Galindez é conisderado um dos melhores pedais do mundo (foto: Fernanda Paradizo/ www.webrun.com.br)
O argentino radicado no Brasil Oscar Galindez havia feito um planejamento de temporada que visava competir o Ironman Brasil no último dia 31 de maio e, desta forma, buscar uma vaga para o mundial do Havaí. Ele, porém, teve que mudar os planos, já que contraiu dengue e não conseguiu se recuperar a tempo da prova catarinense, onde buscaria o tetracampeonato.
O desânimo e a sensação de treinos perdidos logo foram substituídos pela animação com um novo desafio em mente: o Ironman da França, em Nice, neste domingo (28), onde ele pode dar a volta por cima e ainda alimentar as chances de estar no Havaí no fim do ano. Consciente que o tempo parado pode lhe prejudicar durante a prova, ele não entrega os pontos e se mostra confiante.
Acredito, como sempre acreditei, no meu potencial, apesar de atletas que já pegaram dengue terem comentado que demoraram dois meses para voltar às competições 100%, comenta Galindez ressabiado. Tomara que eu seja a exceção, destaca com certa confiança em sua boa resistência fisiológica.
Para ele o psicológico pode fazer a diferença no momento chave, então a receita é pensar na prova que terá pela frente e passar uma borracha no que passou. Foi uma mistura de raiva e impotência. São horas de treinamentos que um atleta faz para chegar em boas condições, especialmente quando se trata de um Ironman, destaca o triathleta que mora em Santos.
A prova de Nice já fazia parte dos planos dele, mas agora será encarada como um dos objetivos da temporada. Fui convidado pela organização há três meses e, apesar do Ironman Brasil sempre ser o objetivo principal do primeiro semestre, fiz minha preparação pensando 50% na disputa brasileira e 50% na francesa, revela o competidor.
Dificuldades – Com diversas conquistas no currículo, incluindo o tricampeonato do Ironman Brasil, o penta no Meio de Pucon e o hepta no Internacional de Santos e no Troféu Brasil, ele tem consciência das dificuldades que vai encontrar. Escolhi Nice porque é um lugar espetacular e gosto dos circuitos difíceis. Será um grande desafio.
O percurso contará com subidas de até 22 quilômetros, chegando a 1.230m de altitude na região dos Alpes, além de trechos de vento contra no ciclismo, principalmente nos 30 últimos quilômetros. É uma prova muito dura. Também as descidas são longas, com curvas fechadas, o que torna o circuito altamente técnico e perigoso, relata empolgado.
Terei de poupar energia e a hidratação será fundamental, finaliza o esportista que nos dias de hoje é considerado um dos melhores no trecho de ciclismo. Sua fama é tanta, que o tricampeão da prova francesa, Marcelo Zamora, o considera um dos favoritos ao título.
Este texto foi escrito por: Webrun