Quico e Seu Madruga não devem completar a São Silvestre (foto: Paulo Gomes#8260; www.webrun.com.br)
Uma das marcas da Corrida de São Silvestre é o alto número de corredores fantasiados que a prova reúne. Todo ano, os amadores de todo o Brasil e até de outros países que se dedicam a correr com uma roupa diferente alegram a prova. Nem todos, no entanto, levam a corrida a sério.
Corro há seis anos aqui e só consegui completar uma vez, conta Rogério Favo, o “Quico”. O companheiro Pedro Monteiro, o “Seu Madruga”, confessa que os dois não estão treinados para a corrida. Viemos mais pela festa, que é muito bonita, conta.
Apesar disso, existem fantasiados que participam para fazer o seu melhor. É o caso de João da Motta, o Rei. Com coroa, barba comprida, armadura no peito e espada, Rei parece se ofender quando perguntado se terminaria a Corrida. Estou preparado para isso. Vou completar 39 presenças na São Silvestre, já corri 32 maratonas, diz o senhor de 74 anos, que diz ter terminado todas.
Não achei a mudança para a descida da Brigadeiro ruim, eu gostei. Mas poderiam mudar o horário para a virada da noite, como antigamente, lembra. De Pernambuco, Severino Jerônimo Pereira foi outro que gostou da alteração. Vou na banguela, brinca. Estou acostumado a descer nove quilômetros na Serra das Russas (PE), desço chutado, explica o corredor de Paulista, divisa com Olinda, que se define como Frade maratonista.
Hermanos – Um trio que chamava a atenção estava vestido com a camisa da seleção argentina. Dois deles, com máscaras de Maradona e Messi, são legitimamente argentinos, Eduardo Paz e Alex Mela. O terceiro, é Francisco Vernil do Alencar, de Juazeiro do Norte (CE).
Corro há três anos com eles, conheci antes da prova e ficamos amigos, eles são gente boa, garante Francisco. Todo ano eu venho, a São Silvestre para mim é sagrada, diz.
Equipes – Apesar do grande número de fantasiados, já era possível distinguir diversas equipes de corredores com seus uniformes no início da tarde. Carlos Eduardo de Moura Leimar e Fernando Maurício Viaes representam a equipe Smelt, de Catanduva.
Apesar de terem diferentes níveis de experiência é a 11ª São Silvestre de Carlos Eduardo e a primeira de Fernando Maurício ambos acreditam que a descida no final da prova deve facilitar e falaram sobre a expectativa de chuva.
Chuva ajuda por causa da temperatura, mas atrapalha porque deixa escorregadio, diz Carlos Eduardo, enquanto o colega demonstra mais otimismo. Só ajuda, encerra.
Este texto foi escrito por: Paulo Gomes