Cris com o noivo Fernando (foto: Arquivo Pessoal/ Cristiane Savieto)
Confira o relato de Cristiane Savieto, gerente comercial do Webrun, que participou da São Silvestre. Entusiasta das provas de rua e praticante há um bom tempo, ela sempre contagia o escritório com o bom humor e alto astral provenientes das corridas. Confira como foi.
São Paulo – Comecei a correr há mais ou menos um ano e meio. E como qualquer corredor, comecei a participar de provas de cinco e dez quilômetros. Aí veio a idéia, porque não participar de uma prova de 15 km, a São Silvestre?
Um dia decidi e falei, eu vou correr. Como era véspera de Reveillon, conversei com meu noivo para ver se íamos viajar. Como ele trabalha nesta época, deu tudo certo. Iríamos ficar em São Paulo. A partir daí foi só fazer a inscrição e começar os treinamentos mais fortes.
Logo que as inscrições abriram, fiz a minha para garantir o lugar. Em seguida, conversei com a Gabriela, minha treinadora na 4any1, que montou uma planilha específica para a corrida. Normalmente eu corria três vezes por semana, às terças, quintas e sábados. Porém, um mês antes da São Silvestre treinei quatro vezes por semana, às segundas, terças, quintas e sábados. Nestes treinos tinham muitas subidas, pois a Brigadeiro me esperava.
Treinos – Nos treinos normalmente meu pai estava junto, pois ele também corre e, como os meus treinamentos eram bem mais longos que os dele, ele sempre me esperava e comentávamos como tinha sido. Ele acompanhou todo o meu esforço, foi meu companheiro.
Uma semana antes da prova fiz treinos mais leves, tive boas noites de sono e caprichei na alimentação: comi muito carboidrato e não bebi nada alcoólico. Nos jantares que antecederam a prova meu noivo estava comigo e comeu as mesmas coisas que eu. Aproveitamos para conversar muito sobre como eu estava para a corrida, principalmente minha ansiedade.
No grande dia acordei cedo, tomei café da manhã por volta das 8h e almocei por volta das 11h30. Separei a roupa, tênis, boné, óculos de sol, monitor cardíaco, gel, o número de peito e o chip. Recebi um telefonema de meus pais, que me deram boa sorte e disseram que eles, junto com minha irmã e meus primos estariam na TV acompanhando e torcendo por mim. Pronto, só faltava me trocar e ir até a Paulista.
Meu noivo me levou até o local da prova. Cheguei por volta de 14h, fiz o trote, alonguei, recebi boa sorte dele (isso ajudou muito) e me posicionei na ala feminina para a largada às 15h15.
Na largada fiquei em um cantinho e fui tranqüila nos quilômetros de descida, pois se eu disparasse estaria cansada na subida. Desenvolvi muito bem a corrida, bebi água em todos os postos de hidratação, curti os locais em que eu passava e fiquei impressionada com o número de expectadores nas ruas. Todos batiam palmas e tinham palavras de incentivo.
Após correr cerca de seis quilômetros, começou aquela chuva. Bom, achei melhor chuva do que o sol quente. Mas, quem está na chuva é para se molhar, não é? E foi isso que aconteceu. Eu fiquei completamente ensopada, mas não desanimei, fui firme até o final.
Incômodo – A única coisa ruim é que ficamos pesados com a roupa molhada e como eu estava com óculos de sol, tive que ficar segurando, pois era impossível ficar com ele no rosto. Ele embassava a todo o momento e incomodava.
Ao completar os 10 Km, tomei o gel para ter energia na Brigadeiro. Todo mundo fala tanto desta subida que eu precisava estar preparadíssima!
Quando cheguei na Avenida achei tranqüila a subida. Acho que eu treinei tanta inclinação que já se tornou normal nas corridas. Claro que ela é uma subida longa e no final do percurso, mas não é este monstro que todo mundo fala. Fui numa boa.
Quando eu estava mais ou menos no meio da Brigadeiro, quem aparece? Meu noivo. Acredite ou não, ele estava naquela chuva e ficou me esperando lá para pegar o óculos que estava na minha mão.
Ele imaginou que o óculos estava me atrapalhando (e estava mesmo). Adorei o que ele fez !
Quando cruzei a linha de chegada foi uma grande emoção e até comecei a chorar! Mas de alegria, pois eu tinha finalizado uma grande prova em um bom tempo: 1h44min.
Este texto foi escrito por: Cristiane Savieto