Atletas contam como foi o Desafio Nike 600k

Redação Webrun | Ultra Maratona · 24 out, 2009

Equipe de Imprensa comemora chegada do terceiro dia (foto: Divulgação/ Nike)
Equipe de Imprensa comemora chegada do terceiro dia (foto: Divulgação/ Nike)

Direto do Rio de Janeiro – A parte mais dura do Desafio Nike 600k já passou. Durante três dias consecutivos, os atletas percorreram 590 quilômetros entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

As 21 equipes participantes foram prova de superação. Com dor, cansaço físico e mental, todos completaram o terceiro dia de competição antes do previsto pela organização. Mas, para muitos, mesmo sem completar os últimos 10 quilômetros de prova, que serão realizados no domingo (25), a prova já deu saudades.

“Já está começando a dar saudades. Só tem os 10 quilômetros amanhã. Mesmo com dor valeu tudo. Cada momento. Cada coisa que a gente curtiu. A equipe foi muito jóia. Brincamos o tempo todo”, conta Sueli Braz, da equipe Butenas, enquanto colocava gelo na perna.

Para ela o Desafio superou as expectativas. E ainda no último dia de competição longa, São Pedro deu uma trégua. “Chegar no Rio de Janeiro com sol e calor combinou com o espírito carioca. Chuva e garoa ficou em São Paulo. Sol e tempo bontio no Rio. Achei tudo muito legal”. Agora a atleta quer descansar para correr os 10 quilômetros da Human Race com força total. “Vamos com faca nos dentes até o final”, brinca.

Para Marcos Castelo Branco, também da equipe Butenas, mais difícil que a dor e o cansaço da corrida foi saber lidar com toda a logística da prova. “Superação mesmo foi pensar na logística da corrida, segurar o ritmo pensando no resto dos dias. Foi difícil. Isso foi o grande desafio. E a gente conseguiu calcular bem”, conta.

Ainda segundo o atleta, o cansaço já tomou conta do corpo todo, porém, assim como Sueli, a animação só aumenta. “Estamos cansados, mas animados e ver que está chegando dá uma animada ainda maior”.

Mulheres – A competição contou com a presença de uma equipe formada só de mulheres. Elas foram selecionadas para integrarem o time Mulheres Nike. As irmãs triathletas Yana e Luca Glaser aprovaram a competição e não viram empecilhos só porque eram mulheres.

“Foi uma experiência emocionante. Me surpreendi. Por ser uma equipe só de mulheres, cada uma de um jeito, achei que poderia ter algum problema. Mas conseguimos nos entender bem. Acabou que uma ajudou a outra”, conta Yana.

Para ela o mais difícil do Desafio foi ficar na van entre os postos de troca. “Entrar na van depois da corrida é ruim. Estávamos suadas e não tinha como esticar a perna. Parecia que atrofiava tudo”, revela a atleta paranaense.

Mas como toda mulher, a equipe feminina não esqueceu da vaidade. Mesmo na van apertada, elas não descuidaram da aparência. “Deu tempo de se cuidar sim. Tinha menina que passava pó para tirar foto. A gente entrava na van e passava batom, arrumava o cabelo”.

Imprensa – Uma das 21 equipes do Desafio 600K era o time Imprensa. Formado por jornalistas de diferentes veículos de comunicação, a equipe ficou na última posição durante os três dias de prova, mas não perdeu o espírito de coletividade e competição.

O treinador do grupo foi o paulista Mário Sérgio, da assessoria Run&Fun. Para ele essa prova foi uma experiência única. “Apesar de alguns jornalistas correrem bem, eles não são atletas dedicados. Por isso foi bacana ver que eles tiveram uma experiência do outro lado do balcão. Eles sempre estão comentando sobre os esportistas, dessa vez eles foram os esportistas, lembra.

De acordo com o treinador, apesar da boa sintonia do grupo, a prova não foi só festa. “A gente conseguiu mostrar que mesmo lá atrás, a gente estava brigando contra o tempo. Não é que foi uma festa, eles foram atrás de fazer uma média de cinco minutos o quilômetro e conseguiram”.

Este texto foi escrito por: Donata Lustosa

Redação Webrun

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