cardiologia

Quem irá prescrever exercícios físicos?

Agora é oficial: “Compete exclusivamente ao médico, após o diagnóstico da doença, prescrever a terapêutica adequada ao paciente e, inclusive, a prescrição de atividade física em face da doença diagnosticada ou para a prevenção de diversas patologias” parecer aprovado em sessão plenária de janeiro de 2004 do Conselho Federal de Medicina. O que significa para a população essa posição?

Em primeiro lugar proteger contra os abusos de alguns instrutores (alguns não qualificados) de academias ou “personal” que sem nenhum conhecimento sobre doenças, prescrevem os mesmos exercícios aos seus alunos sadios ou alunos com alguma doença. Afinal deve-se levar em conta o estado físico de cada um e suas limitações individuais, a idade real e aparente, o uso de medicamentos para diabetes, pressão alta ou cardiopatias.

Nós, médicos, como profissionais da saúde precisamos dos parceiros: os professores de educação física e fisioterapeutas para a execução dos exercícios na prevenção e no tratamento de muitas doenças. O médico determina os limites físicos sem riscos daquele organismo, o tipo de exercício melhor indicado etc. e os professores de educação física, o “personal” e os fisioterapeutas os aplicam. O que se vê são profissionais de saúde não médicos, pedindo exames, analisando exames e sugerindo a atividade física sem conhecer a história natural de uma doença e seus riscos. Mesmo que a polêmica poderá acontecer, acredito que o bom senso de cada profissional, trabalhando juntos, trarão SAÚDE para todos.

Mortes voltaram a acontecer nos esportes, nesta semana mais dois casos foram relatados pela imprensa, a causa ... ? O Coração, de jovens futebolistas que não fizeram exames de avaliação médica ou que não foram socorridos com competência. Em alguns clubes sociais paulistas, neste início de ano de 2004 já tivemos a estatística de 8 mortes: na pista de “Cooper”, no tênis, no campeonato interno de futebol e no racha de basquete. A causa vocês já adivinharam, isso mesmo o coração.

Aproveitem o verão, façam avaliação antes dos exercícios e cuidado com a desidratação e acidentes evitáveis.

Até breve!


Quem irá prescrever exercícios físicos?

Corridas de Rua · 05 mar, 2004

Agora é oficial: “Compete exclusivamente ao médico, após o diagnóstico da doença, prescrever a terapêutica adequada ao paciente e, inclusive, a prescrição de atividade física em face da doença diagnosticada ou para a prevenção de diversas patologias” parecer aprovado em sessão plenária de janeiro de 2004 do Conselho Federal de Medicina. O que significa para a população essa posição?

Em primeiro lugar proteger contra os abusos de alguns instrutores (alguns não qualificados) de academias ou “personal” que sem nenhum conhecimento sobre doenças, prescrevem os mesmos exercícios aos seus alunos sadios ou alunos com alguma doença. Afinal deve-se levar em conta o estado físico de cada um e suas limitações individuais, a idade real e aparente, o uso de medicamentos para diabetes, pressão alta ou cardiopatias.

Nós, médicos, como profissionais da saúde precisamos dos parceiros: os professores de educação física e fisioterapeutas para a execução dos exercícios na prevenção e no tratamento de muitas doenças. O médico determina os limites físicos sem riscos daquele organismo, o tipo de exercício melhor indicado etc. e os professores de educação física, o “personal” e os fisioterapeutas os aplicam. O que se vê são profissionais de saúde não médicos, pedindo exames, analisando exames e sugerindo a atividade física sem conhecer a história natural de uma doença e seus riscos. Mesmo que a polêmica poderá acontecer, acredito que o bom senso de cada profissional, trabalhando juntos, trarão SAÚDE para todos.

Mortes voltaram a acontecer nos esportes, nesta semana mais dois casos foram relatados pela imprensa, a causa ... ? O Coração, de jovens futebolistas que não fizeram exames de avaliação médica ou que não foram socorridos com competência. Em alguns clubes sociais paulistas, neste início de ano de 2004 já tivemos a estatística de 8 mortes: na pista de “Cooper”, no tênis, no campeonato interno de futebol e no racha de basquete. A causa vocês já adivinharam, isso mesmo o coração.

Aproveitem o verão, façam avaliação antes dos exercícios e cuidado com a desidratação e acidentes evitáveis.

Até breve!

Morte ao vivo: De novo aconteceu

Triste visão da morte ao vivo e em cores, não violenta nem traumática, mais parecia a morte do cisne... Mais um atleta se foi! No auge da força física e da vida profissional. Nós médicos conhecedores da vida e da morte, o que poderemos fazer?

Primeiro: Exigir das autoridades esportivas e políticas uma lei, semelhante à de algumas nações avançadas, que obrigue o exame cardiológico completo: consulta, eletrocardiograma, teste ergométrico ( feito por cardiologista habilitado), ecocardiograma, e dosagens laboratoriais, para todos os atletas federados, profissionais ou não, ao se registrarem para praticar esportes competitivos.

Segundo: Exigir a presença junto ao campo ou quadra etc de equipe treinada e equipada com desfibriladores, para atendimento de eventual parada cardio-respiratória. Terceiro: não esqueçamos do torcedor, que deveria ter a segurança de que se algo anormal e grave, do ponto de vista médico acontecer, teremos o atendimento eficiente para tentar salva-lhe a vida.

Em nosso país, cabem nos dedos de uma mão, os clubes que realizam exames clínicos nos seus atletas. E os organizadores? alguém conhece algum estádio com equipes de resgate completas e funcionando com eficiência? Não posso deixar de lembrar das academias, que tipo de segurança temos? Se algo acontecer (sabemos que é raro)... mas e aí? Mexam-se para tornar a atividade física saudável e de baixo risco.

Faltou lembrar do nosso atleta de fim de semana, do parque, do clube será que passou por exames e teve a orientação de um profissional da atividade física?

Desculpem a revolta e as inúmeras interrogações, mas poderia ser um irmão, um pai, um tio um sei lá quem que sofreu a morte ao vivo e em cores. Todos nós somos um pouco cúmplices.

Exigir medidas definitivas é o que precisamos. Podemos garantir-lhes que é possível termos essas exigências resolvidas, já e com baixos custos.

É o que exigimos.
Até breve!


Morte ao vivo: De novo aconteceu

Atletismo · 28 jan, 2004

Triste visão da morte ao vivo e em cores, não violenta nem traumática, mais parecia a morte do cisne... Mais um atleta se foi! No auge da força física e da vida profissional. Nós médicos conhecedores da vida e da morte, o que poderemos fazer?

Primeiro: Exigir das autoridades esportivas e políticas uma lei, semelhante à de algumas nações avançadas, que obrigue o exame cardiológico completo: consulta, eletrocardiograma, teste ergométrico ( feito por cardiologista habilitado), ecocardiograma, e dosagens laboratoriais, para todos os atletas federados, profissionais ou não, ao se registrarem para praticar esportes competitivos.

Segundo: Exigir a presença junto ao campo ou quadra etc de equipe treinada e equipada com desfibriladores, para atendimento de eventual parada cardio-respiratória. Terceiro: não esqueçamos do torcedor, que deveria ter a segurança de que se algo anormal e grave, do ponto de vista médico acontecer, teremos o atendimento eficiente para tentar salva-lhe a vida.

Em nosso país, cabem nos dedos de uma mão, os clubes que realizam exames clínicos nos seus atletas. E os organizadores? alguém conhece algum estádio com equipes de resgate completas e funcionando com eficiência? Não posso deixar de lembrar das academias, que tipo de segurança temos? Se algo acontecer (sabemos que é raro)... mas e aí? Mexam-se para tornar a atividade física saudável e de baixo risco.

Faltou lembrar do nosso atleta de fim de semana, do parque, do clube será que passou por exames e teve a orientação de um profissional da atividade física?

Desculpem a revolta e as inúmeras interrogações, mas poderia ser um irmão, um pai, um tio um sei lá quem que sofreu a morte ao vivo e em cores. Todos nós somos um pouco cúmplices.

Exigir medidas definitivas é o que precisamos. Podemos garantir-lhes que é possível termos essas exigências resolvidas, já e com baixos custos.

É o que exigimos.
Até breve!

Alimentos funcionais e o coração (Parte II)

Continuando o assunto “Você é o que você come” agora é a hora de falarmos sobre cada um dos principais alimentos funcionais e seus benefícios comprovados por estudos idôneos da Associação Americana do Coração e da Sociedade Brasileira de Cardiologia: soja, a aveia, fitoesteróis, antioxidantes e ômega 3.

Soja - Produtos a base de soja se relacionam com a prevenção de aterosclerose por ação antioxidantes das isoflavonas sobre as gorduras circulantes no sangue e ainda pela presença de fibras solúveis na sua estrutura. A proteína de soja pode reduzir os níveis de colesterol total e LDL (colesterol ruim). Alimentos a base de soja são encontrados em grãos de soja, queijos (“tofu”), molhos (“shoyo”), farinhas, leites de soja (extrato) e sucos, todos bem vindos na sua alimentação.

Aveia- É um cereal de alta qualidade nutricional, rica em proteínas, seu alto teor de vitaminas também lhe confere propriedade antioxidante, possue parte de carboidratos do tipo solúvel em grande quantidade, o que é muito importante. Dietas ricas em aveia ou farelo de aveia e pobres em gordura saturada e colesterol podem reduzir o risco de doenças coronarianas.

Fitoesteróis - São esteróis vegetais, naturais de sementes de girassol e grão de soja que interferem na absorção do colesterol a partir do intestino e reduzem os valores de colesterol total e LDL. As principais fontes são: margarinas especiais enriquecidas com e qualquer óleo vegetal. Pesquisas demonstram que o consumo de 20g de margarina enriquecida com fitoesterol, diminui o LDL em 10 a 15% em 3 semanas.

Flavonóides Antioxidantes - São encontrados em: verduras, frutas, grãos, sementes, castanhas, condimentos, bebidas como o vinho tinto, sucos de uva e chás (preto e verde). Estas substâncias dificultam a ligação das placas de gordura nas membranas dos vasos sanguíneos e também possuem ação anticoagulante.

Alguns estudos comprovam que os efeitos destes flavonóides ocorrem no consumo de vinho tinto e de suco de uva, pela diminuição do LDL no sangue.

Omega 3 - São ácidos graxos (tipo de gordura) encontrados em alguns peixes gordurosos que vivem em águas profundas. São ricos em ácidos graxos omega-3 o salmão, atum, arenque, cavala e a nossa popular sardinha que, aliás, possuem um dos mais altos teores. Consumidos (nunca fritar) regularmente reduzem moderadamente os níveis de triglicérides, diminuem a agregação das plaquetas e reduzem a pressão arterial. Não há dúvidas de que a alimentação exerce papel fundamental no desenvolvimento da aterosclerose das coronárias e que uma dieta balanceada pode atenuar seu aparecimento, devendo ser introduzida precocemente nos hábitos de nossas vidas. Estas mudanças não incluem somente alterações na alimentação mas também a mudança no estilo de vida, como aliviar o estresse com descanso/laser, praticar atividade física, etc.

Até breve!

Colaborou a nutricionista Miriam Topein Ghorayeb, da SOCESP – Socidade de Cardiologia do Estado de São Paulo.


Alimentos funcionais e o coração (Parte II)

Atletismo · 19 jan, 2004

Continuando o assunto “Você é o que você come” agora é a hora de falarmos sobre cada um dos principais alimentos funcionais e seus benefícios comprovados por estudos idôneos da Associação Americana do Coração e da Sociedade Brasileira de Cardiologia: soja, a aveia, fitoesteróis, antioxidantes e ômega 3.

Soja - Produtos a base de soja se relacionam com a prevenção de aterosclerose por ação antioxidantes das isoflavonas sobre as gorduras circulantes no sangue e ainda pela presença de fibras solúveis na sua estrutura. A proteína de soja pode reduzir os níveis de colesterol total e LDL (colesterol ruim). Alimentos a base de soja são encontrados em grãos de soja, queijos (“tofu”), molhos (“shoyo”), farinhas, leites de soja (extrato) e sucos, todos bem vindos na sua alimentação.

Aveia- É um cereal de alta qualidade nutricional, rica em proteínas, seu alto teor de vitaminas também lhe confere propriedade antioxidante, possue parte de carboidratos do tipo solúvel em grande quantidade, o que é muito importante. Dietas ricas em aveia ou farelo de aveia e pobres em gordura saturada e colesterol podem reduzir o risco de doenças coronarianas.

Fitoesteróis - São esteróis vegetais, naturais de sementes de girassol e grão de soja que interferem na absorção do colesterol a partir do intestino e reduzem os valores de colesterol total e LDL. As principais fontes são: margarinas especiais enriquecidas com e qualquer óleo vegetal. Pesquisas demonstram que o consumo de 20g de margarina enriquecida com fitoesterol, diminui o LDL em 10 a 15% em 3 semanas.

Flavonóides Antioxidantes - São encontrados em: verduras, frutas, grãos, sementes, castanhas, condimentos, bebidas como o vinho tinto, sucos de uva e chás (preto e verde). Estas substâncias dificultam a ligação das placas de gordura nas membranas dos vasos sanguíneos e também possuem ação anticoagulante.

Alguns estudos comprovam que os efeitos destes flavonóides ocorrem no consumo de vinho tinto e de suco de uva, pela diminuição do LDL no sangue.

Omega 3 - São ácidos graxos (tipo de gordura) encontrados em alguns peixes gordurosos que vivem em águas profundas. São ricos em ácidos graxos omega-3 o salmão, atum, arenque, cavala e a nossa popular sardinha que, aliás, possuem um dos mais altos teores. Consumidos (nunca fritar) regularmente reduzem moderadamente os níveis de triglicérides, diminuem a agregação das plaquetas e reduzem a pressão arterial. Não há dúvidas de que a alimentação exerce papel fundamental no desenvolvimento da aterosclerose das coronárias e que uma dieta balanceada pode atenuar seu aparecimento, devendo ser introduzida precocemente nos hábitos de nossas vidas. Estas mudanças não incluem somente alterações na alimentação mas também a mudança no estilo de vida, como aliviar o estresse com descanso/laser, praticar atividade física, etc.

Até breve!

Colaborou a nutricionista Miriam Topein Ghorayeb, da SOCESP – Socidade de Cardiologia do Estado de São Paulo.

Exames (não) médicos em academias

No final de 2003, dois eventos cardíacos em duas academias de SP, primeiro caso usuário iniciante na academia, 43 anos, sentiu tonturas e dor de cabeça no teste físico, sendo medida Pressão Arterial: 21 mmHg x 11 mmHg. Segundo caso: crise de taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos), náuseas e sudorese numa jovem de 22 anos também no exame da capacidade física. Tudo aconteceu durante o exame inicial de avaliação da capacidade física numa esteira ou bicicleta, também chamado por alguns, de teste de esforço, feito por professor da academia, apenas com a monitorização digital dos batimentos cardíacos.

Cenário freqüente (o dos exames físicos iniciais) nos obriga a expressar uma opinião crítica, certamente compartilhada por muitos cardiologistas. O mais lógico seria fazer a avaliação cardiológica ANTES da avaliação física, o que tem sido desprezado por algumas razões: os alunos detestam fazer exames médicos ou são mal-informados: o exame de avaliação da capacidade física por ser simples e limitado não causaria riscos e até ajudaria “descobrir” algum problema! Na verdade o que falta é a avaliação médica – cardiológica prévia, acrescida do Teste Ergométrico (feito por cardiologista habilitado) seguindo-se as diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologias.

Como agir então?

Uma comissão multiprofissional, composta por cardiologistas, educadores físicos, sindicato/associação das academias, estabeleceria a normatização, tudo em curto prazo, se adequando ao pretendido pela Agência de Vigilância Sanitária- ANVISA, visando o bem estar dos usuários de academias. Contatos iniciais informais que fizemos dão boas perspectivas. Vários estudos publicados, demonstraram a necessidade do exame clínico pré-participação esportiva ou para atividades físicas intensas e, principalmente, a instalação de uma estação de primeiros socorros, com equipe treinada no socorro imediato nas academias, formada pelos professores. Vamos agir, estimulando as atividades físicas, sejam esportivas ou de lazer ou de prevenção (uma necessidade atual), porém cuidando para que sejam minimizados os possíveis riscos decorrentes dos exercícios físicos sem orientação.

Praticar atividades físicas na academia é muito bom, porém, não espere ser solicitado fazer exame médico antes, tome antes essa iniciativa, previna-se e bons exercíos neste verão.


Exames (não) médicos em academias

Atletismo · 18 jan, 2004

No final de 2003, dois eventos cardíacos em duas academias de SP, primeiro caso usuário iniciante na academia, 43 anos, sentiu tonturas e dor de cabeça no teste físico, sendo medida Pressão Arterial: 21 mmHg x 11 mmHg. Segundo caso: crise de taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos), náuseas e sudorese numa jovem de 22 anos também no exame da capacidade física. Tudo aconteceu durante o exame inicial de avaliação da capacidade física numa esteira ou bicicleta, também chamado por alguns, de teste de esforço, feito por professor da academia, apenas com a monitorização digital dos batimentos cardíacos.

Cenário freqüente (o dos exames físicos iniciais) nos obriga a expressar uma opinião crítica, certamente compartilhada por muitos cardiologistas. O mais lógico seria fazer a avaliação cardiológica ANTES da avaliação física, o que tem sido desprezado por algumas razões: os alunos detestam fazer exames médicos ou são mal-informados: o exame de avaliação da capacidade física por ser simples e limitado não causaria riscos e até ajudaria “descobrir” algum problema! Na verdade o que falta é a avaliação médica – cardiológica prévia, acrescida do Teste Ergométrico (feito por cardiologista habilitado) seguindo-se as diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologias.

Como agir então?

Uma comissão multiprofissional, composta por cardiologistas, educadores físicos, sindicato/associação das academias, estabeleceria a normatização, tudo em curto prazo, se adequando ao pretendido pela Agência de Vigilância Sanitária- ANVISA, visando o bem estar dos usuários de academias. Contatos iniciais informais que fizemos dão boas perspectivas. Vários estudos publicados, demonstraram a necessidade do exame clínico pré-participação esportiva ou para atividades físicas intensas e, principalmente, a instalação de uma estação de primeiros socorros, com equipe treinada no socorro imediato nas academias, formada pelos professores. Vamos agir, estimulando as atividades físicas, sejam esportivas ou de lazer ou de prevenção (uma necessidade atual), porém cuidando para que sejam minimizados os possíveis riscos decorrentes dos exercícios físicos sem orientação.

Praticar atividades físicas na academia é muito bom, porém, não espere ser solicitado fazer exame médico antes, tome antes essa iniciativa, previna-se e bons exercíos neste verão.

Dia Mundial do Coração

O último domingo de setembro - neste ano dia 28 - foi escolhido para ser o Dia Mundial do Coração. Em mais de 90 países ocorrem as mais diferentes atividades, sempre procurando esclarecer sobre a prevenção doenças do coração e alertas sobre novas descobertas. Neste ano a World Heart Federation (Fed. Mundial do Coração) além da WHO (Organização Mundial da Saúde - OMS) escolheram o tema: a Mulher e as Doenças do Coração e Derrame Cerebral.

Prevenir os problemas de saúde na mulher tem trazido alentadores resultados, no que tange à mudança de estilo de vida como atividade física regular, abandono do cigarro, alimentação saudável, controle dos níveis de pressão arterial e do peso. Com isso a vida tende a ser longa com qualidade. Pesquisas oficiais da OMS concluíram que 60% das mulheres identificaram o câncer de mama como seu maior inimigo, mas as mortes entre as mulheres devidas às doenças cardiovasculares (coração e derrame cerebral) são oito vezes mais freqüentes.

Este fato motivou a revista norte-americana TIME a colocar como matéria de capa o trabalho da jornalista Christine Gorman: “The No 1 Killer of Women, no, it´s not breast cancer. More women die of heart disease than of all cancer combineted ”, que esclarece a essa terrível questão. Sabe-se que a mulher é a primeira pessoa da família que acode um parente doente, ela percebe mudanças na saúde de todos, marido/companheiro, filhos, avós e até de amigas, porém dedica pouca importância à sua saúde.

Com as estatísticas mostrando que as doenças do coração e o derrame são largamente preveníveis através do estilo de vida saudável, o temático de prevenção da Saúde Cardiovascular da Mulher ficou muito apropriado. Lembro que a reposição hormonal, do ponto de vista de obter algum benefício cardiovascular não está mais indicada, além de ser contra-indicada em quem apresenta doenças como diabetes, hipertensão arterial ou cardiopatia e outros problemas circulatórios. Deve-se corrigir sempre os níveis, mesmo se estiverem pouco aumentados, do colesterol e triglicérides. Vale a pena insistir para não acreditar em promessas de rejuvenescimento, o que é bastante lógico, a busca de beleza estética, não é negativa mas deve ser orientada por profissionais honestos e éticos.

O que se deve buscar é o envelhecimento com dignidade e qualidade. Infelizmente, quilos de vitaminas e alguns produtos especiais ( fórmulas secretas !!) não tem comprovação médica de sua eficácia.

Nas dúvidas do que fazer, procure outras opiniões de profissionais experientes. Nesse dia especial escolha um caminho simples ou melhor, descomplicado para a sua saúde.

Até breve!

Sites úteis: www.cardiol.br


Dia Mundial do Coração

Corridas de Rua · 23 set, 2003

O último domingo de setembro - neste ano dia 28 - foi escolhido para ser o Dia Mundial do Coração. Em mais de 90 países ocorrem as mais diferentes atividades, sempre procurando esclarecer sobre a prevenção doenças do coração e alertas sobre novas descobertas. Neste ano a World Heart Federation (Fed. Mundial do Coração) além da WHO (Organização Mundial da Saúde - OMS) escolheram o tema: a Mulher e as Doenças do Coração e Derrame Cerebral.

Prevenir os problemas de saúde na mulher tem trazido alentadores resultados, no que tange à mudança de estilo de vida como atividade física regular, abandono do cigarro, alimentação saudável, controle dos níveis de pressão arterial e do peso. Com isso a vida tende a ser longa com qualidade. Pesquisas oficiais da OMS concluíram que 60% das mulheres identificaram o câncer de mama como seu maior inimigo, mas as mortes entre as mulheres devidas às doenças cardiovasculares (coração e derrame cerebral) são oito vezes mais freqüentes.

Este fato motivou a revista norte-americana TIME a colocar como matéria de capa o trabalho da jornalista Christine Gorman: “The No 1 Killer of Women, no, it´s not breast cancer. More women die of heart disease than of all cancer combineted ”, que esclarece a essa terrível questão. Sabe-se que a mulher é a primeira pessoa da família que acode um parente doente, ela percebe mudanças na saúde de todos, marido/companheiro, filhos, avós e até de amigas, porém dedica pouca importância à sua saúde.

Com as estatísticas mostrando que as doenças do coração e o derrame são largamente preveníveis através do estilo de vida saudável, o temático de prevenção da Saúde Cardiovascular da Mulher ficou muito apropriado. Lembro que a reposição hormonal, do ponto de vista de obter algum benefício cardiovascular não está mais indicada, além de ser contra-indicada em quem apresenta doenças como diabetes, hipertensão arterial ou cardiopatia e outros problemas circulatórios. Deve-se corrigir sempre os níveis, mesmo se estiverem pouco aumentados, do colesterol e triglicérides. Vale a pena insistir para não acreditar em promessas de rejuvenescimento, o que é bastante lógico, a busca de beleza estética, não é negativa mas deve ser orientada por profissionais honestos e éticos.

O que se deve buscar é o envelhecimento com dignidade e qualidade. Infelizmente, quilos de vitaminas e alguns produtos especiais ( fórmulas secretas !!) não tem comprovação médica de sua eficácia.

Nas dúvidas do que fazer, procure outras opiniões de profissionais experientes. Nesse dia especial escolha um caminho simples ou melhor, descomplicado para a sua saúde.

Até breve!

Sites úteis: www.cardiol.br

Emergência na pista de corrida o que fazer?

Meses atrás, um dos praticantes de corridas/caminhadas num dos parque de São Paulo, contou-nos que um amigo, tinha tido um mal súbito enquanto fazia a habitual corrida, resultando em sua morte. Preocupado, nos pede esclarecer o que fazer. Apesar de ser preocupação geral dos praticantes de atividades físicas, para manter a saúde, poucos conhecem as mínimas ações para um salvamento. Eis algumas orientações básicas:

  • Rapidamente verifique se a pessoa está acordada ou inconsciente, chamando-a e sacudindo seus ombros (não abane nem dê tapas no rosto).
  • Coloque-a deitada, reta no chão sem apoio na cabeça e de barriga para cima e tente perceber se está respirando, colocando seu rosto próximo ao nariz da vítima.
  • Peça para outra pessoa chamar o resgate. Neste momento posicione a cabeça da vítima inclinada para trás, colocando uma de suas mãos na testa e a outra levantando seu queixo.
  • Se ela não estiver respirando, posicione-se de lado e inicie respiração boca-a-boca, assoprando por 1 a 2 segundos, tapando o nariz da vítima com os dedos em pinça.
  • Logo em seguida inicie (ou quem estiver lhe ajudando) a massagem cardíaca: no meio do peito, entre as mamas, mão sobre mão, braços esticados, comprima o tórax para que afunde 3 a 5 cm, por 15 vezes seguidos da respiração por 1 a 2 segundos e assim por diante.
  • Repita esses ciclos até a chegada do resgate. Sabemos que a porcentagem de sucesso é baixa, mas pode dar resultados incríveis.

O certo seria termos nos locais freqüentados por muitas pessoas, equipes treinadas para essas emergências, sejam shoppings, parques, rodoviárias, supermercados, clubes, estádios esportivos etc. Nossos políticos bem que poderiam prestar um grande serviço, instituindo lei nesse sentido. Na verdade, o certo é conhecer seus possíveis riscos para a sua saúde, com exames clínicos periódicos com qualidade, anualmente para quem não tem nenhuma doença e semestralmente para quem faz tratamentos médicos.

Quero voltar a lembrar que medicamentos devem ser ingeridos antes de sair para a caminhada, beber água (500ml) entre uma a duas horas antes e a qualquer sintoma não habitual como tonturas, falta de ar, dores no peito, pulso irregular ou algo que lhe parece estranho durante os exercícios físicos, significa que deve-se parar imediatamente e procurar o médico.


Emergência na pista de corrida o que fazer?

Atletismo · 16 set, 2003

Meses atrás, um dos praticantes de corridas/caminhadas num dos parque de São Paulo, contou-nos que um amigo, tinha tido um mal súbito enquanto fazia a habitual corrida, resultando em sua morte. Preocupado, nos pede esclarecer o que fazer. Apesar de ser preocupação geral dos praticantes de atividades físicas, para manter a saúde, poucos conhecem as mínimas ações para um salvamento. Eis algumas orientações básicas:

  • Rapidamente verifique se a pessoa está acordada ou inconsciente, chamando-a e sacudindo seus ombros (não abane nem dê tapas no rosto).
  • Coloque-a deitada, reta no chão sem apoio na cabeça e de barriga para cima e tente perceber se está respirando, colocando seu rosto próximo ao nariz da vítima.
  • Peça para outra pessoa chamar o resgate. Neste momento posicione a cabeça da vítima inclinada para trás, colocando uma de suas mãos na testa e a outra levantando seu queixo.
  • Se ela não estiver respirando, posicione-se de lado e inicie respiração boca-a-boca, assoprando por 1 a 2 segundos, tapando o nariz da vítima com os dedos em pinça.
  • Logo em seguida inicie (ou quem estiver lhe ajudando) a massagem cardíaca: no meio do peito, entre as mamas, mão sobre mão, braços esticados, comprima o tórax para que afunde 3 a 5 cm, por 15 vezes seguidos da respiração por 1 a 2 segundos e assim por diante.
  • Repita esses ciclos até a chegada do resgate. Sabemos que a porcentagem de sucesso é baixa, mas pode dar resultados incríveis.

O certo seria termos nos locais freqüentados por muitas pessoas, equipes treinadas para essas emergências, sejam shoppings, parques, rodoviárias, supermercados, clubes, estádios esportivos etc. Nossos políticos bem que poderiam prestar um grande serviço, instituindo lei nesse sentido. Na verdade, o certo é conhecer seus possíveis riscos para a sua saúde, com exames clínicos periódicos com qualidade, anualmente para quem não tem nenhuma doença e semestralmente para quem faz tratamentos médicos.

Quero voltar a lembrar que medicamentos devem ser ingeridos antes de sair para a caminhada, beber água (500ml) entre uma a duas horas antes e a qualquer sintoma não habitual como tonturas, falta de ar, dores no peito, pulso irregular ou algo que lhe parece estranho durante os exercícios físicos, significa que deve-se parar imediatamente e procurar o médico.

É uma emergência ! O que faço?

Recentes matérias de 17 de agosto na Folha de São Paulo (da qual participamos) e no Jornal Nacional da Globo de 18 de agosto, mostraram a importância do que fazer de pronto numa emergência de saúde, por qualquer um de nós. Instruções claras usadas numa hora crítica de emergência, por exemplo, em nossa casa irão salvar vidas. Sabemos evidentemente que, para um leigo acudir um mal súbito de parente, tudo fica dramático. Isto fez com que em países como os EUA, onde as crianças e adolescentes, são as únicas pessoas que ficam em casa com parentes cardíacos e idosos, fossem instruídas por meio de cursos próprios de curta duração, a saber agir numa emergência. Nada complicado, porém eficiente. Na suspeita de angina ou infarto, quando o sintoma mais comum é a dor no peito ou nos braços ou na boca do estômago ou na garganta geralmente em aperto ou forte queimação, deixe o paciente confortável deitado ou sentado, impeça que ande (carregue-o) e afrouxe suas roupas, em seguida chame imediatamente o resgate.

Não espere para ver se a dor passa! Não dê medicamentos para serem colocados debaixo da língua e caso não tenha graves problemas digestivos, lhe dê para mastigar, um comprimido de adultos, do ácido acetil salicílico (aspirina ou somalgim ou buferin ou AAS). Esse medicamento é muito útil para ajudar a dissolver coágulos nas coronárias que se formam num infarto. Lembro que a rapidez do atendimento e internação num hospital equipado é fundamental para recuperação do infarto e de suas complicações.

O ideal é não ultrapassar o tempo de seis horas do início dos sintomas, quanto antes agirmos melhor será o resultado futuro. Ao chegar ao Pronto Socorro, o diagnóstico de infarto depende de alguns exames de laboratório. Se confirmado poderemos usar substâncias que dissolvem o trombo (coágulo) causador do infarto, conhecidas como trombolíticos ou se houver equipamento de cateterismo, será feita uma angioplastia primária ( o ideal) com colocação, dentro da coronária, de uma pequena mola (de mais ou menos 2 milímetros), o STENT .

Caso nada disso possa ser feito, o paciente deve ficar no abrigo de uma boa UTI, o que é sempre desejável. A recomendação é de que, se tiver parentes com risco potencial de problemas médicos futuros, deixe á mão os telefones que poderá precisar, tanto do seu médico e do resgate. Oriente o acompanhante do paciente, para o que fazer numa emergência. Uma última recomendação para os idosos, uma causa esquecida, mas perigosa por levar á morte, sem dúvida evitável, o engasgo por grandes garfadas de alimentos de difícil mastigação!

O que fazer: nunca dar tapas nas costas, pois o corpo estranho poderá descer mais para dentro e piorar a situação de asfixia. Para expulsa-lo pela boca, comprima fortemente o abdome/diafragma para produzir mecanismo de um fole que sopra para cima. Por hora é só, vamos continuar na próxima semana.

Até breve !


É uma emergência ! O que faço?

Atletismo · 20 ago, 2003

Recentes matérias de 17 de agosto na Folha de São Paulo (da qual participamos) e no Jornal Nacional da Globo de 18 de agosto, mostraram a importância do que fazer de pronto numa emergência de saúde, por qualquer um de nós. Instruções claras usadas numa hora crítica de emergência, por exemplo, em nossa casa irão salvar vidas. Sabemos evidentemente que, para um leigo acudir um mal súbito de parente, tudo fica dramático. Isto fez com que em países como os EUA, onde as crianças e adolescentes, são as únicas pessoas que ficam em casa com parentes cardíacos e idosos, fossem instruídas por meio de cursos próprios de curta duração, a saber agir numa emergência. Nada complicado, porém eficiente. Na suspeita de angina ou infarto, quando o sintoma mais comum é a dor no peito ou nos braços ou na boca do estômago ou na garganta geralmente em aperto ou forte queimação, deixe o paciente confortável deitado ou sentado, impeça que ande (carregue-o) e afrouxe suas roupas, em seguida chame imediatamente o resgate.

Não espere para ver se a dor passa! Não dê medicamentos para serem colocados debaixo da língua e caso não tenha graves problemas digestivos, lhe dê para mastigar, um comprimido de adultos, do ácido acetil salicílico (aspirina ou somalgim ou buferin ou AAS). Esse medicamento é muito útil para ajudar a dissolver coágulos nas coronárias que se formam num infarto. Lembro que a rapidez do atendimento e internação num hospital equipado é fundamental para recuperação do infarto e de suas complicações.

O ideal é não ultrapassar o tempo de seis horas do início dos sintomas, quanto antes agirmos melhor será o resultado futuro. Ao chegar ao Pronto Socorro, o diagnóstico de infarto depende de alguns exames de laboratório. Se confirmado poderemos usar substâncias que dissolvem o trombo (coágulo) causador do infarto, conhecidas como trombolíticos ou se houver equipamento de cateterismo, será feita uma angioplastia primária ( o ideal) com colocação, dentro da coronária, de uma pequena mola (de mais ou menos 2 milímetros), o STENT .

Caso nada disso possa ser feito, o paciente deve ficar no abrigo de uma boa UTI, o que é sempre desejável. A recomendação é de que, se tiver parentes com risco potencial de problemas médicos futuros, deixe á mão os telefones que poderá precisar, tanto do seu médico e do resgate. Oriente o acompanhante do paciente, para o que fazer numa emergência. Uma última recomendação para os idosos, uma causa esquecida, mas perigosa por levar á morte, sem dúvida evitável, o engasgo por grandes garfadas de alimentos de difícil mastigação!

O que fazer: nunca dar tapas nas costas, pois o corpo estranho poderá descer mais para dentro e piorar a situação de asfixia. Para expulsa-lo pela boca, comprima fortemente o abdome/diafragma para produzir mecanismo de um fole que sopra para cima. Por hora é só, vamos continuar na próxima semana.

Até breve !

A morte ao vivo e a cores!

Nos últimos anos em nosso país, ocorreram mortes de atletas em corridas populares como a Corrida Internacional de São Silvestre, jogos de futebol e em outros eventos esportivos porém quase nada se falou. A recente e dramática morte súbita de um atleta foi manchete mundial, por ter acontecido num jogo do esporte mais popular do mundo, o futebol, ao vivo e a cores pela TV. O primeiro relato de morte súbita relacionada à atividade física intensa ou esportiva, foi a do soldado grego Pheldippides, mensageiro da vitória dos gregos sobre os persas em 490 AC. Em virtude da freqüência relativamente baixa, quando comparada às causas de óbito em geral, os eventos desse tipo num atleta foram na maioria das vezes rotulados de maneira vaga apenas como morte súbita, sem de fato, um conhecimento mais profundo da real causa dessa morte. A morte no esporte é rara, inesperada, dramática e chocante.

Oatleta é um verdadeiro ícone físico da raça humana, símbolo de saúde, que ao desabar em campo mostrou a impotência dos que deveriam ser as salvaguardas da terrível situação de morte inesperada na atividade esportiva. O que vimos e o que se seguiu nos induz à várias reflexões em relação aos fatos, mesmo que não nos digam nada diretamente. A visão da tragédia deve servir para inúmeros ensinamentos, pois o que se viu foi uma lenta reação inicial, inútil com aqueles tapinhas no rosto para acordá-lo!! As manobras de ressuscitação segundo o jornal L’equipe demorou sete minutos, além de que não havia desfibrilador na beira do campo, como recomendam as diretrizes internacionais de suporte básico de vida. Agora se esses fatos ocorressem por aqui estaríamos prontos e equipados? Acontece que entre nós também tem acontecido.

Semanas atrás um jovem jogador do Criciúma teve morte súbita no treino e a família impediu a necropsia (poderiam faze-lo?) conseguindo um atestado de óbito com diagnóstico de infarto, vejam só. As notícias jornalísticas sobre atletas que tiveram morte súbita dizem sempre que causa foi infarto, seria verdadeiro?? Não nos parece, pois a literatura internacional relata que antes dos 35 anos as causas mais freqüentes são cardíacas em 80 a 90 %, porém as causas foram certas cardiopatias genéticas, congênitas e infecciosas por viroses e entre nós não esqueçamos que a doença de Chagas ainda está presente. Atletas sejam amadores ou profissionais podem ser portadores de problemas cardiovasculares e a prevenção do risco de complicações depende do exame clínico chamado de avaliação pré-participação, única maneira de evitar ou diminuir as tragédias. Essa avaliação é composta do que foi estabelecido como rotina há mais de 20 anos no primeiro Serviço de Cardiologia do Esporte (Seção Médica de Cardioesporte) em nosso país, no Instituto Dante Pazzanese, avaliação clínica, eletrocardiograma, exames de laboratório, Raios-X de tórax, teste ergométrico feito por cardiologista e ecocardiograma.

Nós que vivemos o esporte sadio deveríamos exigir uma a promulgação de uma lei, como na Itália, Japão e outros países onde todos os atletas amadores ou profissionais participantes de competições oficiais devem se submeter à exames clínicos pré-participação. O novíssimo código do torcedor está em vigor, mas será que todos os estádios e ginásios já estão adaptados? Existe um tempo para adaptação, mas para início de conversa, vamos exigir que em todos eventos esportivos tenhamos equipe de atendimento à emergências de Suporte Básico de Vida, organizadas como uma “CIPA”, treinada e equipada para eventos cardiovasculares com disfibriladores e outros materiais etc.

Na mais recente Maratona Internacional de São Paulo, havia equipe médica e paramédica de resgate treinada para emergências de todo tipo, mas nos outros inúmeros eventos esportivos no Brasil? Cabe a nos agirmos, vamos contactar as autoridades políticas e exigir que o estatuto do torcedor seja cumprido imediatamente no item emergência, tanto para o atleta e como para os torcedores. Chega de cadastrar mortes no esporte, são poucas, mas ela poderia ser do seu... !

Até breve, [email protected].


A morte ao vivo e a cores!

Atletismo · 02 jul, 2003

Nos últimos anos em nosso país, ocorreram mortes de atletas em corridas populares como a Corrida Internacional de São Silvestre, jogos de futebol e em outros eventos esportivos porém quase nada se falou. A recente e dramática morte súbita de um atleta foi manchete mundial, por ter acontecido num jogo do esporte mais popular do mundo, o futebol, ao vivo e a cores pela TV. O primeiro relato de morte súbita relacionada à atividade física intensa ou esportiva, foi a do soldado grego Pheldippides, mensageiro da vitória dos gregos sobre os persas em 490 AC. Em virtude da freqüência relativamente baixa, quando comparada às causas de óbito em geral, os eventos desse tipo num atleta foram na maioria das vezes rotulados de maneira vaga apenas como morte súbita, sem de fato, um conhecimento mais profundo da real causa dessa morte. A morte no esporte é rara, inesperada, dramática e chocante.

Oatleta é um verdadeiro ícone físico da raça humana, símbolo de saúde, que ao desabar em campo mostrou a impotência dos que deveriam ser as salvaguardas da terrível situação de morte inesperada na atividade esportiva. O que vimos e o que se seguiu nos induz à várias reflexões em relação aos fatos, mesmo que não nos digam nada diretamente. A visão da tragédia deve servir para inúmeros ensinamentos, pois o que se viu foi uma lenta reação inicial, inútil com aqueles tapinhas no rosto para acordá-lo!! As manobras de ressuscitação segundo o jornal L’equipe demorou sete minutos, além de que não havia desfibrilador na beira do campo, como recomendam as diretrizes internacionais de suporte básico de vida. Agora se esses fatos ocorressem por aqui estaríamos prontos e equipados? Acontece que entre nós também tem acontecido.

Semanas atrás um jovem jogador do Criciúma teve morte súbita no treino e a família impediu a necropsia (poderiam faze-lo?) conseguindo um atestado de óbito com diagnóstico de infarto, vejam só. As notícias jornalísticas sobre atletas que tiveram morte súbita dizem sempre que causa foi infarto, seria verdadeiro?? Não nos parece, pois a literatura internacional relata que antes dos 35 anos as causas mais freqüentes são cardíacas em 80 a 90 %, porém as causas foram certas cardiopatias genéticas, congênitas e infecciosas por viroses e entre nós não esqueçamos que a doença de Chagas ainda está presente. Atletas sejam amadores ou profissionais podem ser portadores de problemas cardiovasculares e a prevenção do risco de complicações depende do exame clínico chamado de avaliação pré-participação, única maneira de evitar ou diminuir as tragédias. Essa avaliação é composta do que foi estabelecido como rotina há mais de 20 anos no primeiro Serviço de Cardiologia do Esporte (Seção Médica de Cardioesporte) em nosso país, no Instituto Dante Pazzanese, avaliação clínica, eletrocardiograma, exames de laboratório, Raios-X de tórax, teste ergométrico feito por cardiologista e ecocardiograma.

Nós que vivemos o esporte sadio deveríamos exigir uma a promulgação de uma lei, como na Itália, Japão e outros países onde todos os atletas amadores ou profissionais participantes de competições oficiais devem se submeter à exames clínicos pré-participação. O novíssimo código do torcedor está em vigor, mas será que todos os estádios e ginásios já estão adaptados? Existe um tempo para adaptação, mas para início de conversa, vamos exigir que em todos eventos esportivos tenhamos equipe de atendimento à emergências de Suporte Básico de Vida, organizadas como uma “CIPA”, treinada e equipada para eventos cardiovasculares com disfibriladores e outros materiais etc.

Na mais recente Maratona Internacional de São Paulo, havia equipe médica e paramédica de resgate treinada para emergências de todo tipo, mas nos outros inúmeros eventos esportivos no Brasil? Cabe a nos agirmos, vamos contactar as autoridades políticas e exigir que o estatuto do torcedor seja cumprido imediatamente no item emergência, tanto para o atleta e como para os torcedores. Chega de cadastrar mortes no esporte, são poucas, mas ela poderia ser do seu... !

Até breve, [email protected].

Viver bem aos 65…75…anos

No início do século XX, a expectativa de vida era entre 40 a 50 anos, no ano de 2000, chegou a 68 e se espera para 2025 uma expectativa entre 73 a 75 anos em média. Nessa ocasião o Brasil estará passando de 18o lugar (anos 50) para sexto, entre os países com maior população acima dos 65 anos. Essa enorme conquista deve-se a vários fatores, entre eles vamos comentar os mais importantes. Nessa faixa de idade a doença mais comum (80%) é a doença cardiovascular, representada pelo infarto do miocárdio e o derrame cerebral, portanto, é aí que devemos agir para prolongar a vida com qualidade.

Corrigir hábitos depois dos 40 não é fácil, mas, vamos lá. O conceito de que com a idade a pressão arterial fica naturalmente alta não é verdade, caso isso esteja ocorrendo deve ser controlada para níveis de 130 x 85 no máximo, pelo resto da vida. Outro boato é o do colesterol que também se eleva com a idade, o que também não é verdade, em todas as idades o valor normal é o mesmo para todos. Fica um pouco difícil convencer uma pessoa com mais de 65 anos a mudar de alimentação radicalmente, o razoável é a reeducação alimentar (sem terrorismo) por profissionais da saúde (nutricionista ou médico) e uso de medicação quando for necessária. Os benefícios para a saúde serão enormes.

Uma palavra a respeito da reposição hormonal após a menopausa... as sociedades médicas não a recomendam para prevenção ou tratamento das doenças cardiovasculares, além de atualmente serem contestadas por entidades governamentais de saúde norte-americanas, portanto cautela é a sugestão.

Atividade física é uma recomendação sem inimigos. Como fazer e quais os cuidados ? Lembremos que com a idade, as pessoas podem ter problemas pessoais que atrapalham seu dia a dia e sem dúvida sua capacidade de realizar a necessária atividade física: problemas visuais, auditivos, labirintite, artroses, doenças cardiovasculares como a seqüelas de derrames cerebrais, cardiopatia etc. decorrente disso os exercícios físicos devem ser INDIVIDUALIZADOS para a condição física de cada um, então é obrigatória uma avaliação médica, que inclua o teste ergométrico feito por Cardiologista. A duração e freqüência do exercício serão maiores e sempre de intensidade menor. Nunca esquecer de iniciar com aquecimento e alongamentos por 15 minutos, seguido de exercícios simples de baixo impacto como caminhadas ou bicicleta ergométrica (usando os limites que foram alcançados no teste ergométrico), evitar saltos etc, por 20 minutos e encerrar com alongamentos por mais 10’.

A atividade física para a maioria das pessoas deve ser feita em dias alternados e com regularidade ao longo de 14 semanas no mínimo, para obtermos os benefícios. Sem o descanso entre um dia e o outro, poderemos ter complicações médicas futuras.

Uma lembrança a respeito de hidroginástica, ela é ótima para que problemas de artroses, obesidade ou dificuldades que a água irá facilitar, porém sempre a temperatura da água deverá estar ao redor de 280. Um alerta é que a hidroginástica piora a Osteoporose existente, caso não se façam exercícios resistidos, com ou sem pesos na sessão de piscina.

Esqueçam os tais tratamento$$$ de rejuvenescimento com hormônios de crescimento ou ortomolecular ou sei lá o que ! Nada até hoje foi constatado nas pesquisas científicas, infelizmente. Caso descubram algo, podem deixar que além de usar, irei recomendar a todos com o maior fervor !!!

Se vamos viver mais, não sabemos, mas corrigir os hábitos de vida pode nos trazer muita esperança de que isso ocorra.


Viver bem aos 65…75…anos

Atletismo · 17 mar, 2003

No início do século XX, a expectativa de vida era entre 40 a 50 anos, no ano de 2000, chegou a 68 e se espera para 2025 uma expectativa entre 73 a 75 anos em média. Nessa ocasião o Brasil estará passando de 18o lugar (anos 50) para sexto, entre os países com maior população acima dos 65 anos. Essa enorme conquista deve-se a vários fatores, entre eles vamos comentar os mais importantes. Nessa faixa de idade a doença mais comum (80%) é a doença cardiovascular, representada pelo infarto do miocárdio e o derrame cerebral, portanto, é aí que devemos agir para prolongar a vida com qualidade.

Corrigir hábitos depois dos 40 não é fácil, mas, vamos lá. O conceito de que com a idade a pressão arterial fica naturalmente alta não é verdade, caso isso esteja ocorrendo deve ser controlada para níveis de 130 x 85 no máximo, pelo resto da vida. Outro boato é o do colesterol que também se eleva com a idade, o que também não é verdade, em todas as idades o valor normal é o mesmo para todos. Fica um pouco difícil convencer uma pessoa com mais de 65 anos a mudar de alimentação radicalmente, o razoável é a reeducação alimentar (sem terrorismo) por profissionais da saúde (nutricionista ou médico) e uso de medicação quando for necessária. Os benefícios para a saúde serão enormes.

Uma palavra a respeito da reposição hormonal após a menopausa... as sociedades médicas não a recomendam para prevenção ou tratamento das doenças cardiovasculares, além de atualmente serem contestadas por entidades governamentais de saúde norte-americanas, portanto cautela é a sugestão.

Atividade física é uma recomendação sem inimigos. Como fazer e quais os cuidados ? Lembremos que com a idade, as pessoas podem ter problemas pessoais que atrapalham seu dia a dia e sem dúvida sua capacidade de realizar a necessária atividade física: problemas visuais, auditivos, labirintite, artroses, doenças cardiovasculares como a seqüelas de derrames cerebrais, cardiopatia etc. decorrente disso os exercícios físicos devem ser INDIVIDUALIZADOS para a condição física de cada um, então é obrigatória uma avaliação médica, que inclua o teste ergométrico feito por Cardiologista. A duração e freqüência do exercício serão maiores e sempre de intensidade menor. Nunca esquecer de iniciar com aquecimento e alongamentos por 15 minutos, seguido de exercícios simples de baixo impacto como caminhadas ou bicicleta ergométrica (usando os limites que foram alcançados no teste ergométrico), evitar saltos etc, por 20 minutos e encerrar com alongamentos por mais 10’.

A atividade física para a maioria das pessoas deve ser feita em dias alternados e com regularidade ao longo de 14 semanas no mínimo, para obtermos os benefícios. Sem o descanso entre um dia e o outro, poderemos ter complicações médicas futuras.

Uma lembrança a respeito de hidroginástica, ela é ótima para que problemas de artroses, obesidade ou dificuldades que a água irá facilitar, porém sempre a temperatura da água deverá estar ao redor de 280. Um alerta é que a hidroginástica piora a Osteoporose existente, caso não se façam exercícios resistidos, com ou sem pesos na sessão de piscina.

Esqueçam os tais tratamento$$$ de rejuvenescimento com hormônios de crescimento ou ortomolecular ou sei lá o que ! Nada até hoje foi constatado nas pesquisas científicas, infelizmente. Caso descubram algo, podem deixar que além de usar, irei recomendar a todos com o maior fervor !!!

Se vamos viver mais, não sabemos, mas corrigir os hábitos de vida pode nos trazer muita esperança de que isso ocorra.

A vida depois de um problema cardíaco

Foi-nos solicitado comentar sobre o assunto: como viver depois de um problema cardíaco? Um fato ocorrido no ano de 1971, com um quarto zagueiro do glorioso São Paulo FC (atenção, sou Corinthiano) e da seleção brasileira, na época com 27 anos de idade chamou a atenção dos médicos. Durante um jogo do campeonato paulista, após uma disputa de bola, teve forte aperto no peito, que na hora não lhe preocupou muito, porque foi melhorando aos poucos. No dia seguinte o médico do SPFC, Dr. Dalzel F. Gaspar, preocupado, decidiu levá-lo ao Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, no Ibirapuera.

Lá, após ser examinado por uma junta médica liderada pelo Prof. Michel Batlouni, teve o confirmado o diagnóstico de que havia tido um infarto do miocárdio. Para completo esclarecimento, ele foi submetido ao cateterismo das coronárias (também chamado de cinecoronariografia) e iniciado o tratamento clínico. Depois de alguns meses, foi liberado para continuar sua carreira de futebolista. Tão certa foi essa decisão, que pôde ainda jogar no México e voltar à seleção brasileira de futebol, sem maiores problemas.

Pode-se dizer que, no início dos anos 70, começou uma revolução na prevenção, tratamento e de um futuro próximo do normal, para uma das mais graves doenças do coração, o infarto do miocárdio. Hoje, com a rapidez no atendimento do infartado, seja o paciente pobre ou rico, os 60 % de óbitos que aconteciam nas primeiras 24 horas, baixaram para menos de 10% nos dias atuais. Nas UTI da maioria dos hospitais, até seis horas do início dos sintomas de infarto, é usada uma injeção com uma substância que dissolve o coágulo causador do entupimento da coronária (infarto) ou então se faz a angioplastia que é o desentupimento pelo cateterismo.

Depois desse atendimento, para a maioria dos casos de infarto, os passos seguintes são animadores. O tratamento poderá ser somente clínico, ou seja, com medicamentos e mudanças no estilo de vida, como foi o caso do futebolista, ou então tratamento intervencionista, com angioplastia ou pela cirurgia de pontes de veia safena e de artéria mamária.

A regra médica é a de preparar o paciente para liberação para atividades gerais e físico/esportivas em dois meses, participando de algum programa de reabilitação cardiovascular supervisionado por médico e professores de educação física, ou então fazendo sua reabilitação com orientação médica individualizada. Caso for para atividades esportivas competitivas serão necessários seis meses de preparação. O médico é que irá concluir o estado clínico do paciente e suas condições cardíacas durante esforços físicos, pelo teste ergométrico (de esforço, na esteira ou bicicleta) feito por um cardiologista.

Com o avanço dos conhecimentos, podemos dizer que a vida após um problema cardíaco ficou muito favorável, o maior problema é a indisciplina e até abandono do tratamento. Estatísticas incríveis mostraram que 65% dos ex-fumantes voltam a fumar um ano depois de terem parado. Quase 60% dos que tem pressão alta, abandonam o tratamento depois de um ano. Entre os que têm colesterol um pouco alto, depois de três meses, quase 80% simplesmente “esquecem as recomendações alimentares e de tomar os medicamentos”.

Pergunto: se ninguém quer sofrer por quê então as pessoas são indisciplinadas mesmo sabendo que podem voltar a ter vida normal? A resposta está na natural negação de uma doença que nós humanos praticamos sem querer, por isso o médico, a família e os amigos, sem terrorismo ou muita pressão, devem ajudar a tornar possível um novo estilo de vida saudável, confiando nas instruções médicas e tirando da frente no dia a dia, as dificuldades inúteis e pondo um pouco de amor na sua vida, como dizia o poeta.


A vida depois de um problema cardíaco

Atletismo · 10 mar, 2003

Foi-nos solicitado comentar sobre o assunto: como viver depois de um problema cardíaco? Um fato ocorrido no ano de 1971, com um quarto zagueiro do glorioso São Paulo FC (atenção, sou Corinthiano) e da seleção brasileira, na época com 27 anos de idade chamou a atenção dos médicos. Durante um jogo do campeonato paulista, após uma disputa de bola, teve forte aperto no peito, que na hora não lhe preocupou muito, porque foi melhorando aos poucos. No dia seguinte o médico do SPFC, Dr. Dalzel F. Gaspar, preocupado, decidiu levá-lo ao Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, no Ibirapuera.

Lá, após ser examinado por uma junta médica liderada pelo Prof. Michel Batlouni, teve o confirmado o diagnóstico de que havia tido um infarto do miocárdio. Para completo esclarecimento, ele foi submetido ao cateterismo das coronárias (também chamado de cinecoronariografia) e iniciado o tratamento clínico. Depois de alguns meses, foi liberado para continuar sua carreira de futebolista. Tão certa foi essa decisão, que pôde ainda jogar no México e voltar à seleção brasileira de futebol, sem maiores problemas.

Pode-se dizer que, no início dos anos 70, começou uma revolução na prevenção, tratamento e de um futuro próximo do normal, para uma das mais graves doenças do coração, o infarto do miocárdio. Hoje, com a rapidez no atendimento do infartado, seja o paciente pobre ou rico, os 60 % de óbitos que aconteciam nas primeiras 24 horas, baixaram para menos de 10% nos dias atuais. Nas UTI da maioria dos hospitais, até seis horas do início dos sintomas de infarto, é usada uma injeção com uma substância que dissolve o coágulo causador do entupimento da coronária (infarto) ou então se faz a angioplastia que é o desentupimento pelo cateterismo.

Depois desse atendimento, para a maioria dos casos de infarto, os passos seguintes são animadores. O tratamento poderá ser somente clínico, ou seja, com medicamentos e mudanças no estilo de vida, como foi o caso do futebolista, ou então tratamento intervencionista, com angioplastia ou pela cirurgia de pontes de veia safena e de artéria mamária.

A regra médica é a de preparar o paciente para liberação para atividades gerais e físico/esportivas em dois meses, participando de algum programa de reabilitação cardiovascular supervisionado por médico e professores de educação física, ou então fazendo sua reabilitação com orientação médica individualizada. Caso for para atividades esportivas competitivas serão necessários seis meses de preparação. O médico é que irá concluir o estado clínico do paciente e suas condições cardíacas durante esforços físicos, pelo teste ergométrico (de esforço, na esteira ou bicicleta) feito por um cardiologista.

Com o avanço dos conhecimentos, podemos dizer que a vida após um problema cardíaco ficou muito favorável, o maior problema é a indisciplina e até abandono do tratamento. Estatísticas incríveis mostraram que 65% dos ex-fumantes voltam a fumar um ano depois de terem parado. Quase 60% dos que tem pressão alta, abandonam o tratamento depois de um ano. Entre os que têm colesterol um pouco alto, depois de três meses, quase 80% simplesmente “esquecem as recomendações alimentares e de tomar os medicamentos”.

Pergunto: se ninguém quer sofrer por quê então as pessoas são indisciplinadas mesmo sabendo que podem voltar a ter vida normal? A resposta está na natural negação de uma doença que nós humanos praticamos sem querer, por isso o médico, a família e os amigos, sem terrorismo ou muita pressão, devem ajudar a tornar possível um novo estilo de vida saudável, confiando nas instruções médicas e tirando da frente no dia a dia, as dificuldades inúteis e pondo um pouco de amor na sua vida, como dizia o poeta.