Um novo estudo feito pela Escola de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins, sugere que a prática de atividades físicas entre crianças e adolescentes, é ainda menor do que se pensava. Jovens e adultos com mais de 20 anos mostraram um aumento na “vida esportiva” apenas após os 35.

Para a execução da pesquisa, os cientistas utilizaram rastreadores de atividades, que examinaram os movimentos de mais de 12.000 participantes do estudo. Compreender os padrões de quando as pessoas estão ativas e sedentárias pode ajudar os profissionais de saúde a projetar programas para aumentar a atividade física, visando não só grupos etários, mas também com menor atividade, como durante a manhã para crianças e adolescentes, dizem os pesquisadores.

“Os níveis de atividade no final da adolescência foram alarmantemente baixos e, aos 19 anos, eram comparáveis aos de 60 anos”, diz o autor do estudo, Vadim Zipunnikov, professor assistente do Departamento de Bioestatística. “Para as crianças em idade escolar, a principal janela de atividade foi a tarde entre às 14h e 18h. Então a grande questão é, como modificamos horários diários, nas escolas, por exemplo, para ser mais propício ao aumento da atividade física?”

Estudo revela: os níveis de atividade no final da adolescência foram alarmantemente baixos e, aos 19 anos, eram comparáveis aos de 60 anos Foto: Yanlev/Fotolia

Para aumentar suas descobertas, os pesquisadores dividiram os participantes em cinco grupos etários: crianças de 6 a 11 anos; Adolescentes de 12 a 19 anos; Jovens de 20 a 29 anos; Adultos com idade entre 31 a 59 anos; E adultos mais velhos de 60 a 84 anos. Dos participantes, 49% eram do sexo masculino, o restante feminino.

O estudo confirmou uma preocupações sobre a atual epidemia de obesidade: as recomendações de exercícios não foram atendidas. Por exemplo, a Organização Mundial da Saúde recomenda pelo menos 60 minutos de atividade física moderada a vigorosa por dia para crianças e adolescentes, mas o estudo descobriu que, entre crianças de 6 a 11 anos, mais de 25% dos meninos e 50% das meninas não cumpriram a recomendação de exercício da OMS. O número de adolescentes entre 12 e 19 anos que não atendem à quantidade recomendada de exercícios saltou para 50% dos homens e 75% das mulheres.

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A atividade entre jovens adultos de 20 anos – a única faixa etária que registrou um aumento nos níveis de atividade – foi disseminada ao longo do dia, com um aumento na atividade física no início da manhã, em comparação com adolescentes. Para todas as faixas etárias, os homens geralmente apresentam maiores níveis de atividade do que as mulheres, particularmente na atividade de alta intensidade, mas após a meia-idade, esses níveis caíram bruscamente em relação às mulheres.

Entre os adultos de 60 anos ou mais, os homens eram mais sedentários e apresentavam níveis mais baixos de atividade de intensidade de luz, do que mulheres.

“O objetivo da campanha visa aumentar o exercício de alta intensidade”, diz Zipunnikov. “Nosso estudo sugere que esses esforços devem considerar a hora do dia e também se concentrar em aumentar a atividade física de baixa intensidade e reduzir a inatividade”.

O treinador e colunista do Webrun, Nelson Evêncio, lembra que os acontecimentos de cada idade tem peso sobre esse resultado. “Na idade entre 18 e 19, os jovens estão na expectativa de faculdade, vestibular e logo começam a trabalhar. Com isso acabam abandonando os exercícios por um período, a não ser que gostem muito ou tenham um alto nível de organização. Depois que essa fase passa, os adultos à partir dos 30 e poucos anos voltam a prestar atenção e cuidar do corpo, pois já se estabeleceram financeiramente e na carreira”.

Via hub.jhu.edu