No dia que escrevo pra vocês, estamos a exatamente 3 meses pra prova de 70.3 Brasília e faz um mês oficialmente que estou no ciclo, focada para a prova.

Consegui observar várias evoluções nesse período, principalmente no ciclismo, a modalidade que eu estava parada há mais de um ano. Pedalar na estrada e em uma velocidade acima de 28km/h por muito tempo é uma experiência de ciclismo completamente diferente comparada a uma ciclovia de cidade.

Além da necessidade de ter uma bike revisada e usar todos os equipamentos de segurança, voltar à estrada é estar 100% atenta e presente durante o treino. Infelizmente nós ciclistas não somos muito respeitados nas BR do país e vários motoristas acreditam que não deveríamos estar lá, mas ao invés de seguirem seu caminho, preferem assustar quem está na bicicleta, o que pode causar diversos acidentes.

São vários os casos e relatos de pessoas que sofreram acidente, mesmo assim, preciso frisar que existe uma galera muito massa na estrada, que apoia e admira nossa coragem e empenho para seguir praticando o esporte no meio de tantas dificuldades. Um agradecimento especial a todos aqueles que seguram a velocidade para nos dar passagem ou cumprimentam na estrada.
Apesar de todas as dificuldades, tem sido incrível me reencontrar na modalidade e poder estar junto ao pelotão durante os treinos de ciclismo.es na estrada, tanto por imprudência de um motorista, como foi o caso da triatleta Luisa Baptista que foi atropelada por um motociclista sem habilitação e que quase tirou sua vida, até motoristas que querem apenas “fazer graça” e assustar os mais vulneráveis que estão apenas querendo seguir o nosso caminho.

Tive duas experiências nessa semana, sempre difíceis e que fazem meu coração sair pela boca, já que a intensidade costuma ser alta. Mesmo assim, vale a pena cada quilômetro de energia e liberdade que só quem pedala sente.

Que venha mais uma semana e mês de treino para essa prova que tanto tem me inspirado.

Faltam 12 semanas para o Ironman 70.3 Brasília 🙂