Após bronze, Pâmella Oliveira enfrenta Copa do Mundo por Londres

Redação Webrun | Triathlon · 08 nov, 2011

Triatleta precisa de bom desempenho nas etapas da Copa do Mundo para ir a Londres (foto: Paulo Gomes/ www.webrun.com.br)
Triatleta precisa de bom desempenho nas etapas da Copa do Mundo para ir a Londres (foto: Paulo Gomes/ www.webrun.com.br)

A triatleta Pâmella Oliveira mal teve tempo de chegar ao Brasil após conquistar a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México, e já voltou a competir por uma vaga nos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Para conseguir a classificação, Pâmella precisa chegar entre as cinco primeiras em alguma etapa da Copa do Mundo de Triathlon.

No domingo (06/11), a brasileira competiu na etapa de Guatapé, na Colômbia. A cidade foi castigada por fortes chuvas no final de semana, o que gerou deslizamentos de terra, bloqueando parte do percurso.

Por conta disso, a organização optou por reduzir pela metade a distância de cada trecho, o que impossibilitou que alguma competidora abrisse grande vantagem. Para dificultar, Guatapé fica a 1.900 metros de altitude. Apesar de completar a natação sua especialidade em primeiro lugar, Pâmella terminou a prova na 21ª colocação.

Bronze no Pan – No México, a triatleta também enfrentou condições climáticas adversas. Apesar dos Jogos serem disputados em Guadalajara, a prova do Triatlhon ocorreu em Puerto Vallarta, no nível do mar. “A prova foi muito quente. Em Guadalajara, a altitude deixava a temperatura mais amena. Nós sofremos muito porque a água do mar estava quente”, conta.

Como a natação é o primeiro trecho nas provas de Triathlon, isso contribuiu para o desgaste físico das triatletas logo no início. “Já saímos da água com o corpo muito quente, o ar estava abafado, úmido”, explica.

Já que o diferencial da brasileira é a natação, sua estratégia foi abrir vantagem no trecho inicial. “Comecei bem forte junto com as meninas dos Estados Unidos, que levaram uma nadadora na prova para ajudá-las a ganhar”, conta, referindo-se à tática americana de utilizar uma vaga para uma marcadora de ritmo.

“A [Sara] MClarty fez um tempo igual ao dos meninos”, conta a brasileira, que se manteve com as adversárias também no percurso de bike. “A cada volta a gente abria vantagem, foi um desgaste muito grande. Elas não queriam que eu ficasse junto, mas consegui acompanhar para sair com boa distância para as meninas de trás”, explica.

Na corrida, Pâmella acabou ultrapassada no quilômetro final pela chilena Bárbara Riveros. “Não tinha mais o que fazer, realmente dei tudo de mim”, justifica a triatleta. Uma evidência disso foi o seu mal estar após a prova. “Estava exausta, tive náuseas, tontura e desidratação”, lembra.

Jogos Olímpicos – Pâmella e o treinador português Sérgio Santos definiram que seriam disputadas seis provas após o Pan para conseguir a vaga olímpica. Em 2011, além de Guatapé, a triatleta ainda compete na etapa da Copa do Mundo de Triathlon em Auckland, Nova Zelândia (20/11).

A brasileira investe no seu desempenho na corrida para ter um rendimento uniforme e facilitar a obtenção da vaga. “O Sérgio tem dado uma atenção maior para a minha corrida, porque como vim da natação já tenho facilidade em nadar”, explica.

“Muitas vezes trocamos um treino de natação por algum de corrida para ter essa evolução, meus últimos resultados já apresentaram diferença”, reconhece a atleta. “Estamos indo pelo caminho certo”.

Após Auckland, Pâmella retorna para Rio Maior, em Portugal, onde treinará para as quatro provas que disputará até maio. “Estou em uma zona em que ainda não tenho a vaga, mas tenho todas as chances de conseguir e vou tentar até o final”, promete.

Este texto foi escrito por: Paulo Gomes

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