Seis formas para avaliar seu processo de emagrecimento

Redação Webrun | Bem Estar · 05 maio, 2022

Quando se começa um processo de emagrecimento, um dos pontos que mais que traz ansiedade é a apuração do resultado. São os quilos a menos na balança que irão dizer se a nova prática alimentar e estilo de vida estão realmente funcionando. Sem dúvida, mas essa avaliação não deve se basear apenas no peso. O médico endocrinologista, especialista em emagrecimento, Rodrigo Bomeny, elenca a seguir diferentes formas para analisar e avaliar o progresso durante o processo de emagrecimento.

Seis formas para avaliar seu processo de emagrecimento

Foto: Fotolia

– Como dito, primeira maneira de avaliar o resultado do processo de emagrecimento é através da medição de peso. “É uma medida fácil, barata, rápida e que depende somente da balança, que pode ser a da sua casa mesmo”, diz o médico endocrinologista. Este critério apresenta algumas desvantagens, segundo Bomeny, tais como não oferecer uma análise da composição corporal, ou seja, não há uma distinção relativa ao que do peso medido é músculo ou gordura. “Deve-se levar em conta que a água constitui mais de 60% do corpo humano”, relata.

Além disso, a medição de peso na balança pode variar muito de um dia para o outro ou até no mesmo dia. “Por isso tome muito cuidado ao se pesar todos os dias. Pequenas variações (perda ou ganho de peso) podem significar simplesmente ser uma variação de líquido no corpo”, alerta o médico.

– A segunda forma é o Índice de Massa Corpóreo (IMC), que é obtido dividindo o peso (em quilos) pela altura (em metros) ao quadrado. Quanto maior o IMC, maior o sobrepeso e o grau de obesidade do indivíduo. Conforme Bomeny, por também levar em consideração o peso, este critério apresenta as mesmas limitações da medição via balança.

Do mesmo modo, o IMC não oferece a análise da composição corporal. Segundo o médico endocrinologista, uma pessoa pode ser considerada com sobrepeso através desse critério apresentando uma maior quantidade de músculos e não necessariamente de gordura. Já alguém com índice normal pode ter uma quantidade maior de gordura do que deveria.

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Quando se pesar?

Para quem utiliza esses dois jeitos de avaliar o progresso do emagrecimento e está com dúvidas sobre com qual frequência deve subir na balança para aferir o peso, Bomeny oferece algumas ponderações. De acordo com o especialista em emagrecimento, se a pessoa se sente mais segura e confiante se pesando todos os dias, ela deve fazê-lo. Por outro lado, se a pessoa é muito ansiosa, recomenda-se estipular um prazo mais longo entre cada medição. “Quando se inicia um processo de emagrecimento, algumas pessoas criam muito expectativa, acreditando que perderão muito peso rapidamente e, na maioria das vezes, não é o que acontece” explica.

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Agora, quando já se obteve o resultado esperado, subir na balança com maior frequência é benéfico para a manutenção do peso. Neste caso, Bomeny recomenda que a pessoa estabeleça um peso sentinela, no qual a tolerância seja apenas de dois quilos para cima. O ultrapassamento desse valor é sinal para que a dieta se torne mais restritiva novamente.

– O terceiro ponto é através da bioimpedância. Diferentemente dos outros dois métodos, a bioimpedância avalia a composição corporal do indivíduo. Conforme o especialista, isso é efeito por correntes elétricas de baixa intensidade, que, medindo as distintas resistências de cada tecido, conseguem estimar a porcentagem de músculo, osso, gordura e líquido presentes no corpo.

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Apesar de ser rápida e não invasiva, a bioimpedância não é muito precisa. Segundo Bomeny, existem vários fatores que podem interferir no resultado, como: temperatura do ambiente, hidratação, ciclo menstrual (pode causar retenção de líquido); e ingestão de alimentos e prática de atividade física logo antes da medição. “Se a pessoa calcular a bioimpedância todo os dias, por exemplo, há a possibilidade de apresentar uma variação de 10% entre os resultados”, diz o médico endocrinologista, explicando que, assim como a medição na balança, as variações neste método ocorrem do acúmulo ou perda de líquido e não necessariamente de gordura.

– A quarta maneira é através da mensuração das pregas cutâneas, por meio de um adipômetro, com o tamanho da dobra refletindo a quantidade de gordura subcutânea. Segundo Bomeny, apesar de rápido, barato, simples e de baixo custo, também é um expediente pouco preciso, que depende muito da destreza do avaliador.  “Se for executado por uma pessoa experiente, assemelha-se com a bioimpedância, nas limitações e benefícios”, afirma.

– O quinto modo é o mais preciso. Trata-se da Densitometria de Corpo Inteiro – DEXA, único método que avalia diretamente todos os compartimentos corporais (ossos, músculos, água e gordura), sem inferir dados a partir da medida de apenas um compartimento. “Contudo, é também o mais caro, pois não faz parte da cobertura dos convênios médicos”, relata Bomeny.

– A sexta e última forma de avaliar o progresso do seu emagrecimento é através de fotos comparativas. Apesar de não científica é um modo de extremo valor, de acordo com o especialista em emagrecimento. Primeiramente, porque é uma análise da realidade. “Visualmente é possível notar a diferença, se a roupa está mais larga se a barriga diminuiu, por exemplo”, diz. A análise das fotos serve também como motivação.

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Ao utilizar esse método é preciso tomar alguns cuidados em relação às roupas que estiver trajando, o ângulo da tomada de foto, a incidência de luz e o horário, este em razão de maior ou menor retenção de líquidos. De acordo com Bomeny, qualquer disparidade entre as fotografias pode interferir na qualidade da comparação, mascarando o resultado do processo de emagrecimento. “Deve-se evitar ainda tirar fotos todos os dias e até semanalmente, porque as mudanças no corpo demoram para acontecer”, afirma.

Além de guiar-se pelas informações visuais, seja de qualquer espécie medição, seja de fotos comparativas, o médico endocrinologista sugere que se preste atenção ao que está sentindo. “Aqui, vale observar o que o emagrecimento está causando física e emocionalmente, como facilidade para se locomover, maior sensação de bem-estar, melhoria no sono, menos dor no corpo etc.”, destaca.

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