Cano baixo, médio, alto, mais ou menos elastano, preta, branca, colorida… O que não faltam são variações dos modelos e tipos de meia com a função de comprimir e melhorar a performance dos corredores. Enquanto para alguns o acessório é puro desconforto, outros não ficam sem em nenhum treino.
O incômodo que para muitos é alívio Foto: eyeQ/Fotolia
A ideia foi “importada” por fabricantes para o mundo da atividade física partindo do pressuposto de que se as meias cumprem a função de auxiliar pacientes para a melhora de sintomas de uma série de condições médicas vasculares, então devem também auxiliar os corredores durante treinos e competições, proporcionando um bombeamento mais efetivo do sangue, que desce para as pernas e pés de volta para o coração.
A Gerente de Design e Desenvolvimento de vestuário da Mizuno, Maria Clara Palladin, explica que a utilização das meias de compressão não deve ser aplicada como regra pra ninguém. “Para alguns é normal correr e se sentir confortável, gerando até mesmo uma melhor recuperação. Outros as utilizam em outro momento, avaliando que ajudam a reduzir a sensação de cansaço e peso nas pernas após provas, treinos e até viagens longas”, diz.
Compressão desagradável?
Segundo Maria Clara, as meias de compressão em geral tem uma função de “barreira” elástica para os músculos, o que ajuda a comprimir a musculatura. E essa compressão “excessiva” nem sempre é confortável, pois pressiona a musculatura (é como se a musculatura ficasse estagnada) e pressão nem sempre é agradável.
Por quanto tempo devem ser utilizadas
“Não existe uma regra, isso varia de pessoa para pessoa. A duração da meia de compressão depende da marca e da quantidade de vezes que a pessoa usa, mas em média, costuma durar de 4 a 6 meses”.
Funciona mesmo?
Segundo o médico do esporte e colunista do Webrun Dr. José Marques Neto, mesmo sendo um assunto ainda polêmico e cheio de controvérsias em suas alegações, as meias de compressão podem trazer benefícios para milhares de corredores, desde que utilizadas corretamente e cada um respeitar seus próprios limites. “Ainda que representem um avanço tecnológico, as meias não substituem um preparo adequado, treinamento de força concomitante, e o respeito à progressão lenta e gradual do volume, intensidade e frequência dos treinos de todos os corredores”.