Marílson descarta 10.000m nos Jogos Olímpicos e tenta vaga na Maratona

Redação Webrun | Atletismo · 11 nov, 2011

Corredor foi homenageado pelo Clube de Atletismo BMF Bovespa (foto: Paulo Gomes/ www.webrun.com.br)
Corredor foi homenageado pelo Clube de Atletismo BMF Bovespa (foto: Paulo Gomes/ www.webrun.com.br)

Marílson Gomes dos Santos, fundista brasileiro em atividade de maior destaque, ainda não assegurou sua vaga nos Jogos Olímpicos de Londres – 2012. O corredor falhou em sua primeira tentativa de obter a classificação para a nobre prova da Maratona, abandonando a Maratona de Chicago (09/10) após o trigésimo quilômetro.

Semanas depois, Marílson foi ao México para disputar os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, sua terceira participação nos Jogos. A distância da prova desta vez era outra, os 10.000m (27/10), e o brasileiro conquistou a sua primeira medalha de ouro em Pans.

“Esta medalha era esperada há muito tempo”, celebra o brasileiro, que relacionou o abandono em Chicago com a vitória em Guadalajara. “Fui para a Maratona de Chicago com a intenção de fazer determinada marca [abaixo de 2h15min, índice olímpico] e no Pan eu iria competir do jeito que desse”, assume.

Como não terminou a prova nos Estados Unidos, Marílson afirma que teve melhor recuperação e chegou aos Jogos Pan-Americanos mais preparado para a disputa dos 10.000m. “Acho que tem males que vem para o bem”, afirma o fundista, que sobrou na prova disputada no Estádio de Atletismo Telemex, em Guadalajara. Marílson correu a distância em 29min00seg54, mais de 40 segundos à frente do mexicano Juan Carlos Romero, segundo colocado.

“Imaginava que seria bem mais difícil, boa parte dos adversários tinha marcas abaixo de 28 minutos. O calor de 30 graus, 1.600 metros de altitude e umidade de 21% foram fundamentais para o resultado da prova, porque quem sente menos é favorecido”, relembra Marílson.

Apesar do bom desempenho, o corredor descarta tentar a disputa dos 10.000m nos Jogos Olímpicos. “Está fora de cogitação. Até porque na maratona tenho mais chances de brigar por medalha”, afirma.

Vaga nos Jogos Olímpicos de Londres – O fundista ainda lamenta o mau desempenho em Chicago. “Eu estava em excelente fase. Mas tem dia que não dá certo, depende de fatores extratreinamento”.

Segundo Marílson, a prova de maratona está cada vez mais popular, o que tem aumentado a competitividade da modalidade de forma exponencial. “A prova está cada vez mais difícil. Neste ano eu fiz 2h06, marca que há três anos estaria entre as dez melhores do mundo. Hoje sou o 28º”, analisa.

Em 2011, o brasileiro é o 21º maratonista mais rápido do mundo o primeiro não queniano. Como cada país pode levar no máximo três atletas para a prova, Marílson enxerga possibilidade real de medalha. “São três por país, temos muitos maratonistas [quenianos] que não poderão competir. Então eu entro como o quarto melhor para os Jogos Olímpicos”, esclarece o corredor.

No entanto, para ir a Londres Marílson precisa correr uma Maratona em menos de 2h15 até o final de abril, quando expira o prazo de obtenção do índice. “A marca não é tão difícil. É questão de correr com cautela, não visar a colocação na prova e nem uma marca pessoal, só o índice”, reconhece.

Para tanto, a corrida escolhida deverá ser a Maratona de Londres, em 22 de abril, coincidentemente a mesma cidade dos Jogos Olímpicos. “Não decidimos ainda. Temos o convite e é provável que seja ela, mas não está concretizado”, conta. “Vai ser minha única tentativa”.

São Silvestre – Tricampeão da tradicional corrida paulista de 31 de dezembro, Marílson não considera disputar a prova neste ano. “Estou precisando descansar. Daqui a um mês podemos avaliar, eu e o Adauto [Domingues, treinador], mas temos que ver se eu terei condições”.

Este texto foi escrito por: Paulo Gomes

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