Samuel Wanjiru terá trabalho para faturar Londres novamente (foto: Facempls/ Wikipedia)
As estrelas Sammy Wanjiru, do Quênia, e Irina Mikitenko, da Alemanha, retornarão à Maratona de Londres em 25 de abril do ano que vem para defender o título num dos pelotões mais fortes em 29 anos de história. Enquanto Wanjiru tentará fazer bonito mais uma vez após o recorde do percurso ano passado, Mikitenko tentará se tornar a segunda mulher a vencer três edições consecutivas e se igualar à sua compatriota German Katrin Dorre (1992 a 1994).
Apesar de possuir o tempo de 2h05min10 como melhor tempo na carreira, ele será apenas o terceiro mais rápido no field masculino, que inclui nada menos do que seis corredores que já correram mais rápido do que 2h05min30. Entre eles estão os quenianos Abel Kirui, campeão da Maratona no Mundial de Berlim esse ano, e Martin Lel, tricampeão de Londres, além de Tsegaye Kebede, bronze na Olimpíada e no Mundial. Também estará na disputa Jaouad Gharib, do Marrocos, ex-bicampeão mundial e terceiro em Londres ano passado.
Um dos grandes destaques será talvez o queniano Duncan Kibet, segundo mais rápido da história na maratona com o tempo de 2h04min27 graças à sua vitória em Rotterdam este ano. Ele fará sua estreia na disputa, assim como Abel Kirui.
Estou feliz por voltar a Londres, comenta Wanjiru, de 23 anos, que este ano venceu o prêmio das Maiores Maratonas do Mundo (World Marathon Majors). Farei o melhor para defender o título depois de trabalhar tão duro para vencer a última edição, ressalta. Londres sempre tem os melhores atletas, mas a presença de Duncan, Abel e Martin será ainda mais forte, completa.
Haverá muitos outros bons entre os 16 da elite, incluindo o queniano Emmanuel Mutai, sub 2h07 e prata no Mundial de Berlim, além do bicampeão da Maratona de Nova York, o brasileiro Marílson Gomes dos Santos. Dois atletas da Eritreia, Yonas Kifle, e o tricampeão mundial de Meia, Zersenay Tadese, também buscarão boas colocações. Os asiáticos serão representados pelos gêmeos Yuko e Takayuki Matsumiya e Yusei Nakao.
A esperança britânica de uma boa apresentação em casa está nos ombros de Dan Robinson, medalha de prata nos Jogos Commonwealth e de Andrew Lemoncello, ex-atleta de barreiras que fará sua estreia na distância.
Mulheres – Na prova feminina as disputas também serão acirradas. Enquanto Mikitenko entrará com seu recorde alemão de 2h19min19, ela terá forte oposição da romena Constantina Dita, atual campeã olímpica. A britânica Mara Yamauchi também será uma pedra no sapato, já que ano passado ela chegou em segundo em Londres, um minuto atrás da campeã e com a melhor marca na carreira de 2h23min12.
Meu objetivo é vencer a Maratona de Londres pela terceira vez e me igualar ao recorde de Katrin, relata Mikitenko de 37 anos. Eu amo correr em Londres e estou determinada a estar em boa forma e pronta para o desafio, mas sei que será complicado pelas fortes adversárias.
Entre as 19 competidoras da elite, seis quebraram a marca de 2h22, enquanto 12 já correram mais rápido do que 2h25. A medalhista olímpica em Atenas, Deena Kastor, é a segunda mais rápida do field e tentará repetir o feito de 2006, ocasião em que venceu com 2h19min36, recorde americano.
A medalhista de prata em Nova York, Lyudmila Petrova, é a terceira mais rápida. Ela é uma das cinco russas de peso junto com a veterana Svetlana Zakharova, três vezes vice em Londres e Liliya Shobukhova, campeã de Chicago em 2009, atual terceira em Londres e Inga Abitova, recém campeã da Maratona de Yokohama.
Um grupo de cinco etíopes rápidas também aparece como destaque. São elas a campeã de Berlim Atsede Habtamu, a campeã de Dubai em 2009 Bezunesh Bekele, a medalhista de bronze no Mundial, Mergia Aselefech, além da ex-campeã de Paris Magarsa Assale Tafa.
As asiáticas terão como nomes fortes a campeã mundial Bai Xue, da China, junto com a medalhista de prata no mundial Yoshimi Ozaki e sua colega de equipe no time japonês Yukiko Akaba. Duas Neo Zelandesas, Kim Smith e Fiona Docherty, além da sul-africana Tanith Maxwell completam o field.
Estamos honrados em dar as boas vindas aos nossos dois campeões para encabeças provas de alta qualidade, comenta David Bedford, diretor da competição. Os dois pelotões são os melhores que tivemos em 29 anos de história e tenho certeza que vão produzir duas disputas ótimas para o público, completa.
Este texto foi escrito por: Webrun