Menina após a corrida com kit atleta e medalha (foto: Ricardo Leizer)
Famílias reunidas indo em direção ao Ibirapuera. Não, eles não estavam indo ao parque, como acontece em vários finais de semana do ano, mas sim ao complexo esportivo Constâncio Vaz Guimarães para participar da Corrida Infanto-Juvenil Even Corpore, que aconteceu na pista Ícaro de Castro Mello, a mais avançada tecnologicamente do país.
Às 12h30 os primeiros participantes começaram a chegar, e como já havia sido divulgado os horários das concentrações para as baterias, os participantes puderam se programar melhor e chegar num horário mais confortável. Por esse mesmo motivo, os primeiros a chegar eram os atletas mais novos que largariam primeiro.
Após retirar pulseira e número de peito, os participantes e seus familiares se acomodavam nas arquibancadas do local e eram recepcionados com muita empolgação pela banda infanto-juvenil do Conservatório Souza Lima, pois em uma prova infantil nada mais justo que colocar as crianças no palco para mostrarem o que sabem.
Mas perto das 14h o céu começou a fechar e todos percebiam que a chuva estava próxima. O que poderia ser um momento de desespero não passou de mera possibilidade. Sim, a chuva veio, mas não veio forte e tampouco estragou a festa. A preocupação foi grande, pois quando começamos a chamar as crianças o céu escureceu e ficamos preocupados. Começou a chover, as crianças desceram e ninguém arredava pé. Ao longo do desenvolvimento da corrida víamos as pessoas entrando na arena. Pais e filhos entravam muito mais puxados pelas crianças. A chuva acabou sendo um estimulo e desafio extra. Essas crianças terão mais o que contar do que se estivesse sol, afirmou David Cytrynowicz, presidente da Corpore.
E como David disse, as pessoas não arredavam o pé mesmo com a chuva que começou durante o hasteamento do pavilhão nacional acompanhado pela execução do hino tocado na guitarra por uma das crianças do Souza Lima. Ao fim da execução, as primeiras baterias largaram e após as corridas, disputas e alguns tombos, os participantes iam para a arena e se divertiam nos postos montados pelos apoiadores onde havia jogos, palhaços e outras opções de entretenimento que faziam a alegria da garotada.
Crianças de todas as idades se misturavam e algumas mesmo após sua bateria não paravam de correr. Era o caso de Ulisses, de apenas três anos e na sua segunda corrida, que dava muito trabalho ao seu pai Edgard Menezes que ainda esperava a filha de 10 anos participar de sua bateria. E três anos é a idade de Vinicius que estava lá pela primeira vez. Gostei de correr e é a primeira vez que corro. Meu irmão vai correr também. Ele chama Gustavo Gil e tem 5 anos, contou. Wilson Gil, pai de Vinicius, fala mais sobre a prova e seus filhos: Essa é a quarta corrida do Gustavo e o Vinicius só pôde correr agora por causa da idade. Eles sempre ficam ansiosos para vir, pegar medalha… e o melhor de trazê-los é que a cada ano o evento melhora.
Quem também não vê hora do evento chegar é Nicoli, de quatro anos, e sua mãe, Thais Yamanishi que lembra que ela começou a participar no ano passado. A gente sempre traz, é um programa super família e ela adora vir, ela espera o ano todo. E ela vem pela brincadeira, não para chegar em primeiro. As crianças curtem muito essa arena.
Para Plínio Siqueira vir para essas provas realmente vale a pena: As provas são muito bem organizadas. Venho de Campinas para cá participar das provas e trago meu filho e enteados quando tem prova infantil. Eles adoram e essa chuva não atrapalhou em nada, lembrou Plínio.
Mas a chuva não caiu a tarde inteira e quando parou um belo sol saiu para celebrar o fim dessa grande festa que terá mais uma edição no segundo semestre e, provavelmente, com mais inovações. No próximo evento levaremos mais música para o gramado e talvez coloquemos uma banda lá no centro em um palco coberto, afirmou David.
Para saber mais: www.corpore.org.br
Este texto foi escrito por: Marcel Trinta/ Corpore