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O ano de 2018 não acabou, ainda nem votamos em quem vai comandar a nação… Não sabemos como, nem o que nos espera no futuro…
Já não é a primeira vez que escrevo sobre este tema, neste espaço. Tenho observado que os grandes circuitos de corridas trail do Brasil, já iniciaram suas divulgações. E, muitos já abriram inscrições para o ano que vem.
Talvez, você esteja chegando no auge do treinamento, muitos ainda não concluíram suas provas deste ano…
Como treinador, sempre procuro orientar os meus alunos a tentarem, dentro do possível, já visualizar as possíveis provas e participações em eventos no ano que está por vir. Na verdade, a motivação deste texto veio exatamente disso, muitos já têm suas provas do próximo ano definidas.
Quanto mais antecedência eu souber o possível calendário, melhor posso montar o planejamento junto com o aluno e, mais assertivo é o treinamento.
Pode parecer exagerado, tamanha antecedência, mas o trail running é um esporte peculiar, existem distâncias, dificuldades e formatos de provas para todos os gostos possíveis. Além do mais, a grande maioria dos corredores deste esporte, gosta de se desafiar em provas “insanas”.
Mas, para poder realizar esses desafios com êxito, você não pode estar constantemente correndo provas. É necessário escolher, planejar, treinar, treinar muito, realizar “provas teste”, cansar de treinar e, por fim, realizar a sua prova alvo. É impossível correr todas as provas que você quer, no mesmo ano.
Eu sei que muitos corredores não seguem essa linha, mas, como profissional, é meu papel alertar para o aumento do risco de lesão, de overtraining e de “no finisher”. Ninguém, em sã consciência quer qualquer um desses “resultados”.
No trail running, planejamento não é tudo, mas é 60% do seu resultado. Os outros 35%, vão ser treinamento, e, 5%, executar o que foi treinado.
É normal, vermos corredores fazendo provas bem longas, muitas vezes, provas seguidas…Até hoje, não se sabe qual seria o número “máximo” de provas que uma pessoa deveria participar, mas o que a ciência já tem muito bem demonstrado é que os efeitos fisiológicos de provas de longa distância permanecem por muito tempo.
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Um estudo chegou a demonstrar que o dano muscular causado por uma maratona de asfalto perdurava por cerca de 4 meses. Baseado nisso, vamos pensar o seguinte: um corredor médio, no Brasil, conclui uma prova dessas em cerca de 4 horas. Agora imagine o desgaste muscular causado após uma ultramaratona, onde é fácil ver provas durarem mais de 8 horas. Ou seja, o dobro do tempo de exposição.
Vou debater esse assunto em um próximo texto, mas, reflita, caso você já tenha corrido algumas provas mais longas, quantas vezes você já ficou mais de 4 horas treinando?
É, por essas, e por outras, que sempre prefiro planejar com antecedência, pois o desgaste do treino para uma ultramaratona é absurdamente grande, para preservar a saúde do aluno, é fundamental, planejar os treinos com maior exposição e o devido período de descanso.
E você, já planejou seu próximo ano? Já tem objetivos definidos? Como foi/está sendo este ano de objetivos? Conte para nós nos comentários. Ou, caso tenha alguma dúvida, pode me chamar no inbox do instagram @cristianofettercoach
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