Saiba qual é o risco do doping involuntário

Redação Webrun | Atletismo · 05 dez, 2007

De tempos em tempos surge um novo grande caso de suspeita de doping que põe em cheque as conquistas de um(a) grande atleta e de muitos dos seus adversários na modalidade. Parece sempre haver o doping da moda, mas o que não parece mudar é a reação do acusado quando comunicado do resultado dos exames. Eles sempre negam veementemente. Acusam os testes de serem falíveis, assim como outros alegam possuir alguma característica genética natural que faça seu corpo ter determinada enzima ou hormônio em quantidades e concentrações acima da média do restante da população.

Outra estratégia de defesa que vem sendo usada já há alguns anos é a de dizer que consumiu a substância involuntariamente em algum suplemento alimentar ou remédio sem ler o rótulo ou bula. Essa chega a irritar muitos dos apaixonados do esporte porque parece querer nos fazer acreditar, quase que chamando a todos de ingênuos.

É quase certo que alguns (ou seria a maioria?) abusam dessa estratégia porque em tempos recentes ela provou ser realmente verdadeira. É aqui que eu gostaria de chegar. Não entro no mérito de dizer se acho que alguns atletas usaram ou não substâncias ergogênicas com fins escusos para obter vantagem. Um fato é que realmente hoje eles têm mais este cuidado a seguir.

Após inúmeros atletas serem pegos alegando este consumo involuntário, uma grande pesquisa foi feita na Grã-Bretanha junto a alguns dos mais populares suplementos de todos os tipos. Mas o enfoque foi maior nos suplementos de aminoácidos, whey protein e multivitamínicos.

Quais foram os resultados dos testes? Para espanto de muitos dos pesquisadores, alívio de atletas inocentes e incredulidade dos mais céticos, as pessoas submetidas ao uso de alguns suplementos, foram testadas e foram “pegas” nesse pretenso exame antidoping. E qual seria a razão para isso?

Algumas das marcas menos confiáveis estariam se usando deste artifício para gerar grandes ganhos de resultados no consumidor que assim voltaria a consumi-lo sem saber que seria vítima de um doping involuntário. É verdade que algumas deixavam claro no rótulo que continham substâncias proibidas pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), mas outras simplesmente omitiam ou camuflavam!

Tornada pública esta pesquisa, hoje os britânicos aumentaram sua desconfiança sobre as marcas de menor confiabilidade e passaram a valorizar as marcas mais sérias. Por outro lado, os treinadores e atletas ganharam mais um tópico para se preocupar.

Qual é a recomendação? É óbvio que para a maioria de nós nunca terá que se preocupar em ser aprovado em um teste antidoping. Porém, pense comigo: se uma marca dessa engana você chegando a esse ponto, qual o cuidado que ela teria na produção desses suplementos?

Para aqueles que vivem do esporte, é imperativo que leiam atentamente os rótulos e busquem as marcas mais sérias para se precaver de qualquer tipo de problema, pois esta argumentação hoje já não livra ninguém de uma dura suspensão.

Este texto foi escrito por: Danilo Balu

Redação Webrun

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