Todas as equipes já finalizaram o Mountain Do Lagoa

Redação Webrun | Corrida de Montanha · 17 out, 2009

Letícia trocou os remos pelo tênis de corrida (foto: Alexandre Koda/ www.webrun.com.br)
Letícia trocou os remos pelo tênis de corrida (foto: Alexandre Koda/ www.webrun.com.br)

Florianópolis – Todas as equipes já finalizaram a edição 2009 do Mountain Do Lagoa da Conceição, competição de mais de 70 quilômetros que percorreu trilhas e praias da capital de Santa Catarina. O tempo úmido com garoa em alguns momentos tornou os trechos mais perigosos e emocionantes ao mesmo tempo.

Salles Júnior, de Ponta Grossa (PR) correu o terceiro percurso, da Costa da Lagoa até o Lagoa Iate Clube, quase que totalmente dentro da mata fechada. “Estava liso, com barro, mas acho que todo mundo deveria experimentar um dia”. De acordo com o representante da Zimba Team, o clima frio não foi problema. “O único problema é a umidade que fica no chão, mas é melhor do que o sol forte”.

Nos postos de troca a animação era muito grande, já que os membros das equipes que já tinham corrido e os que ainda iriam correr, aplaudiam e incentivavam todos os participantes que passavam. Com o tempo feio, as praias da região estavam vazias, mas os poucos freqüentadores davam uma força extra para os corredores.

A superação foi a palavra de ordem para muitos, que mesmo não estando 100% fisicamente encararam o Mountain Do, como Alanucia Veira, que há três dias vem sentindo indisposições. “Acho que a troca do meu remédio foi um problema, pois venho sentindo enjôos há três dias. Tomei muito gel para ajudar a agüentar, o percurso estava muito escorregadio, mas consegui completar”. A estreante na prova espera voltar ano que vem com sol. “O tempo tem que melhorar muito em 2010”, brinca a representante da equipe Superação.

Chegada – Já na chegada da competição, no interior do Hotel Engenho Eco Park, no Rio Vermelho, o sorriso no rosto dos atletas era sinal de mais um fim de semana muito divertido na companhia dos amigos. Muitos deles estavam cobertos de barro e encharcados, mas uma competidora em especial saiu da prova com souvenir diferente: o braço enfaixado.

Juliana Medeiros sofreu uma série de escorregões na descida da trilha e numa delas caiu sobre o braço. “Eu levei uns 10 tombos mais ou menos, escorreguei e caí de ombro no chão”, lamenta a competidora. “Mesmo assim valeu a pena, o visual é maravilhoso , cairia mais 10 vezes e voltaria de novo”, completa. Ela já correu essa prova e também a edição do Costão do Santinho, mas acha que esse foi mais difícil.

Mais um estreante na disputa, o gaúcho Gustavo Marque, cruzou a linha de chegada bem no momento em que a chuva apertou na Ilha da Magia, mas ele nem ligou para o fato. “Foi minha primeira vez numa corrida deste tipo e para mim foi ainda melhor porque estou com uma turma muito legal”, relata o representante da equipe Clube Vitta.

Algumas pessoas se preparam o ano inteiro para uma disputa de revezamento em trilhas e praias, outras fazem um planejamento de pelo menos seis meses, mas outras resolvem encarar uma prova como essa de última hora, como Paulo Roberto Person. “Foi difícil. Estou treinando há um mês e meio só, mas consegui encarar 10 quilômetros”, conta o membro da equipe Tigre em Ação, que precisou se transformar num tigre para completar o trecho final. “Apear das dificuldade valeu muito a pena, estou com a endorfina lá em cima e com certeza volto ano que vem”.

Já a colega de equipe de Paulo, Alana Almeida, também virou uma felina durante o Mountain Do. “Não dava para correr realmente. Muitas vezes tive que caminhar de gatinho e com cuidado para não cair. Adorei ter participado e ano que vem estou de volta com o pessoal”.

Antes de abrir o sorriso por completar algum dos trechos da prova, a maioria dos atletas tinha um semblante sério e algumas vezes apresentando sofrimento por fazer tanto esforço. Janda Miller, da equipe Top Runners, demorou alguns minutos para recuperar o fôlego ao cruzar a linha de chegada e conseguir conversar.

“O trecho mais difícil foi o da praia, pois a areia é muito mole e se você tenta correr mais perto da água, o mar avança e complica ainda mais”. Apesar disso, ela acredita que é muito recompensador e prazeroso competir essa disputa. “Apresar da lama e da chuva, é mais refrescante e a gente consegue ter uma energia muito melhor”.

Uma corrida como essa atrai atletas de todos os tipos: corredores de aventura, corredores de rua e até remadores, como é o caso de Letícia Oliva, que mostrou estar em ótima forma. Mesmo nos metros finais, ela não desacelerou e manteve um ritmo forte até cruzar a linha de chegada. “Não pode parar, o importante é chegar”.

Acostuma com os treinos na água e principalmente exercitar o braço, ela aprovou a corrida. “A parte da areia foi a mais cansativa, mas no geral foi melhor do que eu esperava. Não sabia que era tão bom”. Apesar da satisfação, ela não pretende trocar de modalidade. “É bom para sair da rotina, vou continuar fazendo os dois agora”, finaliza a representante da equipe Companhia do Corpo.

A última equipe a completar oficialmente a edição 2009 do evento foi o octeto feminino Ironmind, na pele de Juliana Morais. Todos os staffs, público e imprensa presentes neste momento aplaudiram muito e comemoraram junto com o time. “Você tem que pensar que tem uma equipe junto com você que está à sua espera. Esse último trajeto foi relativamente fácil, o pessoal indicou bem e foi muito gostoso”, conta a catarinense. Muitas pessoas acreditam que o clima chuvoso é algo negativo, mas não para Juliana. “Foi perfeito, com uma chuvinha para refrescar”.

Os campeões de cada categoria serão conhecidos neste domingo (18/10) durante a cerimônia de premiação, depois que todos os resultados e tempos forem apurados pela comissão organizadora. O evento está programado para ter início a partir das 11h no Lagoa Iate Clube.

Este texto foi escrito por: Alexandre Koda

Redação Webrun

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