Para responder não apenas a esse questionamento, mas tirar também outras dúvidas sobre a modalidade, conversamos com o educador físico Welton Guerin. “Durante os meses antes da flexibilização, sem dúvidas, o setor aquático foi um dos mais afetados pela pandemia. Conforme as outras modalidades poderiam realizar as lives e treinos online, a natação foi impedida de utilizar tais plataformas, embora muitos profissionais realizavam treinamentos à seco, simulando exercícios da natação. O que os profissionais fizeram para manter as pessoas conectadas foi estudar e enviar links e meios das pessoas ficarem conectadas com a modalidade”, comenta.
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Mas já é realmente seguro voltar às piscinas?
De acordo com um estudo publicado na Espanha, não existem evidências do contágio do novo coronavírus em piscinas. O que se sabe é que todo o cuidado precisa ser tomado no entorno das mesmas, mas que dentro da água (desde que a concentração de cloro livre seja igual ou menor que 0,5 mg/L e o Ph menor que 8,0, o que faz com que o vírus seja destruído pelo cloro existente na água) não há risco de contágio.
“Normalmente a concentração de cloro livre recomendada para as piscinas deve ser em torno de 2 mg/L, ou seja, cerca de 4 vezes maior que a necessária para desinfetar a água contra o coronavírus”, explica Guerin.
Para que um treino na piscina possa acontecer, é importante evitar o descanso próximo às pessoas que também estejam na aula, além de priorizar o não compartilhamento de materiais. Esses, devem ser desinfectados antes e depois das aulas. O professor comenta que é aconselhável também usar a piscinas com as raias não no comprimento, mas sim na largura.
“O cloro mata o coronavírus e talvez a natação se torne o esporte mais seguro no período pós pandemia, por se tratar da única modalidade esportiva em que o participante está totalmente envolvido no fluido que higieniza e mata o vírus. Além, é claro, de não existir um contato direto entre os participantes”, frisa o educador.
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Além das medidas já citadas, para que as atividades aquáticas aconteçam, os protocolos de segurança são rígidos e impedem a utilização de áreas comuns, como os vestiários; além de exigir algumas adequações ao deck e na disposição dos alunos na piscina. Os protocolos utilizados por academias e clubes atualmente são regidos e regularizados por entidades como o CREF, CONFEF, ACAD, além da CBDA e a FINA (Federação Internacional de Natação).
*Fonte: Prof. Es. Welton Guerin, educador físico pós-graduado em Atividades Aquáticas.
Publicado originalmente em julho/2020.