Elaine Lopes

Psicóloga graduada pela Universidade Católica de Santos e especialista em Transtornos Alimentares

Psicóloga graduada pela Universidade Católica de Santos e especialista em Transtornos Alimentares e Obesidade, formada pela FMUSP em parceria com o Hospital das Clínicas. Possui formação em Master Practitioner em PNL e Coaching Sistêmico. Além do atendimento clínico, atualmente é sócia-proprietária e responsável pela divisão de saúde e bem-estar da Soar Desenvolvimento Humano. Idealizadora do projeto Emagreça de Dentro Para Fora, criadora da metodologia de emagrecimento que leva o mesmo nome, e que a fez emagrecer 28 quilos. Ministra o curso Viva Leve! Reprograme sua mente e emagreça e o curso online Pense Leve.

Continuar lendo

O coach de emagrecimento substitui o nutricionista?

Muita gente acha que em um processo de Coaching de Emagrecimento terá orientações de dietas e exercícios físicos. Por outro lado, outros acreditam que o nutricionista será o profissional responsável pela mudança comportamental.

+ Que tal enfrentar o desafio da Indomit Bombinhas? Clique aqui e inscreva-se

Ainda, há os próprios nutricionistas que acreditam que os coaches invadiram o seu mercado e estão lhe roubando possíveis pacientes. E, infelizmente, há coaches sem nenhuma propriedade de caso, que prometem um emagrecimento rápido baseado em dietas erroneamente por si elaboradas.

Em pequenas partes, todos estão certos. Mas é importante esclarecer o papel de cada profissional no processo de emagrecimento. Até porque já existem coaches por aí que, por sua má orientação e falta de instrução, podem até desencadear em seus clientes algum transtorno alimentar Algo que deve ser tratado por um psicólogo, um possível terceiro profissional no processo.

Foto: airdone/Fotolia Foto: airdone/Fotolia

O coach é o profissional especialista no comportamento humano. A ele cabe identificar padrões de comportamentos, como sabotadores e até mesmo os que precisam ser desenvolvidos para o alcance do peso desejado. Porém, ele não necessariamente, tem formação em nutrição. Sua atuação acontece por trás da alimentação, ou seja, identificando os motivos que levam o cliente a não executar o plano alimentar. Até porque, se o paciente não mudar seus pensamentos, sentimentos e comportamentos, será incapaz de seguir qualquer plano alimentar

Já o nutricionista é o profissional responsável pela elaboração do plano alimentar. Ele é quem vai conhecer nutricionalmente seu paciente, entender qual a melhor estratégia a ser indicada, quais são os componentes nutricionais que esse paciente necessita para alcançar o seu objetivo, incluindo suplementação se necessário. É quem vai elaborar a dieta adequada.

Portanto, não há uma batalha entre as duas profissões, mas sim uma união Nada impede, obviamente, de um coach que possui formação em nutrição, orientar seu cliente em relação ao plano alimentar. Também nada impede que o nutricionista oriente seu paciente, utilizando técnicas de coaching. Desde que ambos tenham formação específica e conhecimento para isso. Mas não é o caso da maioria

Primeiramente, é importante esclarecer que buscar um coach não anula a participação de um nutricionista no processo de emagrecimento. O coaching irá trabalhar no tripé pensamento, sentimento e ação. Já o nutricionista entrará com todo conhecimento teórico específico, para o estabelecimento de um plano alimentar adequado para o coachee.

Posso dizer que os dois serviços se complementam A base do coaching é o comportamento e a mudança de ações, para o alcance de um objetivo específico. Para a escolha de qualquer desses profissionais, é importante que haja simpatia, confiança e identificação na relação.

Corridas de Rua · 08 jun, 2017


Processo de emagrecimento: de dentro para fora

Vivemos em uma sociedade que impõe uma ditadura da magreza e o padrão de beleza, muitas vezes, inalcançável. É comum observarmos, conhecermos e convivermos com pessoas que buscam o emagrecimento a qualquer custo e que, por isso, cometem loucuras para alcançar o peso desejado.

O que a maioria ignora é que, ter um corpo magro (ou o peso adequado para seus próprios padrões) vai muito além de estética: trata-se de ter uma vida equilibrada, fazer escolhas adequadas e ser consciente do que seus comportamentos alimentares podem trazer como consequência. É um processo muito mais interno do que externo

Foto: Nichizhenova Elena/Fotolia Foto: Nichizhenova Elena/Fotolia

Por esse motivo, por não entenderem a complexidade de um processo de emagrecimento, a maioria das pessoas que buscam o tal padrão ideal, o fazem de forma desenfreada e, muitas vezes, sem o devido acompanhamento. Ou preocupam-se apenas em buscar um profissional da nutrição e da educação física, sem se importarem com a sua mente em todo processo.

Por isso, se essa pessoa está vivendo de forma desequilibrada, é muito fácil e provável que na busca por esses resultados, ela acabe errando na mão e desenvolvendo transtornos alimentares. Quer saber como? Tendo comportamentos de risco durante seu processo de emagrecimento.

+ Adora dançar? Não perca o Zumba Color Fest Illumination Clique aqui e inscreva-se

Entre as práticas não saudáveis para perder peso, é comum encontrarmos o comportamento de comer muito pouca comida ou omitir refeições com o objetivo de perda de peso mesmo estando com fome; usar substitutos químicos de refeições e alimentos com o objetivo de emagrecer. Estamos falando aí do possível desenvolvimento de uma anorexia nervosa.

Podemos citar aqui também a realização de dietas restritivas, uso de diuréticos e laxantes, vômito autoinduzido e até mesmo a prática excessiva de atividades físicas com o objetivo de emagrecer. Nesse caso, me refiro a bulimia. Já a realização de dietas restritivas pode levar a compulsão alimentar.

Foto: Yvvone Weis/Fotolia Foto: Yvvone Weis/Fotolia

Todos esses comportamentos de risco, se executados persistentemente, podem desenvolver transtornos. Precisamos lembrar que todo exagero representa um distúrbio. Nem tudo, nem nada. Para um processo de emagrecimento saudável e sustentável, é preciso que você encontre o equilíbrio

Além disso, o que leva um indivíduo a engordar muitas vezes é um fator emocional muito mais profundo e complexo que ele mesmo possa imaginar Por esse motivo, é necessário trabalhar suas emoções e comportamentos, que muitas vezes, estão prejudicando diretamente a saúde. Enquanto as emoções e comportamentos não forem devidamente tratados, muito provavelmente o processo de emagrecimento não será bem sucedido ou irá progredir para um transtorno alimentar.

Corridas de Rua · 10 maio, 2017


Anotar sua rotina de alimentação pode te ajudar no emagrecimento

É comum ouvir-se dizer, para quem tem problemas financeiros, que se faça uma lista dos seus gastos. Isso inclui até um café que tomar ou uma bala que comprar. Essa atitude ajuda o indivíduo a perceber onde o seu dinheiro pode estar sendo desperdiçado. Principalmente aquelas pessoas que justificam não saber onde se perdem financeiramente.

+ Que tal enfrentar 5 ou 10km na Corrida e Caminhada Noturna com Saúde? Clique aqui

Esse comportamento lhe parece familiar? É muito comum pessoas obesas ou com sobrepeso afirmarem que não sabem porque engordam, já que não comem tanto para isso Às vezes, o indivíduo está tão imerso em suas compulsões, em seus instintos e suas atitudes inconscientes que não consegue perceber quais são esses ataques alimentares que estão o levando a se sentir insatisfeito com o seu peso. Portanto minha dica é: faça um diário alimentar

Ele é uma ferramenta muito utilizada, geralmente por nutricionistas. Mas nós, psicólogos, também abrimos mão desse recurso em trabalhos de terapia, individual ou em grupo e até mesmo em um trabalho de Coaching de Emagrecimento. As ferramentas utilizadas pelas nutricionistas geralmente pedem informações como: horário da alimentação, tipo de alimento e quantidade consumida. Já o diário alimentar dos psicólogos possuem informações adicionais, como:

Com quem você come: às vezes a companhia pode influenciar muito nossa alimentação. Quando estamos com amigos em um restaurante, almoço em família
ou mesmo em uma reunião de negócios;

Porque você come: comer quando se está com fome é completamente normal. Mas todos que estão acima do peso, sabem que não é sempre isso o que acontece Não comemos somente para nos alimentar e sim para sanar sentimentos ou pensamentos que podem estar incomodando;

Foto: ricka_kinamoto/Fotolia Foto: ricka_kinamoto/Fotolia

O que você sente quando come: quando os motivos de se alimentar não estão relacionados a fome fisiológica, é válido perceber se há sentimentos por trás daquilo que você está ingerindo, como tristeza, solidão, mágoa, medo, ansiedade ou qualquer outro que possa interferir na sua rotina alimentar;

Além disso, é válido utilizar a estratégia do pensar antes de comer: questione se realmente necessita daquele alimento, se precisa comer naquele determinado momento e até mesmo, notar a quantidade que está sendo ingerida.

O ato de anotar faz com que você perceba e tome consciência do que está por trás da sua alimentação. E então assim, possa atacar diretamente aquilo que está te fazendo comer em excesso, ao invés de atacar o próprio alimento

Corridas de Rua · 26 abr, 2017