Os vasinhos nas pernas são estéticos e não causam mal à saúde (foto: Lululemon Athelic/Licença Creative Commons)
Não há mulher no mundo que não se preocupe com o aparecimento dos indesejáveis vasinhos, principalmente nas pernas. Muitas vezes, a prática de exercícios físicos, como a corrida, fica conhecida como a principal vilã para quem tem as marquinhas.
O que chamamos de vasinhos são capilares invisíveis responsáveis pela irrigação sanguínea da pele e, quando eles se rompem, adquirem uma cor arroxeada e tornam-se visíveis. Porém a relação entre eles e a corrida é muito variada e depende exclusivamente da genética de cada mulher.
Quem já tem uma predisposição genética pode desencadear o aparecimento dos vasinhos por diversos fatores, entre eles os exercícios de impacto, como a corrida. Alguns medicamentos, como a pílula anticoncepcional, também facilitam o seu aparecimento.
Se a mulher não tem a predisposição genética, ela pode correr o tanto que for que ela não vai ter nenhum vasinho. A corrida, sozinha, não vai provocar os vasinhos, ressalta Sílvia Casseb, médica ginecologista do Setor de Ginecologia do Esporte da Escola Paulista de Medicina (Unifesp).
A ideia que a prática esportiva faz aparecer vasinhos vai contra o principal benefício da corrida, que é a melhora da circulação global do organismo, principalmente nas veias maiores da perna, que são veias mais profundas, nas varizes pélvicas, no interior do abdômen, nos ovários e no útero.
Durante o exercício físico, o sangue flui mais rápido por todas as veias, evitando a estase venosa, que é um fator de risco para varizes, expõe a doutora.
Isso significa que, apesar de a corrida ser um fator desencadeante dos vasinhos, ela, ao mesmo tempo, inibe o rompimento dos capilares. O fator de risco mais importante é a predisposição genética, enfatiza Sílvia.
É importante lembrar que os vasinhos são apenas marcas superficiais e puramente estéticas. Eles não causam nenhum mal à saúde e a circulação sanguínea da pele não é prejudicada, pois existem centenas de microvasinhos que fazem a função daquele que se rompeu.
Este texto foi escrito por: Fabiana Coletta