Atletas e vitamina D: entenda a relação do nutriente com a saúde óssea

Redação Webrun | Nutrição · 22 jul, 2022

A vitamina D é um nutriente essencial para o bom funcionamento do organismo. Como reguladora do fornecimento de cálcio e fósforo, atua diretamente na proteção óssea e no crescimento celular, além da relação direta com a manutenção do sistema imune. Em níveis adequados, a vitamina D ajuda a manter a resistência do organismo em dia.

Estudos mostram que 77% da população brasileira têm vitamina D abaixo de 20ng/ml, considerado insuficiente. Para os praticantes de atividades físicas, principalmente os esportes que exigem alta resistência muscular, o nutriente tem papel importante na força e recuperação dos músculos. A atenção ao nível adequado do hormônio também pode contribuir com a prevenção de lesões e fraturas nos ossos.

Atletas e vitamina D: entenda a relação do nutriente com a saúde óssea

A vitamina D é importante para saúde dos ossos/ Foto: Folia

Dessa forma, é importante que os atletas mantenham a concentração de vitamina D dentro do ideal, colaborando com a manutenção da saúde, principalmente em período de isolamento, no qual a exposição ao sol – a maior fonte desta vitamina – é limitada, incluindo a prática de esportes e treinos ao ar livre. Segundo o especialista Odair Albano, os níveis de vitamina D para manutenção dos benefícios em pessoas saudáveis devem ser superiores a 20 ng/ml e, nos grupos de risco, entre 30-60 ng/ml.

Além da alimentação balanceada, a suplementação, quando necessária, deve ser realizada com orientação médica, visando o equilíbrio – em casos de hipovitaminose, isto é, deficiência do hormônio, é possível fazer uma dose de ataque inicial mais alta, para melhorar o estoque desta vitamina.

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O que a deficiência de Vitamina D pode causar?

Segundo o nutrólogo Renato Leça, a falta dela pode aumentar o risco de problemas cardíacos, osteoporose, alguns tipos de câncer, gripes e resfriados, e doenças autoimunes como esclerose múltipla e diabetes. Vários estudos já mostraram que pessoas que vivem em ambientes urbanos são mais carentes em vitamina D. Isso ocorre porque elas passam grandes períodos em locais fechados e não se expõem ao sol.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), os níveis ideais de suplementação de vitamina D para cada faixa etária devem ser avaliados individualmente por médicos, após exame de sangue, mas em média podem ser estipulados em:

– Para adultos, doses de manutenção variam entre 400 e 2.000 UI/dia, a depender da exposição solar e da coloração da pele;

– Para idosos, as doses recomendadas variam de 1.000 a 2.000 UI/dia ou 7.000 a 14.000 UI/semana, também de acordo com o grau de exposição ao sol e à cor da pele;

– Para lactentes, crianças e adolescentes, recomenda-se a ingestão de pelo menos 400 UI/dia de vitamina D.

Existe um grupo de risco para a falta de Vitamina D?

Vivemos uma reconhecida pandemia de hipovitaminose D, comprovada cientificamente, no entanto idosos, gestantes, lactantes, pacientes bariátricos ou com raquitismo, osteomalácia, hiperparatireoidismo, doenças inflamatórias, doenças imunes, doença renal crônica,  entre outras situações, merecem maior atenção aos níveis sanguíneos dessa vitamina  no organismo. Somado a isso, os pesquisadores do Departamento de Clínica Médica da Escola de Medicina da Universidade Trinity College, em Dublin, na Irlanda, concluíram que a falta da vitamina no ponto de corte menor a 30 nmol/L deve ser revertida para evitar doenças ósseas, uma estratégia que também pode proteger a função do músculo esquelético no envelhecimento.

Idosos: adeptos de caminhadas ao ar livre, grupo apresenta maior risco de deficiência de vitamina D no organismo

A vitamina é o principal pró-hormônio que atua na absorção do cálcio pelo organismo. Quando está em nível muito baixo, ocorre a retirada cálcio do osso para que se mantenham os níveis de cálcio circulante. Por consequência, há o comprometimento da calcificação dos ossos, o que pode ocasionar doenças como osteopenia e osteoporose.

Como a pele dos idosos tem uma menor capacidade de produção de vitamina D, mesmo quando exposta ao sol, em caminhadas ao ar livre, por exemplo, eles apresentam uma tendência a ter deficiência dessa vitamina – e podem precisar de suplementação.

 

Redação Webrun

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