A natação em águas abertas ganha cada vez mais adeptos, apaixonados pelas conhecidas maratonas aquáticas e natureza. Com isso um grupo de amigos decidiu abrir caminhos nunca antes explorados. O educador físico Samir Barel, o empresário Marcos Campos e o publicitário Matheus Zica, todos especialistas em provas longas, resolveram usar suas experiências para pesquisar e nadar percursos novos Brasil afora.
A experiência foi nomeada como Desafio Aquaman e após a escolha dos percursos, buscando o máximo de segurança do atleta e também novidade nos trajetos, eles são testados entre os amigos ou um técnico competente, para que os demais praticantes possam aproveitá-lo também. “O objetivo é difundir o esporte pelo Brasil, reforçar a importância da preservação das águas brasileiras e incentivar o turismo de esportes de natureza”, diz Marcos Campos.
Ideia
Tudo começou de uma conversa entre Marcos e Samir. “Estávamos em busca de lugares diferentes para nadar e simplesmente fazer o que gostamos, sem que a competição fosse o principal objetivo. Para divulgar a ideia de uma forma bacana decidimos somar forças com Matheus, que é publicitário, empresário e também maratonista aquático. Assim, ele veio como suporte de divulgação e mais força no projeto”, conta.
Início
A primeira travessia foi a da Ilha Anchieta, que contou com a presença do veterano da maratona aquática no Brasil, Raul Porto. Recentemente fizeram um percurso em Florianópolis,com Adherbal Oliveira, atual recordista sul-americano no Canal da Mancha e que neste ano vai encarar o Estreito de Gibraltar.
“Notamos que existe uma necessidade do público da maratona aquática em si, para encontrar novos percursos, já que muita gente pediu para fazer parte do projeto. Com isso, criamos alguns desafios”.
Os desafios foram feitos para todas as idades e diferentes níveis de habilidade. Em 2015 surgiu a primeira Travessia na Ilha dos Gatos, em São Sebastião. Foram montados dois tipos de percurso, um short de 1,5 km e um long de 7 km, atendendo assim todos os gostos e para a surpresa dos amigos, cerca de 400 pessoas participaram.
“Depois veio a Travessia na Praia da Cocanha, no mesmo formato, mas dessa vez incluindo uma opção de 200 metros para crianças, assim toda a família podia participar. Também foi a primeira vez que contamos com um nadador PNE (cadeirante), isso mostrou que podemos sim tornar a modalidade cada vez mais acessível para todos, reforçando assim o principal objetivo do Aquaman, que é trazer mais adeptos para a modalidade”, diz Marcos.
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Desenvolvimento
Atualmente são realizados no mínimo um desafio individual e uma travessia coletiva por ano, sempre mantendo em mente oferecer percursos diferentes. Isso já acontece há 3 anos consecutivos, desde 2014. Porém, a ideia é oferecer mais datas, pelo menos duas ou três provas por ano.
“A repercussão tem sido sempre muito positiva, inclusive neste último desafio entre Florianópolis e Porto Belo, fomos atração na cidade. A prefeitura abraçou a causa e a população em geral também torceu muito, lotando a praia para a chegada”.
Matheus conta que as próximas ideias são desafios em água doce, de relevância turística no Brasil, como o Rio Negro e o Rio São Francisco. “Nosso país tem uma costa extensa e deslumbrante, mas também é riquíssimo em recursos hídricos pouco explorados. Só não fazemos mais eventos devido a rotina de nadador e vida profissional, além do lado financeiro, já que estamos procurando viabilizar provas Brasil afora”.
“O desafio surgiu para incentivar pessoas a praticar natação em águas abertas, não somente pelo benefício físico e mental, mas sim pelo contato e preservação da natureza”, finaliza Matheus.