Triathlon · 20 jun, 2006

O final da categoria equipes de oito pessoas da Race Across América reservou uma grata surpresa para os espectadores. Duas equipes (Team Beaver Creek/Vail e Team Type 1) disputaram “joelho a joelho” a primeira colocação, desde a passagem pelo Rio Mississipi.

Ao cruzarem a linha de chegada ontem, após mais de cinco dias de prova, a diferença foi de apenas quatro minutos da primeira colocada Team Beaver Creek/Vail para a Type 1. A equipe vice campeã é formada apenas por corredores diabéticos.

Durante toda a prova a adrenalina subiu ao máximo, os corações dispararam e todos os limites foram alcançados. Porém, nada que os impedisse de tomar uma boa cervejinha gelada após a chegada.

A Type 1 divulga fotos de sua participação em um blog pessoal, o www.teamtype1.org. Cada clique nas fotos ajuda na campanha para arrecadar R$1 milhão para pesquisas sobre a diabete.

Tempos:

Beaver Creek/Vail - 5 dias, 16 horas e 1 minuto.

Team Type 1 - 5 dias, 16 horas e 4 minutos.

Já na categoria duplas, os vencedores são da equipe BodyXchage/Garden Pathways, que ainda quebraram o recorde de velocidade. Eles pedalaram com uma velocidade média de 19,61 milhas por hora (31,55 km/h), aproximadamente 1 milha por hora (1,8 km/h) mais rápidos que Jeff Rushton e Kevin Wallace, detentores do recorde anterior.

A vitória e o recorde foram conquistados com muito suor e após enfrentarem diversos problemas. Na última hora alguns membros da equipe de apoio não puderam participar e o carro de apoio quebrou no meio da competição.

Após tudo isso, eles cruzaram a linha hoje, com o tempo de seis dias, 11 horas e nove minutos.

Brasil
A equipe brasileira está no Ponto de Controle 49 e continua a ocupar a sétima posição. A equipe que vem logo atrás, a Dreams for Kids está bem encostada nos brasileiros. Ambos ainda tem 357 milhas para percorrer até o final da prova.

Triathlon · 19 jun, 2006

A tradicional prova de ciclismo Race Across América (RAAM) está no oitavo dia de competição. O evento começou na cidade de San Diego e vai até Washington, nos Estados Unidos. Ao todo os competidores terão que percorrer mais de quatro mil quilômetros de bike.

Na categoria solo o atual líder é o ciclista Daniel Wyss. Ele passou no posto de controle 46 com sete dias e 19 horas de prova. Ainda restam mais 800 quilômetros de competição e cerca de 50 postos de controle.

A única equipe brasileira na RAAM está com a sétima posição da categoria quarteto. Composta por três brasileiros e um português, eles passaram no posto de controle 39 com cinco dias e 14 horas de prova. Já a equipe líder da categoria, Beaver Creek está no posto de controle 58. Até agora foram oito dias de prova para a categoria solo, que largou antes, e cinco dias para os times.

Triathlon · 17 jun, 2006

A equipe brasileira que compete na Race Across America, a Vencendo Desafios, entrou no Estado de Colorado às 14h da última sexta feira (16) em uma região montanhosa e muito difícil de se pedalar, a 3200 metros de altitude.

Na manhã desse sábado a serra foi atingida por uma chuva forte, o que ocasionou uma queda na temperatura. Por esse motivo, os atletas da equipe tiveram que fazer o revezamento a cada 15 minutos.

Após pedalarem mais de 1700 quilômetros, pouco mais de um terço da prova, foram penalizados quatro vezes. Uma delas porque um membro do time pedalou à noite sem apoio da equipe de assistência, outra porque entraram em uma rodovia com velocidade abaixo do limite, uma por problemas na luz da bike e outra porque um pneu da van de apoio furou e demoraram a encontrar, prejudicando o revezamento.

A comida é uma preocupação iminente durante toda a prova. Johnny Lin é o “cozinheiro”, que prepara basicamente arroz, macarrão, carne, frango, além de legumes, frutas e sucos. Apesar de toda essa preocupação, no primeiro dia Márcio Milan teve problamas no estômago e ficou cerca de quatro horas sem pedalar.

Atualmente eles têm feito revezamentos de 30 em 30 minutos das 6h até às 0h e a cada uma hora das 0h até às 6h. Eles estão na 42ª colocação pedalando com muito vento contra.

Triathlon · 16 jun, 2006

O bicampeão da Race Across América (2004 e 2005), Jure Robic, teve que abandonar a competição após apresentar um quadro de virose. De acordo com os médicos, se ele continuasse a prova as conseqüências poderiam ter sido fatais.

Robic liderou a prova durante uma boa parte do percurso antes de se retirar após passar pelas montanhas do Colorado e ter percorrido 886 milhas (aproximadamente 1594 quilômetros). Após os exames realizados no hospital, seu médico particular afirmou que talvez ele já estivesse com um vírus encubado em seu corpo antes de iniciar a corrida.

Não se sabe ao certo o que levou o corpo do atleta a manifestar o vírus, talvez a mudança climática dos desertos do Arizona para as gélidas montanhas do Colorado, ou o demasiado esforço que ele fez. Durante sua passagem pelo PC 16, ele estava respirando com dificuldades e já se mostrava fraco.

Após uma breve pausa ele deixou o local sem estar 100% de suas capacidades físicas e ainda percorreu vários quilômetros antes de perceberem que precisava de ajuda. Ao ser resgatado pela organização, ele estava tossindo sangue, inchado e apresentava quadros de pneumonia.

Ele foi levado ao Mercy Medical Center, em Durango, foi medicado e passa bem. Ele diz que está desapontado por ter que se retirar da competição, mas está animado para ver o desenrolar dos fatos e afirma que em 2007 estará de volta.

Durante a passagem dos ciclistas pelo Ponto de Controle 26, Steve e Jolan Strecker, donos da lanchonete McDonald’s que serve a região, estão oferecendo lanches gratuitos para os ciclistas e equipes. Além disso, durante a passagem por esse PC, o público presente e os funcionários fazem uma grande festa para recepcionar e incentivar os corredores que por lá passam.

Jonathan Boyer liderava a prova quando resolveu passar pelo “Drive Tru” do PC 26 e pegar alguns cheesebúrgueres. Aproveitando a situação, o segundo colocado Fabio Biasiolo passou sem fazer paradas e assumiu a primeira posição temporariamente.

Os ventos fortes que sopram na região desde o início da competição fizeram mais uma vítima. Jean-Marc Vélez foi arremessado de sua bike e sofreu alguns ferimentos leves.

Equipe brasileira
A equipe do Brasil, Vencendo Desafios, continua melhorando seu posicionamento na corrida. Eles haviam passado pelo PC 11 ontem (15) na 50ª posição. Hoje já cruzaram nos PCs 19 (La Veta) e 20 (Trinidad) na 46ª posição.

Triathlon · 15 jun, 2006

Após o quarto dia de competições solo e o segundo de equipes na Race Across América, muitas equipes abandonaram, outras melhoraram as posições e muitas são exemplos para o mundo.

Nos últimos quatro Pontos de Controle a prova teve um líder diferente após a passagem dos competidores pela região do Colorado. Essas mudanças retratam o incrível espírito competitivo dos atletas que vão à frente.

Na categoria solo feminino uma grata surpresa com a ciclista Patty Jo Struve, que parece sentir menos os efeitos do cansaço e conquistou diversas posições. Atualmente ela é a 18ª na classificação geral, à frente de muitos homens e apenas 18h49min atrás do líder.

Porém, alguns não têm a mesma disposição e prepare físico que Patty. Diversos competidores estão sofrendo com problemas respiratórios, ocasionados pela diferença de temperatura do ar. Durante o dia um calor forte e à noite um frio congelante.

A porcentagem de abandono da prova é de aproximadamente 50% dos atletas, ao final da competição. Até o momento sete ciclistas tiveram que desistir, menos de 25% do total.

Em breve os primeiros colocados devem chegar a Kansas e atingir exatamente a metade da prova.

Prova de equipes

No segundo dia de competições por equipes a Handcycle, da Áustria, começou bem atrás dos outros competidores, mas se recuperou bem e já ultrapassou diversos ciclistas solo.

Na liderança da categoria Desafio Corporativo estão os atletas da Team Type I, composta por oito integrantes que sofrem de diabetes. A intenção deles é provar para as pessoas diabéticas que tudo é possível com uma vida saudável. Já a equipe Team Donate Life tem integrantes doadores ou receptores de órgãos e um integrante que já recebeu dois transplantes.

Outra categoria interessante de se observar é a quarteto feminina. Apesar e a prova ainda estar longe do final a equipe Red Helmets, composta por atletas com mais de 60 anos, lidera atualmente.

O objetivo deles é quebrar o recorde de quartetos acima dos 50 anos, estabelecido por dois dos integrantes há dez anos atrás. Se eles vão vencer a prova ou não, não importa. O que vale é a inspiração para as mulheres do mundo todo.

A equipe brasileira continua bem na competição. O time Vencendo Desafios, formado por Paulo Bastos, Márico Milan, Francisco Chagas de Souza e pelo português Joaquim Eduardo Martins passou pelo PC 11 na 50ª posição.

Eles melhoraram sete posições em relação ao PC anterior, onde haviam passado na 57ª posição.

Notas rápidas

Abandono antes de recorde:A ciclista Patty Jo Struve, da categoria acima de 50 anos, abandonou na marca de 771 milhas (aproximadamente 1200 quilômetros) com assaduras ocasionadas pela sela da bike. No momento do abandono ela estava a duas milhas por hora (3,2 km/h) de estabelecer o recorde de velocidade.

Incêndio no caminho: A região de Flagstaff, no Arizona, foi castigada por um incêndio nas florestas locais. As rotas dos ciclistas tiveram que ser alteradas e ninguém se feriu. As autoridades locais já estão tentando conter o incêndio, que aumenta a cada hora devido aos fortes ventos.

Abandono do líder:O líder da prova Jure Robic abandonou a competição, após ter sido diagnosticada uma pneumonia.

Triathlon · 14 jun, 2006

Nessa terça, após aproveitarem 160 quilômetros tranqüilos pelo belo cenário de Monument Valle, os competidores tiveram que enfrentar uma subida de mais de 2500 metros.

O corredor solo Daniel Wyss liderou a prova na segunda feira pela primeira vez, mas próximo ao Ponto de Controle 12 Jure' Robic, reassumiu a liderança e abriu uma distância de duas horas sobre Daniel.

Alguns participantes tiveram problemas durante essa parte da competição, como Guy Wells, de 55 anos, que começou a andar em uma velocidade abaixo da mínima permitida para continuar. De acordo com o relatório da organização, ele deve ter parado em Flagstaff para descansar um pouco.

Três corredores solo abandonaram a Race Across América até agora. James Kern teve edema pulmonar, Lou Lamoureux se retirou após uma batida e Orlando Borini teve problemas nas costas.

Já as equipes relargaram na madrugada de hoje (hora do Brasil) no porto de Oceanside, mas algumas tiveram problemas, como alguns integrantes das equipes Cyclonauts a Nor'easter que tiveram que ser encaminhados para um hospital.

Um dos integrantes da Nor'easter foi derrubado da bike por ventos fortes e perdeu a consciência na queda. Ele passa bem e já recuperou a consciência.

A equipe brasileira Vencendo Desafios segue bem na competição, após ter chegado ao Ponto de Controle Cinco às 9h20 (hora local), na 58ª posição.

Triathlon · 13 jun, 2006

Hoje acontece a largada por equipes da competição de ciclismo Race Across America. Considerada uma das competições mais difíceis do mundo, o Brasil será representado por um quarteto. Todos os competidores deverão cruzar o Estados Unidos de ponta a ponta, serão mais de quatro mil quilômetros percorridos de bike.

A equipe “Vencendo Desafios” será composta pelos brasileiros Paulo Bastos, 46 anos; Marcio Milan, 57 e Francisco das Chagas de Souza, 42 anos. Também faz parte do time o português Joaquim Eduardo Martins que tem 45 anos. Eles largam da cidade de San Diego e devem ir até o primeiro posto de controle, em Lake Henshaw, Califórnia.

Categoria solo - A disputa na categoria solo já começou. A largada individual foi realizada no último domingo em San Diego. Com dois dias de competição, os participantes enfrentaram, nessa última segunda-feira, um percurso com mais de dez mil metros de subida.

Na categoria individual enduro, o líder é Jure´Robic. Ele já passou pelo posto de controle 13, no total serão 99. Já na categoria solo tradicional, Marcel Knaus comanda prova.

Triathlon · 10 jun, 2006

A única equipe brasileira que participa esse ano do Race Across America, prova de ciclismo endurance, é o time “Vencendo Desafios”. Composta por três brasileiros e um português, a equipe começa a competição na próxima terça-feira.

O Race Across América consiste em pedalar de ponta a ponta os Estados Unidos. A largada acontece em San Diego, oeste do país e chegada em Washington, leste americano. O Brasil será representado pelos paulistas Paulo Bastos, 46 anos;
Marcio Milan, 57 e Francisco das Chagas de Souza, 42 anos.

Também faz parte do time o português Joaquim Eduardo Martins que tem 45 anos. Todos já embarcaram para os Estados Unidos e terão uma equipe de apoio com motor-home, e profissionais para auxiliarem os participantes. Isto porque a prova tem quase cinco mil quilômetros e dura cerca de cinco dias.

Triathlon · 09 jun, 2006

O brasileiro Michel Bögli, diretor da assessoria esportiva Starkfit, já participou de diversas competições esportivas ao longo da sua vida. Porém a mais marcante foi a tradicional competição de ciclismo Race Across America (Raam), considerada a prova de endurece mais difícil do mundo. Esse ano o evento está na sua 25ª edição e começa no próximo domingo nos Estados Unidos.

No Raam os participantes devem cruzar o país de ponta a ponta. São dias de prova e todos enfrentam condições adversas como chuva, frio, calor, altitude entre outros.

Bögli já enfrentou a dura prova por cinco vezes e conta como é a competição. Só de responder as perguntas do Webrun, ele confessa que ficou com vontade de enfrentar tudo de novo.

Webrun - Quais são os trechos mais difíceis do Race Across America?
Michel Bögli - O deserto (Mojave, na Califórnia), sempre, e claro as 15 horas finais da prova. O cansaço e o sono vão dominando o psicológico e aí que o bicho pega. Ao mesmo tempo, que falta pouco em relação ao total, ainda assim 800 ou 500km são uma eternidade.

Webrun - E os mais tranqüilos?
Michel Bögli - Pessoalmente gosto bastante do meio da prova, no estado do Colorado tenho lembranças muito agradáveis tanto pelo clima ameno, como pela condição física. Você já superou as dificuldades de adaptação iniciais e seu corpo ainda não está em frangalhos.

Em 2004, com a equipe Extra Distance, a prova terminou em Atlantic City. Nos dois últimos dias atravessando os estados de Ohio, West Virginia e Pensilvânia tive ótimos momentos apesar das subidas.

WR - Para participar da prova, cada equipe precisa ter o seu apoio. Do que consiste esse apoio?
MB - De toda a infra-estrutura que você precisará para enfrentar dias e mais dias pedalando. Alimentação, mecânico para as bicicletas, massagista e bons navegadores para te levar até a chegada, já que o caminho é fornecido através de planilhas e mapas. Você deve levar praticamente uma casa, com tudo o que você julgar necessário. Aí o orçamento da equipe faz a diferença.

WR - Como deve ser a alimentação do atleta que participa de provas como essa?
MB - Como são vários dias e não longas horas, você deve se preocupar em ingerir os nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo (fontes de energia, vitaminas e minerais). Porém deve-se respeitar bastante o paladar e a vontade de cada atleta. Se você estiver com vontade de comer sanduíche de salame, coma! Só não pode esquecer de se hidratar muito. Aliás, minha experiência pessoal é que sempre utilizei os líquidos para me alimentar e não somente hidratar. Desta forma perde-se pouco peso e garante-se um bom nível de energia pelos sete dias.

WR - Qual é a sensação de completar o Raam?
MB - Sem dúvida foi a minha melhor experiência esportiva. Mesmo depois de centenas de triathlons, maratonas, corridas de aventura, Ironman no Havaí e Extra Distance, posso dizer que para mim nada se comparou aos Raam, principalmente os dois primeiros, em 1994 e 1995.

É um evento mágico para ciclistas amadores. A atmosfera simplista, o bando de loucos que compõem a família Raam, as paisagens e principalmente a viagem pessoal que o Raam te leva. É inesquecível. Vale a pena e sempre que puder voltarei, aliás, só de falar sobre já está me dando vontade de estar lá novamente no ano que vem.

Triathlon · 08 jun, 2006

O Race Across America (Raam), umas das provas de ciclismo mais difíceis do mundo, comemora 25 anos de existência. A largada da competição acontece no próximo dia 11 de junho na cidade de San Diego, oeste dos Estados Unidos.

Já a chegada será feita no extremo leste do país, em Washington. Isso significa que os participantes terão que cruzar os Estados Unidos de bicicleta. E esse é o grande barato da prova.

O idealizador do Raam foi o ciclista especializado em longas distâncias, John Marino, recordista mundial de travessias continentais. Em 1978 ele pedalou entre as cidades americanas de Santa Mônica e Nova York. O feito demorou 13 dias uma hora e vinte segundos.

Depois de alguns anos, a aventura de Marino se transformou na prova de ciclismo Race Across America. Os interessados podem participar nas categorias solo, duplas, quartetos ou sextetos. Na categoria solo o ciclista só pode dormir, ou seja, parar de pedalar por cerca de duas horas no dia. Já nas demais categorias os ciclistas devem se revezar sempre.

Ao todo são quase cinco mil quilômetros de pura competição e esse ano o Brasil será representado por um quarteto. O ciclista Marcio Mila, que já participou da competição e os estreantes Joaquim Martins, Paulo Bastos e Francisco da Souza compõem o time "Vencedo Desafios Team Brazil".

A categoria solo larga no próximo domingo às 9h, horário local. Já as equipes começam a prova na terça-feira, 13 de junho.