, normalmente já está cansado e o corpo está hiper aquecido”, conta.

    Como a subida da Brigadeiro é no final da competição, Nelson Evêncio aconselha os corredores se pouparem no início da prova, que ao contrário do final, tem muitas descidas. “Os primeiros quatro quilômetros são em descida. E isso engana muito o atleta”. Além disso, é importante hidratar-se bem durante a prova, mesmo que não sinta sede.

    Uma outra dica do treinador, para encarar a subida com mais facilidade, é saber lidar com a parte psicológica. “Para isso, na brigadeiro, o atleta deve correr olhando para baixo, sem olhar muito para o final da subida. Isso ajuda enganar o psicológico já que paramos de pensar que falta muito”, revela. “Ele também deve inclinar o tronco para frente, pisar mais na parte anterior do pé, tentando não tocar os calcanhares no chão, além de movimentar bastante os braços. Vale lembrar também do chefe chato que o perturbou o ano todo ou da namorada que o trocou por outro. Isso pode ser um grande motivo de incentivo”, brinca.

    Independente da intenção de correr a São Silvestre, todo participante precisa treinar. “Nos treinos é importante incluir subidas longas, principalmente na fase final para simular o que acontecerá na prova”.

    Como calcular o tempo na subida? Para os atletas mais ansiosos, que pretendem ter uma previsão em qual tempo completará a prova, Evêncio tem uma fórmula para calcular o tempo da Brigadeiro.

    Atletas experientes - acrescentar 2min30seg a mais no seu tempo normal de um trecho de 2,5 quilômetros planos. Se o atleta faz, por exemplo, 2,5 quilômetros em 15 minutos, a conta será: 15min + 2min30 = 17min30seg (tempo previsto para subir confortavelmente a Brigadeiro).

    Atletas iniciantes - para quem não está muito treinado, ou vai encarar a prova pela primeira vez, deve acrescentar uns 30 a 40 segundos de caminhada a cada quilômetro de subida. Isso irá acrescentar apenas 1min30seg a dois minutos no final de prova.


    São Silvestre: dicas para encarar a temida subida da Brigadeiro

    Corridas de Rua · 10 dez, 2009

    A São Silvestre é uma das mais tradicionais corridas de rua do Brasil. Todos os anos o evento acontece no último dia do ano, 31 de dezembro, em São Paulo, e também todos os anos escutamos a seguinte frase: o bicho papão da São Silvestre é a subida da Av. Brigadeiro Luis Antônio. Mas será que a Brigadeiro é mesmo o trecho mais difícil da prova?

    O treinador Nelson Evêncio acredita que sim. Além de ser íngreme, de acordo com ele, a subida da Brigadeiro também é longa, tem cerca de 2,5 quilômetros. “A prova em si é muito difícil, além do forte calor que normalmente faz nesta época do ano. Por isso quando o corredor chega na Av. Brigadeiro, normalmente já está cansado e o corpo está hiper aquecido”, conta.

    Como a subida da Brigadeiro é no final da competição, Nelson Evêncio aconselha os corredores se pouparem no início da prova, que ao contrário do final, tem muitas descidas. “Os primeiros quatro quilômetros são em descida. E isso engana muito o atleta”. Além disso, é importante hidratar-se bem durante a prova, mesmo que não sinta sede.

    Uma outra dica do treinador, para encarar a subida com mais facilidade, é saber lidar com a parte psicológica. “Para isso, na brigadeiro, o atleta deve correr olhando para baixo, sem olhar muito para o final da subida. Isso ajuda enganar o psicológico já que paramos de pensar que falta muito”, revela. “Ele também deve inclinar o tronco para frente, pisar mais na parte anterior do pé, tentando não tocar os calcanhares no chão, além de movimentar bastante os braços. Vale lembrar também do chefe chato que o perturbou o ano todo ou da namorada que o trocou por outro. Isso pode ser um grande motivo de incentivo”, brinca.

    Independente da intenção de correr a São Silvestre, todo participante precisa treinar. “Nos treinos é importante incluir subidas longas, principalmente na fase final para simular o que acontecerá na prova”.

    Como calcular o tempo na subida? Para os atletas mais ansiosos, que pretendem ter uma previsão em qual tempo completará a prova, Evêncio tem uma fórmula para calcular o tempo da Brigadeiro.

    Atletas experientes - acrescentar 2min30seg a mais no seu tempo normal de um trecho de 2,5 quilômetros planos. Se o atleta faz, por exemplo, 2,5 quilômetros em 15 minutos, a conta será: 15min + 2min30 = 17min30seg (tempo previsto para subir confortavelmente a Brigadeiro).

    Atletas iniciantes - para quem não está muito treinado, ou vai encarar a prova pela primeira vez, deve acrescentar uns 30 a 40 segundos de caminhada a cada quilômetro de subida. Isso irá acrescentar apenas 1min30seg a dois minutos no final de prova.