Cobertura_MountainDo_2012

Corredores elegem as dunas como o pior trecho do Mountain Do Atacama

O Mountain Do Deserto do Atacama, realizado no último domingo (29/01) na cidade chilena de San Pedro de Atacama, aconteceu sob forte calor, a uma altitude de 2.500m e num dos climas mais secos do mundo. Nenhum desses fatores, porém, foi eleito pelos corredores como o mais complicado, mas sim correr ladeira acima em meio às dunas do deserto.

Direto de San Pedro de Atacama (Chile) - Tanto os participantes dos 42 quilômetros, quanto os da prova de 23 elegeram as dunas do Vale da Lua como um dos pontos de maior dificuldade da competição. Muitos não conseguiram correr e foram obrigados a caminhar sobre a areia fofa, um verdadeiro martírio, mas que não tirou o brilho da prova.

Ana Márcia Werneck, da equipe Sprint Assessoria Esportiva, correu com mais três amigas e, além de apoiar as companheiras durante os trechos complicados, também parou para ajudar outros competidores. “Além de termos que caminhar na subida das dunas, ainda ajudamos um rapaz que estava com câimbra. Após a chegada tive a sensação de missão cumprida”, relata. Janaína Porto Alegre ratifica as palavras da amiga e complementa: “o calor não foi um fator de incômodo, já que o clima seco faz com que não transpiremos”.

A outra integrante do quarteto da Sprint, Carla Tirelo, até esqueceu-se da altitude ao enfrentar as dunas. “O cansaço das dunas foi a pior parte, mas valeu muito a pena. A companhia das meninas foi maravilhosa e certamente voltarei ano que vem”.

O paulista de Santo André, Marcos Decimoni, chegou com câimbras, mas encarou bem sua primeira maratona no Mountain Do Atacama. “Foi um desafio muito punk, coisa de louco as subidas na duna. Senti um pouco de câimbras e acredito que no próximo ano com um preparo melhor e alimentação adequada eu consiga ir melhor”.

Meninas da trilha - Ivani Bielak, de Florianópolis, foi quarta colocada nos 42 quilômetros e, apesar de estar acostumada a provas de montanha, sofreu no deserto. “O morro de dunas foi muito complicado e depois deste trecho senti muito cansaço. Foi uma superação total”.

Também acostumada a participar de provas fora de estrada, como os Mountain Do em Florianópolis, Marcella Horstamnn teve que subir as dunas apoiando as mãos nas coxas. “Ao chegar lá em cima parece que já acabou, mas ainda têm mais subidas e descidas. A gente acha que não vai conseguir, mas quando passa agradece a Deus e fica tudo bem”. Representante da equipe Corredores do Terral, ela diz que todos no grupo aprovaram o evento. “Foi uma loucura, mas a prova vela pena. Show de bola”.

Lembranças do deserto - Não foram só as dunas que desafiaram os competidores do Mountain Do. A dupla de corredores gaúcha, Jackes Heck e Luciano Machado, lembrará da competição por um longo período. “O meu joelho doeu muito, mas não desisti e fui até o final”, relata Luciano que viu seu colega sofrer um corte na cabeça durante a passagem pela caverna.

“Vou levar uma lembrança desta corrida: uma cicatriz na cabeça”, lamenta Jackes. “No quilômetro dez raspei a cabeça na caverna e ainda corri cinco quilômetros com a cabeça sangrando. Cheguei até a ambulância, fiz o curativo e continuei a correr”, relata. “Ainda fiz um tempo bom. Somos brasileiros e gaúchos, não desistimos nunca!”


Corredores elegem as dunas como o pior trecho do Mountain Do Atacama

Corrida de Montanha · 31 jan, 2012

O Mountain Do Deserto do Atacama, realizado no último domingo (29/01) na cidade chilena de San Pedro de Atacama, aconteceu sob forte calor, a uma altitude de 2.500m e num dos climas mais secos do mundo. Nenhum desses fatores, porém, foi eleito pelos corredores como o mais complicado, mas sim correr ladeira acima em meio às dunas do deserto.

Direto de San Pedro de Atacama (Chile) - Tanto os participantes dos 42 quilômetros, quanto os da prova de 23 elegeram as dunas do Vale da Lua como um dos pontos de maior dificuldade da competição. Muitos não conseguiram correr e foram obrigados a caminhar sobre a areia fofa, um verdadeiro martírio, mas que não tirou o brilho da prova.

Ana Márcia Werneck, da equipe Sprint Assessoria Esportiva, correu com mais três amigas e, além de apoiar as companheiras durante os trechos complicados, também parou para ajudar outros competidores. “Além de termos que caminhar na subida das dunas, ainda ajudamos um rapaz que estava com câimbra. Após a chegada tive a sensação de missão cumprida”, relata. Janaína Porto Alegre ratifica as palavras da amiga e complementa: “o calor não foi um fator de incômodo, já que o clima seco faz com que não transpiremos”.

A outra integrante do quarteto da Sprint, Carla Tirelo, até esqueceu-se da altitude ao enfrentar as dunas. “O cansaço das dunas foi a pior parte, mas valeu muito a pena. A companhia das meninas foi maravilhosa e certamente voltarei ano que vem”.

O paulista de Santo André, Marcos Decimoni, chegou com câimbras, mas encarou bem sua primeira maratona no Mountain Do Atacama. “Foi um desafio muito punk, coisa de louco as subidas na duna. Senti um pouco de câimbras e acredito que no próximo ano com um preparo melhor e alimentação adequada eu consiga ir melhor”.

Meninas da trilha - Ivani Bielak, de Florianópolis, foi quarta colocada nos 42 quilômetros e, apesar de estar acostumada a provas de montanha, sofreu no deserto. “O morro de dunas foi muito complicado e depois deste trecho senti muito cansaço. Foi uma superação total”.

Também acostumada a participar de provas fora de estrada, como os Mountain Do em Florianópolis, Marcella Horstamnn teve que subir as dunas apoiando as mãos nas coxas. “Ao chegar lá em cima parece que já acabou, mas ainda têm mais subidas e descidas. A gente acha que não vai conseguir, mas quando passa agradece a Deus e fica tudo bem”. Representante da equipe Corredores do Terral, ela diz que todos no grupo aprovaram o evento. “Foi uma loucura, mas a prova vela pena. Show de bola”.

Lembranças do deserto - Não foram só as dunas que desafiaram os competidores do Mountain Do. A dupla de corredores gaúcha, Jackes Heck e Luciano Machado, lembrará da competição por um longo período. “O meu joelho doeu muito, mas não desisti e fui até o final”, relata Luciano que viu seu colega sofrer um corte na cabeça durante a passagem pela caverna.

“Vou levar uma lembrança desta corrida: uma cicatriz na cabeça”, lamenta Jackes. “No quilômetro dez raspei a cabeça na caverna e ainda corri cinco quilômetros com a cabeça sangrando. Cheguei até a ambulância, fiz o curativo e continuei a correr”, relata. “Ainda fiz um tempo bom. Somos brasileiros e gaúchos, não desistimos nunca!”

Disputas acirradas marcam os 23 km do Mountain Do Deserto do Atacama

A disputa de 23 quilômetros do Mountain Do Deserto do Atacama passou por regiões famosas do deserto chileno, como o Vale da Lua e o Vale da Morte no último domingo (29/01). Marcio Scotti venceu nos últimos metros, enquanto Letícia Saltori venceu após liderar de ponta a ponta.

Direto de San Pedro de Atacama (Chile) - Vinte e três quilômetros percorridos em meio ao deserto mais seco do mundo. Esse foi o desafio de centenas de corredores que acordaram cedo e, antes mesmo do nascer do sol, já estavam concentrados e alinhados para a largada na praça central da cidade.

A largada aconteceu às 7h10 e, enquanto a maioria dos corredores imprimia um ritmo moderado, com o objetivo de se acostumar com o clima seco, Letícia Saltori, Márcio Scotti e Marco Aurélio Piazza pareciam não sentir os efeitos da altitude e já corriam acelerados. Após 1,5 quilômetro em asfalto a prova começou para valer, com subidas e descidas leves por uma estrada de terra.

O primeiro grande desafio veio no momento em que o pelotão entrou no Vale da Lua, local onde as formações rochosas misturadas com sal predominam na paisagem. Com dois quilômetros percorridos no interior do vale, Letícia e os outros se viram obrigados a “escalaminhar” um barranco para prosseguir no percurso.

O trio não tomou conhecimento do obstáculo natural e seguiu adiante passando por cânions, trilhas e até cavernas. Na disputa masculina, Marco liderava com Márcio em seu encalço, enquanto no feminino Letícia reinava absoluta sem ver adversárias na retaguarda.

Ao chegar ao trecho de duna, a velocidade teve que ser reduzida, afinal as subidas íngremes em meio à areia fofa prejudicavam o bom desempenho dos corredores. Apesar do sol forte e céu sem nuvens, uma brisa fresca ajudava a refrescar os corpos já fadigados pelo esforço intenso.

Após cruzarem o Vale da Morte, com altos precipícios ao lado, eles chegaram ao vilarejo de San Pedro de Atacama são e salvos. Marco não sustentou a liderança e foi ultrapassado por Márcio, que cruzou em primeiro nos metros finais com o tempo de 1h49min23, contra 1h46min49 do adversário.

“Foi uma luta junto com o Marco e defini a prova na chegada à cidade”, relembra o campeão. “Acho que essa prova tem o visual mais bonito de todas as que já participei. Estava bem, mas as subidas na areia não foram fáceis para ninguém”, completa o gaúcho de Porto Alegre. Já Marco tenta explicar a perda do título nos metros finais. “Eu vim para ganhar, mas não teve jeito. Corri sozinho até os cinco quilômetros, mas no momento em que ele chegou segurei o ritmo para me poupar e tentar definir no final”. O representante de Florianópolis explica, porém, que o ritmo forte após a metade do percurso o desgastou. “Ao sairmos da duna aceleramos e não conseguia nem contemplar a paisagem tamanha a concentração. Nos últimos 500 metros ele saiu num tiro e eu não aguentei acomapnhar, faltou perna”, finaliza.

O terceiro colocado foi Elder Moura, que marcou 2h01min30. Mas, quem chegou antes do atleta de Rio Branco (Acre) foi Leticia, com o tempo de 1h59min08, o que lhe rendeu o primeiro lugar feminino. “No início comecei a sentir dificuldades para respirar e o peito doía bastante. Mas após o quilômetro cinco, na região montanhosa, me senti mais à vontade”, conta a curitibana que não sofreu tanto com o calor. “Tive mais problemas com a altitude do que com o calor. As dunas foram muito complicadas, assim como a passagem na caverna, pois de repente tudo escureceu e não se enxergava nada”, completa. “Mas valeu à pena e já penso em voltar em 2013 com um grupo de amigos”.

Mais mulheres - A segunda colocada foi Mônica Priscilla Hernandez, com o tempo de 2h10min38. “Achei a corrida muito boa, mas difícil. Nem pensava em obter colocação, a ideia era só chegar ao final, mas adorei”, relata a argentina radicada no Rio de Janeiro. “Apesar da dificuldade nas dunas no Vale da Lua, a paisagem compensou”, completa a corredora que também já pensa em voltar no próximo ano.

Em terceiro chegou Erika Virginia Brito, com a marca de 2h18min44. “A grandiosidade do local supera a altitude, o clima seco e o calor. É com muito orgulho que levo esse troféu para casa”, comenta a corredora do Piauí, mas que atualmente mora em São Luiz, no Maranhão. “Gostaria de parabenizar a organização e ano que vem voltarei para buscar o primeiro lugar”, completa a ex-corredora de aventura que hoje mescla as provas de asfalto com as de montanha.

5 quilômetros - Além das distâncias de 42 e 23, o Mountain Do Deserto do Atacama também teve uma rústica de cinco quilômetros. Entre os inscritos estava uma moradora de San Pedro de Atacama, Tania Perez, que aprovou o evento. “Foi uma corrida genial, gostei bastante. Ainda bem que não fez tanto calor”. Segundo ela, não existem muitos eventos esportivos na cidade. “Aqui não há tanto incentivo para a corrida como no Brasil, mas espero que o Mountain do sirva de exemplo e tenhamos mais eventos por aqui”, completa a corredora que trabalha nos Correios. “Vou me preparar para correr os 23 quilômetros ano que vem”, promete.


Disputas acirradas marcam os 23 km do Mountain Do Deserto do Atacama

Corrida de Montanha · 30 jan, 2012

A disputa de 23 quilômetros do Mountain Do Deserto do Atacama passou por regiões famosas do deserto chileno, como o Vale da Lua e o Vale da Morte no último domingo (29/01). Marcio Scotti venceu nos últimos metros, enquanto Letícia Saltori venceu após liderar de ponta a ponta.

Direto de San Pedro de Atacama (Chile) - Vinte e três quilômetros percorridos em meio ao deserto mais seco do mundo. Esse foi o desafio de centenas de corredores que acordaram cedo e, antes mesmo do nascer do sol, já estavam concentrados e alinhados para a largada na praça central da cidade.

A largada aconteceu às 7h10 e, enquanto a maioria dos corredores imprimia um ritmo moderado, com o objetivo de se acostumar com o clima seco, Letícia Saltori, Márcio Scotti e Marco Aurélio Piazza pareciam não sentir os efeitos da altitude e já corriam acelerados. Após 1,5 quilômetro em asfalto a prova começou para valer, com subidas e descidas leves por uma estrada de terra.

O primeiro grande desafio veio no momento em que o pelotão entrou no Vale da Lua, local onde as formações rochosas misturadas com sal predominam na paisagem. Com dois quilômetros percorridos no interior do vale, Letícia e os outros se viram obrigados a “escalaminhar” um barranco para prosseguir no percurso.

O trio não tomou conhecimento do obstáculo natural e seguiu adiante passando por cânions, trilhas e até cavernas. Na disputa masculina, Marco liderava com Márcio em seu encalço, enquanto no feminino Letícia reinava absoluta sem ver adversárias na retaguarda.

Ao chegar ao trecho de duna, a velocidade teve que ser reduzida, afinal as subidas íngremes em meio à areia fofa prejudicavam o bom desempenho dos corredores. Apesar do sol forte e céu sem nuvens, uma brisa fresca ajudava a refrescar os corpos já fadigados pelo esforço intenso.

Após cruzarem o Vale da Morte, com altos precipícios ao lado, eles chegaram ao vilarejo de San Pedro de Atacama são e salvos. Marco não sustentou a liderança e foi ultrapassado por Márcio, que cruzou em primeiro nos metros finais com o tempo de 1h49min23, contra 1h46min49 do adversário.

“Foi uma luta junto com o Marco e defini a prova na chegada à cidade”, relembra o campeão. “Acho que essa prova tem o visual mais bonito de todas as que já participei. Estava bem, mas as subidas na areia não foram fáceis para ninguém”, completa o gaúcho de Porto Alegre. Já Marco tenta explicar a perda do título nos metros finais. “Eu vim para ganhar, mas não teve jeito. Corri sozinho até os cinco quilômetros, mas no momento em que ele chegou segurei o ritmo para me poupar e tentar definir no final”. O representante de Florianópolis explica, porém, que o ritmo forte após a metade do percurso o desgastou. “Ao sairmos da duna aceleramos e não conseguia nem contemplar a paisagem tamanha a concentração. Nos últimos 500 metros ele saiu num tiro e eu não aguentei acomapnhar, faltou perna”, finaliza.

O terceiro colocado foi Elder Moura, que marcou 2h01min30. Mas, quem chegou antes do atleta de Rio Branco (Acre) foi Leticia, com o tempo de 1h59min08, o que lhe rendeu o primeiro lugar feminino. “No início comecei a sentir dificuldades para respirar e o peito doía bastante. Mas após o quilômetro cinco, na região montanhosa, me senti mais à vontade”, conta a curitibana que não sofreu tanto com o calor. “Tive mais problemas com a altitude do que com o calor. As dunas foram muito complicadas, assim como a passagem na caverna, pois de repente tudo escureceu e não se enxergava nada”, completa. “Mas valeu à pena e já penso em voltar em 2013 com um grupo de amigos”.

Mais mulheres - A segunda colocada foi Mônica Priscilla Hernandez, com o tempo de 2h10min38. “Achei a corrida muito boa, mas difícil. Nem pensava em obter colocação, a ideia era só chegar ao final, mas adorei”, relata a argentina radicada no Rio de Janeiro. “Apesar da dificuldade nas dunas no Vale da Lua, a paisagem compensou”, completa a corredora que também já pensa em voltar no próximo ano.

Em terceiro chegou Erika Virginia Brito, com a marca de 2h18min44. “A grandiosidade do local supera a altitude, o clima seco e o calor. É com muito orgulho que levo esse troféu para casa”, comenta a corredora do Piauí, mas que atualmente mora em São Luiz, no Maranhão. “Gostaria de parabenizar a organização e ano que vem voltarei para buscar o primeiro lugar”, completa a ex-corredora de aventura que hoje mescla as provas de asfalto com as de montanha.

5 quilômetros - Além das distâncias de 42 e 23, o Mountain Do Deserto do Atacama também teve uma rústica de cinco quilômetros. Entre os inscritos estava uma moradora de San Pedro de Atacama, Tania Perez, que aprovou o evento. “Foi uma corrida genial, gostei bastante. Ainda bem que não fez tanto calor”. Segundo ela, não existem muitos eventos esportivos na cidade. “Aqui não há tanto incentivo para a corrida como no Brasil, mas espero que o Mountain do sirva de exemplo e tenhamos mais eventos por aqui”, completa a corredora que trabalha nos Correios. “Vou me preparar para correr os 23 quilômetros ano que vem”, promete.

Paulista e gaúcha são os primeiros campeões do Mountain Do Atacama

A primeira edição do Mountain Do Deserto do Atacama reuniu cerca de 500 atletas na pacata cidade de San Pedro de Atacama, no Chile, a uma altitude de 2.400m e num dos locais mais secos do mundo. Com percursos de cinco, 23 e 42 quilômetros, o que se viu em meio ao deserto foram disputas acirradas pelos primeiros lugares, melhor para a gaúcha Andreia Henssler e para o paulista Moisés Torres, que se tornaram os primeiros campeões da disputa.

Direto de San Pedro do Atacama (Chile) - O dia ainda não havia amanhecido e a maioria dos corredores já iniciava o aquecimento na Praça Central da cidade, local onde estava montada a arena da prova. Nem o frio de 10˚C foi motivo para tirar a animação dos presentes.

A largada foi autorizada às 7h10, momento em que os primeiros raios solares começavam a dar as caras no horizonte. Os corredores iniciaram a prova de forma cautelosa, com os primeiros quilômetros no asfalto, mas logo eles entraram no piso de terra. Enquanto os participantes dos 23 quilômetros seguiram para o Vale da Lua, os maratonistas seguiram por mais um trecho de estrada de terra.

A temperatura foi aumentando gradativamente e a fadiga foi tomando conta de alguns corredores, menos de Moisés que se concentrou em vencer cada quilômetro até ultrapassar o líder da prova na metade da competição. Ao chegar ao trecho de dunas ele não conseguiu correr devido à dificuldade do terreno, mas assim que alcançou as trilhas voltou a imprimir um ritmo forte.

Ao chegar a uma encruzilhada ele ficou na dúvida de qual caminho seguir e tomou a direção errada e percorreu mais de quatro quilômetros extras, fora do traçado original. Ao retornar para o percurso da prova ele ganhou uma injeção de ânimo ao descobrir que não havia sido ultrapassado.

Daí em diante ele passou a administrar o ritmo até cruzar a linha de chegada com o tempo de 3h46min36. “Foi muito difícil. Em alguns trechos eu não acreditava que estava na frente e achava que os adversários sempre iam me passar”, relata o paulista radicado no Paraná. “Eu não esperava ganhar. Fui curtindo e quando vi que tinham algumas pessoas na minha frente comecei a correr mais e olhar menos a paisagem”, completa Moisés que fez sua primeira maratona. Acostumado às provas de asfalto, a experiência dele com trilhas se resumia a alguns eventos do Corpo de Bombeiros, realizados no Paraná.

O segundo colocado, João Evangelista Dami, veio logo em seguida e completou a disputa com o tempo de 3h47min08. “O local é muito bonito, apesar de ter sido uma prova muito complicada”, relata o mineiro de 54 anos. “O legal é que conseguimos correr bem soltos”, completa. Já o terceiro, André Nogueira, fechou em 3h47min37. “Foi uma prova incrível, uma superação. Não esperava chegar em terceiro, ainda mais porque treinei apenas um mês antes por conta própria”, comenta o paulista. “A prova está mais do que aprovada e espero correr de novo ano que vem”, completa.

Feminino - Na prova feminina as disputas também foram acirradas, mas a chegada das campeãs foi mais espaçada do que no masculino. Andreia Henssler precisou de 4h19min09 para fechar os 42 quilômetros e chegou emocionada. “Estou maravilhada por ter representado bem o Brasil e o Rio Grande do Sul”, comenta a gaúcha de Igrejinha. “O trecho das dunas foi o mais difícil, porque chegávamos nele após a metade da prova e já com muito desgaste. A organização está de parabéns, todos os pontos de hidratação foram ótimos”, completa.

A segunda colocada foi Rita Apezzato, que fechou com 4h48min47. “Foi uma prova maluca, coisa de louco, mas muito legal. Só no deserto mesmo para ter uma prova como essa”, comenta a vice-campeã ainda ofegante após cruzar a linha de chegada. Um dos pontos positivos da prova segundo Rita foi a solidariedade dos demais corredores. “Nas dunas tive câimbra nas panturrilhas, tive que parar e um rapaz me deu gel e cápsula de sal. Até minha adversária, que estava brigando comigo por posições, dividiu a água dela comigo”, relata a triatleta que já fez Ironman e encarou sua primeira maratona cross country no Atacama.

Dentre todos os participantes, uma pequena porcentagem era de estrangeiros, o que não impediu a uruguaia Florencia Morelli de subir ao pódio na categoria principal. “Essa prova aconteceu num dos locais mais lindos do mundo e com pessoas muito especiais. Apesar da dificuldade, a vista era linda e agora pretendo trazer todos os meus amigos para correr aqui”, comenta.

A primeira edição do Mountain Do Deserto do Atacama teve a presença de pessoas de todo o Brasil, desde experientes corredores, até aqueles que se aventuraram no deserto sem muitas corridas na bagagem. Acompanhem ao longo da semana no Webrun as histórias de superação desses desbravadores do Atacama.


Paulista e gaúcha são os primeiros campeões do Mountain Do Atacama

Corrida de Montanha · 29 jan, 2012

A primeira edição do Mountain Do Deserto do Atacama reuniu cerca de 500 atletas na pacata cidade de San Pedro de Atacama, no Chile, a uma altitude de 2.400m e num dos locais mais secos do mundo. Com percursos de cinco, 23 e 42 quilômetros, o que se viu em meio ao deserto foram disputas acirradas pelos primeiros lugares, melhor para a gaúcha Andreia Henssler e para o paulista Moisés Torres, que se tornaram os primeiros campeões da disputa.

Direto de San Pedro do Atacama (Chile) - O dia ainda não havia amanhecido e a maioria dos corredores já iniciava o aquecimento na Praça Central da cidade, local onde estava montada a arena da prova. Nem o frio de 10˚C foi motivo para tirar a animação dos presentes.

A largada foi autorizada às 7h10, momento em que os primeiros raios solares começavam a dar as caras no horizonte. Os corredores iniciaram a prova de forma cautelosa, com os primeiros quilômetros no asfalto, mas logo eles entraram no piso de terra. Enquanto os participantes dos 23 quilômetros seguiram para o Vale da Lua, os maratonistas seguiram por mais um trecho de estrada de terra.

A temperatura foi aumentando gradativamente e a fadiga foi tomando conta de alguns corredores, menos de Moisés que se concentrou em vencer cada quilômetro até ultrapassar o líder da prova na metade da competição. Ao chegar ao trecho de dunas ele não conseguiu correr devido à dificuldade do terreno, mas assim que alcançou as trilhas voltou a imprimir um ritmo forte.

Ao chegar a uma encruzilhada ele ficou na dúvida de qual caminho seguir e tomou a direção errada e percorreu mais de quatro quilômetros extras, fora do traçado original. Ao retornar para o percurso da prova ele ganhou uma injeção de ânimo ao descobrir que não havia sido ultrapassado.

Daí em diante ele passou a administrar o ritmo até cruzar a linha de chegada com o tempo de 3h46min36. “Foi muito difícil. Em alguns trechos eu não acreditava que estava na frente e achava que os adversários sempre iam me passar”, relata o paulista radicado no Paraná. “Eu não esperava ganhar. Fui curtindo e quando vi que tinham algumas pessoas na minha frente comecei a correr mais e olhar menos a paisagem”, completa Moisés que fez sua primeira maratona. Acostumado às provas de asfalto, a experiência dele com trilhas se resumia a alguns eventos do Corpo de Bombeiros, realizados no Paraná.

O segundo colocado, João Evangelista Dami, veio logo em seguida e completou a disputa com o tempo de 3h47min08. “O local é muito bonito, apesar de ter sido uma prova muito complicada”, relata o mineiro de 54 anos. “O legal é que conseguimos correr bem soltos”, completa. Já o terceiro, André Nogueira, fechou em 3h47min37. “Foi uma prova incrível, uma superação. Não esperava chegar em terceiro, ainda mais porque treinei apenas um mês antes por conta própria”, comenta o paulista. “A prova está mais do que aprovada e espero correr de novo ano que vem”, completa.

Feminino - Na prova feminina as disputas também foram acirradas, mas a chegada das campeãs foi mais espaçada do que no masculino. Andreia Henssler precisou de 4h19min09 para fechar os 42 quilômetros e chegou emocionada. “Estou maravilhada por ter representado bem o Brasil e o Rio Grande do Sul”, comenta a gaúcha de Igrejinha. “O trecho das dunas foi o mais difícil, porque chegávamos nele após a metade da prova e já com muito desgaste. A organização está de parabéns, todos os pontos de hidratação foram ótimos”, completa.

A segunda colocada foi Rita Apezzato, que fechou com 4h48min47. “Foi uma prova maluca, coisa de louco, mas muito legal. Só no deserto mesmo para ter uma prova como essa”, comenta a vice-campeã ainda ofegante após cruzar a linha de chegada. Um dos pontos positivos da prova segundo Rita foi a solidariedade dos demais corredores. “Nas dunas tive câimbra nas panturrilhas, tive que parar e um rapaz me deu gel e cápsula de sal. Até minha adversária, que estava brigando comigo por posições, dividiu a água dela comigo”, relata a triatleta que já fez Ironman e encarou sua primeira maratona cross country no Atacama.

Dentre todos os participantes, uma pequena porcentagem era de estrangeiros, o que não impediu a uruguaia Florencia Morelli de subir ao pódio na categoria principal. “Essa prova aconteceu num dos locais mais lindos do mundo e com pessoas muito especiais. Apesar da dificuldade, a vista era linda e agora pretendo trazer todos os meus amigos para correr aqui”, comenta.

A primeira edição do Mountain Do Deserto do Atacama teve a presença de pessoas de todo o Brasil, desde experientes corredores, até aqueles que se aventuraram no deserto sem muitas corridas na bagagem. Acompanhem ao longo da semana no Webrun as histórias de superação desses desbravadores do Atacama.

Corredores vivem expectativa para o Mountain Do Deserto do Atacama

Direto de San Pedro de Atacama (Chile) - A maioria dos corredores já chegou à cidade de San Pedro de Atacama, no meio do deserto do Atacama, para a disputa do Mountain Do, que acontece neste domingo (29/01). Corredores de várias partes do Brasil enfrentarão percursos de 42 ou 23 quilômetros em meio a trilhas, cânions, pedras, dunas e sob forte calor.

Corredor há pouco mais de um ano, Charles Tombenassi vai encarar sua primeira prova fora do asfalto no trajeto menor da competição e afirma estar empolgado. “A paisagem aqui é que me motivou a participar”, conta o paulista que não fez nenhuma preparação específica. “Fiz os treinos fortes, as rampas, mas nada muito diferente”, comenta Charles que pretende finalizar em três horas.

O também paulista Marcos Decimoni veio para o Deserto em busca de aventura e trouxe a família para passear enquanto ele corre. “Será minha primeira maratona, um desafio muito legal”, conta o corredor que nunca fez provas de montanha, apenas no asfalto e na areia. “Vou seguir as dicas de hidratação e não abusar da velocidade por conta do clima seco e do calor”, relata Marcos que tem como meta completar em quatro horas. “Fiz os treinos normais, apenas aumentando o volume diário”.

Já a dupla de amigos do Rio Grande do Sul, Jackes Heck e Luciano Machado, alugou uma bicicleta na cidade e pedalou por alguns trechos do circuito para conhecer “o tamanho da encrenca”. “Vai ser puxado, com muita subida, terreno arenoso e pedra”, relata Jackes que veio pelo apelo diferenciado da prova. “Poder dizer que corri no deserto mais seco do mundo é fantástico. O desafio nos motiva”.

Já Luciano Machado, que assim como o colega está acostumado às corridas de aventura, acredita que a altitude de 2.500m será um fator de complicação. “Estamos competindo contra nós mesmos e viemos para vencer nossos limites.

Na manhã deste sábado (28) o organizador da prova, Euclides S. Neto, o Kiko, promoveu um congresso técnico com informações importantes para os corredores. Segundo ele, haverá postos de hidratação a cada cinco quilômetros, banheiros químicos e um posto de enfermagem no meio do deserto, com ambulância, oxigênio artificial, frutas e bolachas.

A temperatura na hora da largada deve variar entre 10 e 12 graus, mas em poucas horas o calor tomará conta de todo o trajeto. Para aqueles que largarem com agasalhos e outras roupas de frio, haverá no caminho um local onde será possível descartar esses pertences que serão recolhidos por um caminhão e levados para a chegada.

O tiro de partida está programado para as 7h (horário local) na Praça de eventos da cidade, onde toda a estrutura de tendas e comunicação visual está montada.


Corredores vivem expectativa para o Mountain Do Deserto do Atacama

Corrida de Montanha · 28 jan, 2012

Direto de San Pedro de Atacama (Chile) - A maioria dos corredores já chegou à cidade de San Pedro de Atacama, no meio do deserto do Atacama, para a disputa do Mountain Do, que acontece neste domingo (29/01). Corredores de várias partes do Brasil enfrentarão percursos de 42 ou 23 quilômetros em meio a trilhas, cânions, pedras, dunas e sob forte calor.

Corredor há pouco mais de um ano, Charles Tombenassi vai encarar sua primeira prova fora do asfalto no trajeto menor da competição e afirma estar empolgado. “A paisagem aqui é que me motivou a participar”, conta o paulista que não fez nenhuma preparação específica. “Fiz os treinos fortes, as rampas, mas nada muito diferente”, comenta Charles que pretende finalizar em três horas.

O também paulista Marcos Decimoni veio para o Deserto em busca de aventura e trouxe a família para passear enquanto ele corre. “Será minha primeira maratona, um desafio muito legal”, conta o corredor que nunca fez provas de montanha, apenas no asfalto e na areia. “Vou seguir as dicas de hidratação e não abusar da velocidade por conta do clima seco e do calor”, relata Marcos que tem como meta completar em quatro horas. “Fiz os treinos normais, apenas aumentando o volume diário”.

Já a dupla de amigos do Rio Grande do Sul, Jackes Heck e Luciano Machado, alugou uma bicicleta na cidade e pedalou por alguns trechos do circuito para conhecer “o tamanho da encrenca”. “Vai ser puxado, com muita subida, terreno arenoso e pedra”, relata Jackes que veio pelo apelo diferenciado da prova. “Poder dizer que corri no deserto mais seco do mundo é fantástico. O desafio nos motiva”.

Já Luciano Machado, que assim como o colega está acostumado às corridas de aventura, acredita que a altitude de 2.500m será um fator de complicação. “Estamos competindo contra nós mesmos e viemos para vencer nossos limites.

Na manhã deste sábado (28) o organizador da prova, Euclides S. Neto, o Kiko, promoveu um congresso técnico com informações importantes para os corredores. Segundo ele, haverá postos de hidratação a cada cinco quilômetros, banheiros químicos e um posto de enfermagem no meio do deserto, com ambulância, oxigênio artificial, frutas e bolachas.

A temperatura na hora da largada deve variar entre 10 e 12 graus, mas em poucas horas o calor tomará conta de todo o trajeto. Para aqueles que largarem com agasalhos e outras roupas de frio, haverá no caminho um local onde será possível descartar esses pertences que serão recolhidos por um caminhão e levados para a chegada.

O tiro de partida está programado para as 7h (horário local) na Praça de eventos da cidade, onde toda a estrutura de tendas e comunicação visual está montada.

Confira um check-list do que levar para o Mountain Do Atacama

Neste domingo (30/01) os corredores brasileiros terão a oportunidade de correr uma maratona no Deserto do Atacama pela primeira vez, com a realização do Mountain Do Deserto do Atacama. Os organizadores prepararam uma lista de itens indispensáveis para que a viagem ocorra de forma tranquila e a única preocupação seja cruzar a linha de chegada.

A cidade de San Pedro de Atacama é um vilarejo em meio ao deserto, mas oferece boa infraestrutura de hotéis, restaurantes, bares e lan houses. Apesar disso, não existem construções modernas e urbanas como shoppings e supermercados e os itens mais importantes devem ser levados do Brasil.

Documentos - O Chile faz parte do Mercosul, o Acordo de Livre Comércio do Cone Sul, motivo pelo qual a Cédula de Identidade braseira (RG) pode ser usada para ingresso no país. Mas é necessário ficar atento com a data de expedição, que deve ter menos de dez anos.

A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) não é reconhecida como documento, mas o passaporte também pode ser utilizado. Ao entrar no país todos receberão o formulário de imigração, que deverá ser preenchido com dados pessoais e onde será carimbada a autorização de entrada. Não é necessário visto para turismo. Lembre-se de guardar este formulário para apresentá-lo na hora de vir embora.

Locação de carros - San Pedro é pequena, não é necessário local carro, mas caso alguém queira chegar dirigindo à cidade, a CBH brasileira pode ser utilizada como documento.

Proteção conta o sol - Protetor solar é um item indispensável nas altas temperaturas do deserto, assim como protetor labial por conta do clima seco. Apesar de ser fácil encontrar esses itens em San Pedro, recomenda-ser trazer do Brasil a marca de sua preferência.

Um boné ou chapéu com aba e proteção para a nuca também é um item recomendado. Todos os corredores receberão um chapéu no kit da prova, assim como uma bandana. Óculos escuros com lentes de boa qualidade também são essenciais.


Hidratação - Ingerir água é essencial no deserto. A prova oferecerá diversos postos de hidratação, mas no kit do atleta todos receberão uma pochete com squeeze para não ficar na mão entre um posto e outro.

Tensão - A voltagem em San Pedro de Atacama é 220V, então não se esqueça de levar aparelhos bivolt ou transformadores, além de um adaptador universal, já que o padrão das tomadas é diferente por lá.

Outros itens - Apesar de não haver shoppings centers na cidade, existe uma loja da marca The North Face, que vende equipamentos para a prática de esportes outdoor. Os preços geralmente são mais baratos do que no Brasil, já que R$ 1 equivale a 283 pesos chilenos.

As casas de câmbio no aeroporto de Santiago muitas vezes não têm cotações favoráveis, então o melhor é trocar pouco dinheiro e habilitar um cartão de crédito internacional para realizar saques no exterior. Lembre-se de contatar o banco ou instituição financeira a qual pertence o cartão, para que seja autorizado o uso no exterior.

Agora é só fechar as malas e partir para o desafio no deserto mais seco do planeta.


Confira um check-list do que levar para o Mountain Do Atacama

Maratona · 24 jan, 2012

Neste domingo (30/01) os corredores brasileiros terão a oportunidade de correr uma maratona no Deserto do Atacama pela primeira vez, com a realização do Mountain Do Deserto do Atacama. Os organizadores prepararam uma lista de itens indispensáveis para que a viagem ocorra de forma tranquila e a única preocupação seja cruzar a linha de chegada.

A cidade de San Pedro de Atacama é um vilarejo em meio ao deserto, mas oferece boa infraestrutura de hotéis, restaurantes, bares e lan houses. Apesar disso, não existem construções modernas e urbanas como shoppings e supermercados e os itens mais importantes devem ser levados do Brasil.

Documentos - O Chile faz parte do Mercosul, o Acordo de Livre Comércio do Cone Sul, motivo pelo qual a Cédula de Identidade braseira (RG) pode ser usada para ingresso no país. Mas é necessário ficar atento com a data de expedição, que deve ter menos de dez anos.

A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) não é reconhecida como documento, mas o passaporte também pode ser utilizado. Ao entrar no país todos receberão o formulário de imigração, que deverá ser preenchido com dados pessoais e onde será carimbada a autorização de entrada. Não é necessário visto para turismo. Lembre-se de guardar este formulário para apresentá-lo na hora de vir embora.

Locação de carros - San Pedro é pequena, não é necessário local carro, mas caso alguém queira chegar dirigindo à cidade, a CBH brasileira pode ser utilizada como documento.

Proteção conta o sol - Protetor solar é um item indispensável nas altas temperaturas do deserto, assim como protetor labial por conta do clima seco. Apesar de ser fácil encontrar esses itens em San Pedro, recomenda-ser trazer do Brasil a marca de sua preferência.

Um boné ou chapéu com aba e proteção para a nuca também é um item recomendado. Todos os corredores receberão um chapéu no kit da prova, assim como uma bandana. Óculos escuros com lentes de boa qualidade também são essenciais.


Hidratação - Ingerir água é essencial no deserto. A prova oferecerá diversos postos de hidratação, mas no kit do atleta todos receberão uma pochete com squeeze para não ficar na mão entre um posto e outro.

Tensão - A voltagem em San Pedro de Atacama é 220V, então não se esqueça de levar aparelhos bivolt ou transformadores, além de um adaptador universal, já que o padrão das tomadas é diferente por lá.

Outros itens - Apesar de não haver shoppings centers na cidade, existe uma loja da marca The North Face, que vende equipamentos para a prática de esportes outdoor. Os preços geralmente são mais baratos do que no Brasil, já que R$ 1 equivale a 283 pesos chilenos.

As casas de câmbio no aeroporto de Santiago muitas vezes não têm cotações favoráveis, então o melhor é trocar pouco dinheiro e habilitar um cartão de crédito internacional para realizar saques no exterior. Lembre-se de contatar o banco ou instituição financeira a qual pertence o cartão, para que seja autorizado o uso no exterior.

Agora é só fechar as malas e partir para o desafio no deserto mais seco do planeta.

Carlos Dias passa dicas para quem vai correr no Deserto do Atacama

O experiente ultramaratonista Carlos Dias é conhecido pelos seus grandes feitos no mundo da corrida, como participar de provas nos quatro desertos mais extremos do planeta, entre eles o Deserto do Atacama, palco do Mountain Do no próximo dia 29. O paulista de São Bernardo do Campo passa algumas dicas para os corredores que vão enfrentar a prova de 42 ou 22 quilômetros.

“Esse é o deserto mais seco do mundo e a temperatura cai muito rápido por volta das 17h. Não é igual ao Saara, por exemplo, onde a temperatura muda aos poucos”, conta Carlos. “Eu senti muito essa mudança e, por isso, considero como o deserto mais difícil que já corri”, completa.

Uma dica importante segundo o ultramaratonista é levar, além do protetor solar, hidratante para os lábios. “Além do clima seco do deserto, há também o sal cristalizado que resseca muito os lábios”. Ele diz ainda que dois itens indispensáveis são chapéu com proteção para as orelhas e óculos escuros de boa qualidade para proteger os olhos da poeira e da luz solar intensa. “Outra dica é usar camisas de manga longa, que vão proteger de queimaduras”.

Carlos participou de uma prova com 250 quilômetros, o que lhe obrigava a imprimir um ritmo mais lento do que os participantes do Mountain Do, que correrão mais rápido e deverão ter atenção redobrada com a hidratação. “Não se pode bobear num local como esse, principalmente na hora de passar pelo Vale da Lua, ao lado dos cânions, onde os corredores vão entrar e sair do sol em diversos momentos”.

Sobre o trajeto, apesar de não conhecer exatamente o percurso por onde passará a prova, Carlos Dias afirma que o terreno do Atacama é irregular, com dunas, pedras, trechos de geleiras derretidas e até travessias de rios. “Por isso é importante escolher um calçado que propicie estabilidade, além de meias de algodão e poliamida, que suportam melhor o atrito com os pés”. Ele diz ainda que é necessário tomar cuidado para não formar bolhas nos pés ao passar por locais molhados e depois secos.

Estrutura local - A cidade de San Pedro de Atacama servirá como base para os corredores e, de acordo com Carlos Dias, todos serão muito bem recebidos e encontrão uma boa infraestrutura. “São pouco mais de três mil habitantes, mas a cidade é bem servida de restaurantes e hotéis com preços acessíveis. A conexão de internet também boa lá, pois existem mais de 50 Lan Houses”.

Carlos lembra ainda que durante à noite as temperaturas caem drasticamente, então casacos e roupas de frio devem fazer parte dos pertences na mala. “Caso alguém esqueça algum item pode comprar numa das lojas de aventura que existem na vila”, relata Carlos.

A cidade está localizada a 2.400m acima do nível do mar, mas ninguém deve sofrer com os efeitos da altitude. Carlos diz que os chilenos são acolhedores, gostam de brasileiros e as pessoas terão um fim de semana prazeroso. “No mais, eu digo para aproveitarem esse belo local. Os corredores terão uma experiência única e é legal voltar depois com a família para fazer os passeios turísticos”, finaliza Carlos Dias.


Carlos Dias passa dicas para quem vai correr no Deserto do Atacama

Corrida de Montanha · 17 jan, 2012

O experiente ultramaratonista Carlos Dias é conhecido pelos seus grandes feitos no mundo da corrida, como participar de provas nos quatro desertos mais extremos do planeta, entre eles o Deserto do Atacama, palco do Mountain Do no próximo dia 29. O paulista de São Bernardo do Campo passa algumas dicas para os corredores que vão enfrentar a prova de 42 ou 22 quilômetros.

“Esse é o deserto mais seco do mundo e a temperatura cai muito rápido por volta das 17h. Não é igual ao Saara, por exemplo, onde a temperatura muda aos poucos”, conta Carlos. “Eu senti muito essa mudança e, por isso, considero como o deserto mais difícil que já corri”, completa.

Uma dica importante segundo o ultramaratonista é levar, além do protetor solar, hidratante para os lábios. “Além do clima seco do deserto, há também o sal cristalizado que resseca muito os lábios”. Ele diz ainda que dois itens indispensáveis são chapéu com proteção para as orelhas e óculos escuros de boa qualidade para proteger os olhos da poeira e da luz solar intensa. “Outra dica é usar camisas de manga longa, que vão proteger de queimaduras”.

Carlos participou de uma prova com 250 quilômetros, o que lhe obrigava a imprimir um ritmo mais lento do que os participantes do Mountain Do, que correrão mais rápido e deverão ter atenção redobrada com a hidratação. “Não se pode bobear num local como esse, principalmente na hora de passar pelo Vale da Lua, ao lado dos cânions, onde os corredores vão entrar e sair do sol em diversos momentos”.

Sobre o trajeto, apesar de não conhecer exatamente o percurso por onde passará a prova, Carlos Dias afirma que o terreno do Atacama é irregular, com dunas, pedras, trechos de geleiras derretidas e até travessias de rios. “Por isso é importante escolher um calçado que propicie estabilidade, além de meias de algodão e poliamida, que suportam melhor o atrito com os pés”. Ele diz ainda que é necessário tomar cuidado para não formar bolhas nos pés ao passar por locais molhados e depois secos.

Estrutura local - A cidade de San Pedro de Atacama servirá como base para os corredores e, de acordo com Carlos Dias, todos serão muito bem recebidos e encontrão uma boa infraestrutura. “São pouco mais de três mil habitantes, mas a cidade é bem servida de restaurantes e hotéis com preços acessíveis. A conexão de internet também boa lá, pois existem mais de 50 Lan Houses”.

Carlos lembra ainda que durante à noite as temperaturas caem drasticamente, então casacos e roupas de frio devem fazer parte dos pertences na mala. “Caso alguém esqueça algum item pode comprar numa das lojas de aventura que existem na vila”, relata Carlos.

A cidade está localizada a 2.400m acima do nível do mar, mas ninguém deve sofrer com os efeitos da altitude. Carlos diz que os chilenos são acolhedores, gostam de brasileiros e as pessoas terão um fim de semana prazeroso. “No mais, eu digo para aproveitarem esse belo local. Os corredores terão uma experiência única e é legal voltar depois com a família para fazer os passeios turísticos”, finaliza Carlos Dias.

Mountain Do Atacama passa por trajeto não liberado para turistas

No próximo dia 29 acontece a primeira edição do Mountain Do Deserto do Atacama, competição que percorrerá trilhas milenares do vilarejo San Pedro de Atacama, localizado ao norte do Chile e com uma população aproximada de 2.500 habitantes. A competição, com 42, 23 e cinco quilômetros, será disputada em locais preparados exclusivamente para a prova e que não abertos para turistas regularmente.

“O percurso foi desenvolvido em conjunto com a Senartur (Serviço Nacional de turismo), o Parque Nacional de los Flamingos (Vallede la Luna) e municipalidad de San Pedro de Atacama”, explica Euclides S. Neto, o Kiko, responsável pela organização. “Os atletas percorrerão cenários históricos belíssimos do tradicional povoado de San Pedro de Atacama, como o Vale da Lua e Vale da Morte e terão o privilégio de correr em locais milenares”, completa.

A equipe da Sports Do, empresa à frente da organização, fez diversas visitas ao local para deixar tudo preparado para os corredores. As temperaturas nesta época do ano variam entre 13 e 33˚C e a umidade relativa do ar é alta em comparação com o restante do ano, na média de 23%.

“Na largada da prova teremos uma temperatura amena (entre 16ºC), portanto, prepare-se com roupas adequadas! Até o final da prova os termômetros deverão chegar à casa dos 30ºC”, explica o dirigente. A saída dos atletas está programada para as 7h numa altitude de 2.400m e durante o trajeto eles chegarão a 2.680m. “A variação da altimétrica será pequena e os efeitos da altitude são praticamente impercebíveis em função do período da umidade do verão”, garante o organizador.

Trajeto - O percurso será bem diversificado em meio à cordilheira de sal para a prova maior, com cinco quilômetros de asfalto, 21 de estrada de terra (terreno macio e liso de areia e sal), além de dois quilômetros de duna e 14 de terreno plano entre Cânions no Vale da Lua e Vale da Morte. Já na prova menor os corredores vão encarar cinco quilômetros de asfalto, oito de terra batida, dois em dunas e oito pelos cânions.

Os postos de hidratação estarão distribuídos a cada cinco quilômetros com água e Gatorade e nos quilômetros 15, 25 e 35 haverá postos com frutas, carboidrato em gel e suplementos.


Mountain Do Atacama passa por trajeto não liberado para turistas

Corrida de Montanha · 09 jan, 2012

No próximo dia 29 acontece a primeira edição do Mountain Do Deserto do Atacama, competição que percorrerá trilhas milenares do vilarejo San Pedro de Atacama, localizado ao norte do Chile e com uma população aproximada de 2.500 habitantes. A competição, com 42, 23 e cinco quilômetros, será disputada em locais preparados exclusivamente para a prova e que não abertos para turistas regularmente.

“O percurso foi desenvolvido em conjunto com a Senartur (Serviço Nacional de turismo), o Parque Nacional de los Flamingos (Vallede la Luna) e municipalidad de San Pedro de Atacama”, explica Euclides S. Neto, o Kiko, responsável pela organização. “Os atletas percorrerão cenários históricos belíssimos do tradicional povoado de San Pedro de Atacama, como o Vale da Lua e Vale da Morte e terão o privilégio de correr em locais milenares”, completa.

A equipe da Sports Do, empresa à frente da organização, fez diversas visitas ao local para deixar tudo preparado para os corredores. As temperaturas nesta época do ano variam entre 13 e 33˚C e a umidade relativa do ar é alta em comparação com o restante do ano, na média de 23%.

“Na largada da prova teremos uma temperatura amena (entre 16ºC), portanto, prepare-se com roupas adequadas! Até o final da prova os termômetros deverão chegar à casa dos 30ºC”, explica o dirigente. A saída dos atletas está programada para as 7h numa altitude de 2.400m e durante o trajeto eles chegarão a 2.680m. “A variação da altimétrica será pequena e os efeitos da altitude são praticamente impercebíveis em função do período da umidade do verão”, garante o organizador.

Trajeto - O percurso será bem diversificado em meio à cordilheira de sal para a prova maior, com cinco quilômetros de asfalto, 21 de estrada de terra (terreno macio e liso de areia e sal), além de dois quilômetros de duna e 14 de terreno plano entre Cânions no Vale da Lua e Vale da Morte. Já na prova menor os corredores vão encarar cinco quilômetros de asfalto, oito de terra batida, dois em dunas e oito pelos cânions.

Os postos de hidratação estarão distribuídos a cada cinco quilômetros com água e Gatorade e nos quilômetros 15, 25 e 35 haverá postos com frutas, carboidrato em gel e suplementos.