Cerca de 1.500 pessoas estiveram presentes (foto: Alexandre Koda/ www.webrun.com.br)
Mangaratiba (RJ) – Na noite do último sábado (07/08) cerca de 1.500 pessoas alinharam para a largada da Night Trail Run, competição de nove quilômetros em terreno acidentado, que fez parte do XTerra Brasil. Numa noite estrelada e com temperatura agradável, os corredores promoveram uma grande festa.
A largada aconteceu às 19h no interior do Hotel Porto Belo Ressort&Safari e o primeiro trecho do percurso foi realizado em asfalto, logo em seguida veio uma ponte para atravessar um rio, mas a moleza durou pouco. A partir do quilômetro um a terra batida e a lama começaram a aparecer, sinal de que grandes desafios estavam por vir.
Durante todo o trajeto, as lâmpadas de cabeça que cada atleta usava eram a única fonte de luz na escuridão dos nove quilômetros. No segundo quilômetro, um staff alertava para a primeira travessia de rio, o qual era impossível cruzar sem molhar os pés.
Como o objetivo era a diversão, encarar os obstáculos naturais parecia não ser problema para os participantes, que cruzavam a linha de chegada com largos sorrisos no rosto. Ao final, José Morais, de Barueri (SP) foi o melhor entre os homens, com 30min21, seguido pelo carioca Rodrigo Lira (31min30) e por Odilon Leandro, de Santa do Parnaíba, com 31min31.
Já no feminino, quem levou a melhor foi a atleta de Goiânia, Daniane Barros, que faturou o tricampeonato da disputa com o tempo de 37min23. Na segunda colocação chegou a atleta local Jucilene Inez (39min52) e a carioca Adriana Gaspar (41min15).
Amadores – Enquanto a elite brigava por um lugar no pódio, os amadores vinham com o objetivo de superação pessoal. O casal André Neves e Patrícia Caliano elogiou o percurso, mas ambos fazem algumas críticas sobre pontos que podem ser melhorados para as próximas edições.
Provas iguais a essa têm que ser incentivadas, são bem interessantes, mas com alguns detalhes poderia ser melhor, relata André. A marcação do percurso tinha que ser mais eficaz, para sabermos dosar o nosso ritmo. De qualquer forma foi maravilhosa, com muitos rios, lama e mato, exatamente o que propõe o XTerra, completa.
Patrícia esperava mais desafios e aponta outros detalhes a serem melhorados. Poderia ter mais terra no decorrer da prova e o guarda volume poderia colocar os pertences dentro de um saco para não sujar. Mas o saldo final é bem positivo.
Estreante – A carioca Carla Fabiana, acostumada a competir no asfalto do Aterro do Flamengo, relata que se surpreendeu um pouco com o percurso de terra batida. Foi a primeira vez que eu vim e a pior parte foi cruzar o rio com água gelada, porque o corpo está quente. Ela corre há pouco mais de um ano na equipe da empresa onde trabalha e pretende voltar ano que vem. Está aprovado, espero voltar em 2011.
Durante quase uma hora e meia os participantes cruzavam o pórtico de chegada, que teve uma inovação: todos os finishers podiam cruzar a faixa, ao contrário do que acontece na maioria das provas, onde apenas os primeiros colocados têm esse benefício. Nos metros finais era comum ver filhos entrando no funil para chegar junto com os pais e amigos se reunindo com as equipes.
A próxima etapa do XTerra com uma corrida noturna em trilhas será em Ilhabela, litoral norte de São Paulo, no dia 18 de setembro. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas no site oficial, o www.xterrabrasil.com.br.
Este texto foi escrito por: Alexandre Koda